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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

De manhã


POESIA MARAVILHOSA DO MEU QUERIDO POETA, JOÃO PAULO CORUMBA.

Sabe o ar que dança
Canta o sopro que já foi
Na rua que durmo
Sem braços de calor

Na manhã que se ausenta
A clareza vaga me estranha
Sou noite em claro
Sou pensar em você

Um salto na varanda
Um café pra acordar
Poesia por mim anda
Há versos pra amar

Sinto muito
Quero um navio
Um devaneio longo
Onde possamos ser jardim

Ser via de acesso
Ponte pra atravessar
Par de encanto no mundo
Saudade dos segundos que passam!

João Paulo Corumba

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Paixão

(Imagem-Google Imagens)


Alguém se apaixonou por mim
Alguém que andava ao meu lado
Mas só conseguia me ver
Por um espelho quebrado

Alguém se apaixonou por mim
Alguém que às vezes me acusava
De não ser boa o suficiente
Para amar e ser amada

Alguém se apaixonou por mim
Alguém que nasceu comigo
Mas me pegava pela mão
Só pra mostrar o labirinto

Alguém se apaixonou por mim
E já morava no meu ser
Mas buscava outras companhias
Apenas por medo de sofrer

Alguém se apaixonou por mim
E era eu mesma no espelho
Feliz só pela minha companhia
Sem precisar do consentimento alheio

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

É amor

(Imagem-Google Imagens)

Não era amor
só porque se perdeu num momento?
E quem no mundo
pode determinar sentimento?

Não era amor
só porque fugiu ao padrão?
E quem no mundo
nunca perdeu a razão?

Não era amor
só porque um alguém sofreu?
E quem no mundo
Nunca magoou um amigo seu?

Não era amor
Só porque mudou pra outra margem?
E quem no mundo
Nunca modificou a viagem?

Não era amor
só porque se perdeu no silêncio?
E quem no mundo
Nunca ficou desatento?

É amor
Na sua forma infinita
É amor
pulsando em forma de vida

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Despedida

(Imagem-Google Imagens)

O coração acordou cheio de sentimento.
Não é dor nem é prazer
mas conforta!
É como se uma força invisível
virasse minha cúmplice
e colocasse uma película
que imunizasse a dor.
É como se um anjo pegasse na minha mão
e dissesse: vamos!
E ao abrir os olhos
cheia de uma energia especial
congelei esse sentir para não perdê-lo.
E agora estou dançando com as letras
tentando reproduzir os passos da dança
que esse sentimento me despertou.
É um momento que é uma nota de partida
Como se alguém dissesse: vá!
Já chega!
Está bom!
Despeça-se!
O outro portal é logo ali
Você não precisa carregar essa bagagem
Tire as roupas velhas
Tire as roupas apertadas
mesmo se doer
Faça uma faxina
Deixe só o que é salutar
Deixe os empecilhos no caminho
A hora é de seguir seus passos
A hora é de se despedir das sombras
Dê a mão ao seu Anjo da guarda
e em companhia de si mesma
e dos seus pares
Vá!

Fui!

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O agora no amanhã sonhado


BELÍSSIMA POESIA DO POETA JOÃO PAULO CORUMBA


Se me calasse por inteiro
Talvez não faria uso da vida
Possivelmente morreria!

Se me tornasse um aventureiro
Sentiria o mundo em sua grandeza
Possivelmente me perderia!

Se me escutasse por um segundo
Não arderia tanto a máquina do peito
Possivelmente amaria!

Se me esquecesse em tom profundo
Não esconderia o samba sem festa
Possivelmente dançaria!

Num cálculo
Sem domínio matemático
Resolveria minha dor
Numa equação complexa
Sem norte ou resultado
Salvaria a esperança compadecida!

João Paulo Corumba

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Recomeço


(Imagem-Google Imagens)

Só agora
Pude ver
A beleza do caminho
Que desenha o meu rastro

Só agora
Pude entender
Que é preciso ir adiante
Pra salvar o que se foi

O que se foi
Faz-se presente
Na via paralela
Em companhia da saudade

O que se foi
Revestiu-se de lembrança
Que aquece o caminho
E antecede o recomeço

O que virá
Trará um início de etapa
Sem o vício da rotina
Que relativiza sentimentos

O que virá
Trará a magia da mudança
Que acende emoções
No pulsar do coração


Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Encontro

(Imagem-Google Imagens)

Pessoas me tocam
sem toque
Com a luz do olhar
me envolvem
A minha escuridão
dissolvem
E as sombras dos dias
removem

São pessoas do meio
da gente
Que do lugar comum
transcendem
E como anjo da guarda
se sentem
E a luz do meu ser
acendem

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Magia

(Imagem-Google Imagens)

Se a rosa se abrir
No novo amanhecer
Há de se enfeitar o jardim
E ter cuidado com os espinhos
Pra de dor não mais sofrer

Se o pôr do sol for lindo
No novo entardecer
Há de se guardar o momento
Fotografado na mente
Para um dia se rever

Se no céu tiver estrelas
No novo anoitecer
Há de se reacender cada uma
Para não ter mais perigo
De novamente escurecer

Se a saudade se instalar
Na madrugada da vida
Há de se fazer uma magia
E com cada gota de lágrima
Compor uma linda poesia

Maria Helena Mota Santos

domingo, 21 de outubro de 2012

A Esperança é multicolor


(Imagem-Google Imagens)

A esperança é multicolor
E se veste de verde
Para o encontro marcado
Com os corações partidos

A esperança é uma canção
Vestida de versos suaves
Que servem de bálsamo
Para os corações feridos

A esperança é um pássaro
Que traz as asas na mente
E com o seu voo sutil
Resgata os corações rendidos

Maria Helena Mota Santos




sábado, 20 de outubro de 2012

Pedacinhos de vida

(Imagem-Google Imagens)

As sementes eram escassas
Algumas sementes de dor
Outras de desalento
Muitas de sofrimento
Levaram na noite fria
As sementes da alegria
As mudas da euforia
E plantaram a incerteza
Olhando em volta percebi
A terra íngreme que restou
Sem o fertilizante da alegria
Sem o calor da luz do sol
Sem o adubo da esperança
Fui acometida de nostalgia
E a tristeza era companhia
Mas os braços se moveram
Retirei ervas daninhas
E plantei tudo que tinha
Nas mãos quase vazias
Aparei lágrimas da dor
E reguei o que restou
A terra se tornou abrigo
E fez parceria comigo
E nasceu a esperança
De um novo tempo florido

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A criança e eu

(Imagem-Google Imagens)

Uma criança
Me chamou
Pra cirandar
Puxou minha mão
E me emprestou
O seu olhar

Disse-me:-Vem!
Eu vou mostrar
O que é a vida
Sente ao meu lado
Respire fundo
Não se aflija

Solte o corpo
Libere a mente
E se permita
Solte os grilhões
Não se acorrente
Isso é a vida

Só quem é livre
Pra cirandar
Com os momentos
Já descobriu
Como se cura
Um sofrimento

Venha comigo
Olhe pro sol
Veja as nuvens
Elas cirandam
Com a cor do céu
Não se confundem

Olhe pro mar
Sinta a areia
Pule as ondas
Tenha coragem
De se soltar
Não se esconda

Agora sorria
Dê uma gargalhada
Invente uma dança
E mergulhe fundo
Na sua alma
De criança

Faça piruetas
Sinta a brisa
Vamos correr
E nesse embalo
Vai descobrir
O que é viver

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Eu e o amor


(Imagem-Google Imagens)

Eu e o amor
Somos um par inseparável que baila por sobre as ondas e debaixo do céu
Nascemos um para o outro e nos encontramos até nos momentos inusitados e dolorosos da vida
Eu e o amor
Somos parceiros na claridade e na escuridão
Na alegria na tristeza
Na saúde e na doença
Eu e o amor
Temos um olhar compassivo para as mazelas do mundo
Enxergamos estrelas em qualquer céu nas dimensões da vida
Acreditamos no inacreditável e colorimos a vida em qualquer paisagem
Eu e o amor
Somos um passo no descompasso dos dias
Dançamos no sol e na chuva numa alegria contagiante que brota de dentro da alma
Eu e o amor
Sentimos necessidade de hibernar no inverno da vida
Ficamos enfermos quando somos acometidos de eclipses parciais de dor
E aí nos afagamos, damo-nos as mãos e nos aquecemos do magnetismo do outro
Eu e o amor
Temos poder de superação em momentos mais improváveis
Quando a música já toca lenta de convalescença, ressurgimos com uma música vibrante que toca no coração de Deus
Eu e o amor
Somos dois que se conectam em um mundo invisível para atrair a melhor essência dos sentimentos do universo
Eu e o amor
Somos alquimia de todos os sentimentos que permeiam a humanidade
Eu e o amor
Amamos amar

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Folha em branco


(Imagem-Google Imagens)

Com sol ou chuva
Tempestade ou bonança
Abre-se todo dia
Uma folha em branco
A folha se abre
Independente do ontem
Independente do amanhã
Fica disponível
Para a pintura do dia
Para expressar dor
Ou alegria
Para registrar realidade
Ou fantasia
Ela é única
Intransferível
Irrevogável
Inédita
É oportunidade
De passar a limpo o ontem
Desenhar o hoje
E planejar o amanhã
É a página que o Universo envia
Para compor o livro da vida

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Partes


(Imagem-Google Imagens)

Se eu estou aqui e agora lhe percebo
No meu mundo há você e todo mundo
Quem não me vê me circunda e me ignora
Mas pode um dia atuar na minha história

De muita gente eu tenho partes sem saber
Se soubesse quem de mim tem uma parte
Eu iria procurar pra conhecer
E o meu vazio nessa busca preencher

Mas como o enigma é a chave de uma vida
Vou ter sempre por aí partes perdidas
E vou em busca dessas partes sem saber
Que toda busca é uma forma de aprender

E na busca das minhas partes espalhadas
Que estão com os passantes da estrada
Em cada encontro vou formando um novo elo
Pois ter amigo é na vida o que mais quero

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A dupla face do eu

(Imagem-Google Imagens)


Agora as duas faces são reconhecidas.
Uma constante briga acontece entre as duas que são antagônicas e paradoxalmente harmoniosas.
Uma não é completa sem a outra. Dançam e lutam na valsa do dia a dia.
Uma traz consigo a inquietação e o movimento para a mudança.
A outra traz o gozo e a gostosa inércia de um sentimento de poder e de prazer perante a vida. Com ela a vida baila numa permanência que parece viver a constância.
É gostoso sentir o equilíbrio das duas.
Na ponte que serve de intermediação entre as duas, há um vazio tão cheio que não cabe dentro do espaço da vida do momento.
É um vazio tão forte que a vida não se desenha como obra mutável, mas como quadro definitivo e irremediável.
Mas a dor chega para movimentar o prazer.
É um doer tão constante que parece ficar sobre um patamar no gráfico da vida.
É um momento já conhecido mas assim como um camaleão parece trazer nova roupagem que intercepta o caminho das águias.
Crê-se que é impossível voar e transpor o muro que levaria a um outro possível caminho.
Mas a coragem chega e leva o ser nas suas asas para enfrentar a travessia.
Ao transpor a ponte o ser se reveste de vitória e experimenta o sentimento de poder e acredita que nenhuma força fará com que experimente o fel contido nos dias da tela da vida.
É uma força tão indescritível que faz o ser perder a medida da proporção do que realmente é.
É o beber na taça de Deus e pensar ter se tornado um deus no olimpo da vida.
É por vezes um engano e uma traição a sua condição humana.
Mas acontece o encontro!
O encontro das duas faces traz o real e o pódio sem poder, mas com propriedade sobre a vida.
Traz a sabedoria e o despertar para uma visão especial do céu da Alma sem o engano da constância de céu sem nuvens e trovoadas.
É o despertar sem idade e sem tempo.
É o troféu dos que ousam fundir os sentimentos antagônicos da Alma.
É um alvorecer com sol e chuva mesclados, transformando-se numa maravilhosa sinfonia do ser.

É pois a arte... É pois a vida...

Maria Helena Mota Santos

domingo, 14 de outubro de 2012

A cor do amor

(Imagem-Google Imagens)


Não importa a cor
Se só tem um tom
Ou é multicolor

Não importa a cor
Se do coração
Vem o matizado

Não importa a cor
Se é tom vibrante
Ou é desbotado

Não importa a cor
Que borda cada dia
Com seu drapeado

Não importa a cor
Se traz na essência
O tom do amor

Maria Helena Mota Santos

sábado, 13 de outubro de 2012

No compasso da dor

(Imagem-Google Imagens)


É preciso acolher a dor , colocá-la no colo
e niná-la com a canção da saudade dos melhores dias

É preciso acolher a dor e enxugar as suas lágrimas
e deixá-la convalescer com o chá da esperança
de um novo sol do amanhecer

É preciso abrir a porta para a dor que bate
para que ela não o acorde nas madrugadas
fazendo do seu sono um constante pesadelo

É preciso entender a dor e escutá-la com paciência
para decifrar a mensagem dos seus gemidos

É preciso dançar com a dor e ensiná-la novos passos
para convencê-la a dançar de outro jeito
no palco impreciso da vida

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Feliz dia das crianças

(Imagem-Google Imagens)


QUE A CRIANÇA INTERIOR ESTEJA SEMPRE PRESENTE NA VIDA DE CADA SER HUMANO

A criança saiu pela porteira
Fez travessuras na estrada
Para a tristeza disse: estátua!
E saiu em grande disparada

Deu voz ao ser inanimado
E contracenou com a fantasia
Com uma varinha de condão
Transformou tudo em magia

Rodopiou leve e solta
Sorriu pra tudo que encontrou
Fez das árvores seu trapézio
E tudo num palco transformou

Cobriu a estrada de algodão doce
Em uma nuvem se sentou
Pintou o dia de arco-íris
Tudo em volta se alegrou

Estourou muitos balões
E a felicidade liberou
Ao encontrar com as pessoas
Cirandou, cirandou, cirandou


Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Aprendiz

(Imagem-Google Imagens)


Aprendi que
no lugar onde há sombra
tem uma luz bem pertinho
e que às vezes as pedras
nos indicam caminhos

Aprendi que
entre a tristeza e a alegria
há um lugar bem quietinho
que aponta horizontes
para retomar o caminho

Aprendi que
em todo fracasso
há embutido o sucesso
e que se fica mais forte
quando se enfrenta reversos

Aprendi que
por muito que eu saiba
ainda pouco eu sei
e que aprendi mais da vida
nos momentos que errei

Aprendi que
não estou aqui sozinha
por mais que pense estar
e que só vivo a vida
se intensamente amar

Aprendi que
nada no mundo é meu
nem o lugar onde moro
que aqui eu planejo
mas nem tudo controlo


Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Despetalada

(Imagem-SelenaG Br-Google Imagens)

Uma flor
mesmo despetalada
Uma flor
que exala o cheiro
das estações
e das despedidas
Uma flor
que enfeita o chão
na preparação
para as descidas
Uma flor
que mesmo ferida
compadecida
enfeita a vida
Uma flor
que se amolda
ao sol e a chuva
mesmo partida

Uma flor


Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Do que é mente


Uma linda poesia de, meu querido poeta, João Paulo Corumba!

É semente
Do que é mente
É mentira
Do que é mente
Do que é ira
É saudade
É dor da metade
Ou melhor
Não há metade
É, é saudade!
É coragem
Do que reage
Do que é mente
É fantasia
Do que é mente
No dia a dia
É passado
Em nossa mente
Que o passado
Passou simplesmente!
É de dia
É luz da mente
Sol de poesia
Verso é mente
O inverso também!
É desejo
Então é mente
sempre, sempre
Isso é a semente
É onde isso começou
É onde isso terminou
É onde isso tocará
No delicado da mente
Que a gente não percebe
Que a gente não quer tocar
Por medo de ser mente
A mentira se instala
E então assim concordamos
Que da mente tudo e absolutamente tudo
dela se exala!

João Paulo Corumba

domingo, 7 de outubro de 2012

Lugar encantado

(Imagem-Google Imagens)


De uma pássaro na varanda
Ganhei um olhar bem colorido
Enxergo a vida no horizonte
Não sei se vou ou se aqui fico

Procuro o sol e enxergo a lua
É o improvável que acontece
Não é o sol que é astro-rei
Que todo dia amanhece?

É com a lua que me encanto
Em São Jorge me reconheço
Fico suspensa nas alturas
Na luz da lua eu anoiteço

A varanda virou uma nave
A imaginação me leva longe
Vou além do que percebo
Fico perdida no horizonte

Olho a vida aqui de cima
Tudo fica tão pequeno
Não percebo nem espinhos
Daqui tudo fica ameno

Quando daqui eu for descer
Vou fazer uma intersecção
E criar um lugarzinho
Pra encantar meu coração.

Maria Helena Mota Santos

sábado, 6 de outubro de 2012

Canal do tempo

(Imagem-Google Imagens)

O canal do tempo anunciou
Tempestade iminente
Com chuva torrencial
E tufão inevitável

Mas o hábito de ser sol
Fez a chuva se esconder
A tempestade fenecer
O tufão arrefecer

Raio de luz se fez presente
E não deixou a inundação
Transformar-se em enxurrada
E no rio do caminho transbordar

E o sol nasceu bonito
Desfilando com seus raios
Aqueceu a luz do dia
E só à noite ele partiu

Mesmo assim ficou presente
No reflexo do luar
Coadjuvando com a lua
Foram no mar se encontrar

E dançaram toda noite
Numa alegria contagiante
E fizeram companhia
Aos corações itinerantes

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Será?

(Imagem-Google Imagens)


Do jeito que foi
nunca será
do jeito que teria sido
se não fosse

Do jeito que é
nunca poderá ser
do jeito que seria
se não tivesse sido

Do jeito que seria
nunca teria sido
se não fosse
do jeito que é

Será que o que foi
teria sido
do jeito que é
se não fosse?

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A paz


(Imagem-Google Imagens)

A paz:
É um acordo incondicional com as diferenças.
É a escuta de todo e qualquer pensamento com o ouvido da tolerância e do respeito.
É respeitar os limites do outro e não forçá-lo a olhar o mundo com as suas lentes.
É entender as etapas e o processo de quem caminha ao seu lado.
É saber que cada um é uma obra inédita e sem réplica.
É olhar o ser humano com as lentes da temperança, da solidariedade, da compaixão e do amor.
É olhar para o outro como parte de si mesmo.
É a sintonia com as melhores melodias do universo.
É a carta de apresentação para a felicidade.
É o oásis da vida.

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Pássaro livre

(Imagem-Google Imagens)


A palavra que me prende
é a palavra que liberta
Vou deixar a porta aberta
e meu pássaro vai fugir
E de posse do meu mundo
vou voar sempre mais alto
Numa terra bem distante
cuja lei é o infinito
Andarei em revoada
dentro da minha solidão
E fazendo pirueta
vou gastar minha alegria
E construir em cada espaço
o protótipo de um ninho
Vou cair sem proteção
sem me prender em nenhum laço
E se a chuva me molhar
vou me aquecer em um abraço
E beberei todos seus pingos
e saciarei meu infinito
Mas se o sol não aparecer
eu o pintarei no meu sorriso
E farei lá no horizonte
o suporte de uma rede
E balançando o meu mundo
vou saciar a minha sede

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Passado

(Imagem-Google Imagens)

O passado
é o que ficou
É o que talvez
não se precise mais
Mas é o chão que nos referencia
e é inevitável não olhar para trás

Nada é tão bom
nem tão ruim
Que não se possa
repaginar
E o passado é referência
para um novo roteiro
planejar

E no passado
deste presente
Quero um quadro novo
deixar postado
Um quadro que exiba
o amor infinito
E a alegria de desafios
ter contornado

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Travessia




(Imagem-Google Imagens)


Eu me distraio
das tristezas
e
atravesso
o caminho
da solidão

Fico alerta
aos sinais
latentes
nas
entrelinhas
do coração

Olho
e
percebo
um lugarejo
muito além
do infinito

Sigo a bússola
dos sentimentos
e
mudo a rota
dos meus sonhos
se preciso


Maria Helena Mota Santos