(Imagem-Google Imagens)
Há poucos minutos, de volta para casa, percebi um homem estendido no chão com algumas pessoas em volta.
Aproximei-me e perguntei a um rapaz se foi acidente. Ele me disse que ele ia andando e desmaiou.
Assustada e vendo que alguns heróis anônimos já estavam tomando providências para o socorro, olhei-o e continuei meu caminho com lágrimas caindo da minha alma.
Comecei a refletir sobre a solidão e como nem sempre podemos proteger os nossos entes queridos dos imprevistos do dia a dia.
Nenhuma pessoa da intimidade daquele senhor estava perto. Foram os estranhos que se tornaram íntimos.
A partir da minha refexão brotou de mim a inspiração que postarei.
Para não perder o que me vinha à mente comecei a escrever no meu celular, enquanto andava, em plena calçada da vida.
Eis a minha poesia itinerante que é fruto de um quadro real do cotidiano!
Somos alheios
a tantos quadros
que são pintados
a uma distância
na qual a alma
nem o olhar
alcançam
Vamos seguindo
num sorriso calmo
com a alma em festa
sem perceber
que em algum lugar
outra alma escapa
pela fresta
Quando nos deparamos
com um imprevisto
que da vida brotou
Percebemos
que num mesmo instante
a alegria pode se revezar
com a dor
E assim
Tornamo-nos íntimos
de estranhos
na avenida
E com eles contracenamos
numa peça
chamada vida
Maria Helena Mota Santos
11/05/2012
segunda-feira, 13 de maio de 2013
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