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domingo, 29 de setembro de 2013

Cores derramadas


(Imagem-Google Imagens)


Pintei poesia
De tintas derramadas
Derramei o azul
Do estoque do meu céu
E fiz do verde
A cor da minha estrada

Derramei o vermelho
E fiz rosas no caminho
Com a cor bege
Pintei o aconchego
Do meu ninho

Com a tinta preta
Realcei o meu olhar
Que assim aprendeu
Todas as cores
Matizar

E não havia
Cores de solidão
Todas se abraçavam
Pra pintar uma emoção

Enfim vi uma tela
Sem contorno
E sem desfecho
Sempre era possível
Ter outras tintas
E o recomeço

Maria Helena Mota Santos

sábado, 28 de setembro de 2013

Imprecisão

(Imagem-Google Imagens)


Trago em mim
tantas pessoas
que encontro
e desencontro

As que enxugam
lágrimas
As que acionam
prantos

Trago a luz
e a escuridão
A linha reta
e a contramão

Nem sempre só
sou solidão
Fico sozinha
na multidão

Trago a dor
dilacerante
E morro em vida
por um instante

Se pulso forte
sou emoção
Se estou letárgica
sou imprecisão

Trago a incerteza
do que virá
Mas abro as asas
para voar

Nem sempre sou
o que pensei
Ando em busca
do que não sei


Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Meu anjo da guarda


(Imagem-Google Imagens)

Chegou trazendo uma nota
Pra canção da minha vida
Trouxe um tom doce e suave
E compôs uma sinfonia

Trouxe pra mim uma asa
E me convidou a voar
Apontou o céu e as estrelas
E me ensinou a levitar

Trouxe também um lindo verso
Pra compor minha poesia
Fez comigo o tempo inteiro
Uma linda parceria

É a certeza de carinho
Mesmo de longe me enxerga
É a pessoa mais amiga
Que encontrei aqui na terra

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Sou eu?

(Imagem-Google Imagens)

Sou ingênua?
Sou menina?
Sou um acorde
com tom da cor da inocência?
Sou um verso
que atrai os reversos?
Sou alvo fácil
por ser um abraço infinito?
Sou uma criança
que na mulher fez morada?
Sou um cálice
de bebida doce ou amarga?
Quem sou eu?
Sou o que penso
ou sou um poema inexato?
Sou uma pessoa feliz
ou sou carente de um abraço?
Quem sou eu?
Sou uma pausa
ou sou um lugar infinito?
Quem sou eu?
Uma asa sem pássaro
ou um pássaro sem ninho?
Um mar bem revolto
ou um coração em desalinho?
Quem sou eu?
Um eu sem você
ou um você com ausência?
Quem sou eu?
Neste vale que se perde de mim
e me traz um sofrer sem fim?

Maria Helena Mota Santos

28/10/2011

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Jéssica, sobrinha querida, parabéns!



Delicada flor
de rara beleza
enfeita a vida
com sua gentileza

Com talento e garra
constrói seu caminho
distribui ao redor
um imenso carinho

Traz um amor infinito
dentro do coração
ela é minha sobrinha
por quem tenho paixão

Desejo pra você
um caminho de amor
regado por sorrisos
por onde você for


Maria Helena Mota Santos

domingo, 22 de setembro de 2013

A primavera chegou!

(Imagem-Google Imagens)

Aquela dor que se sente
Lá no fundo do peito
Que parece eterna
No inverno da vida

Aquela companhia diária
Que arde como fogo
E provoca combustão na alma

É a mão de Deus arando a terra
Para plantar sementes de flores
Que florescerão na primavera

É preciso regá-las com lágrimas de esperança
É preciso adubá-las com gestos de amor
É preciso aceitar a força das estações
Para conhecer a primavera no coração

Maria Helena Mota Santos








sábado, 21 de setembro de 2013

Acordar cada dia


(Imagem-Google Imagens)


Acordar cada dia
Espreguiçar-se pro ontem
Reinventar o presente
E seguir pro horizonte

Acordar cada dia
Saber-se finito
E transformar cada hora
Num momento bonito

Acordar cada dia
E se olhar num espelho
Abrir um sorriso bonito
Dar-se um abraço perfeito

Acordar cada dia
Seguir sempre em frente
E se embalar em um sonho
Com o papel do presente

Acordar cada dia
E dançar no espaço
Numa sincronia perfeita
Com seu próprio passo


Maria Helena Mota Santos




quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Chamado

(Imagem-Google Imagens)


Vem!
Quero lhe mostrar o que já vi
Dê-me sua mão
Vamos tentar caminhar por aqui

Vem!
Você não nasceu pra letargia
Pode confiar em mim
Serei sua companhia

Vem!
Eu quero lhe guiar
Até a tempestade passar
Já aprendi como se "brisa" o vento

Vem!
Não se culpe por não saber
O caos pode ser o caminho
Para a ordem acontecer

Vem!
Perdoe a dor por lhe fazer sofrer
Dê alforria para a nostalgia
E vamos buscar a alegria

Vem!
Permita-se pintar seus quadros
A vida é um pincel
Que sempre acorda ao seu lado

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Boa Viagem, meu filho!






(Vancouver- Canadá) Imagem- Google

Filho

Você é parte de mim
que se expande
E me faz tocar
no universo
dos seus sonhos

Você me leva
para lugares
encantados
que passo a conhecer
pela luz do seu olhar

Você aponta o dedo
para o infinito
e me guia
pelas galáxias
de um mundo reluzente

Você me faz sonhar
lá nas alturas
e superar limites
que jamais
ousaria alcançar

Você é o sorriso
dos meus olhos
a ternura
que me invade
o amor mais genuíno
que existe no meu ser


Hugo,

É hora de alçar voo para o infinito das suas possibilidades.
Aqui do meu lado sempre terá um pouso cada vez que precisar.
Ao vê-lo partir para as suas próprias buscas, sinto-me em êxtase.
Viver é isso!
É testar os seus próprios limites.
É escrever a sua história com as suas próprias tintas.
É fazer do erro trampolim para o acerto.
É, muitas vezes, partir...

Busque conhecimento!
Seja ético!
Confie na força divina!
" E o resto virá por acréscimo..."

Sua mãe e fã incondicional

Maria Helena

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Do outro lado

(Imagem-Google Imagens)

Derrubei o muro
que me separava da paz
Confrontei a sombra
que o outro lado do muro faz

Desfiz as fantasias
que não seriam reais
E fabriquei outros sonhos
de cores essenciais

Acendi a minha sombra
e refiz o desenho dela
Pintei-a de cores quentes
transformei-a numa tela

Dos contornos me livrei
E de tudo que limita
Aceitei meu infinito
Agora estou de partida

Maria Helena Mota Santos

domingo, 15 de setembro de 2013

Parabéns!



Olhar suave
que traz um bálsamo
para as dores do irmão

Sorriso aberto
que enxuga as lágrimas
nos dias de chuva

Mão suave
que afaga a tristeza
nos dias de sombra

Coração afável
que tem as batidas
da compaixão

Ser admirável
que onde pisa
faz nascer flores

Pessoa iluminada
que como um Anjo
as dores do mundo
afaga


Minha querida juliana,
você não imagina o quanto representa na minha vida.
Obrigada pelo cuidado comigo e por ser sempre presença no meu caminho.
Sua companhia é inestimável.
Você nasceu para espalhar as flores do carinho por onde anda.
Sei que seus pacientes têm em você um Anjo de luz que alivia as suas dores não apenas como Médica mas, sobretudo, com o seu olhar carinhoso e cheio de compaixão.

Feliz aniversário!

Tia Helena

sábado, 14 de setembro de 2013

Doses de amor


(Imagem-Google Imagens)


Cada dose de amor
que sai de mim
e afeta um outro coração
traz-me um sentimento
que me faz levitar
na imensidão

Cada dose de amor
que cai de mim
em terreno com erosão
faz a terra se abrir
em possibilidades
de plantação

Cada dose de amor
que sai de mim
desobstrui desilusão
e faz o mundo perder
uma nota triste
de solidão

Maria Helena Mota Santos

11/08/2011

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Jasmim


(Imagem-Google Imagens)

Uma florzinha no cabelo
Com perfume de jasmim
Traz o cheiro da lembrança
De uma história sem fim

A florzinha muito terna
Vestia-se de timidez
Mas era a mais singela
Dos jardins que encontrei

Vestia-se toda de branco
Pequenina e notável
Não havia quem passasse
E seu perfume não levasse

E no seu suave perfume
Deixava linda mensagem
Com a linguagem de amor
De ternura e de amizade

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Andanças


(Imagem-Google Imagens)

Andava diferente na mesma trilha que caminhara outrora
Escutava os ecos dos seus passos em companhia do alvorecer
Não chorava, não sorria, nenhum sentimento surgia
No passo rápido abrigava a lentidão das horas
Tinha pressa, mas não queria correr com o vento
Preferia esperar a inexatidão do tempo
O orvalho, por vezes , lhe causava surpresa
Quando no abrigo dos seus olhos congelavam
Causando uma certa irritação ocular
Até degelarem com os raios de sol
Ouvia pássaros internos e despertos
E escutava sons inaudíveis, imperceptíveis
Conversava com seus ruídos
Sem precisar usar os seus sentidos
Expressava uma serenidade paradoxal e absurda
Que contrastava com a guerra dos seus mundos
Sem teto buscava abrigo no infinito
Fazendo pausas se fosse preciso
Enfim, sentia-se um recorte de um momento
Que ficara guardado no arquivo do tempo

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Quase

(Imagem-Google Imagens)

Eu quase clareei
as sombras
com o reflexo do sol
pela fresta da janela
Eu quase as pintei
de cores
tão bonitas
matizadas
como as cores
de uma aquarela

Eu quase clareei
as nuvens
de uma tempestade
iminente
Só com o sorriso
dos olhos
que olhavam
e fixavam
no reflexo de sol
da minha mente

Eu quase
clareei o escuro
que acometeu
parte do caminho
Usei o farol
da minha alma
que enxerga flores
no lugar
onde antes
havia espinhos

Maria Helena Mota Santos

27/08/2012

domingo, 8 de setembro de 2013

Doce esperança


(Imagem-Google Imagens)


Hoje eu vi uma rosa
Lá na terra do improvável
Onde nada acontece
Que não seja noite fria
Uma mão invisível
A minha face afagava
Minha tristeza acalmava
E uma doce esperança trazia
Seria um Anjo?
Seria uma fada madrinha?
Quem chegou tão de repente
Para ser minha companhia?

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O silêncio de um grito


(Imagem-Google Imagens)


O silêncio de um grito
abafado
Faz um eco e acorda
a solidão
Faz redemoinho nas emoções
tão reprimidas
E se transforma
em caminho para a saída
É um silêncio que fala mais
do que as palavras
Faz do olhar a vitrine
do seu verbo
Faz do corpo o movimento
da sua cena
E se encharca de uma energia
quase plena
É o silêncio que antecede
uma atitude
E se reúne com o momento
do presente
E faz mímica para a vida
que está em volta
E é a chave que para o novo
abre a porta

Maria Helena Mota Santos

30/11/2011

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Se eu pudesse


(Imagem-Google Imagens)

Se eu pudesse pegar uma estrela
Pra acender o seu olhar
Eu pegaria

Se eu pudesse voltar o tempo
Pra mudar a sua história
Eu voltaria

Se eu pudesse lhe defender
Das decepções e das tristezas
Eu defenderia

Se eu pudesse lhe imunizar
Das mazelas dessa vida
Eu imunizaria

Como não posso lhe isentar
Das tristezas dessa vida

Como não posso lhe proteger
Das armadilhas da estrada

Como não posso impedir
As tempestades do caminho

Eu lhe dou por toda vida
O meu amor e o meu carinho

E a certeza de que meu coração
Será sempre o seu ninho

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Lição de criança


(Imagem-Google Imagens)

Eu estava aguardando um dos elevadores do prédio onde moro.
Um sinal de alerta me invade: ouço o choro de criança!
Apuro minha audição e descubro: o som vem do elevador!
Meu lado altruísta fica de plantão, pronto para agir!
De repente, a porta se abre! E conheço um desconhecido.
Um menino chora compulsivamente!
Uma senhora o consola e diz: chegamos! A porta já abriu!
Num ímpeto eu o afago com muito carinho.
Ele olha para mim, ainda assustado, e para de chorar!
Descubro que a causa do pranto era o elevador enguiçado.
A criança olha novamente para mim, desconfiada, e segue!
E eu subo para meu apartamento pelo outro elevador, é claro!
Quando olho, da varanda, fico surpresa!
O menino já está na quadra rindo alto e andando de bicicleta!
Se eu não o tivesse visto, minutos antes, não imaginaria que ele teria passado por um susto.
Junto com sua alegria pueril ele dá uma grande lição:

É preciso, quando possível, se despedir de momentos tristes
com a leveza de uma criança e a rapidez de uma águia.

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Saudade


(Imagem-Google-Imagens)

Ando de frente pra vida
Mudando minha roupagem
Pinto as tristezas de cores
Meu acessório é a saudade

Saudade é sempre a ausência
De uma presença querida
Só quem preencheu espaços
É quem tem saudade na vida

Saudade de quem se foi
Saudade de quem não veio
Saudade da esperança
De ser feliz por inteiro

Saudade de abrir as asas
E voar sem direção
Saudade de ter saudade
Bem dentro do coração

Saudade de uma criança
Que no tempo se perdeu
Saudade de brincar de roda
E de achar quem se escondeu

Saudade da fantasia
Que alicerça a realidade
Saudade é dor de amor
Que chega em qualquer idade

Maria Helena Mota Santos

09/12/2010

domingo, 1 de setembro de 2013

Setembro chegou!




Hoje acordei com gosto de setembro
Quero fazer primavera em mim
Vou cuidar do meu terreno
Para que as flores brotem
No meu jardim