terça-feira, 30 de dezembro de 2014
O encanto de ser
(Google Images)
Tinha as asas de um pássaro e pousou perto do céu
Escolheu uma estrela e a trouxe pra sua estrada
Pegou uma nuvem branca e se deitou sobre ela
Brincou com o sol e bronzeou os seus dias
Esperou pela lua e a fez iluminar suas noites
Encontrou um cometa e embarcou na sua cauda
Encantou-se com Saturno e usou o seu anel
Encontrou um arco-íris e ganhou um pote de ouro
Viu o esboço de Deus e desenhou sua fé
Tinha os olhos coloridos e enxergou o invisível
Escolheu ver as cores nos quadros neutros da face
Pegou uma varinha mágica e encantou corações
Brincou com a incerteza e enfrentou a viagem
Esperou a alegria e dispensou a tristeza
Encontrou um atalho e preferiu um caminho
Encantou-se com a vida e enfrentou os percalços
Encontrou um anjo e herdou sua leveza
Viu o esboço de Deus e desenhou seu amor
Maria Helena Mota Santos
sábado, 27 de dezembro de 2014
Novo tempo
(Google Images)
O novo tempo
cansou de esperar
e envelheceu
Enquanto esperava
colheu sabedoria
e renasceu
O sábio tempo
não mais esperava
o tempo mudar
Não tinha mais tempo
para esperar
a vida passar
Apenas andava
Apenas sabia
plantar todo dia
Plantava esperança
Plantava amor
Plantava alegria
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
Cores do ser
(Google Images)
Cada ser traz uma cor
Que permeia este momento
E com um infinito matizado
Vai bordando o firmamento
Cada ser borda um ponto
Com a cor que traz em si
E faz a mistura das cores
Pela alquimia do sentir
Cada ser é uma aquarela
Com as cores que buscou
Uns pintam com cores frias
Outros pintam a cor do amor
São cores amanhecidas
São cores adormecidas
Cores que enfeitam cada hora
Cores que enfeitam cada vida
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
É tempo de Natal
(Google Images)
A cada estrela
uma lembrança
deste tempo
e do tempo da infância
A cada luz
uma fantasia
que anestesia a tristeza
e aciona a alegria
A cada melodia
um acesso à nostalgia
dos tempos de outrora
e cheios de magia
A cada dezembro
explodem emoções
umas trazem euforia
outras trazem solidão
Maria Helena Mota Santos
domingo, 21 de dezembro de 2014
Luzes do Natal
(Google Images)
Eu passava por ali
Passos lentos
Distraída
Pensando na vida
Ele estava lá
Deitado na calçada
Na penumbra da noite
Cabeça apoiada num bornal
Barbas compridas
Pele morena
Roupas surradas
Cabelos opacos
Silhueta magra
Olhos fechados
Rascunho de gente
Olhei para a praça
E as luzes piscavam
Anunciando o Natal
Enquanto a sua luz apagava
As luzes do Natal reluziam
As luzes anunciavam o Salvador
E ele precisava de salvação
As luzes anunciavam confraternização
E ele precisava de um pedaço de pão
As luzes anunciavam o amor
E ele precisava de um cobertor
As luzes intensificavam afetos
E ele precisava de um teto
As luzes anunciavam o Redentor
E ele precisava de amor
Enquanto a sua luz apagava
E as luzes do Natal reluziam
A esperança não existia
E a solidão assumia o posto
Estava ali naquele dia
Não sabia como seria no outro
E as luzes do Natal que reluziam
Só ofuscavam seu rosto
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
Minhas cores
(Google Images)
Se eu não sei
as minhas cores
As cores do mundo
se confundem
com os matizes
do meu eu
Sou da cor
que me pintaram
quando pra aqui
me embarcaram
pra cumprir
uma missão
Sou da cor
da esperança
da alegria
e da constância
Sou da cor
do coração
Se eu não sei
as minhas cores
As cores do outro
se confundem
com os matizes
do meu eu
Sou da cor
que me pintaram
Pra combinar
com o cenário
da possível
atuação
Sou da cor
que pulsa em mim
Cor alegre
Cor vibrante
Sou da cor
do meu jardim
Maria Helena Mota Santos
Minhas cores
(Google Images)
Se eu não sei
as minhas cores
As cores do mundo
se confundem
com os matizes
do meu eu
Sou da cor
que me pintaram
quando pra aqui
me embarcaram
pra cumprir
uma missão
Sou da cor
da esperança
da alegria
e da constância
Sou da cor
do coração
Se eu não sei
as minhas cores
As cores do outro
se confundem
com os matizes
do meu eu
Sou da cor
que me pintaram
Pra combinar
com o cenário
da possível
atuação
Sou da cor
que pulsa em mim
Cor alegre
Cor vibrante
Sou da cor
do meu jardim
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Caminhada
(Google Imagens)
Trocando passos
ouvi o som
de cada tom
que me envolvia
Ando apurando
e aguçando
o meu olhar
na travessia
Ouvi canção
bem pra lá
do infinito
coração
Ouvi o verso
que dava colo
à companheira
solidão
Ouvi os passos
sem ter rumo
nem tão rápidos
nem tão lentos
Vi as plantinhas
brincando de roda
de mãos dadas
contra o vento
Ouvi o nada
em disparada
e do tudo
me desfiz
Andei
só andei
sem perguntar
se sou feliz
Maria Helena Mota Santos
15/10/2011
Trocando passos
ouvi o som
de cada tom
que me envolvia
Ando apurando
e aguçando
o meu olhar
na travessia
Ouvi canção
bem pra lá
do infinito
coração
Ouvi o verso
que dava colo
à companheira
solidão
Ouvi os passos
sem ter rumo
nem tão rápidos
nem tão lentos
Vi as plantinhas
brincando de roda
de mãos dadas
contra o vento
Ouvi o nada
em disparada
e do tudo
me desfiz
Andei
só andei
sem perguntar
se sou feliz
Maria Helena Mota Santos
15/10/2011
sábado, 13 de dezembro de 2014
Parte latente
(Google Images)
Era uma parte de mim que partia
Naquele dia no qual o sol se pôs
Enquanto outra parte de mim renascia
Parte que eu tinha deixado pra depois
Fez-se parto da parte preterida
No tempo em que não havia entardecer
E só na hora do sol poente
A parte, enfim, pôde renascer
É parte que ameniza a incompletude
E cobra o nascer para outra aurora
É parte que aponta pra outra margem
E redesenha uma nova trajetória
É parte que renova as estações
É parte que sobrevive de esperança
É parte que aponta horizontes
É parte necessária pra mudança
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
O reverso do caminho
(Google Images))
Só enxergou o verso
Quando ficou em reverso
Só enxergou a flor
Quando sentiu o espinho
Só quando enfrentou o escuro
Que enxergou as estrelas
Só quando soltou o seu grito
Que escutou os seus ecos
Só quando seguiu adiante
Que olhou para trás
Só entendeu o oásis
Quando conheceu o deserto
Só quando engravidou de si mesmo
Que renasceu para a vida
Maria Helena Mota Santos
Só enxergou o verso
Quando ficou em reverso
Só enxergou a flor
Quando sentiu o espinho
Só quando enfrentou o escuro
Que enxergou as estrelas
Só quando soltou o seu grito
Que escutou os seus ecos
Só quando seguiu adiante
Que olhou para trás
Só entendeu o oásis
Quando conheceu o deserto
Só quando engravidou de si mesmo
Que renasceu para a vida
Maria Helena Mota Santos
sábado, 6 de dezembro de 2014
Corrida da vida
(Imagem-Google Imagens)
Respire fundo!
Pode começar a hora que você quiser!
A partida começa na rua da saudade.
E a chegada é lá na rua da esperança.
No percurso, hidrate-se com lembranças.
E não esqueça do bloqueador da tristeza.
Use as roupas leves da alegria.
E proteja os pés contra a monotonia.
E para dar mais energia durante o percurso,
Não esqueça da pitadinha de sonho.
Corra! Mas não perca o compasso.
Pise! Mas deixe bons rastros.
Beba o líquido da moderação.
E embale tudo com uma canção.
Promova abalos sísmicos nas camadas internas.
E após a acomodação das falhas causadas pela erosão da dor,
Entre nos escombros e traga o troféu de si mesmo.
Após o resgate, siga a seta, vire a outra esquina
E aguarde instruções para a próxima corrida da vida.
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Medos
(Google Images)
Meus medos
já não são medos
São coragens
disfarçadas
São sinais
de uma mudança
No percurso
da estrada
Meus medos
já não são medos
São disfarces
de um novo tempo
São desafios
na vida impostos
Pra pintar
novos momentos
Meus medos
já não são medos
São asas
de proteção
São versos
do meu reverso
Que faz pulsar
o coração
Maria Helena Mota Santos
11/12/2011
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