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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Amores e Amores


(Google Images)

Não tenho medo dos amores que se consumam e que se consomem com o tempo.
Tenho medo dos amores que não acontecem fora do coração e nos acompanham, ao longo da vida, queimando no íntimo do ser.
Tenho medo dos amores que não são consumidos pelo cotidiano e crescem puro como na idealização de um sonho.
Tenho medo dos amores que tal como uma sombra acompanham as nossas relações e espreitam a nossa cama.
Tenho medo dos amores que estão entre as relações, mas não se tem como provar porque não é uma traição de fato.
Tenho medo dos amores que ficam intactos no ser e se alimentam e se acendem a cada olhar reacendendo com a chama do tempo.
Tenho medo dos amores velados que nunca serão revelados nem desvelados.
Tenho medo dos amores perfeitos que invalidam o verdadeiro amor que conhece o cotidiano das dores e aflições.
Tenho medo dos amores que se apresentam como salvação nas crises e que aparecem como algo inatingível e infindável.
Tenho medo do amor fruto proibido porque resiste ao longo dos dias.
Tenho medo dos amores que se escondem, na maioria das vezes, usando a máscara da amizade.
Não tenho medo da traição que se efetiva e que atrai uma atitude.
Tenho medo da traição velada que nunca se tem certeza da sua existência e transcende as leis da justiça.
Tenho medo dos amores sem amarras , sem superego e sem fronteiras
Tenho medo do amor platônico que é encoberto pelo medo da realidade.
Não tenho medo da traição que é inerente ao ser humano.
Tenho medo da traição perfeita porque tem álibi e não tem culpa.
Tenho medo dos amores que tiram o ser amado da sua presença sem tirá-lo do seu lado.

Maria Helena Mota Santos

4 comentários:

  1. OLÁ, QUERIDA HELENA!

    Há muito que não lia um texto tão lúcido, e simultaneamente tão terno.

    PARABÉNS! NOTA 11.

    Beijos da Luz, com estima e apreço.

    PS: gostava de ter este texto, para juntar no meu caderninho, de "coisas" raras. Pode enviar-mo por e-mail? Ficar-lhe-ia, muito grata. Obrigada!

    estanque.emilia@gmail.com

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  2. Luz, seu comentário é um privilégio para mim! Obrigada!Enviarei com o maior prazer para o seu e-mail!
    É uma honra! Você é especial! Abraços

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  3. Olá, Helena!

    Num comentário feito a um outro da Luz, reencaminhei-a para este teu poema.Porém, vejo que ela já o comentou e, comungo da mesma opinião:É uma preciosidade.
    Nos meus dois últimos textos no Fatima e na Luzdoteuolhar falo de delírios e incongruências.O Teu fala de ter medo, contrariando o beato João PauloII que dizia para não termos medo.Medo da verdade, do amor, Amor.
    Abraços,

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  4. Olá Adriano, obrigada pelo sábio comentário! Você é uma excelente companhia poética! Abraço!

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