sábado, 2 de maio de 2015
Linha do tempo
(Google Images)
Não teço
cada dia
com linhas quebradas
pelo tempo
Em cada amanhecer
pego outra linha
e bordo
novo momento
Às vezes
de cores pálidas
Às vezes
de cores firmes
Eu valorizo
cada cor
A cor alegre
e a cor triste
Às vezes
teço pelo avesso
com as mãos trêmulas
de frio
Às vezes
tenho pouca linha
mas encaro
o desafio
Às vezes
penso que teço
um caminho
que escolhi
Mas percebo
que havia esboço
do bordado
que teci
Às vezes
fico perplexa
meus bordados
não reconheço
Mas não deixo
um só dia
Sem tentar
um recomeço
Teço
desde que acordo
e só paro
quando adormeço
Mas em sonho
sou intuída
e para o novo dia
eu amanheço
Maria Helena Mota Santos
02/04/2012
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Olá, Helena!
ResponderExcluirCom a linha do tempo téces
esta linha poesia
e, quase esqueces
o calor e o frio
somando mais um dia.
Viver é tecer
até um dia esquecer.
Em tempos trabalhei
numa fábrica de lanifícios
e, a saber fiquei:
Fiar a gente fia
tecer é , sem sombra de dúvida, benifício
que a aranha bem sabe fazer.
urdir com saber
ao acordar até adormecer
até um dia,...
Abraço e, BFS
Obrigada, meu amigo Adriano!
ExcluirVocê teceu, com as suas sábias palavras, essa linda interação!
Parabéns!
Uma ótima semana ao lado da sua família! Abraços!