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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Acordei


(Imagem-Google Imagens)

Enfim acordei para um novo dia
Entre horas inertes e sem sonho
Na letargia de quem partiu
Nada era garantia de retorno ao túnel da vida
O suspense se desfaz nas primeiras horas da manhã
Quando abro os olhos e me percebo aqui
Viva! Pulsando! Sentindo!
Nova oportunidade
De continuar a caminhada
De iniciar um novo caminho
De pedir perdão e ser perdoada
De perdoar e dispensar a mágoa
De ajudar e aliviar o peso da dor
De sorrir pra o meu reflexo no espelho
De chorar para afogar a angústia
De dar e receber amor
De abraçar a felicidade
De aproveitar cada minuto do dia
De desfrutar do sol, da chuva, do mar, do céu, da lua...
De planejar o dia seguinte antes da letargia do sono
De sonhar para não perder o encanto
De adormecer para no outro dia renascer.

Maria Helena Mota Santos

30/05/2010

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Viver é arte!


(Imagem-Google Imagens)

Viver
É partir
É permanecer
É não saber pra onde ir
É cair
É levantar
É abrir as asas e voar
É sorrir
É chorar
É ter um objetivo pra lutar
É sentir dor
É se resignar
É não perder a fé e caminhar
É desilusão
É superação
É um portal pra imensidão
É amar
É, sobretudo, amar
É acender a luz do sonhar

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Parabéns, meu querido amigo Jhonatas Alves!




Um dia, quase que por acaso, encontrei um olhar numa foto.
Mesmo ali, percebi o brilho que emanava de dentro de um coração que pulsava sentimentos coloridos.
Sempre que olhava para a foto era o sorriso que me tomava de emoção.
Um dia, lá no Colégio Master, olhei-o nos olhos que sorriam mesmo quando a fisionomia era só concentração.
E naquele momento, mesmo de longe, quis tomar conta daquele menino chamado Jhonata Alves.
E foi assim que nasceu uma amizade linda, pura e incondicional, entre um adolescente que buscava a aprovação no vestibular de Medicina e uma Psicóloga com idade suficiente para ser a sua mãe.
Amizade que não precisa de muitos encontros, de muitas palavras... para sobreviver.
Amizade que se contenta com o essencial: o toque da alma.
Amizade que cresce e é regada por uma companhia que está o tempo inteiro no coração.

Meu querido Jhonata, que o seu dia seja tão cheio dos melhores sentimentos o quanto você merece.
Tenho um sentimento tão grande por você que beira ao sentimento de mãe.
Que você continue essa pessoa carismática, sensível, generosa, amiga, humana e admirável.
Feliz aniversário!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Face


(Imagem-Google Imagens)


Num vidro fosco
Desenho um rosto
Que desaparece
Em cada poente
E é visível
No sol nascente

Na linha tênue
Do nascer do sol
Nuvens branqueiam
O azul do céu
E colorem o quadro
Com seu pincel

A cada dia
Os traços se esvaem
Perdendo a forma
Nas mãos do tempo
Em cada olhar
Que se vicia
Como lembrança
Do que foi um dia

No contraponto
Dos traços leves
De forma sutil
E inesperada
Sobressai a alma
Em lente pura
Que transparece
Na noite escura

Maria Helena Mota Santos

24/05/2011

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Parte latente

(Imagem-Google Imagens)

Era uma parte de mim que partia
Naquele dia no qual o sol se pôs
Enquanto outra parte de mim renascia
Parte que eu tinha deixado pra depois

Fez-se parto da parte preterida
No tempo em que não havia entardecer
E só na hora do sol poente
A parte, enfim, pôde renascer

É parte que ameniza a incompletude
E cobra o nascer para outra aurora
É parte que aponta pra outra margem
E redesenha uma nova trajetória

É parte que renova as estações
É parte que sobrevive de esperança
É parte que aponta horizontes
É parte necessária pra mudança

Maria Helena Mota Santos

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Gratidão


(Google Images)

Tive tanto
Tenho tanto
Que a vida tira
E ainda sobra

Sobram essências
de jasmim
Sobram as rosas
no jardim

Sobram sorrisos
de mãos dadas com a alegria
Sobram imaginações
que acionam as fantasias

Sobram lágrimas
que hidratam as emoções
Sobram notas
que invadem as canções

Sobram dores
de metamorfoses salvadoras
Sobram versos
de poesias redentoras

Sobram réstias
pela luz que vem das frestas
Sobram coragens
precursoras das viagens

Sobram nostalgias
que acionam as saudades
Sobram amores
que eternizam as paisagens

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A rosa branca da paz


(Imagem-Google Imagens)

Dei folga a tudo aquilo que não posso compreender.
Dei uma carta de alforria para o meu passado.
Desacorrentei a minha dor dos grilhões das perguntas
sem respostas.
Deixei-a seguir o percurso no seu tempo certo,
dando-lhe uma finalidade.
Plantei no terreno da minha vida a rosa da paz.
Não precisei invocar aos céus para tirar a dor de mim.
Ela é uma companheira sensata que me ensina a reinventar
minha história.
A dor faz reboliço e aduba terras improdutivas,
transformando-as em terrenos propícios para novas plantações.
A dor e o prazer são parceiros que nos convidam a uma dança
nessa vida.
A dor traz chuvas de lágrimas para permitir a chegada do sol.

Maria Helena Mota Santos

21/06/2010

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Entrelinhas


(Imagem-Google Imagens)

Quem poderá me dizer
O que há nas entrelinhas
De cada dia que se faz noite
E de cada noite que se faz dia?
O que será que acontece
Na fronteira do encontro
Onde a noite apaga a luz
E o dia acende a noite?

Quem poderá me dizer
O que há nas entrelinhas
De cada estrela cadente
Que se cansa do lugar?
O que será que acontece
Na fronteira desse encontro
Onde o lugar que era ausente
Ganha um brilho reluzente?

Quem poderá me dizer
O que há nas entrelinhas
Do instante que é passado
Quando há pouco era presente?
O que será que acontece
Na fronteira do encontro
Onde o futuro se faz presente
Pra ser arquivo no passado?

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A sinfonia de um momento


(Imagem-Google Imagens)

A sinfonia de um momento

Uma senhora na janela. Uma rede na varanda. Um rapaz passa na calçada e um menino passeia de bicicleta na rua. Um pássaro voa em frente à casa e um outro pousa no telhado. A senhora aparece em outra janela...

A casa parece calma mas outro pássaro passa pela frente e pousa no lado oposto ao primeiro. Uma pessoa passa na calçada, carregando uma sacola, andando rápido para buscar não sei o quê.

Parei um minuto para visualizar uma casa, da minha janela de apartamento, e percebo como é dinâmico o minuto da vida. Nada parece parar mesmo que eu pare ou que eu me transporte para outra dimensão. Há sempre uma melodia de movimento pairando no ar.

Fechando os olhos, escuto o murmúrio do mundo e não sei identificar quais são os limites dos ruídos que captei. Voz de gente, ruídos de carro, do farfalhar das árvores, do balançar das roupas no varal, gemidos de criança, o som da flor se abrindo, o zigue-zague das aves voando, um cachorro latindo... e, neste entorpecimento, sinto o odor da vida no ar.

Uma voz me tira do meu “concentrar na vida”. Paro, abro os olhos, respondo meio assustada, como se tivesse num sonho e fosse acordada para o real. A cabeça aciona um reflexo de dor, como se fosse uma revolta por ter sido levada a virar o pescoço para escutar o outro lado do cotidiano que está, após a janela do meu apartamento , exatamente do meu lado direito.

E assim, volto para o cotidiano de mim mesma, pois preciso sair para pagar contas de débitos da vida. E agora eu posso ser protagonista de um outro poeta que estiver espreitando a janela da vida...

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Malabarismo


(Imagem-Google Imagens- R. Alves)


Olha a moça! Com malabarismo, levando seu cesto, entoa uma canção.
Olha a moça! Morrendo de frio no meio da chuva do seu coração.
Olha a moça! Com seu cobertor, cobrindo seu mundo, não perde o gingado.
Olha a moça! Cabelo molhado e os pés bem cansados do sapateado.
Olha a moça! Olhar no presente, o futuro distante, mas tem fantasia.
Olha a moça! Visitar a cidade, conhecer as paisagens, é o que mais queria.
Olha a moça! Com grande equilíbrio desfila na vida carregando seu pote.
Olha a moça! Que mata a sede, ajuda o vizinho e faz o que pode.
Olha a moça! Vestido pintado, do dia suado , de tanta labuta.
Olha a moça! Ficar sem comida, sem água da chuva é o que lhe assusta.
Olha a moça! Que quando nasceu já foi escolhida a sua profissão.
Olha a moça! Não tem depressão porque no sertão não tem disso não.
Olha a moça! Que olha pro céu e fica perplexa ao ver um avião.
Olha a moça! Que brota bonita , é a paisagem mais linda que há no sertão.

Maria Helena Mota Santos

11/03/2010

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Incógnita

(Imagem-Google Imagens)

Era pra ser apenas uma pausa
Na eternidade do sentimento
Era pra ser apenas um flash
No raio infinito que circunda a luz
Era pra ser apenas um momento
Na longa estrada do horizonte
Era pra ser o que se foi sem ser
E se dissipou sem acontecer
Era pra ser o retorno do caminho
E o início de um caminho novo
Era pra ser a incógnita na equação da vida
E a exatidão na indecisão da estrada
Era pra ser a força da fragilidade do instante
E a sensatez na efemeridade da euforia
Era pra ser uma demão nas tintas do amor
Numa obra de arte que o tempo desbotou

Maria Helena Mota Santos

domingo, 17 de fevereiro de 2013

À espera do sol


(Imagem-Google Imagens)

Era assim
quase todos os dias
nos tempos
de inverno

Acordava
o sol se escondia
e eu o sabia lá
amparado pelas nuvens

Esperava
que ele convalescesse
e retornasse
com mais brilho

Esperava
o seu tempo
sem ter tempo
de espera

Já era quase
primavera
e as flores
amarelavam
de anemia

Por vezes
as suas lágrimas
transcendiam as nuvens
e desaguavam em mim

E mesmo assim
eu esperava o sol
se render
à beleza da vida
e aparecer...

Maria Helena Mota Santos

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Andarilho



(Imagem-Google Imagens)

Não sou daqui
Sou de lá
Sou daquele pontinho
Que sempre está adiante
Lá na linha do horizonte

Não sou daqui
Sou do cantinho
Que é porto inseguro
Estou no presente
Com asas abertas pro futuro

Não sou daqui
Sou de acolá
Sou do edifício de asas
Que foi construído
Lá onde o oceano deságua

Não sou daqui
Sou daquele pontinho
Que não cheguei a atingir
Sou do caminho
De uma reta sem fim

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A flor da amizade




(Imagem-Google Imagens)

Eu guardei a flor mais linda
Que plantei na solidão
Regada com toda lágrima
Que verteu do coração

Eu guardei a flor mais linda
Que plantei na euforia
Regada com meu sorriso
Que verteu da alegria

Eu guardei a flor mais linda
Que plantei no desalento
Regada com a esperança
Que verteu do sofrimento

Eu guardei a flor mais linda
Que plantei na adversidade
Regada com todo apoio
Que verteu da amizade

Eu guardei a flor mais linda
Que plantei na gratidão
Para dar a cada amigo
Que me afaga o coração

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Noturno

(Imagem-Google Imagens)

Daqui posso ver o céu
Pela fresta da janela
Embaçado pelas nuvens
Que escondem suas estrelas

Posso ver pingos de chuva
Numa dança com o vento
Num barulho aconchegante
Que me acorda para o sonho

Posso ver vidro molhado
Chorando lágrimas compridas
À espera de um sol
Que devolva o seu brilho

Posso ver minha essência
Misturando-se com a chuva
Dançando com o minuto
Que compõe este momento

Maria Helena Mota Santos

09/07/2011

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A dor que salva


(Imagem-Google Imagens)

Gosto da dor que dói
mas é livre
A pior dor é
a que fica em coma
porque rouba a alegria
e a vontade de viver

Gosto da dor que dói
mas transmuta
A pior dor é
a que paralisa
e deixa impotente
para a travessia

Gosto da dor que dói
mas é digna
A pior dor é
a que se arrasta
por não se saber asa
pronta para voar

Gosto da dor que dói
mas é semente
A pior dor é
a que não se abre em flor
e jaz no canteiro inerte
do desamor

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Abre alas


(Imagem-Google Imagens)

Abre alas alegria que a tristeza quer passar
O tempo da tristeza está expirando
E o bloco da alegria quer entrar
Escuto o eco do som que vem chegando
Com prenúncio de sorriso, esperança e euforia
A tristeza faz um eco lá no túnel da saída
A vez é da alegria que se prepara pra entrar
Abri alas na minha passarela para a alegria dançar
E danço na avenida estreita dos dias
E algo de novo se forma me enchendo de magia
E o novo astral me convida pra dançar
O contraste da tristeza com a alegria
Dá um toque especial ao meu olhar
Num malabarismo nunca imaginado
Faço piruetas com passos cadenciados
E o recomeço me convida pra sambar
Eis que o bloco da travessia vem chegando
Trazendo uma ponte no carro abre-alas
A hora agora é da travessia
A alquimia está no ar

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Medos


(Imagem-Google Imagens)

Meus medos
já não são medos
São coragens
disfarçadas
São sinais
de uma mudança
No percurso
da estrada

Meus medos
já não são medos
São disfarces
de um novo tempo
São desafios
na vida impostos
Pra pintar
novos momentos

Meus medos
já não são medos
São asas
de proteção
São versos
do meu reverso
Que faz pulsar
o coração

Maria Helena Mota Santos

11/12/2011

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Dois Amores


(Imagem- odivadopsicanalista.blogspot.com)

Acordei, num domingo de carnaval, exatamente agora, escrevendo mentalmente esta poesia. E como acredito que nada é meu e que alguém, de alguma forma, já pensou o que eu escrevo, pego o "laptop" e, rapidamente, retrato em letras a poesia que está fotografada na minha mente. Quem sabe, alguém pode se identificar com a poesia ou já viveu um momento assim... Ou, quem sabe, captei a vibração de algum ser humano nas calçadas da vida.
Deixei-a como nasceu... Não me sinto no direito de mudar o sentido!
Sou coautora!


Estou agora
numa indecisão
entre dois amores

Um é uma carta
que me alforria
pra um recomeço

O outro me dá
a segurança
de um endereço

Estou em chamas
acenando
para o "lá fora"

Mas tenho medo
de deixar a segurança
pra ir embora

Parece fácil
Viver o dilema
de dois amores

Mas é um momento
que traz tristezas
e os temores

O que fazer
nesta hora
tão delicada?

Vou me sentar
e refletir
nesta calçada

Maria Helena Mota Santos

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Anjo Salvador


(Imagem-Google Imagens)

HOMENAGEM AOS QUE ,COMO ANJOS, PROTEGEM E GARANTEM A SEGURANÇA DOS QUE BRINCAM O CARNAVAL.


Sou par de asas
que com o ser humano
se importa

Sou olhar vigilante
que se necessário
bate a sua porta

Sou olhar contrito
que acende o escuro
para salvar um amigo

Sou um na multidão
que se diferencia
pela prontidão

Sou ombro que se encaixa
e se doa como abrigo
para o irmão que passa

Sou atalho e caminho
carrego comigo
um estoque de carinho


Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Eu e o amor


(Imagem-Google Imagens)

Eu e o amor
Somos um par inseparável que baila por sobre as ondas e debaixo do céu
Nascemos um para o outro e nos encontramos até nos momentos inusitados e dolorosos da vida
Eu e o amor
Somos parceiros na claridade e na escuridão
Na alegria na tristeza
Na saúde e na doença
Eu e o amor
Temos um olhar compassivo para as mazelas do mundo
Enxergamos estrelas em qualquer céu nas dimensões da vida
Acreditamos no inacreditável e colorimos a vida em qualquer paisagem
Eu e o amor
Somos um passo no descompasso dos dias
Dançamos no sol e na chuva numa alegria contagiante que brota de dentro da alma
Eu e o amor
Sentimos necessidade de hibernar no inverno da vida
Ficamos enfermos quando somos acometidos de eclipses parciais de dor
E aí nos afagamos, damo-nos as mãos e nos aquecemos do magnetismo do outro
Eu e o amor
Temos poder de superação em momentos mais improváveis
Quando a música já toca lenta de convalescença, ressurgimos com uma música vibrante que toca no coração de Deus
Eu e o amor
Somos dois que se conectam em um mundo invisível para atrair a melhor essência dos sentimentos do universo
Eu e o amor
Somos alquimia de todos os sentimentos que permeiam a humanidade
Eu e o amor
Amamos amar

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Calor feito brisa


(Imagem-Google Imagens)

Um calor feito brisa
Invadiu o coração
O calor que degelou
Anos de solidão
O calor que se fez chuva
Fez a esperança florescer
Dissipou todas as nuvens
E fez o sol aparecer
O calor dos sentimentos
Que causou inundação
Um calor inespecífico
Um calor sem medição
O calor da amizade
O calor de uma paixão
O calor de um carinho
O calor de uma canção
Um calor indescritível
O calor da emoção

Maria Helena Mota Santos

13/01/2011

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Amizade


(Imagem-Google Imagens)

Emprestarei meus olhos pra você enxergar na escuridão
Emprestarei minha mão para lhe guiar nesse caminho
Emprestarei minha fé para reacender sua esperança
Emprestarei os meus pés para seguir uma nova estrada

Para as suas lágrimas eu serei o seu lencinho
Para a sua dor eu serei o seu bálsamo
Para as tempestades eu serei o seu abrigo
Para as vitórias eu serei o seu aplauso

Se estou aqui você não está só
Pois ter amigo
É ter uma luz na escuridão
É ter a certeza de uma mão
É ter um lugar quentinho no coração

Maria Helena Mota Santos

26/10/2010

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Um novo olhar


(Imagem-Google Imagens)

Às vezes é preciso ver de longe para enxergar o essencial
pois a proximidade é perita em banalizar o que se tem.

De longe é exigida uma maior perícia em focalizar o que se vê
já que o ângulo da distância destaca a percepção do todo.

A distância acrescenta uma nova película ao olhar
e de longe a paisagem pode assumir novas cores.

Do outro lado do muro novas regras se impõem.
O que era novo e fascinante, às vezes é desencanto.

Quem procura fugir para encontrar nova rota,
pode se focar nas miragens e se perder na fantasia
e acordar tonto de realidade.

Se a vida acontece debaixo do céu
e a saída desse espaço só é possivel no embarque da alma,
há de se perceber que a mudança é na mente que se faz,
pois as lembranças nos acompanham para onde a gente vai.


Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Um sopro de vida

(Imagem-Google Imagens)

Se num fio ainda pousa um pássaro
Se as pessoas ainda caminham na rua
Se as luzes ainda estão acesas
Se o céu ainda tem a cor azul
Se o sol ainda aquece com seus raios
Se a lua ainda mostra as suas fases
Se o dia ainda amanhece e anoitece
Se o coração ainda abriga sentimentos
Se as pessoas ainda se abraçam
Se os amigos sinceros ainda existem
Se a confiança ainda está em pauta
Se o amor ainda paira pelo ar
Se as árvores ainda crescem e frutificam
Se o pensamento ainda é livre pra sonhar
Se ainda há um sopro de vida
Ainda dá tempo
Da tristeza se revezar com a alegria
Do medo se revezar com a coragem
Da raiva se revezar com o perdão
Do conflito se revezar com a união
Da desilusão se revezar com a esperança
Da apatia se revezar com a ação
Do pessimismo se revezar com o otimismo
Do desencanto se revezar com o sonho
Da guerra se revezar com a paz
Porque a vida é a respiração que amanhece
É cada batida que no coração acontece
É cada sonho que no ser se estabelece
É cada desejo transformado em prece

Maria Helena Mota Santos

29/11/2011

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Andava

(Imagem-Google Imagens)


Andava
Não olhava pra o que via
Sem direção seguia
No limiar da solidão

Andava
Negando o mundo externo
Olhando para o inverso
Das batidas de uma canção

Andava
Não sabia se era o sol
Ou era o cheiro da chuva
Que lhe causava emoção

Andava
Porque andar lhe servia
Para misturar noite e dia
No portal da indecisão

Andava
Nas asas dos seus delírios
Buscando seu infinito
No fundo do coração

Andava...



Maria Helena Mota santos

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Impermanência


(Imagem-Google Imagens)


E de repente era tudo novo.
Olhei em volta e tudo estava realçado com a cor do sol que esquentava o inverno.
Uma sensação de euforia enfeitava a alegria e me fazia plena de vida e de sonhos.
Cada passo era uma nota musical que alegrava o caminho e me fazia toda melodia.
E um sol se foi... E outro amanheceu... E outro sol se foi ...
E no outro dia tudo amanheceu igual e o que era diferente virou normal.
Eu olhava e não mais via o sonho que estava agora pespontado pelo tempo.
E uma sensação de impermanência me acometia de eclipse.
E não era mais o sol que amanhecia em mim, mesmo quando o sol aparecia.
E eu me esforçava para ver o que estava encoberto pela hábito da repetição.
A verdade estava estampada em cada linha das entrelinhas do silêncio: um ciclo tinha chegado ao fim.
Gastei as palavras pra depois silenciar.
Mas eu já sabia que seria inevitável andar...

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Máscara


Imagem-Google Imagens)


Entro no quarto
A máscara cai
O riso se veste de pranto
A fala se veste de silêncio
Os passos se vestem de inércia
O cansaço se veste de apatia
O dia se veste de noite

O teatro acabou
O palco mudou de lugar
A peça agora é só minha
Sem coadjuvantes
Só com ator principal

Acendo a luz no escuro
Sento num outro tablado
E uso uma lupa pra enxergar
As letras minúsculas do meu íntimo.

Os sentimentos bailam soltos
Sem fronteiras
Sem amarras
Sem censura
Sem medo
Sem ponderação

Só eu sou ator
Só eu sou plateia
Só eu sou o julgador
Só eu sou choro
Só eu sou riso
Só eu sou aplauso

Aparecem cenas novas
Cenas que não quero rever
Cenas esquecidas
Cenas preferidas
Cenas de lembranças
Cenas de esperança
Cenas de amor

No palco da madrugada
Vou compondo essa peça
De capítulos diários
De companhia
De solidão
De dor
De recordações
De alegria
De amor
De paz
De esperança
De vida.

Maria Helena Mota Santos