quarta-feira, 29 de agosto de 2018
Amor infinito
O infinito
não é estanque
Por isso o amor
é infinito
E voa
pelos corações
em voo rasante
em voo alto
em voo sem direção
em voo sem razão
Aterrissa
no coração dos amantes
e faz a regra
virar exceção
Aterrissa no coração dos pais
e faz o incondicional
ser condição
Aterrissa na solidão
e faz ser só
não ter razão
Ah
O amor
que me deu vida
e me arrebatou
Ah
O amor
que dormiu semente
e amanheceu flor
Ah
O amor
Que dure
e perdure
no infinito
E que seja sempre
o eco
do meu grito
Maria Helena Mota Santos
sábado, 25 de agosto de 2018
Meu coração
Meu coração
se partiu em cores
e coloriu a estrada
dos dissabores
Meu coração
pulsou melodia
quando as notas frias
eram de agonia
Meu coração
escreveu poema
quando a paisagem
não era amena
Meu coração
surpreendeu minh'alma
quando pulsou amor
na íngreme estrada
Meu coração
é o melhor de mim
coordena os meus sentidos
para um amor sem fim
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 21 de agosto de 2018
O dia em pauta
Cada dia cai como um laço envolvente nas "teias" do cotidiano
Cada dia chega como um convite para um baile de máscaras
Cada dia nasce para os atores da vida independente do seu “script”
Cada dia segue no seu compasso sem a chance da espera
Cada dia nasce e segue na valsa da alegria ou da dor
Cada dia dança e impõe sua marcha sem prévia autorização
Cada dia leva para o lugar da imprevisibilidade
Cada dia é de todos e de ninguém
Cada dia é um elo de uma corrente sem fim previsível
Cada dia reflete o olhar caleidoscópico dos seres coloridos
Cada dia é uma invenção e uma reinvenção
Cada dia é labirinto de uma vida sem desfecho anunciado
Cada dia é um canteiro de obras de um edifício incerto
Cada dia é um projeto sem garantias
Cada dia é uma senha pra vida ou um xeque-mate
Cada dia é luz ou sombra
Cada dia nasce com novas tintas para os quadros borrados pelo tempo
Cada dia é um pincel que redesenha o passado
Cada dia é o prenúncio do futuro incerto
Cada dia é o resgate do passado com as armas do presente
Maria Helena Mota Santos
10/02/2010
Cada dia chega como um convite para um baile de máscaras
Cada dia nasce para os atores da vida independente do seu “script”
Cada dia segue no seu compasso sem a chance da espera
Cada dia nasce e segue na valsa da alegria ou da dor
Cada dia dança e impõe sua marcha sem prévia autorização
Cada dia leva para o lugar da imprevisibilidade
Cada dia é de todos e de ninguém
Cada dia é um elo de uma corrente sem fim previsível
Cada dia reflete o olhar caleidoscópico dos seres coloridos
Cada dia é uma invenção e uma reinvenção
Cada dia é labirinto de uma vida sem desfecho anunciado
Cada dia é um canteiro de obras de um edifício incerto
Cada dia é um projeto sem garantias
Cada dia é uma senha pra vida ou um xeque-mate
Cada dia é luz ou sombra
Cada dia nasce com novas tintas para os quadros borrados pelo tempo
Cada dia é um pincel que redesenha o passado
Cada dia é o prenúncio do futuro incerto
Cada dia é o resgate do passado com as armas do presente
Maria Helena Mota Santos
10/02/2010
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
Medos
Meus medos
já não são medos
São coragens
disfarçadas
São sinais
de uma mudança
No percurso
da estrada
Meus medos
já não são medos
São disfarces
de um novo tempo
São desafios
na vida impostos
Pra pintar
novos momentos
Meus medos
já não são medos
São asas
de proteção
São versos
do meu reverso
Que faz pulsar
o coração
Maria Helena Mota Santos
11/12/2011
domingo, 12 de agosto de 2018
Paixão
Alguém se apaixonou por mim
Alguém que andava ao meu lado
Mas só conseguia me ver
Por um espelho quebrado
Alguém se apaixonou por mim
Alguém que às vezes me acusava
De não ser boa o suficiente
Para amar e ser amada
Alguém se apaixonou por mim
Alguém que nasceu comigo
Mas me pegava pela mão
Só pra mostrar o labirinto
Alguém se apaixonou por mim
E já morava no meu ser
Mas buscava outras companhias
Apenas por medo de sofrer
Alguém se apaixonou por mim
E era eu mesma no espelho
Feliz só pela minha companhia
Sem precisar do consentimento alheio
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 8 de agosto de 2018
Metamorfose da dor
O que é a dor
Senão um aperitivo
Do amor
Um pré-requisito
Da experiência
Um trilhar no túnel
Da sabedoria?
O que é a dor
Senão um encontro
Com o avesso
Com o lado imperfeito
E com o quadro pintado
Sem cor?
O que é a dor
Senão um linimento
Que provoca ardor
E aponta caminho redentor?
O que é a dor
Senão a bússola do homem
Em busca de um caminho profundo
Precursora dos grandes versos
E mãe de todos os poetas?
O que é a dor
Senão um passaporte
Para o mundo
Que toca bem lá no fundo
Trazendo à tona
O néctar do SER?
O que é a dor
Senão o caminho inverso
Da mediocridade
Que dá cor
A qualquer saudade
Sem escolher idade?
Sem idade
Chega a dor
Trazendo histórias
Cantadas e encantadas
De amor.
Maria Helena Mota Santos
Senão um aperitivo
Do amor
Um pré-requisito
Da experiência
Um trilhar no túnel
Da sabedoria?
O que é a dor
Senão um encontro
Com o avesso
Com o lado imperfeito
E com o quadro pintado
Sem cor?
O que é a dor
Senão um linimento
Que provoca ardor
E aponta caminho redentor?
O que é a dor
Senão a bússola do homem
Em busca de um caminho profundo
Precursora dos grandes versos
E mãe de todos os poetas?
O que é a dor
Senão um passaporte
Para o mundo
Que toca bem lá no fundo
Trazendo à tona
O néctar do SER?
O que é a dor
Senão o caminho inverso
Da mediocridade
Que dá cor
A qualquer saudade
Sem escolher idade?
Sem idade
Chega a dor
Trazendo histórias
Cantadas e encantadas
De amor.
Maria Helena Mota Santos
sábado, 4 de agosto de 2018
Meu retrato
Abandonei um par de lentes
Que ganhei lá no passado
Com elas eu via o esboço
Do meu retrato borrado
As lentes do meu passado
Tinham manual de instrução
Que prometia com o tempo
Aperfeiçoar minha visão
Usando as duas lentes
Tive meu olhar viciado
Eu seguia só uma reta
Nem olhava para o lado
Um dia lá pela noite
No colo da solidão
Meus olhos indignados
Fizeram revolução
Foram noites mal dormidas
E dias mal acordados
Mas a rebelião aconteceu
E as lentes se ajustaram
Olhei nos olhos do tempo
E com alegria percebi
Um retrato bem pintado
Que a vida fez de mim
Nunca tinha me visto antes
Da forma que vejo agora
Sou um retrato pintado
Com as tintas de cada hora
Hoje busco as minhas tintas
Pra pintar os novos quadros
Vivo nas asas do universo
Criando meus matizados
Maria Helena Mota Santos
03/12/2010
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