quinta-feira, 31 de maio de 2018
Eu quase sei
Eu quase sei
que não mais quero
o que tanto tempo
esperei
Não quero o morno
o intervalo
de uma vida
que não planejei
Eu quero o ocaso
renascendo
sob a luz
do amanhecer
Eu quero a flor
de toda cor
que a cada espinho
me faz crescer
Eu quero a rima
imperfeita
e entoada
no meu canto
Eu quero as partes
encontradas
e libertadas
em cada pranto
Maria Helena Mota Santos
27/07/2012
segunda-feira, 28 de maio de 2018
Carência
Careço
do meu silêncio
Careço
da minha paz
Pra me mostrar
um espaço novo
Pra vida
que se refaz
Careço
do meu olhar
pra via
da solidão
Para entender
estas linhas
Da palma
da minha mão
Careço
de ter saudade
de tudo
que já se foi
Careço
de viver o agora
Sem deixar nada
pra depois
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 18 de maio de 2018
Não sei dizer

(Google Images)
O que dizer
se não se tem palavras
se em cada brecha
entra uma sensação?
O que dizer
de sentimentos novos
que sem pedir licença
invadem o coração?
O que dizer
da insensatez
do momento novo
que invade o agora?
O que dizer
do olhar no espelho
que vê invertida
uma mesma história?
O que dizer do sim
com a máscara do não
e da atemporalidade
que invade o ser?
O que dizer
da linha da vida
que traz um passo a menos
a cada amanhecer?
O que dizer?...
Ah... Não sei dizer!
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 15 de maio de 2018
Pássaro livre

(Google Images)
A palavra que me prende
é a mesma que liberta
Vou deixar a porta aberta
e meu pássaro vai fugir
E de posse do meu mundo
vou voar sempre mais alto
Numa terra bem distante
cuja lei é o infinito
Vou cair sem proteção
sem me prender em nenhum laço
E se a chuva me molhar
vou me aquecer em um abraço
E beberei todos seus pingos
e saciarei meu infinito
E se o sol não aparecer
eu o pintarei no meu sorriso
E farei lá no horizonte
o suporte de uma rede
E balançando o meu mundo
vou saciar a minha sede
Maria Helena Mota Santos
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