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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Indagações


(Google Images)

O que dizer?
Nem sempre se tem palavras

Quando calar?
Nem sempre se tem silêncio

Quando seguir?
Nem sempre se tem estrada

O que fazer?
Nem sempre se tem clareza

Pra onde ir?
Nem sempre há um lugar

Como ajudar?
Nem sempre se tem a forma

Quando mudar?
Nem sempre se tem coragem

Quando amar?
Sempre que o coração pulsar

Maria Helena Mota Santos

23/12/2010

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Atitude

(Google Imagens)

Prefiro ser a ausência
Do que a presença não consentida

Prefiro a distância que aproxima
Do que a proximidade que afasta

Prefiro caminhar sozinha
Do que ser eco de outros passos

Prefiro chorar minhas lágrimas
Do que sufocar meu sorriso

Prefiro encarar minha dor
Do que maquiar o prazer

Prefiro enfrentar a verdade
Do que me aliar à mentira

Prefiro sofrer decepção
Do que me prevenir do amigo

Prefiro a lentidão dos minutos
Do que embriagar minhas horas

Prefiro esperar o meu tempo
Do que abortar uma vida


Maria Helena Mota Santos

25/10/2010

domingo, 28 de setembro de 2014

Amores e Amores


(Google Images)

Não tenho medo dos amores que se consumam e que se consomem com o tempo.
Tenho medo dos amores que não acontecem fora do coração e nos acompanham, ao longo da vida, queimando no íntimo do ser.
Tenho medo dos amores que não são consumidos pelo cotidiano e crescem puro como na idealização de um sonho.
Tenho medo dos amores que tal como uma sombra acompanham as nossas relações e espreitam a nossa cama.
Tenho medo dos amores que estão entre as relações, mas não se tem como provar porque não é uma traição de fato.
Tenho medo dos amores que ficam intactos no ser e se alimentam e se acendem a cada olhar reacendendo com a chama do tempo.
Tenho medo dos amores velados que nunca serão revelados nem desvelados.
Tenho medo dos amores perfeitos que invalidam o verdadeiro amor que conhece o cotidiano das dores e aflições.
Tenho medo dos amores que se apresentam como salvação nas crises e que aparecem como algo inatingível e infindável.
Tenho medo do amor fruto proibido porque resiste ao longo dos dias.
Tenho medo dos amores que se escondem, na maioria das vezes, usando a máscara da amizade.
Não tenho medo da traição que se efetiva e que atrai uma atitude.
Tenho medo da traição velada que nunca se tem certeza da sua existência e transcende as leis da justiça.
Tenho medo dos amores sem amarras , sem superego e sem fronteiras
Tenho medo do amor platônico que é encoberto pelo medo da realidade.
Não tenho medo da traição que é inerente ao ser humano.
Tenho medo da traição perfeita porque tem álibi e não tem culpa.
Tenho medo dos amores que tiram o ser amado da sua presença sem tirá-lo do seu lado.

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Adoção



As rosas na foto foram adotadas por mim e moram no meu jardim!


Eu adoto rosas
E as trago para um jardim
Liberto-as dos vasos
E as coloco na terra
Onde elas ganham asas
Enfim

Eu adoto rosas
E todos os seus espinhos
Elas me retribuem
Com cores
E me afagam
com carinho

Eu adoto rosas
Independente da sua cor
Adubo-as com a esperança
De que o mundo
Um dia
Seja um jardim repleto
de amor

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Parabéns, minha querida sobrinha!





Jéssica, sobrinha querida, você é uma linda flor que nasceu na primavera e enfeita o jardim da minha vida.
Difícil expressar em palavras o meu amor por você! O infinito não se define!
Desde que você nasceu eu acompanho sua trajetória e fico feliz ao perceber que a cada ano você sobe um degrau da evolução.
Tenho o maior orgulho de ter acompanhado seus primeiros passos e de ser sua tia favorita! risos (Terei problemas hoje, acredita?)
Neste dia tão especial desejo para você que se abra o infinito de possibilidades de desbravar o mundo... a vida... pois sei que nasceu com asas e não é do lugar comum.
Portanto, sobrinha, busque seus objetivos!
Mesmo com medo, siga a viagem! Corajoso é aquele que enfrenta seus medos.
Você nasceu para brilhar!
Tenho o maior orgulho de você!

Sua Tia Nena

A poesia a seguir é seu retrato!




Eu sou

Eu sou
Uma brisa suave
Que pousou no acaso
E se fez gente

Eu sou
Um tom solitário
Que pousou num acorde
E se fez canção

Eu sou
Um sentimento profundo
Que pousou em um verso
E se fez poesia

Eu sou
Um barquinho de papel
Que remou pelo mar
E se fez infinito

Eu sou
Uma pétala ao vento
Que pousou num jardim
E se fez flor

Eu sou
Um pedacinho de saudade
Que pousou num coração
E se fez amor

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A primavera chegou!


(Google Images)

FELIZ PRIMAVERA


Que as flores latentes em cada ser se tornem primavera para que o mundo seja um jardim repleto das flores da alegria, do amor e da compaixão!


Cores da vida

Estou à procura de uma cor
Que transforme uma tela
Dando um toque especial
De uma linda aquarela

uma cor marcante
Talvez seja a mais bela
A cor que enfeita o mundo
Quando se está na primavera

Quero uma cor estonteante
Que realize uma alquimia
Que traga em si a mistura
Da tristeza com a alegria

Quero a cor da cor dos olhos
De quem tem amor no coração
Quero a cor que de tão bela
Inspire a mais bela canção

A cor que eu tanto procuro
Nem é quente nem é fria
É a mistura de todas as cores
Que enche o mundo de magia


Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Vestida de poesia


(Google Images)

Fecho os olhos
Há outros sonhos pra sonhar
Se alguns deles se foram
Coloco outros no lugar

A vida é realidade
Vestida de fantasia
É uma linha tênue
Que segura cada dia

Se acordo e me sinto
Tenho vida ao meu dispor
Só preciso decidir
Qual será a minha cor

Pinto-me de aurora
Ou apenas anoiteço
Mostro a minha cara
Ou me coloco pelo avesso

Se acordo e sinto o pulso
Das sensações que arrebatam
O que antes era amargo
São sabores que me salvam

Se chegar o amanhã
E minha vida me acordar
Vou me vestir de poesia
E sair pra levitar

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Caminhada

(Google Imagens)


Trocando passos
ouvi o som
de cada tom
que me envolvia

Ando apurando
e aguçando
o meu olhar
na travessia

Ouvi canção
bem pra lá
do infinito
coração

Ouvi o verso
que dava colo
à companheira
solidão

Ouvi os passos
sem ter rumo
nem tão rápidos
nem tão lentos

Vi as plantinhas
brincando de roda
de mãos dadas
contra o vento

Ouvi o nada
em disparada
e do tudo
me desfiz

Andei
só andei
sem perguntar
se sou feliz


Maria Helena Mota Santos

15/10/2011

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dualidade


(Google Images)

Uma criança grita, dentro de mim, noite e dia
e se assusta com fantasmas que a escuridão deixou.

Eu a pego no colo e a embalo com carinho
ela faz beicinho e se enrosca toda em mim.

Digito a senha do cofre que reservei luz
ela aponta sombras que a luminosidade fez surgir.

Digo pra ela que nada na vida é permanente
que até o sol todo dia é poente.

Digo que nada é tão real que não possa virar sonho
e que a vida é um quebra-cabeça infinito.

Ela me escuta com um ar reflexivo
e eu a embalo com a canção do novo dia.

Ela se acalma no meu olhar para o infinito
e se espreguiça com o ser mais relaxado.

E num abraço aconchegante e carinhoso
o sono chega e ela dorme nos meus braços.

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O amor

(Google Imagens)


O que é o amor senão
Uma amizade sem limite
Um sofrimento prazeroso
Uma comunhão na diferença
Um esperar desesperado?

O que é o amor senão
Um caminhar sem um padrão
Um palpitar no infinito
Uma doação sem ter estoque
Um levitar na multidão?

O que é o amor senão
Um lugar do paraíso
Um coração em disparada
Uma chuva de sorrisos
Uma saudade acompanhada?

O que é o amor senão
Um deserto com oásis
Um labirinto com passagem
Uma felicidade indefinida
Uma essência colorida?

O amor é lágrima revertida em alegria
É viagem sem destino e sem roteiro
É desatino que equilibra as travessias.
É a magia que encanta o mundo inteiro.


Maria Helena Mota Santos

08/04/2010

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Eu quase sei

(Google Imagens)


Eu quase sei
que não mais quero
o que tanto tempo
esperei

Não quero o morno
o intervalo
de uma vida
que não planejei

Eu quero o ocaso
renascendo
sob a luz
do amanhecer

Eu quero a flor
de toda cor
que a cada espinho
me faz crescer

Eu quero a rima
imperfeita
e entoada
no meu canto

Eu quero as partes
encontradas
e libertadas
em cada pranto

Maria Helena Mota Santos

27/07/2012

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A dor que salva


(Google Images)

Gosto da dor que dói
mas é livre
A pior dor é
a que fica em coma
porque rouba a alegria
e a vontade de viver

Gosto da dor que dói
mas transmuta
A pior dor é
a que paralisa
e deixa impotente
para a travessia

Gosto da dor que dói
mas é digna
A pior dor é
a que se arrasta
por não se saber asa
pronta para voar

Gosto da dor que dói
mas é semente
A pior dor é
a que não se abre em flor
e jaz no canteiro inerte
do desamor

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

A lição da chuva


(Google Images)

Voltava para casa, hoje, após uma caminhada matinal
e fui surpreendida por uma chuva inesperada.
Daquelas chuvas que nem o canal do tempo faz previsão.
Acelerei os passos e procurei um abrigo.
Quando lá cheguei encontrei outras pessoas
que nem tinham agendado comigo naquela hora.
Estávamos ali, juntas, quase nos tocando, por um acaso.
Aproveitei o momento para observar as minhas reações internas
e as que eu podia perceber ou inferir nas pessoas.
Olhei primeiro para o lugar mais confortável:
O lado de fora!
Olhar pra si é sempre mais difícil!
Umas pareciam inquietas.
Outras mostravam irritação.
Algumas se impacientavam e saíam se molhando.
Outras, como eu, pareciam observar o momento,
talvez, com receio de acionar recordações melancólicas.
A chuva tem o poder de trazer aquela nostalgia latente.
Resolvi então olhar com mais atenção a chuva que caía.
E percebi que ao cair no chão, os pingos não escorregavam,
ao contrário, faziam círculos harmônicos.
Os pingos numa dança belíssima em pista molhada,
com uma bela sincronia, rodopiavam de mãos dadas.
Estavam lado a lado com outros círculos mas não se misturavam.
Cada grupo era companheiro mas não perdia sua identidade.
Fiquei assim em torno de dez minutos e aprendi uma grande lição.
Nas alturas ou no chão se pode fazer da vida uma bela canção.

Maria Helena Mota Santos

21/10/2010

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Linha do tempo


(Google Imagens)


Não teço
cada dia
com linhas quebradas
pelo tempo
Em cada amanhecer
pego outra linha
e bordo
novo momento

Às vezes
de cores pálidas
Às vezes
de cores firmes
Eu valorizo
cada cor
A cor alegre
e a cor triste

Às vezes
teço pelo avesso
com as mãos trêmulas
de frio
Às vezes
tenho pouca linha
mas encaro
o desafio

Às vezes
penso que teço
um caminho
que escolhi
Mas percebo
que havia esboço
do bordado
que teci

Às vezes
fico perplexa
meus bordados
não reconheço
Mas não deixo
um só dia
Sem tentar
um recomeço

Teço
desde que acordo
e só paro
quando adormeço
Mas em sonho
sou intuída
e para o novo dia
eu amanheço

Maria Helena Mota Santos

02/04/2012

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Andança


(Google Imagens)

Andava diferente na mesma trilha que caminhara outrora
Escutava os ecos dos seus passos em companhia do alvorecer
Não chorava, não sorria, nenhum sentimento surgia
No passo rápido abrigava a lentidão das horas
Tinha pressa, mas não queria correr com o vento
Preferia esperar a inexatidão do tempo
O orvalho, por vezes , lhe causava surpresa
Quando no abrigo dos seus olhos congelavam
Causando uma certa irritação ocular
Até degelarem com os raios de sol
Ouvia pássaros internos e despertos
E escutava sons inaudíveis, imperceptíveis
Conversava com seus ruídos
Sem precisar usar os seus sentidos
Expressava uma serenidade paradoxal e absurda
Que contrastava com a guerra dos seus mundos
Sem teto buscava abrigo no infinito
Fazendo pausas se fosse preciso
Enfim, sentia-se um recorte de um momento
Que ficara guardado no arquivo do tempo

Maria Helena Mota Santos

domingo, 7 de setembro de 2014

Amanheci assim

(Google Images)

Amanheci assim
tão pequenina
que não sou vista
em nenhuma esquina
Meu coração transcende
e se agiganta sobre o corpo
O vento me roça
e sinto frio até no osso

Amanheci assim
com tanta sutileza
que não perco de vista
a real beleza
Dos poros da vida
percebo as sementes
Que se fazem frutos
docemente

Amanheci assim
tão desigual
que não sei a proporção
do sentimento atual
Da vitrine da alma
puxo parte de mim
E compartilho com o mundo
o que ainda não conheci

Amanheci assim
tão humanamente real
que me misturo ao mundo
de uma forma original
Ouço os gritos inaudíveis
e com eles me envolvo
Sou sorrisos e lágrimas
Sou a emoção do novo

Maria Helena Mota Santos

16/03/2012

sábado, 6 de setembro de 2014

Roteiro


(Google Images)

Engraçado
É quando a graça
Vem do choro
No reflexo
Do espelho
Onde o riso
Convence as lágrimas
Para uma trama
Sem roteiro

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Erupção


(Google Images)

Cada erupção
Na pele
É a lágrima
Que não caiu
E não chorou
No tempo incerto
Da dor

Cada erupção
Na pele
É o espinho
Que nasceu
E se disfarçou
Por entre as pétalas
Da flor

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Imprecisão

(Google Imagens)


Trago em mim
tantas pessoas
que encontro
e desencontro

As que enxugam
lágrimas
As que acionam
prantos

Trago a luz
e a escuridão
A linha reta
e a contramão

Nem sempre só
sou solidão
Fico sozinha
na multidão

Trago a dor
dilacerante
E morro em vida
por um instante

Se pulso forte
sou emoção
Se estou letárgica
sou imprecisão

Trago a incerteza
do que virá
Mas abro as asas
para voar

Nem sempre sou
o que pensei
Ando em busca
do que não sei


Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Poetizei


(Google Images)


Sem saber
Que não seria
Fui

Sem saber
Que não queria
Quis

Sem saber
Que não viria
Esperei

Sem saber
Que era fugaz
Eternizei

Sem saber
Que era verso
Poetizei

Maria Helena Mota Santos