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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Que venha 2014!


(Google Images)

Era uma vez um ano desvendado que se preparava para partir....O seu ciclo estava chegando ao fim.Era a hora da travessia!
Ele estava pleno e seguro de que precisaria ceder o espaço para o novo. Já não fazia sentido repetir os papéis no palco da vida!
Percebeu que o novo protagonista estava tão perto que já podia ser visto quase na linha de chegada. Sobravam-lhe poucas horas...
Um foi em direção ao outro! Precisariam cumprir o ENCONTRO MARCADO!
No último segundo, os dois se abraçaram e houve uma explosão de euforia que representava não só alegria mas, sobretudo, a esperança de novos momentos, de novos desafios, de novas possibilidades de escrever uma nova história!
E o ano novo ficou perplexo com tanta comemoração na sua chegada!
Era tudo novo...Ele estava sozinho... O ano velho tinha soltado a sua mão...
Olhava, embevecido, as pessoas acenando, brindando, cantando, sorrindo, chorando, saudosas, amando... pulando sete ondinhas... colocando flores no mar...
Quanta emoção! Era tudo tão intenso!
E foi naquele momento que se deu conta da sua grande responsabilidade ao entrar na vida daquelas pessoas.
Percebeu que precisaria superar seu antecessor porque a multidão tinha grandes expectativas.
Mas ele já sabia que a felicidade é um exercício diário e não necessariamente uma mudança de calendário...
Como faria para ser intitulado de um ANO BOM, na sua hora de partir, se algumas pessoas não atingissem suas expectativas?
Entendeu que precisaria, suavemente, colocar o pé no chão e fazer de cada dia, da sua passagem, uma nova oportunidade de cada ser escrever uma página da sua história valorizando cada sentimento que entrasse em pauta!
E no primeiro dia, pós-euforia, pós- planejamento, pós- promessa... ele estava letárgico, sonolento... “de ressaca”! Foram muitas emoções!
Sabia que precisaria de delicadeza... Era recém-nascido!
E foi assim que adormeceu quando o sol nasceu, acordou em parceria com a lua e se refez para o amanhecer de um novo dia!
Quando o novo dia amanheceu!
As cortinas estavam abertas e se podia ler:

BEM-VINDO 2014!

FELIZ 2014 A TODOS!

domingo, 29 de dezembro de 2013

Se houver amanhã


(Imagem-Google Imagens)

Se houver amanhã um capítulo inédito vai ao ar
Com cenas que não se pode ensaiar

Se houver amanhã uma luz pode acender
Para não deixar o dia escurecer

Se houver amanhã pode se achar uma saída
Para o labirinto das causas perdidas

Se houver amanhã a esperança pode aparecer
Para quem não consegue crer

Se houver amanhã há de novo sonho se plantar
Para passarela da realidade enfeitar

Se houver amanhã há de se aprender com os pássaros
Que mesmo com asas quebradas buscam o espaço

Se houver amanhã...


Maria Helena Mota Santos

28/10/2010

sábado, 28 de dezembro de 2013

Liberdade

(Google Images)

Pare tudo
Eu quero descer
Quero sentir o prazer
De andar sem rumo e sem pressa
Da alvorada até o anoitecer

Pare tudo
Eu quero crescer
Quero sentir a minha dor
Sem escondê-la no escuro
Até a luz reaparecer

Pare tudo
Eu quero viver
Quero sentir o gosto de chuva
Quero me inundar de esperança
Até o sol se acender

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Novo tempo

(Google Images)


O novo tempo
cansou de esperar
e envelheceu

Enquanto esperava
colheu sabedoria
e renasceu

O sábio tempo
não mais esperava
o tempo mudar

Não tinha mais tempo
para esperar
a vida passar

Apenas andava
Apenas sabia
plantar todo dia

Plantava esperança
Plantava amor
Plantava alegria

Maria Helena Mota Santos

09/12/2012

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Luzes do Natal


(Google Images)

Eu passava por ali
Passos lentos
Distraída
Pensando na vida

Ele estava lá
Deitado na calçada
Na penumbra da noite

Cabeça apoiada num bornal
Barbas compridas
Pele morena
Roupas surradas
Cabelos opacos
Silhueta magra
Olhos fechados
Rascunho de gente

Olhei para a praça
E as luzes piscavam
Anunciando o Natal

Enquanto a sua luz apagava
As luzes do Natal reluziam

As luzes anunciavam o Salvador
E ele precisava de salvação

As luzes anunciavam confraternização
E ele precisava de um pedaço de pão

As luzes anunciavam o amor
E ele precisava de um cobertor

As luzes intensificavam afetos
E ele precisava de um teto

As luzes anunciavam o Redentor
E ele precisava de amor

Enquanto a sua luz apagava
E as luzes do Natal reluziam
A sua esperança tirava férias
E a solidão assumia o posto

Estava ali naquele dia
Não sabia como seria no outro
E as luzes do Natal que reluziam
Só ofuscavam seu rosto

Maria Helena Mota Santos

sábado, 21 de dezembro de 2013

Florzinha


(Google Images)


Se eu fosse uma florzinha
Bem pequena e delicada
Moraria em um jardim
Não pensaria em mais nada

Iria só enfeitar vidas
E alegraria os ambientes
Seria cúmplice dos amantes
E viveria sorridente

Eu transformaria o orvalho
Em bolinhas de sabão
Para alegrar as criancinhas
Que me carregassem na mão

Pegaria cada pétala
E enfeitaria o caminho
De quem tivesse bem triste
E se sentisse sozinho

Não me prenderia aos jarros
Seria uma flor itinerante
Conheceria as estradas
E chegaria ao horizonte

Maria Helena Mota Santos

08/11/2011

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Minhas cores


(Google Images)

Se eu não sei
as minhas cores
As cores do mundo
se confundem
com os matizes
do meu eu

Sou da cor
que me pintaram
quando pra aqui
me embarcaram
pra cumprir
uma missão

Sou da cor
da esperança
da alegria
e da constância
Sou da cor
do coração

Se eu não sei
as minhas cores
As cores do outro
se confundem
com os matizes
do meu eu

Sou da cor
que me pintaram
Pra combinar
com o cenário
da possível
atuação

Sou da cor
que pulsa em mim
Cor alegre
Cor vibrante
Sou da cor
do meu jardim


Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O dia em câmera lenta

(Google Images)


O dia amanheceu em silêncio profundo.
Era possível escutar o som dos pensamentos que povoavam a mente.
Os murmúrios do mundo eram perceptíveis de uma forma nítida e amplificada.
Era possível escutar a queixa e a gratidão das batidas do coração.
Era possível olhar para si mesmo e com uma lupa enxergar pontos cegos.
Era possível sentir a palpitação da dor de uma forma exacerbada.
Era possível sentir a alegria com seus tambores entoando canções felizes.
Era possível sentir a solidão na sua forma mais solitária.
Era possível trazer o som do passado e dançar com o presente.
Era possível sentir compaixão pela dor e paixão pela alegria.
Era possível olhar para o céu e enxergar além do firmamento.
Era possível transformar o impossível e recriar o quadro congelado pelo tempo.
Era possível mesclar a dor com a alegria e experimentar a serenidade.
Era possível sair de si e ir passear em outras paragens transformando realidade em sonho.
Era possível imaginar o inimaginável e voltar o tempo para resgatar parte da história.
Era possível exercitar a esperança na desesperança da vida.
Era possível viver na sua versão mais plena e infinita.
Era possível voar e aterrissar em pleno ar.
Era possível voar com as asas do sonho e morar no infinito.

Maria Helena Mota Santos

02/04/2010

sábado, 14 de dezembro de 2013

Espetáculo


(Google Images)

Às vezes penso
que viver
é sonho
e se eu acordar
perderei o espetáculo
dos enredos
que escrevi

Às vezes penso
que moro
num palco
e se não atuar
perderei meu papel
e serei
só plateia do que fui

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Rotina


(Google Images)

Cansou de companhia
Cansou da solidão
Queria ouvir os ruídos
Dos seus passos pelo chão

Cansou de ouvir barulhos
Cansou de silenciar
Só queria ter a chance
Da própria voz escutar

Cansou de ser aclamado
Cansou de ser referência
Queria escutar melhor
A voz da sua consciência

Cansou de viver a vida
Nas estradas que apontaram
Queria trilhar outros caminhos
E descobrir novos atalhos

Cansou de olhar pra trás
Recordando os momentos
Foi em busca do horizonte
E buscou renascimento

Cansou de tudo certinho
Cansou de ter a razão
Queria fazer da vida
Uma nova e intensa canção

Maria Helena Mota Santos

18/03/2010

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Voando feliz


(Google Images)

Se minha lágrima cai respinga no mundo
Se um sorriso se abre enxuga o respingo
Se eu sou tão pequena em relação ao Universo
Com o fermento do amor cresço até o infinito

Se eu ando calada ouço as vozes de dentro
Se eu ando falando o silêncio se instala
Se eu sou obra inédita e de mim não há réplica
Eu preciso ter fé pra vencer a batalha

Se uma estrela cadente se muda do céu
Se eu faço um pedido pra chuva passar
Se a estrela descer enxugando as gotas
Eu já tenho certeza que o sol vai raiar

Se eu estou num cantinho bem particular
Se vislumbro um mundo que vou conquistar
Se na selva não tem animais predadores
Vou mudando de pele e me deixo guiar

Se uma luz me aponta um caminho no mundo
Se uma voz de comando me manda partir
Se eu sou ser alado sem pressa e sem medo
Vou voando feliz num mundo sem fim

Maria Helena Mota Santos

21/05/2010

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Proeza

(Google Images)

Não sou tudo que pareço
Nem para o bem
Nem para o mal
Sou apenas uma alma leve
Que na brisa se aquece
E na tempestade emudece

Não sou o tudo
Nem sou o nada
Não sou o acaso
Nem o previsível
Sou apenas uma proeza
Que na vida se instalou
Sem ser dona das certezas

Não sou o erro
Nem o acerto
Não sou a lágrima
Nem o sorriso
Sou apenas uma emoção
Que dá asas à canção
Que pulsa no coração

Não sou perfeita
Nem sou um anjo
Não sou infalível
Nem sou incrível
Sou apenas a esperança
Que com os dias faz sua dança
Na leveza de uma criança

Maria Helena Mota Santos

05/12/2011

domingo, 8 de dezembro de 2013

Amor da minha vida

(Google Images)

Amo ver suas asas
livre das amarras
das normas e dos padrões

Amo ver a sua essência
do lado de fora
bailando com a vida

Amo ver seu dia a dia
acompanhado
do seu melhor eu

Amo ver o seu brilho
num mundo no qual
o SER está em colapso

Amo ver a felicidade
exacerbando a vida
nas suas entranhas

Amo ver a alegria e você
numa mesma parceria
com a vida

Amo ver
o seu pássaro livre
voando na imensidão

Amo a sua parte
que se estende
e faz intersecção
em mim...

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O reverso do caminho

(Google Images))


Só enxergou o verso
Quando ficou em reverso

Só enxergou a flor
Quando sentiu o espinho

Só quando enfrentou o escuro
Que enxergou as estrelas

Só quando soltou o seu grito
Que escutou os seus ecos

Só quando seguiu adiante
Que olhou para trás

Só entendeu o oásis
Quando conheceu o deserto

Só quando engravidou de si mesmo
Que renasceu para a vida

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Um sopro de vida

(Google Images)

Se num fio ainda pousa um pássaro
Se as pessoas ainda caminham na rua
Se as luzes ainda estão acesas
Se o céu ainda tem a cor azul
Se o sol ainda aquece com seus raios
Se a lua ainda mostra as suas fases
Se o dia ainda amanhece e anoitece
Se o coração ainda abriga sentimentos
Se as pessoas ainda se abraçam
Se os amigos sinceros ainda existem
Se a confiança ainda está em pauta
Se o amor ainda paira pelo ar
Se as árvores ainda crescem e frutificam
Se o pensamento ainda é livre pra sonhar
Se ainda há um sopro de vida
Ainda dá tempo
Da tristeza se revezar com a alegria
Do medo se revezar com a coragem
Da raiva se revezar com o perdão
Do conflito se revezar com a união
Da desilusão se revezar com a esperança
Da apatia se revezar com a ação
Do pessimismo se revezar com o otimismo
Do desencanto se revezar com o sonho
Da guerra se revezar com a paz
Porque a vida é a respiração que amanhece
É cada batida que no coração acontece
É cada sonho que no ser se estabelece
É cada desejo transformado em prece

Maria Helena Mota Santos

29/11/2011

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Uma estrela se muda de lugar...




Sergipe chora... O céu se alegra...
Vai, Marcelo Déda!
Você agora é um "Encantado"...



Tanto amor
Não cabe numa saudade
Transborda
E segue no rio da vida
Faz-se lua
E circunda o universo
E no verso
Do reverso
Faz-se grito
Em voz suave

Tanto amor
Não cabe no pensamento
Transborda
E segue contando história
Desnuda mistérios
E vira um encantado
Torna-se mágico
E congela o passado
E na poesia
Materializa o ser amado

E o "para sempre"
Nunca será abandonado


Maria Helena Mota Santos


domingo, 1 de dezembro de 2013

Dezembro chegou


(Google Images)

A cada estrela
uma lembrança
deste tempo
e do tempo da infância

A cada luz
uma fantasia
que anestesia a tristeza
e aciona a alegria

A cada melodia
um acesso à nostalgia
dos tempos de outrora
e cheios de magia

A cada dezembro
explodem emoções
umas trazem euforia
outras trazem solidão

Maria Helena Mota Santos