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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Impermanência


(Imagem-Google Imagens)


E de repente era tudo novo.
Olhei em volta e tudo estava realçado com a cor do sol que esquentava o inverno.
Uma sensação de euforia enfeitava a alegria e me fazia plena de vida e de sonhos.
Cada passo era uma nota musical que alegrava o caminho e me fazia toda melodia.
E um sol se foi... E outro amanheceu... E outro sol se foi ...
E no outro dia tudo amanheceu igual e o que era diferente virou normal.
Eu olhava e não mais via o sonho que estava agora pespontado pelo tempo.
E uma sensação de impermanência me acometia de eclipse.
E não era mais o sol que amanhecia em mim, mesmo quando o sol aparecia.
E eu me esforçava para ver o que estava encoberto pela hábito da repetição.
A verdade estava estampada em cada linha das entrelinhas do silêncio: um ciclo tinha chegado ao fim.
Gastei as palavras pra depois silenciar.
Mas eu já sabia que seria inevitável andar...

Maria Helena Mota Santos

2 comentários:

  1. Olá, Helena!

    Quem não sabe sonhar
    de nada lhe serve viver,
    o mesmo se diz; quem não sabe perdoar
    muito menos, sabe amar.
    É verdade, podes crer!
    Pagamos para ter direitos,
    com ou sem sol,
    à chuva ou ao vento,
    gastamos cada palavra,
    com orvalho ou, ar lento.
    repetimos gestos testados,
    colhemos mais do que plantamos,
    deixamo-nos levar
    por tudo e por nada,
    ousamos,
    caminhar sem olhar para os lados,
    somos impermanência
    gizada na nossa inocência
    perdida ao longo da idade.

    Um abraço e BFS,

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  2. Amigo, a impermanência nos mostra também outras pisagens e outros aprendizados. Sua interação traz verdades incontestáveis e beleza inigualável! Parabéns!

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