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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Que venha 2014!


(Google Images)

Era uma vez um ano desvendado que se preparava para partir....O seu ciclo estava chegando ao fim.Era a hora da travessia!
Ele estava pleno e seguro de que precisaria ceder o espaço para o novo. Já não fazia sentido repetir os papéis no palco da vida!
Percebeu que o novo protagonista estava tão perto que já podia ser visto quase na linha de chegada. Sobravam-lhe poucas horas...
Um foi em direção ao outro! Precisariam cumprir o ENCONTRO MARCADO!
No último segundo, os dois se abraçaram e houve uma explosão de euforia que representava não só alegria mas, sobretudo, a esperança de novos momentos, de novos desafios, de novas possibilidades de escrever uma nova história!
E o ano novo ficou perplexo com tanta comemoração na sua chegada!
Era tudo novo...Ele estava sozinho... O ano velho tinha soltado a sua mão...
Olhava, embevecido, as pessoas acenando, brindando, cantando, sorrindo, chorando, saudosas, amando... pulando sete ondinhas... colocando flores no mar...
Quanta emoção! Era tudo tão intenso!
E foi naquele momento que se deu conta da sua grande responsabilidade ao entrar na vida daquelas pessoas.
Percebeu que precisaria superar seu antecessor porque a multidão tinha grandes expectativas.
Mas ele já sabia que a felicidade é um exercício diário e não necessariamente uma mudança de calendário...
Como faria para ser intitulado de um ANO BOM, na sua hora de partir, se algumas pessoas não atingissem suas expectativas?
Entendeu que precisaria, suavemente, colocar o pé no chão e fazer de cada dia, da sua passagem, uma nova oportunidade de cada ser escrever uma página da sua história valorizando cada sentimento que entrasse em pauta!
E no primeiro dia, pós-euforia, pós- planejamento, pós- promessa... ele estava letárgico, sonolento... “de ressaca”! Foram muitas emoções!
Sabia que precisaria de delicadeza... Era recém-nascido!
E foi assim que adormeceu quando o sol nasceu, acordou em parceria com a lua e se refez para o amanhecer de um novo dia!
Quando o novo dia amanheceu!
As cortinas estavam abertas e se podia ler:

BEM-VINDO 2014!

FELIZ 2014 A TODOS!

domingo, 29 de dezembro de 2013

Se houver amanhã


(Imagem-Google Imagens)

Se houver amanhã um capítulo inédito vai ao ar
Com cenas que não se pode ensaiar

Se houver amanhã uma luz pode acender
Para não deixar o dia escurecer

Se houver amanhã pode se achar uma saída
Para o labirinto das causas perdidas

Se houver amanhã a esperança pode aparecer
Para quem não consegue crer

Se houver amanhã há de novo sonho se plantar
Para passarela da realidade enfeitar

Se houver amanhã há de se aprender com os pássaros
Que mesmo com asas quebradas buscam o espaço

Se houver amanhã...


Maria Helena Mota Santos

28/10/2010

sábado, 28 de dezembro de 2013

Liberdade

(Google Images)

Pare tudo
Eu quero descer
Quero sentir o prazer
De andar sem rumo e sem pressa
Da alvorada até o anoitecer

Pare tudo
Eu quero crescer
Quero sentir a minha dor
Sem escondê-la no escuro
Até a luz reaparecer

Pare tudo
Eu quero viver
Quero sentir o gosto de chuva
Quero me inundar de esperança
Até o sol se acender

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Novo tempo

(Google Images)


O novo tempo
cansou de esperar
e envelheceu

Enquanto esperava
colheu sabedoria
e renasceu

O sábio tempo
não mais esperava
o tempo mudar

Não tinha mais tempo
para esperar
a vida passar

Apenas andava
Apenas sabia
plantar todo dia

Plantava esperança
Plantava amor
Plantava alegria

Maria Helena Mota Santos

09/12/2012

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Luzes do Natal


(Google Images)

Eu passava por ali
Passos lentos
Distraída
Pensando na vida

Ele estava lá
Deitado na calçada
Na penumbra da noite

Cabeça apoiada num bornal
Barbas compridas
Pele morena
Roupas surradas
Cabelos opacos
Silhueta magra
Olhos fechados
Rascunho de gente

Olhei para a praça
E as luzes piscavam
Anunciando o Natal

Enquanto a sua luz apagava
As luzes do Natal reluziam

As luzes anunciavam o Salvador
E ele precisava de salvação

As luzes anunciavam confraternização
E ele precisava de um pedaço de pão

As luzes anunciavam o amor
E ele precisava de um cobertor

As luzes intensificavam afetos
E ele precisava de um teto

As luzes anunciavam o Redentor
E ele precisava de amor

Enquanto a sua luz apagava
E as luzes do Natal reluziam
A sua esperança tirava férias
E a solidão assumia o posto

Estava ali naquele dia
Não sabia como seria no outro
E as luzes do Natal que reluziam
Só ofuscavam seu rosto

Maria Helena Mota Santos

sábado, 21 de dezembro de 2013

Florzinha


(Google Images)


Se eu fosse uma florzinha
Bem pequena e delicada
Moraria em um jardim
Não pensaria em mais nada

Iria só enfeitar vidas
E alegraria os ambientes
Seria cúmplice dos amantes
E viveria sorridente

Eu transformaria o orvalho
Em bolinhas de sabão
Para alegrar as criancinhas
Que me carregassem na mão

Pegaria cada pétala
E enfeitaria o caminho
De quem tivesse bem triste
E se sentisse sozinho

Não me prenderia aos jarros
Seria uma flor itinerante
Conheceria as estradas
E chegaria ao horizonte

Maria Helena Mota Santos

08/11/2011

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Minhas cores


(Google Images)

Se eu não sei
as minhas cores
As cores do mundo
se confundem
com os matizes
do meu eu

Sou da cor
que me pintaram
quando pra aqui
me embarcaram
pra cumprir
uma missão

Sou da cor
da esperança
da alegria
e da constância
Sou da cor
do coração

Se eu não sei
as minhas cores
As cores do outro
se confundem
com os matizes
do meu eu

Sou da cor
que me pintaram
Pra combinar
com o cenário
da possível
atuação

Sou da cor
que pulsa em mim
Cor alegre
Cor vibrante
Sou da cor
do meu jardim


Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O dia em câmera lenta

(Google Images)


O dia amanheceu em silêncio profundo.
Era possível escutar o som dos pensamentos que povoavam a mente.
Os murmúrios do mundo eram perceptíveis de uma forma nítida e amplificada.
Era possível escutar a queixa e a gratidão das batidas do coração.
Era possível olhar para si mesmo e com uma lupa enxergar pontos cegos.
Era possível sentir a palpitação da dor de uma forma exacerbada.
Era possível sentir a alegria com seus tambores entoando canções felizes.
Era possível sentir a solidão na sua forma mais solitária.
Era possível trazer o som do passado e dançar com o presente.
Era possível sentir compaixão pela dor e paixão pela alegria.
Era possível olhar para o céu e enxergar além do firmamento.
Era possível transformar o impossível e recriar o quadro congelado pelo tempo.
Era possível mesclar a dor com a alegria e experimentar a serenidade.
Era possível sair de si e ir passear em outras paragens transformando realidade em sonho.
Era possível imaginar o inimaginável e voltar o tempo para resgatar parte da história.
Era possível exercitar a esperança na desesperança da vida.
Era possível viver na sua versão mais plena e infinita.
Era possível voar e aterrissar em pleno ar.
Era possível voar com as asas do sonho e morar no infinito.

Maria Helena Mota Santos

02/04/2010

sábado, 14 de dezembro de 2013

Espetáculo


(Google Images)

Às vezes penso
que viver
é sonho
e se eu acordar
perderei o espetáculo
dos enredos
que escrevi

Às vezes penso
que moro
num palco
e se não atuar
perderei meu papel
e serei
só plateia do que fui

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Rotina


(Google Images)

Cansou de companhia
Cansou da solidão
Queria ouvir os ruídos
Dos seus passos pelo chão

Cansou de ouvir barulhos
Cansou de silenciar
Só queria ter a chance
Da própria voz escutar

Cansou de ser aclamado
Cansou de ser referência
Queria escutar melhor
A voz da sua consciência

Cansou de viver a vida
Nas estradas que apontaram
Queria trilhar outros caminhos
E descobrir novos atalhos

Cansou de olhar pra trás
Recordando os momentos
Foi em busca do horizonte
E buscou renascimento

Cansou de tudo certinho
Cansou de ter a razão
Queria fazer da vida
Uma nova e intensa canção

Maria Helena Mota Santos

18/03/2010

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Voando feliz


(Google Images)

Se minha lágrima cai respinga no mundo
Se um sorriso se abre enxuga o respingo
Se eu sou tão pequena em relação ao Universo
Com o fermento do amor cresço até o infinito

Se eu ando calada ouço as vozes de dentro
Se eu ando falando o silêncio se instala
Se eu sou obra inédita e de mim não há réplica
Eu preciso ter fé pra vencer a batalha

Se uma estrela cadente se muda do céu
Se eu faço um pedido pra chuva passar
Se a estrela descer enxugando as gotas
Eu já tenho certeza que o sol vai raiar

Se eu estou num cantinho bem particular
Se vislumbro um mundo que vou conquistar
Se na selva não tem animais predadores
Vou mudando de pele e me deixo guiar

Se uma luz me aponta um caminho no mundo
Se uma voz de comando me manda partir
Se eu sou ser alado sem pressa e sem medo
Vou voando feliz num mundo sem fim

Maria Helena Mota Santos

21/05/2010

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Proeza

(Google Images)

Não sou tudo que pareço
Nem para o bem
Nem para o mal
Sou apenas uma alma leve
Que na brisa se aquece
E na tempestade emudece

Não sou o tudo
Nem sou o nada
Não sou o acaso
Nem o previsível
Sou apenas uma proeza
Que na vida se instalou
Sem ser dona das certezas

Não sou o erro
Nem o acerto
Não sou a lágrima
Nem o sorriso
Sou apenas uma emoção
Que dá asas à canção
Que pulsa no coração

Não sou perfeita
Nem sou um anjo
Não sou infalível
Nem sou incrível
Sou apenas a esperança
Que com os dias faz sua dança
Na leveza de uma criança

Maria Helena Mota Santos

05/12/2011

domingo, 8 de dezembro de 2013

Amor da minha vida

(Google Images)

Amo ver suas asas
livre das amarras
das normas e dos padrões

Amo ver a sua essência
do lado de fora
bailando com a vida

Amo ver seu dia a dia
acompanhado
do seu melhor eu

Amo ver o seu brilho
num mundo no qual
o SER está em colapso

Amo ver a felicidade
exacerbando a vida
nas suas entranhas

Amo ver a alegria e você
numa mesma parceria
com a vida

Amo ver
o seu pássaro livre
voando na imensidão

Amo a sua parte
que se estende
e faz intersecção
em mim...

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O reverso do caminho

(Google Images))


Só enxergou o verso
Quando ficou em reverso

Só enxergou a flor
Quando sentiu o espinho

Só quando enfrentou o escuro
Que enxergou as estrelas

Só quando soltou o seu grito
Que escutou os seus ecos

Só quando seguiu adiante
Que olhou para trás

Só entendeu o oásis
Quando conheceu o deserto

Só quando engravidou de si mesmo
Que renasceu para a vida

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Um sopro de vida

(Google Images)

Se num fio ainda pousa um pássaro
Se as pessoas ainda caminham na rua
Se as luzes ainda estão acesas
Se o céu ainda tem a cor azul
Se o sol ainda aquece com seus raios
Se a lua ainda mostra as suas fases
Se o dia ainda amanhece e anoitece
Se o coração ainda abriga sentimentos
Se as pessoas ainda se abraçam
Se os amigos sinceros ainda existem
Se a confiança ainda está em pauta
Se o amor ainda paira pelo ar
Se as árvores ainda crescem e frutificam
Se o pensamento ainda é livre pra sonhar
Se ainda há um sopro de vida
Ainda dá tempo
Da tristeza se revezar com a alegria
Do medo se revezar com a coragem
Da raiva se revezar com o perdão
Do conflito se revezar com a união
Da desilusão se revezar com a esperança
Da apatia se revezar com a ação
Do pessimismo se revezar com o otimismo
Do desencanto se revezar com o sonho
Da guerra se revezar com a paz
Porque a vida é a respiração que amanhece
É cada batida que no coração acontece
É cada sonho que no ser se estabelece
É cada desejo transformado em prece

Maria Helena Mota Santos

29/11/2011

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Uma estrela se muda de lugar...




Sergipe chora... O céu se alegra...
Vai, Marcelo Déda!
Você agora é um "Encantado"...



Tanto amor
Não cabe numa saudade
Transborda
E segue no rio da vida
Faz-se lua
E circunda o universo
E no verso
Do reverso
Faz-se grito
Em voz suave

Tanto amor
Não cabe no pensamento
Transborda
E segue contando história
Desnuda mistérios
E vira um encantado
Torna-se mágico
E congela o passado
E na poesia
Materializa o ser amado

E o "para sempre"
Nunca será abandonado


Maria Helena Mota Santos


domingo, 1 de dezembro de 2013

Dezembro chegou


(Google Images)

A cada estrela
uma lembrança
deste tempo
e do tempo da infância

A cada luz
uma fantasia
que anestesia a tristeza
e aciona a alegria

A cada melodia
um acesso à nostalgia
dos tempos de outrora
e cheios de magia

A cada dezembro
explodem emoções
umas trazem euforia
outras trazem solidão

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Gratidão


(Google Images)

Tive tanto
Tenho tanto
Que a vida tira
E ainda sobra

Sobram essências
de jasmim
Sobram as rosas
no jardim

Sobram sorrisos
de mãos dadas com a alegria
Sobram imaginações
que acionam as fantasias

Sobram lágrimas
que hidratam as emoções
Sobram notas
que invadem as canções

Sobram dores
de metamorfoses salvadoras
Sobram versos
de poesias redentoras

Sobram réstias
pela luz que vem das frestas
Sobram coragens
precursoras das viagens

Sobram nostalgias
que acionam as saudades
Sobram amores
que eternizam as paisagens

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Cantinho

(Google Images)

Eram tantas as viagens
Eram tantas as bagagens
Que parei o trem do tempo
E pedi para descer

Despojei-me do supérfluo
Fiquei mirando o céu azul
Coloquei-me em reverso
Num cantinho me aconcheguei

Fechei os olhos para o óbvio
Troquei lentes viciadas
E no balanço do tempo
Sem ter tempo divaguei

Maria Helena Mota Santos

18/08/2011

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Aprendi com a vida

(Google Images)


Aprendi tanto
e
tão pouco
diante do que está disposto
nas infinitas possibilidades
dessa vida

Aprendi a olhar
e ver
nas entrelinhas do viver
e
que é no silêncio
que se constroem as armadilhas

Aprendi a sentir
sem falar
o que está a me espreitar
e
que no escuro
posso enxergar melhor a luz

Aprendi a andar
sem caminhar
só pelas vias do pensar
e
que as palavras
têm subterfúgios inimagináveis

Aprendi a amar
sem condição
sem obstruir o coração
e
que amores vêm
e amores vão

Aprendi a abrir as asas
sem direção
voando com o coração
e
que eu sou
um poema em construção


Maria Helena Mota Santos


14/11/2011

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Viver

(Google Images)


Da vida
Eu só quero viver
Quero pulsar sentimento
Seja de dor
Ou de prazer

Da vida
Eu só quero viver
Aproveitar os segundos
Desde o despertar
Até o anoitecer

Da vida
Eu só quero viver
Quero distribuir carinho
A quem no meu caminho
Aparecer

Da vida
Eu só quero viver
Das lágrimas fazer um rio
Para outras margens
Conhecer

Maria Helena Mota Santos

09/05/2012

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Cores do ser


(Google Images)

Cada ser traz uma cor
Que permeia este momento
E com um infinito matizado
Vai bordando o firmamento

Cada ser borda um ponto
Com a cor que traz em si
E faz a mistura das cores
Pela alquimia do sentir

Cada ser é uma aquarela
Com as cores que buscou
Uns pintam com cores frias
Outros pintam a cor do amor

São cores amanhecidas
São cores adormecidas
Cores que enfeitam cada hora
Cores que enfeitam cada vida

Maria Helena Mota Santos

domingo, 17 de novembro de 2013

Não sei dizer


(Google Images)


O que dizer
se não se tem palavras
se em cada brecha
entra uma sensação?

O que dizer
de sentimentos novos
que sem pedir licença
invadem o coração?

O que dizer
da insensatez
do momento novo
que invade o agora?

O que dizer
do olhar no espelho
que vê invertida
uma mesma história?

O que dizer do sim
com a máscara do não
e da atemporalidade
que invade o ser?

O que dizer
da linha da vida
que traz um passo a menos
a cada amanhecer?


O que dizer?...
Ah... Não sei dizer!

Maria Helena Mota Santos

15/08/2011

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Tudo está normal

(Google Images)

Tudo está normal
E nada igual
A ciranda vem
E a ciranda volta
Mas o que foi
Não mais é
E se for
Será de outra cor

Tudo está normal
E nada igual
A vida leva adiante
Abre horizontes
Ao olhar para trás
Já não há tudo o que ficou
A paisagem
É furta-cor

Maria Helena Mota Santos

22/09/2011

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Vida em poema

(Google Images)


No passado só pude ser
quem eu fui
Não há sombra
que não traga
o reflexo de uma luz

Se de um poema
eu hoje sou um verso
Fui concebida
nos caminhos
adversos

Se sou riso
foi na lágrima
que ancorei
Vivo pintando
cada dia de uma vez

Sou a nota da canção
que não tem fim
Faço a sinfonia
do grande amor
que mora em mim

Maria Helena Mota Santos

12/01/2012

domingo, 10 de novembro de 2013

A luz e a escuridão


(Google Images)

Perdi o medo do escuro
Quando a escuridão chegou
Acostumei o olhar à luz
Que a escuridão mostrou

Os fantasmas se dissiparam
Pois a luz os ofuscou
Correram para outro palco
Onde alguém os abrigou

Andei em falsas linhas
Que eram curvas sinuosas
Aprendi a não confundir
Os espinhos com as rosas

No escuro pude ver
O que há no meu jardim
Liberei a borboleta
Que era casulo em mim

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Medos


(Google Images)

Meus medos
já não são medos
São coragens
disfarçadas
São sinais
de uma mudança
No percurso
da estrada

Meus medos
já não são medos
São disfarces
de um novo tempo
São desafios
na vida impostos
Pra pintar
novos momentos

Meus medos
já não são medos
São asas
de proteção
São versos
do meu reverso
Que faz pulsar
o coração

Maria Helena Mota Santos

11/12/2011

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Grafiteiros da saudade

(Google Images)

Fiz grafite na janela
Com matizes de saudade
Fiz rabiscos de um sonho
Sem objetivar realidade

Na linha mestra de uma asa
Esbocei um pássaro livre
Que me levava urgente
A lugares imperdíveis

Fiz grafite irreverente
De momentos distraídos
Fiz o meu eu se desnudar
E caminhar sempre comigo

Esbocei o improvável
Na linha imprecisa do tempo
Desmascarei as certezas
E passeei contra o vento

Fiz grafite no coração
Com matizes de alegria
Dei alforria à solidão
Parti em minha companhia

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Amar

(Google Images)

Amar
o impossível amar
e semear a luz
de um doce olhar

Amar
o infinito ser
e semear concórdia
pra não anoitecer

Amar
o que está à margem
e estender a mão
pra seguir viagem

Amar
o rastro da escuridão
e infiltrar luz
pra salvar o irmão

Amar
um amor salvador
e deixar aqui na terra
um jardim pleno de amor

Maria Helena Mota Santos

sábado, 2 de novembro de 2013

Para sempre


(Google Images)


O "para sempre"
pode durar
até amanhã
E o nunca
pode acabar
neste momento

A vida segue
modificando
os paradigmas
O que era óbvio
nas mãos do tempo
desmistifica

E as promessas
às vezes se perdem
nas mãos do vento
Que torna vulnerável
a senha confiável
de um momento

Maria Helena Mota Santos

09/06/2012

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Na contramão da vida


(Google Images)

Andava na contramão da vida
Seu obstáculo era o sinal verde
A sua esperança era vermelha
Com água e poeira desenhava o sonho
Olhava nos olhos
Dos que não queriam olhar
Vivia nos sonhos
Dos que tinham pressa de passar
No tilintar das moedas
Na humilhação da mão estendida
Desenhava seu futuro
Estava ali
Não por acaso
Não tinha outro lugar
Estava exposto a julgamentos
Estava exposto a xingamentos
Estava exposto a preconceitos
Acionava divagação
Acionava irritação
Acionava reflexão
Muitas opiniões eram ouvidas
Mas havia uma teoria mais forte
A sociedade não poderia alimentar essa prática
Mas a mesma sociedade não oferecia suporte
Então ficava ali naquela luta diária
Entre os mais fracos e os mais fortes

Maria Helena Mota Santos


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Ombro amigo


(Imagem-Google Imagens)


Não precisa falar
Eu escuto seu som
Eu empresto meu ombro
Para ser seu divã

Não precisa dizer
O que não pode explicar
Se experimentar labirintos
Eu prometo lhe achar

Fique aqui ao meu lado
Nada vou perguntar
Sou o silêncio e a fala
Sou o que precisar

Não contenha as lágrimas
Libere toda emoção
Solte os gritos latentes
Presos no seu coração

Sou a amizade sincera
Sua felicidade desejo
Sou a palavra amiga
Sou o reflexo no espelho

Maria Helena Mota Santos

24/11/2010

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Carência


(Google Images)


Careço
do meu silêncio
Careço
da minha paz
Pra me mostrar
um espaço novo
Pra vida
que se refaz

Careço
do meu olhar
pra via
da solidão
Para entender
estas linhas
Da palma
da minha mão

Careço
de ter saudade
de tudo
que já se foi
Careço
de viver o agora
Sem deixar nada
pra depois

Maria Helena Mota Santos

sábado, 26 de outubro de 2013

Amor infinito


(Google Images)

O infinito
não é estanque
Por isso o amor
é infinito
E voa
pelos corações
em voo rasante
em voo alto
em voo sem direção
em voo sem razão
Aterrissa
no coração dos amantes
e faz a regra
virar exceção
Aterrissa no coração dos pais
e faz o incondicional
ser condição
Aterrissa na solidão
e faz ser só
não ter razão
Ah
O amor
que me deu vida
e me arrebatou
Ah
O amor
que dormiu semente
e amanheceu flor
Ah
O amor
Que dure
e perdure
no infinito
E que seja sempre
o eco
do meu grito

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

AOS ALUNOS QUE FARÃO AS PROVAS DO ENEM



Não há como entender
O que sinto de verdade
Só sei que estou na ponte
Entre sonho e realidade

Hoje acordei diferente
Um suspense está no ar
Tento não perder o FOCO
Pra minha meta alcançar

Se alguém fala comigo
Aciona minha emoção
Posso chorar ou sorrir
Ou vou fazer revisão

Sinto o apoio da família
E dos amigos também
Por mim e por todos eles
Eu quero me sair bem

Além de manter o FOCO
Eu preciso me acalmar
Pois do fator emocional
Eu não posso descuidar

Fiz o melhor que pude
Agora chegou a hora
De enfrentar a jornada
E escrever minha história

Boa prova!

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Um novo olhar


(Google Images)

Às vezes é preciso ver de longe para enxergar o essencial
pois a proximidade é perita em banalizar o que se tem.

De longe é exigida uma maior perícia em focalizar o que se vê
já que o ângulo da distância destaca a percepção do todo.

A distância acrescenta uma nova película ao olhar
e de longe a paisagem pode assumir novas cores.

Do outro lado do muro novas regras se impõem.
O que era novo e fascinante, às vezes é desencanto.

Quem procura fugir para encontrar nova rota,
pode se focar nas miragens e se perder na fantasia
e acordar tonto de realidade.

Se a vida acontece debaixo do céu
e a saída desse espaço só é possível no embarque da alma,
há de se perceber que a mudança é na mente que se faz,
pois as lembranças nos acompanham para onde a gente vai.


Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O despetalar do dia


(Google Images)

E se no dia que amanhece
Nada for da cor do ontem?

E se no dia que amanhece
Não houver nenhuma cor?

E se no dia que amanhece
A cor da tristeza desbotou?

E se no dia que amanhece
A cor da alegria chegou?

E se no dia que amanhece
O improvável aconteceu?

E se no dia que amanhece
A semente plantada floresceu?

Cada dia é uma pétala
Que deixa rastro na estrada
Cada ser compõe uma flor
Com as pétalas descartadas


Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Paixão

(Google Images)

Alguém se apaixonou por mim
Alguém que andava ao meu lado
Mas só conseguia me ver
Por um espelho quebrado

Alguém se apaixonou por mim
Alguém que às vezes me acusava
De não ser boa o suficiente
Para amar e ser amada

Alguém se apaixonou por mim
Alguém que nasceu comigo
Mas me pegava pela mão
Só pra mostrar o labirinto

Alguém se apaixonou por mim
E já morava no meu ser
Mas buscava outras companhias
Apenas por medo de sofrer

Alguém se apaixonou por mim
E era eu mesma no espelho
Feliz só pela minha companhia
Sem precisar do consentimento alheio

Maria Helena Mota Santos

domingo, 20 de outubro de 2013

Verso em flor

(Google Images)


Era pra ser uma poesia
Versificada no pra sempre
Mas o verso eternamente
Desfez-se da estrofe
De repente

E a poesia teve fim
Lá na estrofe recomeço
Os versos de outra época
Mudaram de endereço

E a nova poesia
Teve espinhos a lhe ferir
E da dor brotou a flor
Que enfeitou novo jardim

A poesia agora escrita
Tem na lágrima o regador
Chove verso no inverso
Do sentimento que brotou

E no novo há o alento
De saber-se beija-flor
Que visita outros jardins
Sem encontrar a sua flor

Maria Helena Mota Santos

16/10/2011

sábado, 19 de outubro de 2013

Momento


(Imagem-Google Imagens)


Por um momento
A vida passou por mim
nas asas da emoção

Por um momento
Fui apenas um protótipo
De um ser em construção

Por um momento
Experimentei extremos
Andando na contramão

Por um momento
Fui do tudo ao nada
Sem perder a direção

Por um momento
Senti a minha essência
E enfrentei a transição

Por um momento
Fiquei livre do casulo
E voei numa canção

Neste momento
Sigo a rota do infinito
Com a bússola do coração

Maria Helena Mota Santos


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Feliz dia do Médico



(Google Images)


PARABÉNS A TODOS OS MÉDICOS QUE EXERCITAM A SUA PROFISSÃO COLOCANDO O AMOR NA PAUTA DO SEU DIA A DIA.



O amor
Pousou no peito
Irradiou a sua essência
E fez do coração
A sua residência

O amor
Saltou aos olhos
Ficou generalizado
Vestiu-se de esperança
Pra quem precisa ser cuidado

O amor
Se fez antídoto
Das dores da humanidade
Curando muitas mazelas
Que chegam
Em qualquer idade


O amor
Usa jaleco
Da cor branca da paz
E revalida a importância
Que o Anjo Médico
Nos traz

Maria Helena Mota Santos



quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Poetizei



(Google Images)



Sem saber
Que não seria
Fui

Sem saber
Que não queria
Quis

Sem saber
Que não viria
Esperei

Sem saber
Que era fugaz
Eternizei

Sem saber
Que era verso
Poetizei

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Feliz dia do Professor


(Imagem-Google Imagens)

HOMENAGEM A TODOS OS PROFESSORES QUE TRANSFORMAM OS RISCOS E RABISCOS EM ARTE E CIÊNCIA!



Sem você
A história seria
Um livro em branco
De mente vazia
A visão de mundo
Teria a cegueira
Como seu guia
E outras profissões
Em nenhuma hipótese
Existiriam

Sem você
A história seria
Uma memória opaca
Sem fantasia
A fala seria
Desarticulada
Sem sinergia
E cada dia
Pintaria um quadro
Sem harmonia

Sem você
A história seria
Um palco sem arte
Uma plateia vazia
A canção seria
Uma nota bem longa
De nostalgia
E o poeta não saberia
Colocar em versos
Sua poesia

Maria Helena Mota Santos

domingo, 13 de outubro de 2013

Partes


(Imagem-Google Imagens)

Se eu estou aqui e agora lhe percebo
No meu mundo há você e todo mundo
Quem não me vê me circunda e me ignora
Mas pode um dia atuar na minha história

De muita gente eu tenho partes sem saber
Se soubesse quem de mim tem uma parte
Eu iria procurar pra conhecer
E o meu vazio nessa busca preencher

Mas como o enigma é a chave de uma vida
Vou ter sempre por aí partes perdidas
E vou em busca dessas partes sem saber
Que toda busca é uma forma de aprender

E na busca das minhas partes espalhadas
Que estão com os passantes da estrada
Em cada encontro vou formando um novo elo
Pois ter amigo é na vida o que mais quero

Maria Helena Mota Santos

19/12/2010

sábado, 12 de outubro de 2013

Feliz dia das crianças

(Imagem-Google Imagens)

QUE A SUA CRIANÇA INTERIOR SE FAÇA PRESENTE NO DIA A DIA!

A criança saiu pela porteira
Fez travessuras na estrada
Fez da tristeza uma estátua
E saiu em grande disparada

Deu voz ao ser inanimado
E contracenou com a fantasia
Com uma varinha de condão
Transformou tudo em magia

Rodopiou leve e solta
Sorriu pra tudo que encontrou
Fez das árvores seu trapézio
E tudo em palco transformou

Cobriu a estrada de algodão doce
Em uma nuvem se sentou
Pintou o dia de arco-íris
Tudo em volta se alegrou

Estourou muitos balões
E a felicidade liberou
Ao encontrar com as pessoas
Cirandou, cirandou, cirandou

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Amanhecer


(Imagem-Google Imagens)

Que amanhecer é esse
que me faz esquecer
a dor pungente
que manchou o rio
da noite?

Que alvorecer é esse
que me faz ouvir pássaros
contrastando
com as assombrações
noturnas?

Que melodia é essa
que percebo entre as canções
e me faz compor
com as cordas quebradas
da vida?

Que sentimento é esse
que me insinua esperança
e me faz saltitar
nas asas da minha
criança?

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Desafio




(Imagem-Google Imagens)

O que dizer diante de um labirinto?
O que dizer diante do que não sei se sinto?
O que dizer diante do que pressinto?
O que dizer diante de uma interrogação?
Que sentimento colocar numa canção?
Como falar de asas pra quem está numa prisão?
Só se eu falar das asas da imaginação
E cada dia for uma nota de uma canção
E a interrogação se transformar em exclamação
E não trilhar os caminhos da previsão
E voar livre independente do que sinto
E encontrar a saída do labirinto
E de braços abertos voar para o infinito

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Divagações


(Imagem-Google Imagens)


Estou aqui
Você tão perto de mim
E eu me dei conta
Que sei de você
A versão que acredito

Como saber de você
Se não sei tudo de mim?
Hoje penso ser
O que amanhã
Já nem mais serei!

Como posso lhe ter
Se mora fora de mim?
E mesmo lado a lado
Andamos em paralelas?

Como podemos ser
Duas pessoas em uma
Se a regra é individual
E cada linha tem seu final?

Será tudo um sonho
pra acalentar o viver?
Será utopia
pra magia não desfazer?

...ou quem sabe
ainda não me dei conta
do que é viver...



Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Fronteira


(Imagem-Google Imagens)


Existe uma fronteira entre o barulho e o silêncio
Onde o marasmo se anuncia como antídoto salvador
E a inércia entra em cena nivelando o prazer
E faz da vida uma constante desvelada ao anoitecer

Na fronteira o sol nasce com anemia nos seus raios
E a lua rende o turno numa penumbra sonolenta
E se disfarça entre as nuvens circundada por um anel
Que impede a liberdade de fulgurar no alto céu

Na fronteira a vida é morna e regurgita sentimentos
Que se instalam à flor da pele de uma forma bem latente
Choram mágoas na rigidez de uma tez que se reprime
E com mecanismos de defesa no dia a dia se eximem

Na fronteira a dor letal é disfarçada num sorriso
O dia segue emudecido e tem na noite seu abrigo
Pra se mostrar sem a fantasia do prazer adormecido
E chora a dor que há detrás da contração de um sorriso


Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Estações


(Imagem-Google Imagens)

Que o sol nunca se deite
Sem provocar o meu sorriso

Que a chuva por mim não passe
Sem roubar as minhas lágrimas

Que a primavera deixe em mim
O rastro de muitas flores

Que o outono me dê a chance
De renovar a minha vida

Quero ser cada momento
De atitude ou de silêncio

Quero viver as estações
Sem perder a intensidade

Quero marcar o meu caminho
Com sementes bem cuidadas

Para florir no tempo certo
E enfeitar toda estrada

Maria Helena Mota Santos