Licença Creative Commons
O Blog é licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported.
Baseada no trabalho presente em http://www.pintandoosetecomavida.blogspot.com.
.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O encanto de ser


(Google Images)

Tinha as asas de um pássaro e pousou perto do céu
Escolheu uma estrela e a trouxe pra sua estrada
Pegou uma nuvem branca e se deitou sobre ela
Brincou com o sol e bronzeou os seus dias
Esperou pela lua e a fez iluminar suas noites
Encontrou um cometa e embarcou na sua cauda
Encantou-se com Saturno e usou o seu anel
Encontrou um arco-íris e ganhou um pote de ouro
Viu o esboço de Deus e desenhou sua fé
Tinha os olhos coloridos e enxergou o invisível
Escolheu ver as cores nos quadros neutros da face
Pegou uma varinha mágica e encantou corações
Brincou com a incerteza e enfrentou a viagem
Esperou a alegria e dispensou a tristeza
Encontrou um atalho e preferiu um caminho
Encantou-se com a vida e enfrentou os percalços
Encontrou um anjo e herdou sua leveza
Viu o esboço de Deus e desenhou seu amor

Maria Helena Mota Santos

sábado, 27 de dezembro de 2014

Novo tempo


(Google Images)

O novo tempo
cansou de esperar
e envelheceu

Enquanto esperava
colheu sabedoria
e renasceu

O sábio tempo
não mais esperava
o tempo mudar

Não tinha mais tempo
para esperar
a vida passar

Apenas andava
Apenas sabia
plantar todo dia

Plantava esperança
Plantava amor
Plantava alegria

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Cores do ser


(Google Images)

Cada ser traz uma cor
Que permeia este momento
E com um infinito matizado
Vai bordando o firmamento

Cada ser borda um ponto
Com a cor que traz em si
E faz a mistura das cores
Pela alquimia do sentir

Cada ser é uma aquarela
Com as cores que buscou
Uns pintam com cores frias
Outros pintam a cor do amor

São cores amanhecidas
São cores adormecidas
Cores que enfeitam cada hora
Cores que enfeitam cada vida

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

É tempo de Natal


(Google Images)

A cada estrela
uma lembrança
deste tempo
e do tempo da infância

A cada luz
uma fantasia
que anestesia a tristeza
e aciona a alegria

A cada melodia
um acesso à nostalgia
dos tempos de outrora
e cheios de magia

A cada dezembro
explodem emoções
umas trazem euforia
outras trazem solidão

Maria Helena Mota Santos

domingo, 21 de dezembro de 2014

Luzes do Natal


(Google Images)

Eu passava por ali
Passos lentos
Distraída
Pensando na vida

Ele estava lá
Deitado na calçada
Na penumbra da noite

Cabeça apoiada num bornal
Barbas compridas
Pele morena
Roupas surradas
Cabelos opacos
Silhueta magra
Olhos fechados
Rascunho de gente

Olhei para a praça
E as luzes piscavam
Anunciando o Natal

Enquanto a sua luz apagava
As luzes do Natal reluziam

As luzes anunciavam o Salvador
E ele precisava de salvação

As luzes anunciavam confraternização
E ele precisava de um pedaço de pão

As luzes anunciavam o amor
E ele precisava de um cobertor

As luzes intensificavam afetos
E ele precisava de um teto

As luzes anunciavam o Redentor
E ele precisava de amor

Enquanto a sua luz apagava
E as luzes do Natal reluziam
A esperança não existia
E a solidão assumia o posto

Estava ali naquele dia
Não sabia como seria no outro
E as luzes do Natal que reluziam
Só ofuscavam seu rosto

Maria Helena Mota Santos


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Minhas cores


(Google Images)

Se eu não sei
as minhas cores
As cores do mundo
se confundem
com os matizes
do meu eu

Sou da cor
que me pintaram
quando pra aqui
me embarcaram
pra cumprir
uma missão

Sou da cor
da esperança
da alegria
e da constância
Sou da cor
do coração

Se eu não sei
as minhas cores
As cores do outro
se confundem
com os matizes
do meu eu

Sou da cor
que me pintaram
Pra combinar
com o cenário
da possível
atuação

Sou da cor
que pulsa em mim
Cor alegre
Cor vibrante
Sou da cor
do meu jardim


Maria Helena Mota Santos

Minhas cores


(Google Images)

Se eu não sei
as minhas cores
As cores do mundo
se confundem
com os matizes
do meu eu

Sou da cor
que me pintaram
quando pra aqui
me embarcaram
pra cumprir
uma missão

Sou da cor
da esperança
da alegria
e da constância
Sou da cor
do coração

Se eu não sei
as minhas cores
As cores do outro
se confundem
com os matizes
do meu eu

Sou da cor
que me pintaram
Pra combinar
com o cenário
da possível
atuação

Sou da cor
que pulsa em mim
Cor alegre
Cor vibrante
Sou da cor
do meu jardim


Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Caminhada

(Google Imagens)


Trocando passos
ouvi o som
de cada tom
que me envolvia

Ando apurando
e aguçando
o meu olhar
na travessia

Ouvi canção
bem pra lá
do infinito
coração

Ouvi o verso
que dava colo
à companheira
solidão

Ouvi os passos
sem ter rumo
nem tão rápidos
nem tão lentos

Vi as plantinhas
brincando de roda
de mãos dadas
contra o vento

Ouvi o nada
em disparada
e do tudo
me desfiz

Andei
só andei
sem perguntar
se sou feliz


Maria Helena Mota Santos

15/10/2011

sábado, 13 de dezembro de 2014

Parte latente


(Google Images)

Era uma parte de mim que partia
Naquele dia no qual o sol se pôs
Enquanto outra parte de mim renascia
Parte que eu tinha deixado pra depois

Fez-se parto da parte preterida
No tempo em que não havia entardecer
E só na hora do sol poente
A parte, enfim, pôde renascer

É parte que ameniza a incompletude
E cobra o nascer para outra aurora
É parte que aponta pra outra margem
E redesenha uma nova trajetória

É parte que renova as estações
É parte que sobrevive de esperança
É parte que aponta horizontes
É parte necessária pra mudança

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O reverso do caminho

(Google Images))


Só enxergou o verso
Quando ficou em reverso

Só enxergou a flor
Quando sentiu o espinho

Só quando enfrentou o escuro
Que enxergou as estrelas

Só quando soltou o seu grito
Que escutou os seus ecos

Só quando seguiu adiante
Que olhou para trás

Só entendeu o oásis
Quando conheceu o deserto

Só quando engravidou de si mesmo
Que renasceu para a vida

Maria Helena Mota Santos

sábado, 6 de dezembro de 2014

Corrida da vida


(Imagem-Google Imagens)

Respire fundo!
Pode começar a hora que você quiser!
A partida começa na rua da saudade.
E a chegada é lá na rua da esperança.
No percurso, hidrate-se com lembranças.
E não esqueça do bloqueador da tristeza.
Use as roupas leves da alegria.
E proteja os pés contra a monotonia.
E para dar mais energia durante o percurso,
Não esqueça da pitadinha de sonho.
Corra! Mas não perca o compasso.
Pise! Mas deixe bons rastros.
Beba o líquido da moderação.
E embale tudo com uma canção.
Promova abalos sísmicos nas camadas internas.
E após a acomodação das falhas causadas pela erosão da dor,
Entre nos escombros e traga o troféu de si mesmo.
Após o resgate, siga a seta, vire a outra esquina
E aguarde instruções para a próxima corrida da vida.

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Medos


(Google Images)

Meus medos
já não são medos
São coragens
disfarçadas
São sinais
de uma mudança
No percurso
da estrada

Meus medos
já não são medos
São disfarces
de um novo tempo
São desafios
na vida impostos
Pra pintar
novos momentos

Meus medos
já não são medos
São asas
de proteção
São versos
do meu reverso
Que faz pulsar
o coração

Maria Helena Mota Santos

11/12/2011

sábado, 29 de novembro de 2014

O parto nosso de cada dia

(Google Images)

No início de cada manhã
há de se assumir a gravidez dos sentimentos
e não provocar aborto no que é indesejado.

No início de cada manhã
há de se assumir o embrião do ventre da alma
e encará-lo como parte do seu ser.

No início de cada manhã
há de se acompanhar os sinais que vêm de dentro
e acompanhar preventivamente a gestação
para facilitar o trabalho de parto.

No início de cada manhã
há de se escutar os ruídos da alma
com as contrações que vêm de dentro
e facilitar a dilatação dos sentimentos.

No início de cada manhã
há de se aceitar a dor presente
e acarinhá-la para facilitar a passagem
que levará a outro canal da vida.

No início de cada manhã
há de se agradecer por estar pulsando
e abraçar com carinho a dor ou alegria
como parte vital dessa grande travessia.

Maria Helena Mota Santos

09/04/2010

sábado, 22 de novembro de 2014

Entrelinhas


(Google Images)

Quem poderá me dizer
O que há nas entrelinhas
De cada dia que se faz noite
E de cada noite que se faz dia?
O que será que acontece
Na fronteira do encontro
Onde a noite apaga a luz
E o dia acende a noite?

Quem poderá me dizer
O que há nas entrelinhas
De cada estrela cadente
Que se cansa do lugar?
O que será que acontece
Na fronteira do encontro
Onde o lugar que era ausente
Ganha um brilho reluzente?

Quem poderá me dizer
O que há nas entrelinhas
Do instante que é passado
Quando há pouco era presente?
O que será que acontece
Na fronteira do encontro
Onde o futuro se faz presente
Pra ser arquivo no passado?

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Carência


(Google Images)


Careço
do meu silêncio
Careço
da minha paz
Pra me mostrar
um espaço novo
Pra vida
que se refaz

Careço
do meu olhar
pra via
da solidão
Para entender
estas linhas
Da palma
da minha mão

Careço
de ter saudade
de tudo
que já se foi
Careço
de viver o agora
Sem deixar nada
pra depois

Maria Helena Mota Santos

sábado, 15 de novembro de 2014

Feliz aniversário, Anne Karoline!



Algumas pessoas trazem um brilho especial ao mundo porque, através do olhar, deixam transbordar os sentimentos nobres que moram no coração.
Quando olho para minha filhinha que adotei pelo coração, Anne Karoline, eu posso enxergar tanto amor que sinto uma leveza que me transporta aos lugares mais felizes da minha alma.
Falar de Anne é difícil e ao mesmo tempo tão fácil!
É difícil porque me faltam as palavras para expressar o que ela é para mim e para o mundo.
É fácil porque é só traduzir todos os infinitos sentimentos e expressá-los na palavra AMOR.
Então, minha querida filhinha, quero lhe desejar neste dia especial, em que o mundo comemora a sua chegada, que você continue com essa essência que deixa rastros de carinho por onde passa.
O mundo e, particularmente, o meu mundo é melhor porque você existe!

Feliz aniversário!

Tia Helena

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Cotidiano


(Google Images)

Passa um ônibus, passa um caminhão tocando alto uma canção.
Passa um ambulante numa bicicleta e ao seu lado passa um atleta.
Passa uma mulher, passa um cidadão e uma menina com pé no chão.
Passa um garoto levando uma bola e vai seguindo para a escola.
Passa um segundo, passa um minuto e eu daqui olhando o mundo.
Passa a lembrança, passa a saudade e a dor que dói em qualquer idade.
Passa um casal e passa um só e um pobrezinho que me dá dó.
Passa um bêbado soltando gritos e deixa um homem um pouco aflito.
Passa um louco com seu delírio prometendo Deus e o paraíso.
Passa o relâmpago, passa o trovão e o vento deixa flores no chão.
Passa o destino , passa voando e meu poema eu vou compondo.
Passa você e tudo passa. Não espere não! Senão se atrasa!
Passa o mundo pra quem se foi ou pra quem deixa pra depois.

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O que restou


(Google Images)

Hoje eu não trouxe nada
Trouxe parte do tudo que restou
Trouxe a minha essência
A minha carência
E a vontade de plantar flor

Hoje eu não trouxe tudo
Trouxe o quase nada que restou
Trouxe o meu carinho
A minha compaixão
E o desejo de semear amor

Maria Helena Mota Santos

07/02/2011

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

AOS ALUNOS QUE FARÃO AS PROVAS DO ENEM


(Google Images)

Não há como entender
O que sinto de verdade
Só sei que estou na ponte
Entre sonho e realidade

Hoje acordei diferente
Um suspense está no ar
Tento não perder o FOCO
Pra minha meta alcançar

Se alguém fala comigo
Aciona minha emoção
Posso chorar ou sorrir
Ou vou fazer revisão

Sinto o apoio da família
E dos amigos também
Por mim e por todos eles
Eu quero me sair bem

Além de manter o FOCO
Eu preciso me acalmar
Pois do fator emocional
Eu não posso descuidar

Fiz o melhor que pude
Agora chegou a hora
De enfrentar a jornada
E escrever minha história

Boa prova!

Maria Helena Mota Santos

Menina


(Google Images- Detha Watson)

Ainda sou aquela menina
que encontrou a sua imagem
num grande baile de máscaras

Ainda sou a saudade
que se despediu da infância
sem se desfazer dos brinquedos

Ainda sou a liberdade
de pés descalços na vida
em busca de terra desconhecida

Ainda sou aquela menina
vestida da cor do sonho
acordada na realidade

Ainda sou menina peralta
que desfaz caminhos prontos
pra não perder a cor dos dias

Ainda sou menina sorriso
que acha sempre uma graça
Nas teias tecidas na vida

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Parabéns para a minha amiga TOP... MUSA...



Suavidade encantadora
E sorriso cativante
Vai desfilando na vida
Com seu porte elegante

Determinação é seu lema
Transforma lágrima em sorriso
Ter uma amiga como Ana Sílvia
É sempre viver no paraíso

Seu carinho é aconchego
É terna e amorosa
Sempre por onde passa
Deixa pétalas de rosa

Para minha amiga Ana Silvia
Que com carinho me conquistou
Eu desejo que na sua estrada
Nunca falta o dom do amor


Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Encontro marcado


(Google Images)

O mundo desaparece
As vozes silenciam
E tudo se resume
A uma só companhia

Os sentidos se entrelaçam
Em clima de comunhão
Os olhos tocam a alma
E invadem o coração

O encontro está marcado
Numa estrada sem fronteira
A história de um instante
Vale por uma vida inteira

Não há nada que atrapalhe
Ou que cause sofrimento
Tudo é da cor do amor
No recorte do momento


Maria Helena Mota Santos

domingo, 2 de novembro de 2014

Partida

(Google Images)

Homenagem aos que partiram e aos que estão experimentando o sentimento da saudade.

"TUDO O QUE AMAMOS PROFUNDAMENTE CONVERTE-SE EM PARTE DE NÓS MESMOS."
(Helen Keller)



Partiram
ou se tornaram
invisíveis?

Partiram
ou transmutaram
para outra dimensão?

Uns partem
e ficam
mais perto

Outros partem
e deixam
um deserto

Alguns partem
sem partida
andam sem rumo na vida

Outros partem
e não se vão
porque ficam no coração


Maria Helena Mota Santos

sábado, 1 de novembro de 2014

Cantinho

(Google Images)

Eram tantas as viagens
Eram tantas as bagagens
Que parei o trem do tempo
E pedi para descer

Despojei-me do supérfluo
Fiquei mirando o céu azul
Coloquei-me em reverso
Num cantinho me aconcheguei

Fechei os olhos para o óbvio
Troquei lentes viciadas
E no balanço do tempo
Sem ter tempo divaguei

Maria Helena Mota Santos

18/08/2011

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Aprendi com a vida

(Google Images)


Aprendi tanto
e
tão pouco
diante do que está disposto
nas infinitas possibilidades
dessa vida

Aprendi a olhar
e ver
nas entrelinhas do viver
e
que é no silêncio
que se constroem as armadilhas

Aprendi a sentir
sem falar
o que está a me espreitar
e
que no escuro
posso enxergar melhor a luz

Aprendi a andar
sem caminhar
só pelas vias do pensar
e
que as palavras
têm subterfúgios inimagináveis

Aprendi a amar
sem condição
sem obstruir o coração
e
que amores vêm
e amores vão

Aprendi a abrir as asas
sem direção
voando com o coração
e
que eu sou
um poema em construção


Maria Helena Mota Santos


14/11/2011

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Delicadeza


(Google Images)


Prefiro ser a delicadeza
que vê em cada ser um cristal divino
mesmo que esteja em forma de pedra bruta

Prefiro ser a delicadeza
de um coração sensível e afável
que vê no outro um companheiro na vida

Prefiro ser a delicadeza
que não julga só pelas aparências
e que procura a pedra preciosa de cada ser

Prefiro ser a delicadeza
do perdão que enxerga na luz e na sombra
oportunidades de sabedoria e redenção

Prefiro ser a delicadeza
de uma amizade sincera e incondicional
nessa íngreme estrada de flores que é a vida

Maria Helena Mota Santos

29/09/2010

domingo, 26 de outubro de 2014

Amor infinito


(Google Images)

O infinito
não é estanque
Por isso o amor
é infinito
E voa
pelos corações
em voo rasante
em voo alto
em voo sem direção
em voo sem razão
Aterrissa
no coração dos amantes
e faz a regra
virar exceção
Aterrissa no coração dos pais
e faz o incondicional
ser condição
Aterrissa na solidão
e faz ser só
não ter razão
Ah
O amor
que me deu vida
e me arrebatou
Ah
O amor
que dormiu semente
e amanheceu flor
Ah
O amor
Que dure
e perdure
no infinito
E que seja sempre
o eco
do meu grito

Maria Helena Mota Santos

sábado, 25 de outubro de 2014

Cores derramadas



(Google Images)


Pintei poesia
De tintas derramadas
Derramei o azul
Do estoque do meu céu
E fiz do verde
A cor da minha estrada

Derramei o vermelho
E fiz rosas no caminho
Com a cor bege
Pintei o aconchego
Do meu ninho

Com a tinta preta
Realcei o meu olhar
Que assim aprendeu
Todas as cores
Matizar

E não havia
Cores de solidão
Todas se abraçavam
Pra pintar uma emoção

Enfim vi uma tela
Sem contorno
E sem desfecho
Sempre era possível
Ter outras tintas
E o recomeço

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Preciosidade da vida

(Google Images)


Não havia muito o que levar
do que armazenara na vida
só levava a plena certeza
de que a incerteza
era a pauta de cada dia

Aprendera com a vida
que na virada da esquina
poderia se ultrapassar fronteiras
e em questão de segundos
mudar uma vida inteira

Não havia muito o que levar
do que se vangloriara na vida
só levava a esperança
que a desesperança se desfaria
na valsa de cada dia

Aprendera com a vida
a sua maior lição
que o bem mais precioso
é a presença do amigo
que se adota como irmão

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Saudade


(Google-Images)

Ando de frente pra vida
Mudando minha roupagem
Pinto as tristezas de cores
Meu acessório é a saudade

Saudade é sempre a ausência
De uma presença querida
Só quem preencheu espaços
É quem tem saudade na vida

Saudade de quem se foi
Saudade de quem não veio
Saudade da esperança
De ser feliz por inteiro

Saudade de abrir as asas
E voar sem direção
Saudade de ter saudade
Bem dentro do coração

Saudade de uma criança
Que no tempo se perdeu
Saudade de brincar de roda
E de achar quem se escondeu

Saudade da fantasia
Que alicerça a realidade
Saudade é dor de amor
Que chega em qualquer idade

Maria Helena Mota Santos

09/12/2010

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Imprecisão

(Google Imagens)


Trago em mim
tantas pessoas
que encontro
e desencontro

As que enxugam
lágrimas
As que acionam
prantos

Trago a luz
e a escuridão
A linha reta
e a contramão

Nem sempre só
sou solidão
Fico sozinha
na multidão

Trago a dor
dilacerante
E morro em vida
por um instante

Se pulso forte
sou emoção
Se estou letárgica
sou imprecisão

Trago a incerteza
do que virá
Mas abro as asas
para voar

Nem sempre sou
o que pensei
Ando em busca
do que não sei


Maria Helena Mota Santos

sábado, 18 de outubro de 2014

Feliz dia do Médico!


(Google Images)


PARABÉNS A TODOS OS MÉDICOS QUE EXERCITAM A SUA PROFISSÃO COLOCANDO O AMOR NA PAUTA DO SEU DIA A DIA.



O amor
Pousou no peito
Irradiou a sua essência
E fez do coração
A sua residência

O amor
Saltou aos olhos
Ficou generalizado
Vestiu-se de esperança
Pra quem precisa ser cuidado

O amor
Se fez antídoto
Das dores da humanidade
Curando muitas mazelas
Que chegam
Em qualquer idade


O amor
Usa jaleco
Da cor branca da paz
E revalida a importância
Que o Anjo Médico
Nos traz

Maria Helena Mota Santos



quinta-feira, 16 de outubro de 2014

A queda do dia


(Imagem-Google Imagens)

Sonhei que o dia estava caindo numa velocidade inalcançável.
Tentei convencê-lo do quanto ele poderia ser encantado pelo sol.
Orientei-o a tomar banho de mar para lavar os resquícios da noite escura.
Mostrei a beleza dos campos e dos pássaros que voavam com direção.
Dei-lhe a mão para que ele pudesse aterrissar e ofereci uma bebida quente.
O dia sentou ao meu lado,cabisbaixo, e reclamou da escuridão da noite passada.
Disse-me que a lua adoeceu,acometida por um eclipse, e tirou folga, impedindo-o de armazenar luz.
Então emprestei os meus olhos para que ele pudesse enxergar a luz própria.
Falei da beleza da sua companhia e que já não me sentia só.
O dia me olhou cheio de promessa e resolveu cumprir sua missão.
Ergueu-se! Buscou o sol armazenado dentro de si e abriu um belo sorriso.
E soltou da minha mão para entrar no seu turno até ser rendido pela noite.
E foi sorrindo numa claridade impressionante e inimaginável.
E depois virou noite para no outro dia amanhecer.

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Feliz dia do Professor!


(Imagem-Google Imagens)

HOMENAGEM A TODOS OS PROFESSORES QUE TRANSFORMAM OS RISCOS E RABISCOS EM ARTE E CIÊNCIA!



Sem você
A história seria
Um livro em branco
De mente vazia
A visão de mundo
Teria a cegueira
Como seu guia
E outras profissões
Em nenhuma hipótese
Existiriam

Sem você
A história seria
Uma memória opaca
Sem fantasia
A fala seria
Desarticulada
Sem sinergia
E cada dia
Pintaria um quadro
Sem harmonia

Sem você
A história seria
Um palco sem arte
Uma plateia vazia
A canção seria
Uma nota bem longa
De nostalgia
E o poeta não saberia
Colocar em versos
Sua poesia

Maria Helena Mota Santos

domingo, 12 de outubro de 2014

Feliz dia das crianças!

(Imagem-Google Imagens)

QUE A SUA CRIANÇA INTERIOR SE FAÇA PRESENTE NO DIA A DIA!

A criança saiu pela porteira
Fez travessuras na estrada
Fez da tristeza uma estátua
E saiu em grande disparada

Deu voz ao ser inanimado
E contracenou com a fantasia
Com uma varinha de condão
Transformou tudo em magia

Rodopiou leve e solta
Sorriu pra tudo que encontrou
Fez das árvores seu trapézio
E tudo em palco transformou

Cobriu a estrada de algodão doce
Em uma nuvem se sentou
Pintou o dia de arco-íris
Tudo em volta se alegrou

Estourou muitos balões
E a felicidade liberou
Ao encontrar com as pessoas
Cirandou, cirandou, cirandou

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Estações


(Foto: Hugo Mota)

Que o sol nunca se deite
Sem provocar o meu sorriso

Que a chuva por mim não passe
Sem roubar as minhas lágrimas

Que a primavera deixe em mim
O rastro de muitas flores

Que o outono me dê a chance
De renovar a minha vida

Quero ser cada momento
De atitude ou de silêncio

Quero viver as estações
Sem perder a intensidade

Quero marcar o meu caminho
Com sementes bem cuidadas

Para florir no tempo certo
E enfeitar toda estrada

Maria Helena Mota Santos

domingo, 5 de outubro de 2014

Meu sonho


(Google Images)

O meu sonho
é seguir sonhando
e pintando cores
no meu dia a dia

Tenho o sonho
de sonhar
com a realidade
vestida de fantasia

O meu sonho
é flutuar
nas asas leves
da poesia

Tenho sonho
de escrever
versos de amor
todos os dias

O meu sonho
é não me opor
ao sonho
que se insinua

Tenho sonho
de plantar
e regar a flor
de cada rua

O meu sonho
é levitar
e conhecer
o infinito

Tenho sonho
de deixar o mundo
bem mais pertinho
do paraíso


Maria Helena Mota Santos

sábado, 4 de outubro de 2014

Gratidão


(Google Images)

Tive tanto
Tenho tanto
Que a vida tira
E ainda sobra

Sobram essências
de jasmim
Sobram as rosas
no jardim

Sobram sorrisos
de mãos dadas com a alegria
Sobram imaginações
que acionam as fantasias

Sobram lágrimas
que hidratam as emoções
Sobram notas
que invadem as canções

Sobram dores
de metamorfoses salvadoras
Sobram versos
de poesias redentoras

Sobram réstias
pela luz que vem das frestas
Sobram coragens
precursoras das viagens

Sobram nostalgias
que acionam as saudades
Sobram amores
que eternizam as paisagens

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Verso em flor


(Google Images)


Era pra ser uma poesia
Versificada no pra sempre
Mas o verso eternamente
Desfez-se da estrofe
De repente

E a poesia teve fim
Lá na estrofe recomeço
Os versos de outra época
Mudaram de endereço

E a nova poesia
Teve espinhos a lhe ferir
E da dor brotou a flor
Que enfeitou novo jardim

A poesia agora escrita
Tem na lágrima o regador
Chove verso no inverso
Do sentimento que brotou

E no novo há o alento
De saber-se beija-flor
Que visita outros jardins
Sem encontrar a sua flor

Maria Helena Mota Santos

16/10/2011

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Indagações


(Google Images)

O que dizer?
Nem sempre se tem palavras

Quando calar?
Nem sempre se tem silêncio

Quando seguir?
Nem sempre se tem estrada

O que fazer?
Nem sempre se tem clareza

Pra onde ir?
Nem sempre há um lugar

Como ajudar?
Nem sempre se tem a forma

Quando mudar?
Nem sempre se tem coragem

Quando amar?
Sempre que o coração pulsar

Maria Helena Mota Santos

23/12/2010

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Atitude

(Google Imagens)

Prefiro ser a ausência
Do que a presença não consentida

Prefiro a distância que aproxima
Do que a proximidade que afasta

Prefiro caminhar sozinha
Do que ser eco de outros passos

Prefiro chorar minhas lágrimas
Do que sufocar meu sorriso

Prefiro encarar minha dor
Do que maquiar o prazer

Prefiro enfrentar a verdade
Do que me aliar à mentira

Prefiro sofrer decepção
Do que me prevenir do amigo

Prefiro a lentidão dos minutos
Do que embriagar minhas horas

Prefiro esperar o meu tempo
Do que abortar uma vida


Maria Helena Mota Santos

25/10/2010

domingo, 28 de setembro de 2014

Amores e Amores


(Google Images)

Não tenho medo dos amores que se consumam e que se consomem com o tempo.
Tenho medo dos amores que não acontecem fora do coração e nos acompanham, ao longo da vida, queimando no íntimo do ser.
Tenho medo dos amores que não são consumidos pelo cotidiano e crescem puro como na idealização de um sonho.
Tenho medo dos amores que tal como uma sombra acompanham as nossas relações e espreitam a nossa cama.
Tenho medo dos amores que estão entre as relações, mas não se tem como provar porque não é uma traição de fato.
Tenho medo dos amores que ficam intactos no ser e se alimentam e se acendem a cada olhar reacendendo com a chama do tempo.
Tenho medo dos amores velados que nunca serão revelados nem desvelados.
Tenho medo dos amores perfeitos que invalidam o verdadeiro amor que conhece o cotidiano das dores e aflições.
Tenho medo dos amores que se apresentam como salvação nas crises e que aparecem como algo inatingível e infindável.
Tenho medo do amor fruto proibido porque resiste ao longo dos dias.
Tenho medo dos amores que se escondem, na maioria das vezes, usando a máscara da amizade.
Não tenho medo da traição que se efetiva e que atrai uma atitude.
Tenho medo da traição velada que nunca se tem certeza da sua existência e transcende as leis da justiça.
Tenho medo dos amores sem amarras , sem superego e sem fronteiras
Tenho medo do amor platônico que é encoberto pelo medo da realidade.
Não tenho medo da traição que é inerente ao ser humano.
Tenho medo da traição perfeita porque tem álibi e não tem culpa.
Tenho medo dos amores que tiram o ser amado da sua presença sem tirá-lo do seu lado.

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Adoção



As rosas na foto foram adotadas por mim e moram no meu jardim!


Eu adoto rosas
E as trago para um jardim
Liberto-as dos vasos
E as coloco na terra
Onde elas ganham asas
Enfim

Eu adoto rosas
E todos os seus espinhos
Elas me retribuem
Com cores
E me afagam
com carinho

Eu adoto rosas
Independente da sua cor
Adubo-as com a esperança
De que o mundo
Um dia
Seja um jardim repleto
de amor

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Parabéns, minha querida sobrinha!





Jéssica, sobrinha querida, você é uma linda flor que nasceu na primavera e enfeita o jardim da minha vida.
Difícil expressar em palavras o meu amor por você! O infinito não se define!
Desde que você nasceu eu acompanho sua trajetória e fico feliz ao perceber que a cada ano você sobe um degrau da evolução.
Tenho o maior orgulho de ter acompanhado seus primeiros passos e de ser sua tia favorita! risos (Terei problemas hoje, acredita?)
Neste dia tão especial desejo para você que se abra o infinito de possibilidades de desbravar o mundo... a vida... pois sei que nasceu com asas e não é do lugar comum.
Portanto, sobrinha, busque seus objetivos!
Mesmo com medo, siga a viagem! Corajoso é aquele que enfrenta seus medos.
Você nasceu para brilhar!
Tenho o maior orgulho de você!

Sua Tia Nena

A poesia a seguir é seu retrato!




Eu sou

Eu sou
Uma brisa suave
Que pousou no acaso
E se fez gente

Eu sou
Um tom solitário
Que pousou num acorde
E se fez canção

Eu sou
Um sentimento profundo
Que pousou em um verso
E se fez poesia

Eu sou
Um barquinho de papel
Que remou pelo mar
E se fez infinito

Eu sou
Uma pétala ao vento
Que pousou num jardim
E se fez flor

Eu sou
Um pedacinho de saudade
Que pousou num coração
E se fez amor

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A primavera chegou!


(Google Images)

FELIZ PRIMAVERA


Que as flores latentes em cada ser se tornem primavera para que o mundo seja um jardim repleto das flores da alegria, do amor e da compaixão!


Cores da vida

Estou à procura de uma cor
Que transforme uma tela
Dando um toque especial
De uma linda aquarela

uma cor marcante
Talvez seja a mais bela
A cor que enfeita o mundo
Quando se está na primavera

Quero uma cor estonteante
Que realize uma alquimia
Que traga em si a mistura
Da tristeza com a alegria

Quero a cor da cor dos olhos
De quem tem amor no coração
Quero a cor que de tão bela
Inspire a mais bela canção

A cor que eu tanto procuro
Nem é quente nem é fria
É a mistura de todas as cores
Que enche o mundo de magia


Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Vestida de poesia


(Google Images)

Fecho os olhos
Há outros sonhos pra sonhar
Se alguns deles se foram
Coloco outros no lugar

A vida é realidade
Vestida de fantasia
É uma linha tênue
Que segura cada dia

Se acordo e me sinto
Tenho vida ao meu dispor
Só preciso decidir
Qual será a minha cor

Pinto-me de aurora
Ou apenas anoiteço
Mostro a minha cara
Ou me coloco pelo avesso

Se acordo e sinto o pulso
Das sensações que arrebatam
O que antes era amargo
São sabores que me salvam

Se chegar o amanhã
E minha vida me acordar
Vou me vestir de poesia
E sair pra levitar

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Caminhada

(Google Imagens)


Trocando passos
ouvi o som
de cada tom
que me envolvia

Ando apurando
e aguçando
o meu olhar
na travessia

Ouvi canção
bem pra lá
do infinito
coração

Ouvi o verso
que dava colo
à companheira
solidão

Ouvi os passos
sem ter rumo
nem tão rápidos
nem tão lentos

Vi as plantinhas
brincando de roda
de mãos dadas
contra o vento

Ouvi o nada
em disparada
e do tudo
me desfiz

Andei
só andei
sem perguntar
se sou feliz


Maria Helena Mota Santos

15/10/2011

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dualidade


(Google Images)

Uma criança grita, dentro de mim, noite e dia
e se assusta com fantasmas que a escuridão deixou.

Eu a pego no colo e a embalo com carinho
ela faz beicinho e se enrosca toda em mim.

Digito a senha do cofre que reservei luz
ela aponta sombras que a luminosidade fez surgir.

Digo pra ela que nada na vida é permanente
que até o sol todo dia é poente.

Digo que nada é tão real que não possa virar sonho
e que a vida é um quebra-cabeça infinito.

Ela me escuta com um ar reflexivo
e eu a embalo com a canção do novo dia.

Ela se acalma no meu olhar para o infinito
e se espreguiça com o ser mais relaxado.

E num abraço aconchegante e carinhoso
o sono chega e ela dorme nos meus braços.

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O amor

(Google Imagens)


O que é o amor senão
Uma amizade sem limite
Um sofrimento prazeroso
Uma comunhão na diferença
Um esperar desesperado?

O que é o amor senão
Um caminhar sem um padrão
Um palpitar no infinito
Uma doação sem ter estoque
Um levitar na multidão?

O que é o amor senão
Um lugar do paraíso
Um coração em disparada
Uma chuva de sorrisos
Uma saudade acompanhada?

O que é o amor senão
Um deserto com oásis
Um labirinto com passagem
Uma felicidade indefinida
Uma essência colorida?

O amor é lágrima revertida em alegria
É viagem sem destino e sem roteiro
É desatino que equilibra as travessias.
É a magia que encanta o mundo inteiro.


Maria Helena Mota Santos

08/04/2010