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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Hoje nasceu


(Imagem-Google Imagens)

Hoje nasceu comigo
Uma vontade de andar
Descobrir novos temperos
E novos sabores da vida

Hoje nasceu comigo
Uma vontade de cantar
Melodia da esperança
Para encantar o meu dia

Hoje nasceu comigo
Uma vontade de dançar
Nessa pista do universo
Que circunda o infinito

Hoje nasceu comigo
Uma flor de beleza rara
Sem trazer nenhum espinho
E meu caminho floriu

Hoje nasceu comigo
Um sol brilhante e raro
Que me despertou para o dia
E me fez feliz assim

Maria Helena Mota

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Momento


(Imagem-Google Imagens)


Por um momento
A vida passou por mim
nas asas da emoção

Por um momento
Fui apenas um protótipo
De um ser em construção

Por um momento
Experimentei extremos
Andando na contramão

Por um momento
Fui do tudo ao nada
Sem perder a direção

Por um momento
Senti a minha essência
E enfrentei a transição

Por um momento
Fiquei livre do casulo
E voei numa canção

Neste momento
Sigo a rota do infinito
Com a bússola do coração

Maria Helena Mota Santos


domingo, 28 de julho de 2013

Anjo humano


(Imagem-Google Imagens)

HOMENAGEM A TODOS OS ANJOS QUE FACILITAM A MINHA CAMINHADA AQUI NA TERRA.
EM ESPECIAL AO PAPA FRANCISCO QUE HOJE SE DESPEDE DO BRASIL!


Sua alma é leve como uma pluma
Mas o seu corpo sofre a lei da gravidade
E padece com as mazelas da vida

Sua palavra é originada do dicionário dos Anjos
E segue o destino com suavidade e luz
Mas a sua fala é cheia das regras humanas

Seu sorriso esboça o sorriso de Deus
E ilumina os caminhantes da estrada
Mas seu rosto traz o vinco de humanidade

Seus passos são leves e sutis como de uma garça
E mudam a paisagem por onde anda
Mas seus pés trazem os resquícios das pedras do caminho

Sua vida é de serviço e doação à humanidade
Sem acumular tesouros aqui na terra
Mas as necessidades humanas são iminentes

Ele está em cada ponto do mundo
E recebe rótulos por onde anda
Rótulos de pais
Rótulos de filho
Rótulos de amigo
Rótulos de companheiro
Rótulos de professor
Rótulos de missionário
Rótulos de líder

Eles são presentes de Deus para a humanidade

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Andarilho


(Imagem-Google Imagens)

Não sou daqui
Sou de lá
Sou daquele pontinho
Que sempre está adiante
Lá na linha do horizonte

Não sou daqui
Sou do cantinho
Que é porto inseguro
Estou no presente
Com asas abertas pro futuro

Não sou daqui
Sou de acolá
Sou do edifício de asas
Que foi construído
Lá onde o oceano deságua

Não sou daqui
Sou daquele pontinho
Que não cheguei a atingir
Sou do caminho
De uma reta sem fim

Maria Helena Mota Santos

09/11/2010

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Entre o sol e a lua


(Imagem-Google Imagens)

Entre o sol e a lua

Acordo com o sol me chamando feliz
Mas o gosto de lua ainda me invade
O sol me promete dia lindo lá fora
E a lua minguante em mim se abate

O sol me sorri e mostra alegria
A lua me mostra a noite e a penumbra
Eu fico em dúvida a quem atender
Mas o dia de sol é o que me deslumbra

Acordo e levanto com gosto de lua
E o sol é minha sombra pra onde eu vou
Eu fico perplexa com aquela disputa
Mas o sol com seus raios já me cativou

Eu fico olhando os resquícios da lua
Mas a promessa do sol é o que me tentou
Eu digo pra lua que volte à noite
Pois de dia o sol é o meu protetor

A lua esperneia e sai chateada
E vai com a sombra desaparecendo
O sol radiante minha lágrima enxuga
E mostra feliz um novo dia nascendo

E eu abraço o dia cheia de esperança
De que à noite a lua nova no céu apareça
E eu possa de novo enxergar as estrelas
Pra que eu durma feliz com tanta beleza

Maria Helena Mota Santos

09/03/2010

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Se houver amanhã



(Imagem-Google Imagens)

Se houver amanhã um capítulo inédito vai ao ar
Com cenas que não se pode ensaiar

Se houver amanhã uma luz pode acender
Para não deixar o dia escurecer

Se houver amanhã pode se achar uma saída
Para o labirinto das causas perdidas

Se houver amanhã a esperança pode aparecer
Para quem não consegue crer

Se houver amanhã há de novos sonhos se plantar
Para passarela da realidade enfeitar

Se houver amanhã há de se aprender com os pássaros
Que mesmo com asas quebradas buscam o espaço

Se houver amanhã...


Maria Helena Mota Santos

28/10/2010




28/10/2010

terça-feira, 23 de julho de 2013

Gritos


(Imagem-Google Imagens)

Os gritos mudos
Que anestesiaram
Os sentidos
E se perderam
No labirinto
Das encruzilhadas
Das dores
Alforriaram-se
No sopro de vida
E encontraram
Os tons
Na sonoridade
Dos versos
Dos poemas
Adversos
Que renovaram
A vida

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Asas da alma


(Imagem-Google Imagens)

Minha alma se fez palco
E para o mundo se expôs
Chorou, sorriu, entristeceu
Não deixou nada pra depois

Minha alma se fez escuta
Sofreu,silenciou e aprendeu
Compartilhou a sua história
E de muitas fontes bebeu

Minha alma se fez voz
E a sua melodia entoou
Enfrentou os tons da vida
E sua trilha sonora encontrou

Minha alma se fez criança
E brincou no carrossel
Reviveu contos de fadas
E chegou perto do céu

Minha alma se fez asa
Uma nova essência buscou
Voltou vestida de infinito
E sobre a minha mão pousou

Maria Helena Mota Santos

18/05/2011

domingo, 21 de julho de 2013

Bagagem

(Imagem-Google Imagens)

Já não carrego tanta expectativa
A vida é apenas o que levo
Do que salvei lá do passado

Já não carrego tantas dores
Só levo agora a dor latente
Do parto pra outro momento

Já não carrego o que é supérfluo
Só levo agora os seletos momentos
Que me recordam contentamentos

Já não carrego tanta tristeza
Dei-lhe a carta de alforria
E fiz um pacto com a alegria

Já não me levo em pedaços
Juntei meus cristais quebrados
E fiz uma linda fantasia

Já não me olho em outro espelho
Fiz um reflexo de minhas cores
Usando meu próprio espelho

Já não sou alvo da solidão
Preenchi os meus espaços
Com a própria companhia

Já não me perco em pensamentos
Eu os capturo e os absolvo
E os transformo em poesia

Maria Helena Mota Santos

sábado, 20 de julho de 2013

Amigo


(Imagem-Google Imagens)

FELIZ DIA DO AMIGO!

Amigo é um acorde suave que orquestra os melhores momentos da vida e embala os piores com canções de ninar.
No aconchego das palavras ou, simplesmente, do silêncio, a sua companhia é uma partida para um lugar infinitamente confortável.
Nesse lugar há um encanto e uma magia que fazem das horas momentos imperdíveis.
Ao lado dele, ouve-se o canto dos pássaros e o convite para voar sem, necessariamente, precisar de asas.
A sua companhia é sentida a quilômetros de distância no território da saudade.
Ao lado dele a paz se faz presente imunizando a turbulência interior.
No seu olhar há o convite para a travessia em busca de um mundo novo.
Ter amigo é ter uma asa para voar quando se está no chão da vida.
Ter amigo é ter um abraço quentinho e aconchegante nas noites frias da vida.
Ter amigo é ter um lencinho disponível para enxugar as lágrimas.
Ter amigo é bailar nas alturas tendo um porto seguro para pousar.
Ter amigo é ter um paraíso disponível quando se está no terreno da tristeza.
Ter amigo, sobretudo, é ter uma parte sua guardada, no cofre de um outro coração, para ser utilizada nos acidentes do percurso.


Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Silêncios e palavras

(Imagem-Google Imagens)


São os silêncios
Que compõem as palavras
Presas no coração

São os silêncios
Que enviam os sentimentos
Para a cristalização

São os silêncios
Que falam de amor reprimido
Nas entrelinhas de uma canção

São os silêncios
Que se revestem de palavras
E fazem rebelião

E os silêncios alforriados
Atravessam a solidão
Caem nos versos e reversos
E publicam sua paixão

Maria Helena Mota Santos

26/09/2011

quinta-feira, 18 de julho de 2013

A dupla face do eu

(Imagem-Google Imagens)


Agora as duas faces são reconhecidas.
Uma constante briga acontece entre as duas que são antagônicas e paradoxalmente harmoniosas.
Uma não é completa sem a outra. Dançam e lutam na valsa do dia a dia.
Uma traz consigo a inquietação e o movimento para a mudança.
A outra traz o gozo e a gostosa inércia de um sentimento de poder e de prazer perante a vida. Com ela a vida baila numa permanência que parece viver a constância.
É gostoso sentir o equilíbrio das duas.
Na ponte que serve de intermediação entre as duas, há um vazio tão cheio que não cabe dentro do espaço da vida do momento.
É um vazio tão forte que a vida não se desenha como obra mutável, mas como quadro definitivo e irremediável.
Mas a dor chega para movimentar o prazer.
É um doer tão constante que parece ficar sobre um patamar no gráfico da vida.
É um momento já conhecido mas assim como um camaleão parece trazer nova roupagem que intercepta o caminho das águias.
Crê-se que é impossível voar e transpor o muro que levaria a um outro possível caminho.
Mas a coragem chega e leva o ser nas suas asas para enfrentar a travessia.
Ao transpor a ponte o ser se reveste de vitória e experimenta o sentimento de poder e acredita que nenhuma força fará com que experimente o fel contido nos dias da tela da vida.
É uma força tão indescritível que faz o ser perder a medida da proporção do que realmente é.
É o beber na taça de Deus e pensar ter se tornado um deus no olimpo da vida.
É por vezes um engano e uma traição a sua condição humana.
Mas acontece o encontro!
O encontro das duas faces traz o real e o pódio sem poder, mas com propriedade sobre a vida.
Traz a sabedoria e o despertar para uma visão especial do céu da Alma sem o engano da constância de céu sem nuvens e trovoadas.
É o despertar sem idade e sem tempo.
É o troféu dos que ousam fundir os sentimentos antagônicos da Alma.
É um alvorecer com sol e chuva mesclados, transformando-se numa maravilhosa sinfonia do ser.

É pois a arte... É pois a vida...

Maria Helena Mota Santos

28/06/2010

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Falar ou calar?

(Imagem-Google Imagens)

Se eu calo as vozes me sufocam
Se eu falo o silêncio me atordoa
Falar?
Calar?
O que é falar?
O que é calar?
Se às vezes falo muito no silêncio
e digo pouco com as palavras?
Como dizer no tempo certo
o que é pra se dizer?
Como calar no tempo certo
o que não é pra se falar?
Onde está o justo equilíbrio?
Que elo existe na fronteira
do falar e do calar?
Elo do bom senso?
Elo da experiência?
Elo da sabedoria?
Elo da generosidade?
Elo da empatia?
Elo do amor?

O que é falar?
O que é calar?

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 16 de julho de 2013

Pegadas do meu ser

(Imagem-Google Imagens)


Nasci na direção do vento
Cresci em direção ao horizonte
Vivo na imensidão do infinito

Sou pouco palavra
Sou muito silêncio
Sou a roda que gira
Sou a reflexão ambulante
Sou um pedaço do tudo
Sou um mosaico de partes
Sou uma mão estendida
Sou o aconchego do abraço

A felicidade eu não busco
Ela mora em mim
Porque a percebo
Em cada sorriso
Em cada lágrima
Em cada desilusão
Em cada afago
Em cada respiração
Em cada flor
Em cada espinho
Em cada irmão

Sou pouco razão
Sou muito emoção
Sou uma poesia
Sou uma canção
Sou um livro alado
Sem rótulo e sem capa
Sou um pedacinho de infinito
Aterrissado nas asas

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Pintar a vida

(Imagem-Google Imagens)


Pintar a vida
como se fosse uma grande tela
sem limite e sem contorno

Pintar a vida
como se tivesse à sua disposição
todas as cores do universo

Pintar a vida
como se fosse um célebre pintor
que traduzisse em cores a sua história

Pintar a vida
como se no coração existisse um arco-íris
pronto para a alquimia das cores

Pintar a vida
fazendo texturas de cores quentes e frias
para expressar as emoções do dia a dia

Pintar a vida
utilizando como matriz
as marcas dos seus rastros na estrada

Pintar a vida
como se não houvesse amanhã
e o futuro fosse um quadro enigmático
sem hora para acontecer

Pintar a vida....

Maria Helena Mota Santos

27/07/2010

domingo, 14 de julho de 2013

Pedido


(Imagem-Google Imagens)

Não me peça
que não chore
Não me peça
que não sofra
Não me peça
que não viva
Não me peça
que não morra

Não me impeça
de ser gente
Não me impeça
de seguir
Não me impeça
de ser eu
Não me impeça
de sorrir

Não há peça
sem roteiro
Não há peça
sem direção
Não há peça
sem o pulso
Do que vem
do coração

Maria Helena Mota Santos

15/01/2012

sábado, 13 de julho de 2013

Folha em branco


(Imagem-Google Imagens)

Com sol ou chuva
Tempestade ou bonança
Abre-se todo dia
Uma folha em branco
A folha se abre
Independente do ontem
Independente do amanhã
Fica disponível
Para a pintura do dia
Para expressar dor
Ou alegria
Para registrar realidade
Ou fantasia
Ela é única
Intransferível
Irrevogável
Inédita
É oportunidade
De passar a limpo o ontem
Desenhar o hoje
E planejar o amanhã
É a página que o Universo envia
Para compor o livro da vida

Maria Helena Mota Santos

19/07/2010

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Espera


(Imagem-Google Imagens)

Esperou tanto tempo pra viver
que a vida se esvaiu pelas horas
Ficou à espera
da grande viagem
de ter mais dinheiro
de um lugar mais espaçoso
dos filhos crescerem
do sol brilhar
da neve cair
de encontrar um amor
do ano novo chegar...
Na ilusão do futuro
esperava pela realidade
Com o foco em outras lentes
não viu a contramão da vida
Só viu chegar a dor de saber
que é eventual o seu poder
Só quando enxergou as luzes foscas
que percebeu a luz da vida

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Lugar encantado

(Imagem-Google Imagens)


De uma pássaro na varanda
Ganhei um olhar bem colorido
Enxergo a vida no horizonte
Não sei se vou ou se aqui fico

Procuro o sol e enxergo a lua
É o improvável que acontece
Não é o sol que é astro-rei
Que todo dia amanhece?

É com a lua que me encanto
Em São Jorge me reconheço
Fico suspensa nas alturas
Na luz da lua eu anoiteço

A varanda virou uma nave
A imaginação me leva longe
Vou além do que percebo
Fico perdida no horizonte

Olho a vida aqui de cima
Tudo fica tão pequeno
Não percebo nem espinhos
Daqui tudo fica ameno

Quando daqui eu for descer
Vou fazer uma intersecção
E criar um lugarzinho
Pra encantar meu coração.

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Sou assim

Imagem-Google Imagens)


Eu não vejo a luz da vida
Pela lente da tristeza
Extraio de cada fato
A essência da beleza

E se as lágrimas transbordam
Faço o esboço de um sorriso
Acalento as minhas dores
E busco ajuda se preciso

Não desperdiço a luz do sol
Que a minha alma enxerga
Concentro-me no privilégio
De estar em paz na terra

Não coloco a tristeza
Num patamar superior
Decepções são enfrentadas
Com o antídoto do amor

Foi assim que aprendi
A viver a vida cada dia
Nas asas de uma criança
Encho meu mundo de magia

Maria Helena Mota Santos

14/03/2012

terça-feira, 9 de julho de 2013

Divagações

(Imagem-Google Imagens)

O que você faria
se fosse sua eterna companhia?
Buscaria um alguém pra caminhar
ou só a sua sombra bastaria?

O que você faria
se pudesse antecipar o seu futuro?
Abriria o portal do seu destino
ou seguiria desvendando cada segundo?

O que você faria
se pudesse abrir as asas e voar?
Permaneceria em terra firme
ou voaria para outro lugar?

O que você faria
se pudesse apagar o seu passado?
Apagaria algum momento
ou valorizaria o aprendizado?

O que você faria
se pudesse reescrever sua história?
Aperfeiçoaria os momentos já vividos
ou deletaria alguns capítulos da memória?

O que você faria
se nada pudesse fazer?
Morreria nos braços do tempo
ou deixaria a esperança florescer?

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Ecos do infinito

(Imagem-Google Imagens)

Nada me sai sem ser réplica
Escuto os sons do mundo
E os reproduzo
Com as lentes de contato
De sonhos
Com realidades

Nada me sai de inédito
Alguém sempre pensou
No que penso
Em algum instante
No infinito tempo

Nada é meu
Nem mesmo eu
Sou compartilhada
Pelo mundo que está fora
E que mora em mim

Nada sou sem as histórias
Contadas e encantadas
Pelos caminhantes do infinito

Maria Helena Mota Santos

sábado, 6 de julho de 2013

Delicadeza


(Imagem-Google Imagens)


Prefiro ser a delicadeza
que vê em cada ser um cristal divino
mesmo que esteja em forma de pedra bruta

Prefiro ser a delicadeza
de um coração sensível e afável
que vê no outro um companheiro na vida

Prefiro ser a delicadeza
que não julga só pelas aparências
e que procura a pedra preciosa de cada ser

Prefiro ser a delicadeza
do perdão que enxerga na luz e na sombra
oportunidades de sabedoria e redenção

Prefiro ser a delicadeza
de uma amizade sincera e incondicional
nessa íngreme estrada de flores que é a vida

Maria Helena Mota Santos

29/09/2010

sexta-feira, 5 de julho de 2013

A luz e a sombra

(Imagem-Google Imagens)


Você que me habita
É a sombra do que fui
E a sombra do que sou

Você que me habita
É também a minha luz
E a luz que se apagou

Você que me habita
É a minha companhia
E também a solidão

Você que me habita
É a minha salvação
E também a perdição

Você que me habita
É a minha incompletude
E a minha perfeição

É o positivo
É o negativo
É o verso
É o reverso
É o atalho
É o caminho

E também é a certeza
De que nunca estou sozinho.

Maria Helena Mota Santos

03/12/2011

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Pássaro ferido


(Imagem-Google Imagens)

Vi um passarinho morto no chão e fiquei comovida.
Hoje passei pelo mesmo lugar e ele continuava ali: inerte, repisado e solitário.
Trouxe-o no coração e o transformei em poesia!


Ontem
Enquanto andava
Vi um passarinho no chão
Morto para a esperança
Inerte para a ilusão

Hoje
Enquanto andava
Vi o passarinho no chão
Ninguém reclamou sua ausência
Sua parceira é a solidão

Um dia teve asas
E viu o céu de pertinho
Hoje conheceu o chão
E a dor de ser sozinho

Voe meu passarinho
Com as asas do pensamento
Encontre seu paraíso
Muito além do firmamento

E se força não tiver
Para além do chão voar
Na minha casa tem um jardim
Onde você pode descansar

Maria Helena Mota Santos

16/01/2012

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Eu por mim


(Imagem-Google Imagens)

Um dia, quando acordei para vida, eu fiz um esboço pra mim
Rascunhei o meu desenho pretendido para exposiçao no Universo
Identifiquei as tintas que trazia na bagagem
Escutei a primeira melodia que saía de mim
Os tons eram suaves, ternos e alegres
E identifiquei imediatamente as notas do amor
Os braços eram do tamanho de um abraço
Nas mãos trazia sementes das mais variadas espécies
Do meu coração saía um intenso calor humano
Os meus ouvidos captavam sons à distância
O olhar era compassivo e umedecido
E o silêncio era cheio de palavras e metáforas
Nasci da cor da metamorfose
Nasci da cor da amizade
Nasci na cor do amor
Nasci da cor da alegria
Nasci da cor da compaixão
Sou uma poesia itinerante
Em permanente construção

Maria Helena Mota Santos

06/11/2010

terça-feira, 2 de julho de 2013

O voo da poesia


(Imagem-Google Imagens)


De repente
Tudo ficou tão desigual
Que ao olhar para a vida
Nada parecia real

De repente
As certezas eram incertas
E o que era privado
Ficou de portas abertas

De repente
As asas caíram no chão
E o pássaro ferido
Conheceu a solidão

De repente
O mundo entorpeceu e girou
E mostrou o outro lado
Das peripécias do amor

De repente
Era tão natural
Se encharcar de tempestades
E nadar contra o mal

De repente
Aconteceu uma magia
O pássaro pegou as asas
E voou com a poesia

Maria Helena Mota Santos

A noite da alma


(Imagem-Google Imagens)


Na calada da noite
Fala a voz da minha alma
Que insone flutua
Na inquietude da calma

No silêncio ensurdecedor
A alma perambula aflita
Busca motivos concretos
Para embalar essa vida

As marcas ficam visíveis
As indagações reaparecem
As sombras viram fantasmas
E no palco se aquecem

A noite é um cenário
Para o implícito atuar
Pois a luz do dia esconde
O que a escuridão quer mostrar

A noite retira a máscara
Que a alma usou pelo dia
Pois há de querer descanso
Para disfarçar a agonia

E o corpo quer dormir
Mas a alma quer vigília
E nessa briga pacata
Tem início um novo dia

Maria Helena Mota Santos

01/05/2010

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Florzinha


(Imagem-Google Imagens)


Se eu fosse uma florzinha
Bem pequena e delicada
Moraria em um jardim
Não pensaria em mais nada

Iria só enfeitar vidas
E alegraria os ambientes
Seria cúmplice dos amantes
E viveria sorridente

Eu transformaria o orvalho
Em bolinhas de sabão
Para alegrar as criancinhas
Que me carregassem na mão

Pegaria cada pétala
E enfeitaria o caminho
De quem tivesse bem triste
E se sentisse sozinho

Não me prenderia aos jarros
Seria uma flor itinerante
Conheceria as estradas
E chegaria ao horizonte

Maria Helena Mota Santos

08/11/2011