(Google Images)
Aprendi tanto
e
tão pouco
diante do que está disposto
nas infinitas possibilidades
dessa vida
Aprendi a olhar
e ver
nas entrelinhas do viver
e
que é no silêncio
que se constroem as armadilhas
Aprendi a sentir
sem falar
o que está a me espreitar
e
que no escuro
posso enxergar melhor a luz
Aprendi a andar
sem caminhar
só pelas vias do pensar
e
que as palavras
têm subterfúgios inimagináveis
Aprendi a amar
sem condição
sem obstruir o coração
e
que amores vêm
e amores vão
Aprendi a abrir as asas
sem direção
voando com o coração
e
que eu sou
um poema em construção
Maria Helena Mota Santos
14/11/2011
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Delicadeza

(Google Images)
Prefiro ser a delicadeza
que vê em cada ser um cristal divino
mesmo que esteja em forma de pedra bruta
Prefiro ser a delicadeza
de um coração sensível e afável
que vê no outro um companheiro na vida
Prefiro ser a delicadeza
que não julga só pelas aparências
e que procura a pedra preciosa de cada ser
Prefiro ser a delicadeza
do perdão que enxerga na luz e na sombra
oportunidades de sabedoria e redenção
Prefiro ser a delicadeza
de uma amizade sincera e incondicional
nessa íngreme estrada de flores que é a vida
Maria Helena Mota Santos
29/09/2010
domingo, 26 de outubro de 2014
Amor infinito

(Google Images)
O infinito
não é estanque
Por isso o amor
é infinito
E voa
pelos corações
em voo rasante
em voo alto
em voo sem direção
em voo sem razão
Aterrissa
no coração dos amantes
e faz a regra
virar exceção
Aterrissa no coração dos pais
e faz o incondicional
ser condição
Aterrissa na solidão
e faz ser só
não ter razão
Ah
O amor
que me deu vida
e me arrebatou
Ah
O amor
que dormiu semente
e amanheceu flor
Ah
O amor
Que dure
e perdure
no infinito
E que seja sempre
o eco
do meu grito
Maria Helena Mota Santos
sábado, 25 de outubro de 2014
Cores derramadas

(Google Images)
Pintei poesia
De tintas derramadas
Derramei o azul
Do estoque do meu céu
E fiz do verde
A cor da minha estrada
Derramei o vermelho
E fiz rosas no caminho
Com a cor bege
Pintei o aconchego
Do meu ninho
Com a tinta preta
Realcei o meu olhar
Que assim aprendeu
Todas as cores
Matizar
E não havia
Cores de solidão
Todas se abraçavam
Pra pintar uma emoção
Enfim vi uma tela
Sem contorno
E sem desfecho
Sempre era possível
Ter outras tintas
E o recomeço
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Preciosidade da vida
(Google Images)
Não havia muito o que levar
do que armazenara na vida
só levava a plena certeza
de que a incerteza
era a pauta de cada dia
Aprendera com a vida
que na virada da esquina
poderia se ultrapassar fronteiras
e em questão de segundos
mudar uma vida inteira
Não havia muito o que levar
do que se vangloriara na vida
só levava a esperança
que a desesperança se desfaria
na valsa de cada dia
Aprendera com a vida
a sua maior lição
que o bem mais precioso
é a presença do amigo
que se adota como irmão
Maria Helena Mota Santos
Não havia muito o que levar
do que armazenara na vida
só levava a plena certeza
de que a incerteza
era a pauta de cada dia
Aprendera com a vida
que na virada da esquina
poderia se ultrapassar fronteiras
e em questão de segundos
mudar uma vida inteira
Não havia muito o que levar
do que se vangloriara na vida
só levava a esperança
que a desesperança se desfaria
na valsa de cada dia
Aprendera com a vida
a sua maior lição
que o bem mais precioso
é a presença do amigo
que se adota como irmão
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Saudade

(Google-Images)
Ando de frente pra vida
Mudando minha roupagem
Pinto as tristezas de cores
Meu acessório é a saudade
Saudade é sempre a ausência
De uma presença querida
Só quem preencheu espaços
É quem tem saudade na vida
Saudade de quem se foi
Saudade de quem não veio
Saudade da esperança
De ser feliz por inteiro
Saudade de abrir as asas
E voar sem direção
Saudade de ter saudade
Bem dentro do coração
Saudade de uma criança
Que no tempo se perdeu
Saudade de brincar de roda
E de achar quem se escondeu
Saudade da fantasia
Que alicerça a realidade
Saudade é dor de amor
Que chega em qualquer idade
Maria Helena Mota Santos
09/12/2010
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Imprecisão
(Google Imagens)
Trago em mim
tantas pessoas
que encontro
e desencontro
As que enxugam
lágrimas
As que acionam
prantos
Trago a luz
e a escuridão
A linha reta
e a contramão
Nem sempre só
sou solidão
Fico sozinha
na multidão
Trago a dor
dilacerante
E morro em vida
por um instante
Se pulso forte
sou emoção
Se estou letárgica
sou imprecisão
Trago a incerteza
do que virá
Mas abro as asas
para voar
Nem sempre sou
o que pensei
Ando em busca
do que não sei
Maria Helena Mota Santos
Trago em mim
tantas pessoas
que encontro
e desencontro
As que enxugam
lágrimas
As que acionam
prantos
Trago a luz
e a escuridão
A linha reta
e a contramão
Nem sempre só
sou solidão
Fico sozinha
na multidão
Trago a dor
dilacerante
E morro em vida
por um instante
Se pulso forte
sou emoção
Se estou letárgica
sou imprecisão
Trago a incerteza
do que virá
Mas abro as asas
para voar
Nem sempre sou
o que pensei
Ando em busca
do que não sei
Maria Helena Mota Santos
sábado, 18 de outubro de 2014
Feliz dia do Médico!

(Google Images)
PARABÉNS A TODOS OS MÉDICOS QUE EXERCITAM A SUA PROFISSÃO COLOCANDO O AMOR NA PAUTA DO SEU DIA A DIA.
O amor
Pousou no peito
Irradiou a sua essência
E fez do coração
A sua residência
O amor
Saltou aos olhos
Ficou generalizado
Vestiu-se de esperança
Pra quem precisa ser cuidado
O amor
Se fez antídoto
Das dores da humanidade
Curando muitas mazelas
Que chegam
Em qualquer idade
O amor
Usa jaleco
Da cor branca da paz
E revalida a importância
Que o Anjo Médico
Nos traz
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
A queda do dia

(Imagem-Google Imagens)
Sonhei que o dia estava caindo numa velocidade inalcançável.
Tentei convencê-lo do quanto ele poderia ser encantado pelo sol.
Orientei-o a tomar banho de mar para lavar os resquícios da noite escura.
Mostrei a beleza dos campos e dos pássaros que voavam com direção.
Dei-lhe a mão para que ele pudesse aterrissar e ofereci uma bebida quente.
O dia sentou ao meu lado,cabisbaixo, e reclamou da escuridão da noite passada.
Disse-me que a lua adoeceu,acometida por um eclipse, e tirou folga, impedindo-o de armazenar luz.
Então emprestei os meus olhos para que ele pudesse enxergar a luz própria.
Falei da beleza da sua companhia e que já não me sentia só.
O dia me olhou cheio de promessa e resolveu cumprir sua missão.
Ergueu-se! Buscou o sol armazenado dentro de si e abriu um belo sorriso.
E soltou da minha mão para entrar no seu turno até ser rendido pela noite.
E foi sorrindo numa claridade impressionante e inimaginável.
E depois virou noite para no outro dia amanhecer.
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Feliz dia do Professor!

(Imagem-Google Imagens)
HOMENAGEM A TODOS OS PROFESSORES QUE TRANSFORMAM OS RISCOS E RABISCOS EM ARTE E CIÊNCIA!
Sem você
A história seria
Um livro em branco
De mente vazia
A visão de mundo
Teria a cegueira
Como seu guia
E outras profissões
Em nenhuma hipótese
Existiriam
Sem você
A história seria
Uma memória opaca
Sem fantasia
A fala seria
Desarticulada
Sem sinergia
E cada dia
Pintaria um quadro
Sem harmonia
Sem você
A história seria
Um palco sem arte
Uma plateia vazia
A canção seria
Uma nota bem longa
De nostalgia
E o poeta não saberia
Colocar em versos
Sua poesia
Maria Helena Mota Santos
domingo, 12 de outubro de 2014
Feliz dia das crianças!
(Imagem-Google Imagens)
QUE A SUA CRIANÇA INTERIOR SE FAÇA PRESENTE NO DIA A DIA!
A criança saiu pela porteira
Fez travessuras na estrada
Fez da tristeza uma estátua
E saiu em grande disparada
Deu voz ao ser inanimado
E contracenou com a fantasia
Com uma varinha de condão
Transformou tudo em magia
Rodopiou leve e solta
Sorriu pra tudo que encontrou
Fez das árvores seu trapézio
E tudo em palco transformou
Cobriu a estrada de algodão doce
Em uma nuvem se sentou
Pintou o dia de arco-íris
Tudo em volta se alegrou
Estourou muitos balões
E a felicidade liberou
Ao encontrar com as pessoas
Cirandou, cirandou, cirandou
Maria Helena Mota Santos
QUE A SUA CRIANÇA INTERIOR SE FAÇA PRESENTE NO DIA A DIA!
A criança saiu pela porteira
Fez travessuras na estrada
Fez da tristeza uma estátua
E saiu em grande disparada
Deu voz ao ser inanimado
E contracenou com a fantasia
Com uma varinha de condão
Transformou tudo em magia
Rodopiou leve e solta
Sorriu pra tudo que encontrou
Fez das árvores seu trapézio
E tudo em palco transformou
Cobriu a estrada de algodão doce
Em uma nuvem se sentou
Pintou o dia de arco-íris
Tudo em volta se alegrou
Estourou muitos balões
E a felicidade liberou
Ao encontrar com as pessoas
Cirandou, cirandou, cirandou
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Estações

(Foto: Hugo Mota)
Que o sol nunca se deite
Sem provocar o meu sorriso
Que a chuva por mim não passe
Sem roubar as minhas lágrimas
Que a primavera deixe em mim
O rastro de muitas flores
Que o outono me dê a chance
De renovar a minha vida
Quero ser cada momento
De atitude ou de silêncio
Quero viver as estações
Sem perder a intensidade
Quero marcar o meu caminho
Com sementes bem cuidadas
Para florir no tempo certo
E enfeitar toda estrada
Maria Helena Mota Santos
domingo, 5 de outubro de 2014
Meu sonho

(Google Images)
O meu sonho
é seguir sonhando
e pintando cores
no meu dia a dia
Tenho o sonho
de sonhar
com a realidade
vestida de fantasia
O meu sonho
é flutuar
nas asas leves
da poesia
Tenho sonho
de escrever
versos de amor
todos os dias
O meu sonho
é não me opor
ao sonho
que se insinua
Tenho sonho
de plantar
e regar a flor
de cada rua
O meu sonho
é levitar
e conhecer
o infinito
Tenho sonho
de deixar o mundo
bem mais pertinho
do paraíso
Maria Helena Mota Santos
sábado, 4 de outubro de 2014
Gratidão

(Google Images)
Tive tanto
Tenho tanto
Que a vida tira
E ainda sobra
Sobram essências
de jasmim
Sobram as rosas
no jardim
Sobram sorrisos
de mãos dadas com a alegria
Sobram imaginações
que acionam as fantasias
Sobram lágrimas
que hidratam as emoções
Sobram notas
que invadem as canções
Sobram dores
de metamorfoses salvadoras
Sobram versos
de poesias redentoras
Sobram réstias
pela luz que vem das frestas
Sobram coragens
precursoras das viagens
Sobram nostalgias
que acionam as saudades
Sobram amores
que eternizam as paisagens
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Verso em flor

(Google Images)
Era pra ser uma poesia
Versificada no pra sempre
Mas o verso eternamente
Desfez-se da estrofe
De repente
E a poesia teve fim
Lá na estrofe recomeço
Os versos de outra época
Mudaram de endereço
E a nova poesia
Teve espinhos a lhe ferir
E da dor brotou a flor
Que enfeitou novo jardim
A poesia agora escrita
Tem na lágrima o regador
Chove verso no inverso
Do sentimento que brotou
E no novo há o alento
De saber-se beija-flor
Que visita outros jardins
Sem encontrar a sua flor
Maria Helena Mota Santos
16/10/2011
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