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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Poesia



(Google Images)

Queima-me
Não sei se é fogo
Inunda-me
Não sei se é água
Emociona-me
Não sei se é ternura
Entristece-me
Não sei se é dor
Alegra-me
Não sei se é prazer
Veste-me
Não sei quais as cores
Arrebata-me
Não sei se é paixão
Extasia-me
Não sei se é amor

Só sei que é poesia

Maria Helena Mota Santos

14/07/2010

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Perspectiva


(Google Images)


Chegará o dia em que o raro se tornará comum
e que o comum parecerá raro.

Chegará o dia em que é preciso derrubar o muro
e experimentar o descampado.

Chegará o dia em que se estranhará a estranheza
diante de tudo que se desejou.

Chegará o dia em que se acordará atordoado
e pensará que a realidade é sonho.

Chegará o dia em que se buscará a parte perdida
do quebra-cabeça de si mesmo.

Chegará o dia em que se pensará ser outra pessoa
no reflexo do espelho da vida.


Maria Helena Mota Santos

16/08/2010

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Parabéns pela formatura, Darina Mirelli!



Lembro-me de um tempo no qual o dia de hoje era só o projeto de um sonho.
Lembro-me da adolescente de sorriso terno e de jeitinho afável.
Impossível não me encantar com sua doçura aliada à determinação.
O sorriso sempre foi sua carta de apresentação e, certamente, esse jeito carinhoso fará a diferença no exercício da sua profissão.
Hoje fiz uma retrospectiva e percebo com muita emoção que você, Darina Mirelli, se agigantou para realizar o sonho de ser Médica. Que lindo percurso!
Não tenho dúvida que será uma Médica que priorizará o ser humano na sua essência e, por isso, a cura dos seus pacientes virá com mais facilidade.
Desejo que no seu caminho o sucesso esteja sempre em pauta.
Obrigada pelo presente que sempre me deu em forma de carinho.
Você não imagina a emoção que sinto por ter participado de uma história tão especial!
Embora não possa estar aí para lhe aplaudir de pé, no dia de hoje, eu lhe envio a minha melhor energia de amor desejando que seu caminho seja brilhante!
Parabéns para você, Lorena e seus pais. O sonho foi de todos e a realidade também!

Abraços de sua Tia Helena

sábado, 21 de junho de 2014

O dia em pauta


(Google Images)

Cada dia cai como um laço envolvente nas "teias" do cotidiano
Cada dia chega como um convite para um baile de máscaras
Cada dia nasce para os atores da vida independente do seu “script”
Cada dia segue no seu compasso sem a chance da espera
Cada dia nasce e segue na valsa da alegria ou da dor
Cada dia dança e impõe sua marcha sem prévia autorização
Cada dia leva para o lugar da imprevisibilidade
Cada dia é de todos e de ninguém
Cada dia é um elo de uma corrente sem fim previsível
Cada dia reflete o olhar caleidoscópico dos seres coloridos
Cada dia é uma invenção e uma reinvenção
Cada dia é labirinto de uma vida sem desfecho anunciado
Cada dia é um canteiro de obras de um edifício incerto
Cada dia é um projeto sem garantias
Cada dia é uma senha pra vida ou um xeque-mate
Cada dia é luz ou sombra
Cada dia nasce com novas tintas para os quadros borrados pelo tempo
Cada dia é um pincel que redesenha o passado
Cada dia é o prenúncio do futuro incerto
Cada dia é o resgate do passado com as armas do presente

Maria Helena Mota Santos

10/02/2010

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Transparência


(Google Images)

Quero olhar dentro de mim
Sem máscara
Sem caleidoscópio
Sem subterfúgio
Sem brincar de esconder
Quero encarar o que dói
O que cicatrizou
A ferida que apenas fechou
Mas desperta a cada pesadelo
Quero dançar comigo mesma
Na sinfonia do momento
Sem valsa encobrindo samba
Sem samba encobrindo valsa
Quero bailar no salão da vida
Vida Real sem fronteiras
Vida sem grilhões
Quero dar o grito certo
No lugar certo
Quero sonhar
Sem me esconder de mim
Quero ir
Quero vir
Quero falar palavras presas
Quero falar de pensamentos
De sofrimento
De alegria
Quero escutar o companheiro
Sem misturá-lo comigo mesma
Quero passear com o amigo
Sem interferir no seu mundo
Quero ser eu
Sem pedir desculpas
Quero ser autêntica
Quero partir do mundo um dia
Sem a sensação de agonia
Ao descobrir que vivia
Uma utopia

Maria Helena Mota Santos

08/05/2010

terça-feira, 17 de junho de 2014

Para sempre


(Google Imagens)


O "para sempre"
pode durar
até amanhã
E o nunca
pode acabar
neste momento

A vida segue
modificando
os paradigmas
O que era óbvio
nas mãos do tempo
desmistifica

E as promessas
às vezes se perdem
nas mãos do vento
Que torna vulnerável
a senha confiável
de um momento

Maria Helena Mota Santos

09/06/2012

domingo, 15 de junho de 2014

Vida em poema

(Google Images)


No passado só pude ser
quem eu fui
Não há sombra
que não traga
o reflexo de uma luz

Se de um poema
eu hoje sou um verso
Fui concebida
nos caminhos
adversos

Se sou riso
foi na lágrima
que ancorei
Vivo pintando
cada dia de uma vez

Sou a nota da canção
que não tem fim
Faço a sinfonia
do grande amor
que mora em mim

Maria Helena Mota Santos

12/01/2012

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Malabarismo


(Imagem-Google Imagens- R. Alves)


Olha a moça! Com malabarismo, levando seu cesto, entoa uma canção.
Olha a moça! Morrendo de frio no meio da chuva do seu coração.
Olha a moça! Com seu cobertor, cobrindo seu mundo, não perde o gingado.
Olha a moça! Cabelo molhado e os pés bem cansados do sapateado.
Olha a moça! Olhar no presente, o futuro distante, mas tem fantasia.
Olha a moça! Visitar a cidade, conhecer as paisagens, é o que mais queria.
Olha a moça! Com grande equilíbrio desfila na vida carregando seu pote.
Olha a moça! Que mata a sede, ajuda o vizinho e faz o que pode.
Olha a moça! Vestido pintado, do dia suado , de tanta labuta.
Olha a moça! Ficar sem comida, sem água da chuva é o que lhe assusta.
Olha a moça! Que quando nasceu já foi escolhida a sua profissão.
Olha a moça! Não tem depressão porque no sertão não tem disso não.
Olha a moça! Que olha pro céu e fica perplexa ao ver um avião.
Olha a moça! Que brota bonita , é a paisagem mais linda que há no sertão.

Maria Helena Mota Santos

11/03/2010

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Feliz dia dos namorados (12/06)


(Foto- amigos da bicharada)



Amor

O que é o amor senão
Uma amizade sem limite
Um sofrimento prazeroso
Uma comunhão na diferença
Um esperar desesperado?

O que é o amor senão
Um caminhar sem um padrão
Um palpitar no infinito
Uma doação sem ter estoque
Um levitar na multidão?

O que é o amor senão
Um lugar do paraíso
Um coração em disparada
Uma chuva de sorrisos
Uma saudade acompanhada?

O que é o amor senão
Um deserto com oásis
Um labirinto com passagem
Uma felicidade indefinida
Uma essência colorida?

O amor é lágrima revertida em alegria
É viagem sem destino e sem roteiro
É desatino que equilibra as travessias.
É a magia que encanta o mundo inteiro.


Maria Helena Mota Santos

Introspecção

(Google Images)

E no silêncio
Vou encontrar minhas palavras
Vou traçar minha rota
Vou desenhar meu destino

E no silêncio
Vou viajar com o tempo
Vou descansar no seu colo
Vou esperar seus desfechos

E no silêncio
Vou caminhar pelas nuvens
Vou enfrentar tempestades
Vou recuperar minha paz

E no silêncio
Vou falar sem palavras
Vou enxergar no escuro
Vou fazer barulho sem som

E no silêncio
Vou me colocar pelo avesso
Vou encontrar meu endereço
Vou expressar meu amor

E no silêncio
Vou buscar meu infinito
Vou ser um poema bonito
Vou acender minha luz

Maria Helena Mota Santos

24/04/2010

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Partes de mim


(Google Images)


Partes de mim estão livres
E fazem redemoinho
No vento das emoções

Partes de mim são aladas
E se emparelham com o tempo
Nas asas da imaginação

Partes de mim são partidas
Que enfrentam tempestades
Em busca de um novo sol

Partes de mim são como águias
Que voam sempre mais alto
Em busca do infinito

Partes de mim são casulos
Que preparam o momento
De ser borboleta no mundo


Maria Helena Mota Santos

27/09/2010

domingo, 8 de junho de 2014

Cores derramadas


(Google Images)

Pintei poesia
De tintas derramadas
Derramei o azul
Do estoque do meu céu
E fiz do verde
A cor da minha estrada

Derramei o vermelho
E fiz rosas no caminho
Com a cor bege
Pintei o aconchego
Do meu ninho

Com a tinta preta
Realcei o meu olhar
Que assim aprendeu
Todas as cores
Matizar

E não havia
Cores de solidão
Todas se abraçavam
Pra pintar uma emoção

Enfim vi uma tela
Sem contorno
E sem desfecho
Sempre era possível
Ter outras tintas
E o recomeço

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Amar

(Google Images)

Amar
o impossível amar
e semear a luz
de um doce olhar

Amar
o infinito ser
e semear concórdia
pra não anoitecer

Amar
o que está à margem
e estender a mão
pra seguir viagem

Amar
o rastro da escuridão
e infiltrar luz
pra salvar o irmão

Amar
um amor salvador
e deixar aqui na terra
um jardim pleno de amor

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Não há solidão


(Google Images)

Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que seja abraço
Que seja abrigo
Em qualquer hora
Quando for preciso

Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que seja sorriso
Que seja esperança
E que seja um ombro
Em qualquer circunstância

Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que seja escuta
Que seja palavra
E seja uma bússola
Na íngreme estrada

Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que retire dos pés
Os grandes espinhos
E enfeite de flores
O nosso caminho

Maria Helena Mota Santos

Música e Poesia




(Google Images)


A música
É a poesia
Dançando
Nos acordes
Diversos
Inversos
Adversos

A música
É o embalo
Das letras
Da alma
Da arte
De tudo
Que viceja

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Pequenina flor

(Google Images)

Seria uma parte ingênua e romântica
Se não tivesse caído nas mãos do tempo
E não se fizesse dor e sofrimento
E renascesse para outro portal da vida

Seria apenas uma flor de asa pequenina
Que nem tomaria consciência que voa
E se prenderia ao chão por muito tempo
E não conseguiria ultrapassar fronteiras

Foi quando caiu nas mãos do tempo
Das dores e das tempestades
Que conheceu o sol mesclado com chuva
E a brisa misturada com ventania

Conheceu terras áridas e jardins
E espinhos morando em flores
Em busca da paz encontrou guerra
E conheceu as noites sombrias

Nas voltas que o mundo dá
Conheceu a luz e a sombra
Conheceu a imensidão e o vazio
E o rio que virou mar

Nas mãos sábias do tempo
Conheceu lugares imperdíveis
Fez-se canção todo tempo
Com as notas de cada momento

E a parte ingênua abriu asas
E agora voa pelos cantos do mundo
Com a leveza de uma águia
Em busca do eu mais profundo

Maria Helena Mota Santos

16/10/2010

domingo, 1 de junho de 2014

Em companhia da alegria

(Google Images)


Capturei a alegria
Que passava sorrateira
Lá na terra da infância
E a fiz minha companheira

Desde então ela me segue
Ancorada num sorriso
Quando cai um temporal
Ela se torna meu abrigo

Às vezes fica implícita
Num momento de tristeza
Mas logo reaparece
Mostrando sua beleza

Ela espanta o pessimismo
E algema a solidão
Sempre tenho companhia
Num cantinho do coração

Às vezes cai numa lágrima
E se transforma em sorriso
Nessa ciranda perfeita
Faz da vida um paraíso

Eu a percebo em toda parte
No céu, na terra e no mar
Em cada momento vivido
E no meu coração a pulsar

Maria Helena Mota Santos