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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Corrida da vida


(Imagem-Google Imagens)

Respire fundo!
Pode começar a hora que você quiser!
A partida começa na rua da saudade.
E a chegada é lá na rua da esperança.
No percurso, hidrate-se com lembranças.
E não esqueça do bloqueador da tristeza.
Use as roupas leves da alegria.
E proteja os pés contra a monotonia.
E para dar mais energia no percurso,
Não esqueça da pitadinha de sonho.
Corra! Mas não perca o compasso.
Pise! Mas deixe bons rastros.
Beba o líquido da moderação.
E embale tudo com uma canção.
Promova abalos sísmicos nas camadas internas.
E após a acomodação das falhas causadas pela erosão da dor,
Entre nos escombros e traga o troféu de si mesmo.
Após o resgate, siga a seta, vire a outra esquina
E aguarde instruções para a próxima corrida da vida.

Maria Helena Mota Santos

16/03/2010

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Meu sonho


(Imagem-Google Imagens)

O meu sonho
é seguir sonhando
e pintando cores
no meu dia a dia

Tenho o sonho
de sonhar
com a realidade
vestida de fantasia

O meu sonho
é flutuar
nas asas leves
da poesia

Tenho sonho
de escrever
versos de amor
todos os dias

O meu sonho
é não me opor
ao sonho
que se insinua

Tenho sonho
de plantar
e regar a flor
de cada rua

O meu sonho
é levitar
e conhecer
o infinito

Tenho sonho
de deixar o mundo
bem mais pertinho
do paraíso


Maria Helena Mota Santos

Feliz aniversário, Luciano




Um único filho nasceu do meu ventre mas o ventre do mundo me presenteou com a dádiva de muitos filhos que me fazem extremamente feliz.

Um dos filhos aniversaria hoje e coincidentemente no mesmo mês do filho do meu ventre.

Luciano é um ser humano especialíssimo que traz um brilho especial e encanta o mundo com seu carisma e generosidade.

Lembro-me especialmente da sua batalha para realizar o sonho de ser médico.

Sua determinação e foco sempre tiveram à frente e foram essenciais para conseguir a vitória.

Hoje, quase médico, é uma referência para muitas pessoas que seguem em busca dos seus sonhos.

Com a sua garra, ele mostrou que quando se quer chegar a um lugar sonhado cada passo é importante.

Demonstrou, com maestria, que as quedas são apenas passos invertidos que fazem parte do caminho que leva ao sucesso.

Luciano, meu filho, continue lutando pelos seus objetivos e escutando sempre a voz da experiência dos seus familiares, mestres e amigos.

Obrigada por me deixar exercer o papel de mãe em todos os aspectos, mesmo quando uso de firmeza visando o seu bem! risos

A nossa história é uma das mais bonitas e cheias de momentos hilários. O riso sempre roubou a cena da nossa convivência!

Faça de cada momento um trampolim para o sucesso.


Feliz aniversário!


Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 29 de maio de 2013

O que restou


(Imagem-Google Imagens)

Hoje eu não trouxe nada
Trouxe parte do tudo que restou
Trouxe a minha essência
A minha carência
E a vontade de plantar flor

Hoje eu não trouxe tudo
Trouxe o quase nada que restou
Trouxe o meu carinho
A minha compaixão
E o desejo de semear amor

Maria Helena Mota Santos

07/02/2011

terça-feira, 28 de maio de 2013

Instante


(Imagem-Google Imagens)


No passar das horas
Que antecedem outro instante
Eu sou um pé adiante
Do que era antes
Sou a interrogação sem pausa
E a possibilidade das reticências
Não marco limites no caminho
O mundo é o meu ninho

Quando não estou nas alturas
A terra é meu porto seguro
Se desço pra superfície
O universo me chama
E algumas vozes clamam
Pra me vestir de infinito

Olho para o chão e fico zonza
Com a habitualidade da dança
Que rodopia no mesmo lugar
E quando olho para o alto
O meu ser já fez o traslado
E me chama pra voar

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Seria uma flor?


(Imagem-Google Imagens)

Era uma flor
Na sua bela aparência
Despontava viçosa
Derramava-se em pétalas
Embelezando a vida

Levei uma semente
Plantei no meu jardim
Reguei-a com carinho
Fiz as podas necessárias
E me distraí

Eis que a flor
Num certo dia
Desabrochou em espinhos
E eu não pude mais
Ter o seu carinho

Era tão diferente
Daquela que me encantou
Que imaginei ser um sonho
E não uma cilada
Que a vida me mostrou

Maria Helena Mota Santos

Atitude

(Imagem-Google Imagens)

Prefiro ser a ausência
Do que a presença não consentida

Prefiro a distância que aproxima
Do que a proximidade que afasta

Prefiro caminhar sozinha
Do que ser eco de outros passos

Prefiro chorar minhas lágrimas
Do que sufocar meu sorriso

Prefiro encarar minha dor
Do que maquiar o prazer

Prefiro enfrentar a verdade
Do que me aliar à mentira

Prefiro sofrer decepção
Do que me prevenir do amigo

Prefiro a lentidão dos minutos
Do que embriagar minhas horas

Prefiro esperar o meu tempo
Do que abortar uma vida


Maria Helena Mota Santos

25/10/2010

domingo, 26 de maio de 2013

Feliz aniversário, meu filho!



Filho,

Imaginar minha vida sem você é como viver num deserto sem oásis.

Todos os dias eu ergo minhas mãos para o céu e agradeço ao criador por ter me presenteado com uma das mais lindas criaturas.

Em alguns dias, durante a oração, eu me derramo em lágrimas de agradecimento por ter ao meu lado, mesmo que esteja a quilômetros de distância, um ser tão especial!

Lembro-me que eu e seu pai não precisamos lhe ensinar muitas regras sobre a moral e a ética.

A gente tinha impressão que você já veio, de certa forma, moldado para a generosidade e para a sabedoria.

Por isso, meu amado filho, eu quero lhe parabenizar não só pelo seu aniversário mas , principalmente, por ser puro de coração.

Obrigada por ser meu Porto Seguro e minha referência.

Hoje você é o meu espelho e a minha mão amiga!

Saber que você está, incondicionalmente, ao meu lado já me faz uma mãe de uma felicidade sem tamanho!

Que Deus abençoe cada dia de sua vida!

Lembre-se sempre, filho, que sonhos realizados são apenas portais para sonhar novos sonhos!

Siga o seu caminho e nunca se esqueça que viver é desbravar novos caminhos... novas possibilidades.

Nunca pare de aprender!

Meu amor por você é tão grande que não cabe nas palavras!


Sua mãe e admiradora!

sábado, 25 de maio de 2013

A arte tecida


(Imagem-Google Imagens)

Degustar da vida
os vários sabores
da arte tecida
é deixar de ser ilha
e partilhar a bebida
na amarga doçura
do néctar que cura
as feridas latentes
na alma da gente

Degustar das canções
das emoções contidas
regadas por lágrimas
num céu de sorrisos
e se for preciso
acender a estrela
que de frio apagou
e sentir no desfecho
o desvelo do amor

Maria Helena Mota Santos

29/11/2011

Antagonismos


(Imagem-Google Imagens)

Foi quando percebi o todo que descobri a minha exclusividade.
Foi quando estava no meio da multidão que percebi a minha solidão.
Foi quando pensei que estava em terra firme que o chão tremeu.
Foi quando acreditei que estava no fim que tudo começou.
Foi quando me abri em sorrisos que as lágrimas jorraram.
Foi quando mais confiei que conheci a decepção.
Foi quando só tinha amor no peito que a dor apareceu.
Foi quando abri os braços para o mundo que precisei ser acolhida.
Foi quando estava no deserto que apareceram os amigos.
Foi quando estava em pedaços que começou a construção.
Foi quando quase morri que olhei de frente pra vida.
Foi quando tinha motivos para odiar que encontrei razões para amar.

Maria Helena Mota Santos

25/04/2010

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Metamorfose da dor


(Imagem-Google Imagens)

O que é a dor
Senão um aperitivo
Do amor
Um pré-requisito
Da experiência
Um trilhar no túnel
Da sabedoria?

O que é a dor
Senão um encontro
Com o avesso
Com o lado imperfeito
E com o quadro pintado
Sem cor?

O que é a dor
Senão um linimento
Que provoca ardor
E aponta caminho redentor?

O que é a dor
Senão a bússola do homem
Em busca de um caminho profundo
Precursora dos grandes versos
E mãe de todos os poetas?

O que é a dor
Senão um passaporte
Para o mundo
Que toca bem lá no fundo
Trazendo à tona
O néctar do SER?

O que é a dor
Senão o caminho inverso
Da mediocridade
Que dá cor
A qualquer saudade
Sem escolher idade?

Sem idade
Chega a dor
Trazendo histórias
Cantadas e encantadas
De amor.

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Indagações


(Imgem-Google Imagens)

O que dizer?
Nem sempre se tem palavras

Quando calar?
Nem sempre se tem silêncio

Quando seguir?
Nem sempre se tem estrada

O que fazer?
Nem sempre se tem clareza

Pra onde ir?
Nem sempre há um lugar

Como ajudar?
Nem sempre se tem a forma

Quando mudar?
Nem sempre se tem coragem

Quando amar?
Sempre que o coração pulsar

Maria Helena Mota Santos

23/12/2010

Amar

(Imagem-Google Imagens)

Amar
o impossível amar
e semear a luz
de um doce olhar

Amar
o infinito ser
e semear concórdia
pra não anoitecer

Amar
o que está à margem
e estender a mão
pra seguir viagem

Amar
o rastro da escuridão
e infiltrar luz
pra salvar o irmão

Amar
um amor salvador
e deixar aqui na terra
um jardim pleno de amor

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Andança

(Imagem-Google Imagens)

Andava diferente na mesma trilha que caminhara outrora
Escutava os ecos dos seus passos em companhia da aurora
Não chorava, não sorria, nenhum sentimento aparecia
Não havia sonhos, nem encanto e nem magia
No passo rápido abrigava a lentidão das horas
Num tempo que não lhe trouxe glória
Tinha pressa mas não queria correr com o vento
Preferia esperar a inexatidão do tempo
E no paradoxo do viver
Mesclava o escuro da noite com o amanhecer
E entristecia com o sorriso aberto
Embalando as lembranças do seu universo
E, assim, caminhava para o acaso
Sem a certeza de quem se tornou de fato

Maria Helena Mota Santos

27/07/2011

Ausência

(Imagem-Google Imagens)

Fez-se presente
Na ausência
Roubou a cena
Sem estar no palco
Contracenou
Sem atuar
E se escondeu
Pra se mostrar

Fez-se passado
Na presença
Atuou
Sem contracenar
Fingiu ser plateia
E aplaudiu
Mas se escondeu
Pra disfarçar

Fez-se futuro
Em outro show
Um palco móvel
Contratou
Encena alegria
Encena a dor
E diz que busca
O amor

Maria Helena Mota Santos

10/10/2010

terça-feira, 21 de maio de 2013

O que é a vida?



(Imagem-Google Imagens)

A vida é um hábito
De se enxergar
O que se vê todo dia
É embarcar
Em cada porto
Em busca de uma travessia

A vida é um baile de máscara
Que só se revela
No espelho noturno
É uma rua encantada
Onde um mágico invisível
Aponta o mundo

A vida é tudo isso
E tudo aquilo
Que se vê agora
É tudo que poderá vir
Com o pôr do sol
Ou com a aurora

A vida é o que foi
O que é
E o que poderá ser
É uma ciranda que volta
Vestida de esperança
A cada amanhecer

Maria Helena Mota Santos

09/01/2011

Amanheci assim

(Imagem-Google Imagens)

Amanheci assim
tão pequenina
que não sou vista
em nenhuma esquina
Meu coração transcende
e se agiganta sobre o corpo
O vento me roça
e sinto frio até no osso

Amanheci assim
com tanta sutileza
que não perco de vista
a real beleza
Dos poros da vida
percebo as sementes
Que se fazem frutos
docemente

Amanheci assim
tão desigual
que não sei a proporção
do sentimento atual
Da vitrine da alma
puxo parte de mim
E compartilho com o mundo
o que ainda não conheci

Amanheci assim
tão humanamente real
que me misturo ao mundo
de uma forma original
Ouço os gritos inaudíveis
e com eles me envolvo
Sou sorrisos e lágrimas
Sou a emoção do novo

Maria Helena Mota Santos

16/03/2012

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Linha do tempo


(Imagem-Google Imagens)


Não teço
cada dia
com linhas quebradas
pelo tempo
Em cada amanhecer
pego outra linha
e bordo
novo momento

Às vezes
de cores pálidas
Às vezes
de cores firmes
Eu valorizo
cada cor
A cor alegre
e a cor triste

Às vezes
teço pelo avesso
com as mãos trêmulas
de frio
Às vezes
tenho pouca linha
mas encaro
o desafio

Às vezes
penso que teço
um caminho
que escolhi
Mas percebo
que havia esboço
do bordado
que teci

Às vezes
fico perplexa
meus bordados
não reconheço
Mas não deixo
um só dia
Sem tentar
um recomeço

Teço
desde que acordo
e só paro
quando adormeço
Mas em sonho
sou intuída
e pra novo dia
eu amanheço

Maria Helena Mota Santos

02/04/2012

Tempo


(Imagem-Google Imagens)


Neste exato momento
Não sei
A direção
Nem o caminho
A seguir

Sei apenas
Que o tempo
Vai
Na direção
Que o vento leva

E eu aqui
Sinto o vento
Misturado ao tempo
E não visualizo
O momento
Que o tempo passou

Desperto
E levo um susto
Há tanta coisa
Já na estrada
Que fico perplexa
Com os pesos
Que acumulei

Livrar-me de alguns
Seria a solução?

Não sei!

Maria Helena Mota Santos

Travessia




(Imagem-Google Imagens)


Eu me distraio
das tristezas
e
atravesso
o caminho
da solidão

Fico alerta
aos sinais
latentes
nas
entrelinhas
do coração

Olho
e
percebo
um lugarejo
muito além
do infinito

Sigo a bússola
dos sentimentos
e
mudo a rota
dos meus sonhos
se preciso


Maria Helena Mota Santos

01/10/2012

domingo, 19 de maio de 2013

Esperança

(Imagem-Google Imagens)



Se eu me acordo
A esperança chegou
Quando abro os olhos
Só enxergo quem sou

Quando levanto
Parto em busca de mim
Se encontro a dor
Sei que viver é assim

Sou passarinho
Sou errante no mundo
Se paro na estrada
Sinto um tédio profundo

Nasci com asas
E tenho a alma alada
Não sou da inércia
Meu caminho é a estrada.

Se firo os pés
Nas pedras do caminho
Fica mais claro
Que o mundo é meu ninho

Os obstáculos
São canções de ninar
E nessa vida
Meu destino é lutar

Maria Helena Mota Santos

05/05/2011

Acorda neném


(Imagem-Google Imagens)


Acorda neném
O mundo já cresceu
Não precisa engatinhar
Este chão não é mais seu

Tem um caminho lá adiante
Novos brinquedos a conhecer
Vá quebrar e consertar
Em consequência vai crescer

Acorda neném
O mundo é um grande parque
Não fique em um só brinquedo
Pra não perder sua viagem

Lá tem uma roda que gira
Tem uma montanha que desafia
Vá em busca de crescimento
Mostre a sua valentia

Acorda neném
Uma curva se aproxima
Precisa de experiência
Pra subir ladeira acima

Vá encontrar sua coragem
Viajando com o medo
Desbrave novos caminhos
Se cair tem recomeço


Maria Helena Mota Santos

Aquarela


(Imagem-Google Imagens)


Caem-me cores
de colores
na minha tela
de plantão
Caem-me tintas
aquarelas
no caminho
da solidão

Caem-me papéis
bem decorados
com enredos
desfocados
Caem-me ideias
desconexas
à espera
dos meus cuidados

Caem-me sentimentos
tão variados
para encenar
no meu tablado
Caem-me silêncios
tão conturbados
como pausas
nos intervalos

Caem-me vidas
desprovidas
de um nexo
programado
Caem-me suportes
que dão norte
pra continuar
minha viagem

Maria Helena Mota Santos

17/11/2011

sábado, 18 de maio de 2013

Encontro

(Google Images)

Pessoas me tocam
sem toque
Com a luz do olhar
me envolvem
A minha escuridão
dissolvem
E as sombras dos dias
removem

São pessoas do meio
da gente
Que do lugar comum
transcendem
E como anjo da guarda
se sentem
E a luz do meu ser
acendem

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 17 de maio de 2013

À espera do sol

(Imagem-Google Imagens)

Era assim
quase todos os dias
nos tempos
de inverno

Acordava
o sol se escondia
e eu o sabia lá
amparado pelas nuvens

Esperava
que ele convalescesse
e retornasse
com mais brilho

Esperava
o seu tempo
sem ter tempo
de espera

Já era quase
primavera
e as flores
amarelavam
de anemia

Por vezes
as suas lágrimas
transcendiam as nuvens
e desaguavam em mim

E mesmo assim
eu esperava o sol
se render
à beleza da vida
e aparecer...

Maria Helena Mota Santos

01/11/2011

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Quem eu sou?

(Imagem-Google Imagens)


Quem eu sou?
Não sei não!
Posso mudar
no próximo minuto
a minha própria
definição.

Quem eu sou?
Não sei não!
Sou passarinho
Sou borboleta
E algumas vezes
fico no chão.

Quem eu sou?
Não sei não!
Sou sol brilhante
Sou chuva forte
Sou metamorfose
das estações.

Quem eu sou?
Não sei não!
Não sou estanque
Sou verso e rima
Sou melodia
de uma canção.


Maria Helena Mota Santos

16/11/2011

O ponto e o conto


(Imagem-Google Imagens)

Era um ponto
Que virou um conto
Dispensou as vírgulas
E desfez as pausas
Sentiu-se rei
Comandando linhas
E não pensou
Em ter companhia
Foi contando a história
E pontuando audácia
Invadiu os mundos
Congestionou as praças
Até que encontrou
Uma interrogação
Que o fez encarar
A sua solidão
Então questionou
As linhas já escritas
E se rendeu
Aos sinais da vida

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 15 de maio de 2013

E agora?



(Imagem-Google Imagens)

E agora?
O que fazer
Com as linhas tortas
Dos desvios do olhar?

E agora?
O que me traz este tempo
Que me encara no espelho?

Sinto o cheiro
De alquimia
No reflexo do olhar


Maria Helena Mota Santos

Irmãs gêmeas


(Imagem-Google Imagens)

A tristeza e a alegria
dançam no compasso do tempo
no palco dos nossos dias
São irmãs gêmeas
que se revezam no cenário
de acordo com o enredo

A tristeza e a alegria
dançam com harmonia
na desarmonia de cada ser
São emoções nos dias quentes
São fronteiriças nos dias mornos
São faces da moeda da vida

A tristeza e a alegria
Valsam conosco no dia a dia
São presentes e envolventes
E são protagonistas
nas contrações do parto
para a metamorfose



Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 14 de maio de 2013

Caminhada

(Imagem-Google Imagens)


Trocando passos
ouvi o som
de cada tom
que me envolvia

Ando apurando
e aguçando
o meu olhar
na travessia

Ouvi canção
bem pra lá
do infinito
coração

Ouvi o verso
que dava colo
à companheira
solidão

Ouvi os passos
sem ter rumo
nem tão rápidos
nem tão lentos

Vi as plantinhas
brincando de roda
de mãos dadas
contra o vento

Ouvi o nada
em disparada
e do tudo
me desfiz

Andei
só andei
sem perguntar
se sou feliz


Maria Helena Mota Santos

15/10/2011

Vestida de poesia


(Imagem-Google Imagens)

Fecho os olhos
Há outros sonhos pra sonhar
Se alguns deles se foram
Coloco outros no lugar

A vida é realidade
Vestida de fantasia
É uma linha tênue
Que segura cada dia

Se acordo e me sinto
Tenho vida ao meu dispor
Só preciso decidir
Qual será a minha cor

Pinto-me de aurora
Ou apenas anoiteço
Mostro a minha cara
Ou me coloco pelo avesso

Se acordo e sinto o pulso
Das sensações que arrebatam
O que antes era amargo
São sabores que me salvam

Se chegar o amanhã
E minha vida me acordar
Vou me vestir de poesia
E sair pra levitar

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Heróis do anonimato

(Imagem-Google Imagens)

Há poucos minutos, de volta para casa, percebi um homem estendido no chão com algumas pessoas em volta.
Aproximei-me e perguntei a um rapaz se foi acidente. Ele me disse que ele ia andando e desmaiou.
Assustada e vendo que alguns heróis anônimos já estavam tomando providências para o socorro, olhei-o e continuei meu caminho com lágrimas caindo da minha alma.
Comecei a refletir sobre a solidão e como nem sempre podemos proteger os nossos entes queridos dos imprevistos do dia a dia.
Nenhuma pessoa da intimidade daquele senhor estava perto. Foram os estranhos que se tornaram íntimos.
A partir da minha refexão brotou de mim a inspiração que postarei.
Para não perder o que me vinha à mente comecei a escrever no meu celular, enquanto andava, em plena calçada da vida.
Eis a minha poesia itinerante que é fruto de um quadro real do cotidiano!



Somos alheios
a tantos quadros
que são pintados
a uma distância
na qual a alma
nem o olhar
alcançam

Vamos seguindo
num sorriso calmo
com a alma em festa
sem perceber
que em algum lugar
outra alma escapa
pela fresta

Quando nos deparamos
com um imprevisto
que da vida brotou
Percebemos
que num mesmo instante
a alegria pode se revezar
com a dor

E assim
Tornamo-nos íntimos
de estranhos
na avenida
E com eles contracenamos
numa peça
chamada vida

Maria Helena Mota Santos

11/05/2012


O voo do papel


(Imagem-Google Imagens

No chão, em frente a um prédio, uma pichação: TE AMO.
Num salão de festa, no mesmo prédio, as cadeiras esperam, "pacientes", pelos convidados.
No céu nuvens bordadas insinuam esboços humanos se amando.
Dois pássaros passam brincando de esconde-esconde como meninos arteiros.
Um adolescente passa cabisbaixo, provavelmente, pensando o que fazer sábado à noite.
Uma jovem senhora passa puxando pelo braço seu filho “doentinho”.
Vários carros passam em fila, na avenida, como se tivessem marcado a hora do encontro.
Pessoas passam arrastando as sandálias com a falta de pressa do sábado.
A tarde fica sonolenta e o divagar ,do poeta, é inevitável e sem pressa.
O poeta fica na letargia do tempo, da rua, da avenida e da cidade.
Assume o embalo calmo das pessoas que passam na rua.
Assume o palpitar macio do pulso da rua que ecoa no coração da cidade.
O poeta quer olhar pra rua e não quer olhar na sua própria avenida.
Assume a dinâmica do movimento que não para, embora pareça lento.
Resolve emprestar o seu olhar pra vida cirandar como quiser e quando quiser.
Subitamente, um papel sai do chão e voa e volta e, depois, cai para voar de novo.
O papel desperta um fascínio no poeta que resolve acompanhar sua trajetória.
O papel traz de volta um brilho “travesso” no seu olhar e desperta a criança adormecida.
O poeta resolve sair de si e divagar nos braços da sua alma pueril.
Deixa-se guiar pelas asas do papel que sobe ou desce conforme a direção do vento.
Assume a condição de papel, que o vento leva, e põe sua alma nessa vida itinerante e imprevisível.
Não sabe quando vai parar e o quanto vai aprender, nessas passagens, nos braços do vento.
Vai se deixando levar , sem controle, esquecendo o que acontece na periferia.
Vai sentindo a leveza de ser papel e voar, cair, voar, cair...voar!

Maria Helena Mota Santos







14/03/2010

domingo, 12 de maio de 2013

Divagações


(Imagem-Google Imagens)


Estou aqui
Você tão perto de mim
E eu me dei conta
Que sei de você
A versão que acredito

Como saber de você
Se não sei tudo de mim?
Hoje penso ser
O que amanhã
Já nem mais serei!

Como posso lhe ter
Se mora fora de mim?
E mesmo lado a lado
Andamos em paralelas?

Como podemos ser
Duas pessoas em uma
Se a regra é individual
E cada linha tem seu final?

Será tudo um sonho
pra acalentar o viver?
Será utopia
pra magia não desfazer?

...ou quem sabe
ainda não me dei conta
do que é viver



Maria Helena Mota Santos

Amarras da alma


(Imagem-Google Imagens)


Escutar o que não se quer ouvir
Ficar inerte quando o corpo é movimento
Andar por caminhos que não se quer desbravar
Ficar sem brilho por fora e "ferver" por dentro
A tarefa sem prazer
È a crucificação dos minutos das horas da vida
É congelar o coração com lágrimas internas
É beber o fel
Quando há no canto da vida o mel
É prender o ser nas amarras do racional
É fazer da vida
Um significado de morte
De talentos singulares
De poemas originais
É fazer do corpo um peso
Preso à terra
Sem correntes de fato
É não deixar o corpo sutil bailar
Nos ensaios dos voos exploradores
É fazer uma escolha
Pelo ponto de referência da massificação
Do racional e do lógico
O viver sem referência
Leva a lugares únicos
Inéditos
Singulares
E até exóticos
Quão poucos escolhem uma passagem
Sem ponte visível
Esses poucos viram
A cauda colorida
Que há na poesia do imprevisível
Sentiram o êxtase
No caminho onde a terra voa pelos ares
Em forma de borboleta
Procurando um jardim temporário para pousar.

Maria Helena Mota Santos

25/03/2010

Mãe do infinito


(Imagem-Google Imagens)

HOMENAGEM A TODAS AS MÃES!


Mãe!
Sua voz se perdeu no infinito
Mas ouço o seu eco no meu coração
Agora o nosso encontro é em sonho
E a realidade se transformou em saudade

Mãe!
Levo-a sempre no coração para onde vou
Igual quando você me levava no seu ventre
Agora está onipresente em minha vida
E agora sabe de todos os meus segredos

Mãe!
Ontem eu chorei bem baixinho
Queria seu colo e sua sabedoria
E eu percebi sua presença sutil
Afagando meu coração com carinho

Mãe!
Onde você estiver neste dia
Receba a minha gratidão pela vida
Receba a minha lágrima de saudade
Receba o meu amor incondicional

Mãe!
Que neste seu dia você possa se orgulhar
De tudo que aqui na terra semeou
Eu sou o fruto do que você plantou
E através de mim você se faz presente

Maria Helena Mota Santos

09/05/2010

sábado, 11 de maio de 2013

Mamãe



(Imagem-Google Imagens)

HOMENAGEM A TODAS AS MÃES, VISÍVEIS E INVISÍVEIS, PELO SEU DIA(12/05/2013)


Um dia
Numa terra bem distante
Deus acordou pensativo
Cheio de reticências
Após ter criado o mundo
Os animais
A natureza
O homem e a mulher

Sentia que sua criação
Não estava completa
Precisaria colocar
Um sentimento no mundo
Que fosse antídoto
Para as dores
Para os sofrimentos
Para a solidão

A quem proporcionar
Tal poder
De gerar um sentimento
Tão infinito?

A quem proporcionar
O poder
De gerar nas entranhas
O amor incondicional?

Após pensar por um tempo
Criou um ser
Dentro de um outro ser
A quem chamou de MAMÃE

E para que o dom
Fosse extensivo
A todas as mulheres
Deu a cada uma
Esse poder maternal
De gerar um ser
No próprio ventre
Ou no ventre do mundo

E só assim descansou
Por saber
Que no mundo
Há um Anjo incansável
Que faz plantão
Em cada esquina
Da vida

Seja dia
Seja noite...


Maria Helena Mota Santos

Aprendi com a vida

(Google Images)


Aprendi tanto
e
tão pouco
diante do que está disposto
nas infinitas possibilidades
dessa vida

Aprendi a olhar
e ver
nas entrelinhas do viver
e
que é no silêncio
que se constroem as armadilhas

Aprendi a sentir
sem falar
o que está a me espreitar
e
que no escuro
posso enxergar melhor a luz

Aprendi a andar
sem caminhar
só pelas vias do pensar
e
que as palavras
têm subterfúgios inimagináveis

Aprendi a amar
sem condição
sem obstruir o coração
e
que amores vêm
e amores vão

Aprendi a abrir as asas
sem direção
voando com o coração
e
que eu sou
um poema em construção


Maria Helena Mota Santos


14/11/2011

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Meu retrato


(Imagem-Google Imagens)


Abandonei um par de lentes
Que ganhei lá no passado
Com elas eu via o esboço
Do meu retrato borrado

As lentes do meu passado
Tinham manual de instrução
Que prometia com o tempo
Aperfeiçoar minha visão

Usando as duas lentes
Tive meu olhar viciado
Eu seguia só uma reta
Nem olhava para o lado

Um dia lá pela noite
No colo da solidão
Meus olhos indignados
Fizeram revolução

Foram noites mal dormidas
E dias mal acordados
Mas a rebelião aconteceu
E as lentes se ajustaram

Olhei nos olhos do tempo
E com alegria percebi
Um retrato bem pintado
Que a vida fez de mim

Nunca tinha me visto antes
Da forma que vejo agora
Sou um retrato pintado
Com as tintas de cada hora

Hoje busco as minhas tintas
Pra pintar os novos quadros
Vivo nas asas do universo
Criando meus matizados

Maria Helena Mota Santos

03/12/2010

O dia em pauta


(Imagem-Google Imagens)

Cada dia cai como um laço envolvente nas "teias" do cotidiano.
Cada dia chega como um convite para um baile de máscaras.
Cada dia nasce para os atores da vida independente do seu “script”.
Cada dia segue no seu compasso sem a chance da espera.
Cada dia nasce e segue na valsa da alegria ou da dor.
Cada dia dança e impõe sua marcha sem prévia autorização.
Cada dia leva para o lugar da imprevisibilidade.
Cada dia é de todos e de ninguém.
Cada dia é um elo de uma corrente sem fim previsível.
Cada dia reflete o olhar caleidoscópico dos seres coloridos.
Cada dia é uma invenção e uma reinvenção.
Cada dia é labirinto de uma vida sem desfecho anunciado.
Cada dia é um canteiro de obras de um edifício incerto.
Cada dia é um projeto sem garantias.
Cada dia é uma senha pra vida ou um xeque-mate.
Cada dia é luz ou sombra.
Cada dia nasce com novas tintas para os quadros borrados pelo tempo.
Cada dia é um pincel que redesenha o passado.
Cada dia é o prenúncio do futuro incerto.
Cada dia é o resgate do passado com as armas do presente.

Maria Helena Mota Santos

10/02/2010

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Amores e Amores


(Imagem-Google Imagens)

Não tenho medo dos amores que se consumam e que se consomem com o tempo.
Tenho medo dos amores que não acontecem fora do coração e nos acompanham, ao longo da vida, queimando no íntimo do ser.
Tenho medo dos amores que não são consumidos pelo cotidiano e crescem puro como na idealização de um sonho.
Tenho medo dos amores que tal como uma sombra acompanham as nossas relações e espreitam a nossa cama.
Tenho medo dos amores que estão entre as relações, mas não se tem como provar porque não é uma traição de fato.
Tenho medo dos amores que ficam intactos no ser e se alimentam e se acendem a cada olhar reacendendo com a chama do tempo.
Tenho medo dos amores velados que nunca serão revelados nem desvelados.
Tenho medo dos amores perfeitos que invalidam o verdadeiro amor que conhece o cotidiano das dores e aflições.
Tenho medo dos amores que se apresentam como salvação nas crises e que aparecem como algo inatingível e infindável.
Tenho medo do amor fruto proibido porque resiste ao longo dos dias.
Tenho medo dos amores que se escondem, na maioria das vezes, usando a máscara da amizade.
Não tenho medo da traição que se efetiva e que atrai uma atitude.
Tenho medo da traição velada que nunca se tem certeza da sua existência e transcende as leis da justiça.
Tenho medo dos amores sem amarras , sem superego e sem fronteiras
Tenho medo do amor platônico que é encoberto pelo medo da realidade.
Não tenho medo da traição que é inerente ao ser humano.
Tenho medo da traição perfeita porque tem álibi e não tem culpa.
Tenho medo dos amores que tiram o ser amado da sua presença sem tirá-lo do seu lado.

Maria Helena Mota Santos

Fev/2009

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Menina linda


(Imagem-Google Imagens)

menina linda
abra os braços
dê-me um abraço
vamos andar
veja o sol
e o colorido
nova paisagem
vai despontar
a sua face
já não reage
mude o foco
mude o olhar
ponha os óculos
da fantasia
um novo quadro
vamos pintar
vem cá comigo
mude o roteiro
e outra peça
venha encenar
dê-me sua mão
vem cirandar
um novo sorriso
vai despontar

Maria Helena Mota Santos

28/07/2011

Partes


(Imagem-Google Imagens)

Se eu estou aqui e agora lhe percebo
No meu mundo há você e todo mundo
Quem não me vê me circunda e me ignora
Mas pode um dia atuar na minha história

De muita gente eu tenho partes sem saber
Se soubesse quem de mim tem uma parte
Eu iria procurar pra conhecer
E o meu vazio nessa busca preencher

Mas como o enigma é a chave de uma vida
Vou ter sempre por aí partes perdidas
E vou em busca dessas partes sem saber
Que toda busca é uma forma de aprender

E na busca das minhas partes espalhadas
Que estão com os passantes da estrada
Em cada encontro vou formando um novo elo
Pois ter amigo é na vida o que mais quero

Maria Helena Mota Santos

19/12/2010

terça-feira, 7 de maio de 2013

Proeza

(Google Images)

Não sou tudo que pareço
Nem para o bem
Nem para o mal
Sou apenas uma alma leve
Que na brisa se aquece
E na tempestade emudece

Não sou o tudo
Nem sou o nada
Não sou o acaso
Nem o previsível
Sou apenas uma proeza
Que na vida se instalou
Sem ser dona das certezas

Não sou o erro
Nem o acerto
Não sou a lágrima
Nem o sorriso
Sou apenas uma emoção
Que dá asas à canção
Que pulsa no coração

Não sou perfeita
Nem sou um anjo
Não sou infalível
Nem sou incrível
Sou apenas a esperança
Que com os dias faz sua dança
Na leveza de uma criança

Maria Helena Mota Santos

05/12/2011

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Verso em flor

(Imagem-Google Imagens)


Era pra ser uma poesia
Versificada no pra sempre
Mas o verso eternamente
Desfez-se da estrofe, de repente

E a poesia teve fim
Lá na estrofe recomeço
Os versos de outra época
Mudaram de endereço

E a nova poesia
Teve espinhos a lhe ferir
E da dor brotou a flor
Que enfeitou novo jardim

A poesia agora escrita
Tem na lágrima o regador
Chove verso no inverso
Do sentimento que brotou

E no novo há o alento
De saber-se beija-flor
Que visita outros jardins
Sem encontrar a sua flor

Maria Helena Mota Santos

16/10/2011

sábado, 4 de maio de 2013

Miragem

(Imagem-Google Imagens)


Eu amo a miragem
que saiu da imagem
que um dia se quebrou

Eu amo as partes
que catei do chão
e refiz com muito amor

Eu amo o possível
que do impossível
se salvou

Eu amo as chegadas
que se originam
das partidas de um amor

Eu amo porque amo
o que seria
um desamor

Eu amo o fim
que dá início
a nova história de amor


Maria Helena Mota Santos

07/05/2012

O novelo e a vida


(Imagem-Google Imagens)

Meu novelo caiu ladeira abaixo
Nas pedras do caminho se enroscou
Eu desci correndo ao seu encontro
Nem a dor da descida me parou

Sentei nas pedras do caminho
E peguei o novelo com cuidado
Peguei fio por fio com muita calma
Para consertar os fios embaraçados

Olhei minha vida ladeira acima
E o novelo era todo organizado
Mas foi a partir da sua queda
Que obtive um novo aprendizado

Não sabia desembaraçar esses nós
Que a descida da ladeira acrescentou
E nas tentativas de erro e acerto
Desfiz os nós que a dor em mim deixou

Das pedras eu fiz uma construção
Pra me abrigar das possíveis ventanias
Pois a vida não é só paz e bonança
É uma ciranda de tristeza e alegria

O pódio nem sempre está no alto
Há pódios que se instalam na descida
É subindo e descendo as ladeiras
Que se ganha resistência e sobrevida

Maria Helena Mota Santos

13/02/2010

Do outro lado

(Imagem-Google Imagens)

Derrubei o muro
que me separava da paz
Confrontei a sombra
que o outro lado do muro faz

Desfiz as fantasias
que não seriam reais
E fabriquei outros sonhos
de cores essenciais

Acendi a minhas sombra
e refiz o desenho dela
Pintei-a de cores quentes
transformei-a numa tela

Dos contornos me livrei
E de tudo que limita
Aceitei meu infinito
Agora estou de partida

Maria Helena Mota Santos

11/01/2013

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Caminhos da vida

(Imagem-Google Imagens)

Quanto mais amadureço
Sinto mais o meu frescor

Quanto mais sofro
Enxergo melhor dentro de mim

Quanto mais ando
Os caminhos ficam abertos

Quanto mais silencio
Ouço melhor as minhas vozes

Quanto mais choro
Mais sorrisos me acompanham

Quanto mais venço obstáculos
A visão do topo aparece

Quanto mais ofereço flores
O meu caminho fica florido

Porque a vida
É um paradoxo constante
Uma luta incessante
Uma peça emocionante
Uma viagem a cada instante

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Vida em poema

(Google Images)


No passado só pude ser
quem eu fui
Não há sombra
que não traga
o reflexo de uma luz

Se de um poema
eu hoje sou um verso
Fui concebida
nos caminhos
adversos

Se sou riso
foi na lágrima
que ancorei
Vivo pintando
cada dia de uma vez

Sou a nota da canção
que não tem fim
Faço a sinfonia
do grande amor
que mora em mim

Maria Helena Mota Santos

12/01/2012