(Imagem-Google Imagens)
Era assim
quase todos os dias
nos tempos
de inverno
Acordava
o sol se escondia
e eu o sabia lá
amparado pelas nuvens
Esperava
que ele convalescesse
e retornasse
com mais brilho
Esperava
o seu tempo
sem ter tempo
de espera
Já era quase
primavera
e as flores
amarelavam
de anemia
Por vezes
as suas lágrimas
transcendiam as nuvens
e desaguavam em mim
E mesmo assim
eu esperava o sol
se render
à beleza da vida
e aparecer...
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Pintura
(Imagem-Google Imagens)
Por cima do seu telhado
Olhou em outra dimensão
Viu o mundo e as miragens
Que se desenham na ilusão
Viu o céu tão de pertinho
Que pintou de azul o coração
Pegou a lua e deu uma volta
E foi bater papo com Plutão
Fez seus flocos lá nas nuvens
E brincou com as tempestades
Fez plantações no firmamento
E em lugares improváveis
Vestiu-se da cor da noite
E amanheceu pintando o dia
Fez um quadro sem moldura
E foi brincar com a alegria
Maria Helena Mota Santos
Por cima do seu telhado
Olhou em outra dimensão
Viu o mundo e as miragens
Que se desenham na ilusão
Viu o céu tão de pertinho
Que pintou de azul o coração
Pegou a lua e deu uma volta
E foi bater papo com Plutão
Fez seus flocos lá nas nuvens
E brincou com as tempestades
Fez plantações no firmamento
E em lugares improváveis
Vestiu-se da cor da noite
E amanheceu pintando o dia
Fez um quadro sem moldura
E foi brincar com a alegria
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Ausência
(Imagem-Google Imagens)
Fez-se presente
Na ausência
Roubou a cena
Sem estar no palco
Contracenou
Sem atuar
E se escondeu
Pra se mostrar
Fez-se passado
Na presença
Atuou
Sem contracenar
Fingiu ser plateia
E aplaudiu
Mas se escondeu
Pra disfarçar
Fez-se futuro
Em outro show
Um palco móvel
Contratou
Encena alegria
Encena a dor
E diz que busca
O amor
Maria Helena Mota Santos
10/10/2010
Fez-se presente
Na ausência
Roubou a cena
Sem estar no palco
Contracenou
Sem atuar
E se escondeu
Pra se mostrar
Fez-se passado
Na presença
Atuou
Sem contracenar
Fingiu ser plateia
E aplaudiu
Mas se escondeu
Pra disfarçar
Fez-se futuro
Em outro show
Um palco móvel
Contratou
Encena alegria
Encena a dor
E diz que busca
O amor
Maria Helena Mota Santos
10/10/2010
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Chamado
(Imagem-Google Imagens)
Vem!
Quero lhe mostrar o que já vi
Dê-me sua mão
Vamos tentar caminhar por aqui
Vem!
Você não nasceu pra letargia
Pode confiar em mim
Serei sua companhia
Vem!
Eu quero lhe guiar
Até a tempestade passar
Já aprendi como se "brisa" o vento
Vem!
Não se culpe por não saber
O caos pode ser o caminho
Para a ordem acontecer
Vem!
Perdoe a dor por lhe fazer sofrer
Dê alforria para a nostalgia
E vamos buscar a alegria
Vem!
Permita-se pintar seus quadros
A vida é um pincel
Que sempre acorda ao seu lado
Maria Helena Mota Santos
Vem!
Quero lhe mostrar o que já vi
Dê-me sua mão
Vamos tentar caminhar por aqui
Vem!
Você não nasceu pra letargia
Pode confiar em mim
Serei sua companhia
Vem!
Eu quero lhe guiar
Até a tempestade passar
Já aprendi como se "brisa" o vento
Vem!
Não se culpe por não saber
O caos pode ser o caminho
Para a ordem acontecer
Vem!
Perdoe a dor por lhe fazer sofrer
Dê alforria para a nostalgia
E vamos buscar a alegria
Vem!
Permita-se pintar seus quadros
A vida é um pincel
Que sempre acorda ao seu lado
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Quase
(Imagem-Google Imagens)
Eu quase clareei
as sombras
com o reflexo do sol
pela fresta da janela
Eu quase as pintei
de cores
tão bonitas
matizadas
como as cores
de uma aquarela
Eu quase clareei
as nuvens
de uma tempestade
iminente
Só com o sorriso
dos olhos
que olhavam
e fixavam
no reflexo de sol
da minha mente
Eu quase
clareei o escuro
que acometeu
parte do caminho
Usei o farol
da minha alma
que enxerga flores
no lugar
onde antes
havia espinhos
Maria Helena Mota Santos
Eu quase clareei
as sombras
com o reflexo do sol
pela fresta da janela
Eu quase as pintei
de cores
tão bonitas
matizadas
como as cores
de uma aquarela
Eu quase clareei
as nuvens
de uma tempestade
iminente
Só com o sorriso
dos olhos
que olhavam
e fixavam
no reflexo de sol
da minha mente
Eu quase
clareei o escuro
que acometeu
parte do caminho
Usei o farol
da minha alma
que enxerga flores
no lugar
onde antes
havia espinhos
Maria Helena Mota Santos
domingo, 26 de agosto de 2012
Pintar a vida
(Imagem-Google Imagens)
Pintar a vida
como se fosse uma grande tela
sem limite e sem contorno
Pintar a vida
como se tivesse à sua disposição
todas as cores do universo
Pintar a vida
como se fosse um célebre pintor
que traduzisse em cores a sua história
Pintar a vida
como se no coração existisse um arco-íris
pronto para a alquimia das cores
Pintar a vida
fazendo texturas de cores quentes e frias
para expressar as emoções do dia a dia
Pintar a vida
utilizando como matriz
as marcas dos seus rastros na estrada
Pintar a vida
como se não houvesse amanhã
e o futuro fosse um quadro enigmático
sem hora para acontecer
Pintar a vida....
Maria Helena Mota Santos
27/07/2010
Pintar a vida
como se fosse uma grande tela
sem limite e sem contorno
Pintar a vida
como se tivesse à sua disposição
todas as cores do universo
Pintar a vida
como se fosse um célebre pintor
que traduzisse em cores a sua história
Pintar a vida
como se no coração existisse um arco-íris
pronto para a alquimia das cores
Pintar a vida
fazendo texturas de cores quentes e frias
para expressar as emoções do dia a dia
Pintar a vida
utilizando como matriz
as marcas dos seus rastros na estrada
Pintar a vida
como se não houvesse amanhã
e o futuro fosse um quadro enigmático
sem hora para acontecer
Pintar a vida....
Maria Helena Mota Santos
27/07/2010
sábado, 25 de agosto de 2012
Noturno
(Imagem-Google Imagens)
Daqui posso ver o céu
Pela fresta da janela
Embaçado pelas nuvens
Que escondem suas estrelas
Posso ver pingos de chuva
Numa dança com o vento
Num barulho aconchegante
Que me acorda para o sonho
Posso ver vidro molhado
Chorando lágrimas compridas
À espera de um sol
Que devolva o seu brilho
Posso ver minha essência
Misturando-se com a chuva
Dançando com o minuto
Que compõe este momento
Maria Helena Mota Santos
09/07/2011
Daqui posso ver o céu
Pela fresta da janela
Embaçado pelas nuvens
Que escondem suas estrelas
Posso ver pingos de chuva
Numa dança com o vento
Num barulho aconchegante
Que me acorda para o sonho
Posso ver vidro molhado
Chorando lágrimas compridas
À espera de um sol
Que devolva o seu brilho
Posso ver minha essência
Misturando-se com a chuva
Dançando com o minuto
Que compõe este momento
Maria Helena Mota Santos
09/07/2011
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Caminho
Ao meu filho, Hugo, desejo boa viagem!
Que a nova etapa seja um trampolim para novos saltos!
Voe! O infinito é o limite!
Em que se resumiria a vida se não utilizássemos as asas invisíveis que nos mostram a vida pelo espelho das possibilidades?
Então, filho, busque as peças do seu quebra-cabeça e entre no jogo da vida pra conquistar o que for possível!
A vida é um poema que se escreve diariamente!Capriche no seu!
Você ficará comigo num cantinho especial do coração!
A porta abriu
Agora é por sua conta
Explore o espaço
Aproveite a viagem
Aguce o olhar
Perceba as portas
Embutidas
Invisíveis
Imperdíveis
Que se abrem
Subliminarmente
Nas entrelinhas do tempo
Que se abrem no agora
A porta não tem tranca
Nem a chave é real
Os grilhões são da mente
A liberdade é urgente
A vida passa
De repente
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Instante
(Imagem-Google Imagens)
Não
Não quero o ali adiante
Quero nas mãos do agora
Bailar com cada instante
Não
Não quero perder o sim
Quero senti-lo a cada dia
Na vida que pulsa em mim
Não
Não quero negar a dor
Quero sentir e direcioná-la
Para um caminho redentor
Não
Não quero ter as certezas
Quero o paradoxo que me move
Em busca das sutilezas
Não
Não quero negar quem sou
Quero me impregnar a cada dia
Com a essência do amor
Maria Helena Mota Santos
Não
Não quero o ali adiante
Quero nas mãos do agora
Bailar com cada instante
Não
Não quero perder o sim
Quero senti-lo a cada dia
Na vida que pulsa em mim
Não
Não quero negar a dor
Quero sentir e direcioná-la
Para um caminho redentor
Não
Não quero ter as certezas
Quero o paradoxo que me move
Em busca das sutilezas
Não
Não quero negar quem sou
Quero me impregnar a cada dia
Com a essência do amor
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Botão de rosa
(Imagem-Google Imagens)
Colhi uma rosa
Sem tirá-la do jardim
Olhei
Acariciei
Reverenciei
A rosa
Que mora em mim
Depois
Impregnei-a na alma
E andei por aí exalando flores
Sem me deslocar de mim
Viajei na dimensão do infinito
E deixei pétalas nos confins
Semeei perfumes de sorrisos espontâneos
Enfeitei caminhos das cenas de amor que assisti
Ofertei pétalas a todo amor que mora em mim
E fiz uma lágrima sorrir
Enfim
Catei os espinhos e agradeci a sua atuação
Sem eles a minha rosa seria apenas um botão
Maria Helena Mota Santos
Colhi uma rosa
Sem tirá-la do jardim
Olhei
Acariciei
Reverenciei
A rosa
Que mora em mim
Depois
Impregnei-a na alma
E andei por aí exalando flores
Sem me deslocar de mim
Viajei na dimensão do infinito
E deixei pétalas nos confins
Semeei perfumes de sorrisos espontâneos
Enfeitei caminhos das cenas de amor que assisti
Ofertei pétalas a todo amor que mora em mim
E fiz uma lágrima sorrir
Enfim
Catei os espinhos e agradeci a sua atuação
Sem eles a minha rosa seria apenas um botão
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Escalada
(Imagem-Google Imagens)
Escalei uma montanha
E quase morri de frio
O caminho era íngreme
O maior dos desafios
Subindo olhei para o alto
O abaixo era vertigem
Acompanhada da saudade
Desbravei as terras virgens
Lá no cume vi o céu
Tão pertinho da minha mão
Toquei quase nas nuvens
E entoei minha canção
Alforriei a minha sombra
Que era minha companhia
E libertei do cativeiro
Toda a minha alegria
Não sabia usar as asas
Que me movem nas alturas
Aprendi muito da vida
E mudei minha estrutura
Lá de cima vi a vida
E a beleza das paisagens
Valorizei todas as dores
Que me feriram nas viagens
Reconheci os sentimentos
Que moram no coração
Eles norteiam minha vida
O amor e a compaixão
Maria Helena Mota Santos
Escalei uma montanha
E quase morri de frio
O caminho era íngreme
O maior dos desafios
Subindo olhei para o alto
O abaixo era vertigem
Acompanhada da saudade
Desbravei as terras virgens
Lá no cume vi o céu
Tão pertinho da minha mão
Toquei quase nas nuvens
E entoei minha canção
Alforriei a minha sombra
Que era minha companhia
E libertei do cativeiro
Toda a minha alegria
Não sabia usar as asas
Que me movem nas alturas
Aprendi muito da vida
E mudei minha estrutura
Lá de cima vi a vida
E a beleza das paisagens
Valorizei todas as dores
Que me feriram nas viagens
Reconheci os sentimentos
Que moram no coração
Eles norteiam minha vida
O amor e a compaixão
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Corda bamba
(Imagem-Google Imagens)
É na corda bamba da vida
Que se busca o equilíbrio
A linha reta só ensina
A andar sobre os trilhos
A vida traz os enigmas
Que se deve decifrar
Traz a régua e o compasso
Para a estrada desenhar
É preciso desbravar
Os caminhos imprevisíveis
E descansar no patamar
Na medida do possível
Os hábitos são raptores
Das novas peles latentes
É com a alma em desalinho
Que se enxerga o presente
A vida é também canção
Com notas longas e breves
Que vai seguindo o compasso
Do maestro que a rege
Maria Helena Mota Santos
É na corda bamba da vida
Que se busca o equilíbrio
A linha reta só ensina
A andar sobre os trilhos
A vida traz os enigmas
Que se deve decifrar
Traz a régua e o compasso
Para a estrada desenhar
É preciso desbravar
Os caminhos imprevisíveis
E descansar no patamar
Na medida do possível
Os hábitos são raptores
Das novas peles latentes
É com a alma em desalinho
Que se enxerga o presente
A vida é também canção
Com notas longas e breves
Que vai seguindo o compasso
Do maestro que a rege
Maria Helena Mota Santos
domingo, 19 de agosto de 2012
Tornado
(Imagem-Google imagens)
O céu ficou amarelo de medo quando o tornado chegou.
Embora, morasse nas alturas, ele temia pelos que estavam abaixo de si.
Tirou os seus óculos escuros e pediu ajuda ao sol que se escondeu
por detrás das nuvens que imperavam gloriosas e cantavam sua vitória perante a regularidade.
E o céu viu tudo que aconteceu do mirante privilegiado das alturas.
Sentiu em si as dores do mundo e, em particular, algumas dores.
Chorou pelo que perdeu o abrigo, construído por muitos anos, para um vento que antes era brisa.
Chorou por aqueles que não conseguiam chorar porque a dor transcendia ao limite normal da realidade.
Chorou pelos que saquearam sem piedade os que agora tinham tão pouco.
Chorou pelo que ficou na solidão após perder o que tinha de mais bonito na vida.
Chorou pelos que não foram atingidos pelo tornado e não deram a mão ao desabrigado.
Chorou pela lágrima invisível do guerreiro que ultrapassou seu egoísmo para acalentar a dor do outro.
Chorou sensibilizado ao ver o ferido levantando outro ferido.
Chorou pelos que hoje olhavam com perplexidade para o passado que estava tão próximo e parecia tão distante.
As lágrimas do céu chegaram até Deus que chorou lágrimas divinas e , piedosamente, enviou bons tempos para minimizar a força do tornado.
Cansado do livre arbítrio dado aos humanos, Ele tomou as rédeas da vida e entrou no palco para abrir novos caminhos.
E, com a sua mão mágica e poderosa, colocou esperança em cada coração atingido para que cada um, de acordo com a sua fé, retomasse a vida rumo a uma nova construção.
Maria Helena Mota Santos
O céu ficou amarelo de medo quando o tornado chegou.
Embora, morasse nas alturas, ele temia pelos que estavam abaixo de si.
Tirou os seus óculos escuros e pediu ajuda ao sol que se escondeu
por detrás das nuvens que imperavam gloriosas e cantavam sua vitória perante a regularidade.
E o céu viu tudo que aconteceu do mirante privilegiado das alturas.
Sentiu em si as dores do mundo e, em particular, algumas dores.
Chorou pelo que perdeu o abrigo, construído por muitos anos, para um vento que antes era brisa.
Chorou por aqueles que não conseguiam chorar porque a dor transcendia ao limite normal da realidade.
Chorou pelos que saquearam sem piedade os que agora tinham tão pouco.
Chorou pelo que ficou na solidão após perder o que tinha de mais bonito na vida.
Chorou pelos que não foram atingidos pelo tornado e não deram a mão ao desabrigado.
Chorou pela lágrima invisível do guerreiro que ultrapassou seu egoísmo para acalentar a dor do outro.
Chorou sensibilizado ao ver o ferido levantando outro ferido.
Chorou pelos que hoje olhavam com perplexidade para o passado que estava tão próximo e parecia tão distante.
As lágrimas do céu chegaram até Deus que chorou lágrimas divinas e , piedosamente, enviou bons tempos para minimizar a força do tornado.
Cansado do livre arbítrio dado aos humanos, Ele tomou as rédeas da vida e entrou no palco para abrir novos caminhos.
E, com a sua mão mágica e poderosa, colocou esperança em cada coração atingido para que cada um, de acordo com a sua fé, retomasse a vida rumo a uma nova construção.
Maria Helena Mota Santos
sábado, 18 de agosto de 2012
Pegadas do meu ser
(Imagem-Google Imagens)
Nasci na direção do vento
Cresci em direção ao horizonte
Vivo na imensidão do infinito
Sou pouco palavra
Sou muito silêncio
Sou a roda que gira
Sou a reflexão ambulante
Sou um pedaço do tudo
Sou um mosaico de partes
Sou uma mão estendida
Sou o aconchego do abraço
A felicidade eu não busco
Ela mora em mim
Porque a percebo
Em cada sorriso
Em cada lágrima
Em cada desilusão
Em cada afago
Em cada respiração
Em cada flor
Em cada espinho
Em cada irmão
Sou pouco razão
Sou muito emoção
Sou uma poesia
Sou uma canção
Sou um livro alado
Sem rótulo e sem capa
Sou um pedacinho de infinito
Aterrissado nas asas
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Viagem infinita
(Imagem-Google Imagens)
O que se leva para uma viagem
na qual a bagagem não é aceita?
Leva-se os sonhos sonhados
ou realidades desfeitas?
O que se leva para uma viagem
que não se tem companhia?
Leva-se uma seleção musical
ou a trilha sonora da vida?
O que se leva para uma viagem
sem um retorno marcado?
Leva-se o coração tatuado
ou o aconchego de um abraço?
O que se leva para uma viagem
cujo transporte é a solidão?
Leva-se as melhores lembranças
ou a amizade no coração?
O que se leva para uma viagem
cujo destino é o infinito?
Leva-se lembranças de outrora
ou a senha do paraíso?
Maria Helena Mota Santos
O que se leva para uma viagem
na qual a bagagem não é aceita?
Leva-se os sonhos sonhados
ou realidades desfeitas?
O que se leva para uma viagem
que não se tem companhia?
Leva-se uma seleção musical
ou a trilha sonora da vida?
O que se leva para uma viagem
sem um retorno marcado?
Leva-se o coração tatuado
ou o aconchego de um abraço?
O que se leva para uma viagem
cujo transporte é a solidão?
Leva-se as melhores lembranças
ou a amizade no coração?
O que se leva para uma viagem
cujo destino é o infinito?
Leva-se lembranças de outrora
ou a senha do paraíso?
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Caminhos da vida
(Imagem-Google Imagens)
Quanto mais amadureço
Sinto mais o meu frescor
Quanto mais sofro
Enxergo melhor dentro de mim
Quanto mais ando
Os caminhos ficam abertos
Quanto mais silencio
Ouço melhor as minhas vozes
Quanto mais choro
Mais sorrisos me acompanham
Quanto mais venço obstáculos
A visão do topo aparece
Quanto mais ofereço flores
O meu caminho fica florido
Porque a vida
É um paradoxo constante
Uma luta incessante
Uma peça emocionante
Uma viagem a cada instante
Maria Helena Mota Santos
Quanto mais amadureço
Sinto mais o meu frescor
Quanto mais sofro
Enxergo melhor dentro de mim
Quanto mais ando
Os caminhos ficam abertos
Quanto mais silencio
Ouço melhor as minhas vozes
Quanto mais choro
Mais sorrisos me acompanham
Quanto mais venço obstáculos
A visão do topo aparece
Quanto mais ofereço flores
O meu caminho fica florido
Porque a vida
É um paradoxo constante
Uma luta incessante
Uma peça emocionante
Uma viagem a cada instante
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Onda
(Imagem-Google Imagens)
Vi uma onda irreverente
levando o que era norte
para o infinito azul
Removeu dunas
fez a areia se mover
até o castelo fenecer
Mirou alturas
revezou com o chão
afundou barcos na contramão
Foi sal e maresia
e ensaiou passos de dança
com a ventania
Disfarçou-se de criança
fez piruetas
e ganhou confiança
Perdeu altura
no encontro em alto mar
e começou a declinar
Com a brisa se encantou
e foi em busca
de um novo caso de amor
Maria Helena Mota Santos
Vi uma onda irreverente
levando o que era norte
para o infinito azul
Removeu dunas
fez a areia se mover
até o castelo fenecer
Mirou alturas
revezou com o chão
afundou barcos na contramão
Foi sal e maresia
e ensaiou passos de dança
com a ventania
Disfarçou-se de criança
fez piruetas
e ganhou confiança
Perdeu altura
no encontro em alto mar
e começou a declinar
Com a brisa se encantou
e foi em busca
de um novo caso de amor
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Bailando com a vida
(Imagem-Google Imagens)
Cada um no seu passo
Na conquista de um compasso
Cada um no seu universo
Dentro de um espaço
Cada um com a bagagem
De tudo que recolheu
Cada um com a essência
Do perfume que exala
Todos debaixo do céu
Sujeitos aos seus limites
Todos caminhando juntos
Mesmo em caminhos inversos
Todos sujeitos ao tempo
Mesmo que não haja tempo
Todos com a mesma sina
Mesmo em diversos destinos
Todos bailando com a vida
Mesmo sem passo e sem ritmo
Todos caminhando para o futuro
Em direção ao fim do túnel
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
O parto nosso de cada dia
(Imagem-Google Imagens)
No início de cada manhã
há de se assumir a gravidez dos sentimentos
e não provocar aborto no que é indesejado.
No início de cada manhã
há de se assumir o embrião do ventre da alma
e encará-lo como parte do seu ser.
No início de cada manhã
há de se acompanhar os sinais que vêm de dentro
e acompanhar preventivamente a gestação
para facilitar o trabalho de parto.
No início de cada manhã
há de se escutar os ruídos da alma
com as contrações que vêm de dentro
e facilitar a dilatação dos sentimentos.
No início de cada manhã
há de se aceitar a dor presente
e acarinhá-la para facilitar a passagem
que levará a outro canal da vida.
No início de cada manhã
há de se agradecer por estar pulsando
e abraçar com carinho a dor ou alegria
como parte vital dessa grande travessia.
Maria Helena Mota Santos
09/04/2010
domingo, 12 de agosto de 2012
Pai
(Imagem-Google Imagens)
Pai
Sabe aquela estrela que você apontou pra mim?
Eu a peguei lá no céu e hoje trouxe só pra você.
Pai
Sabe aquela flor que você colheu pra mim?
Eu tirei suas pétalas e hoje enfeitei seu caminho.
Pai
Sabe aquele dia que você enxugou minhas lágrimas?
Eu as transformei em alegria para encantar o seu dia.
Pai
Sabe aquele carinho que você me dá todo dia?
Eu peguei um a um e transformei em amor infinito.
Pai
Sabe aquele sol que você me fez ver após a chuva?
Eu o transformei em holofote para iluminar a sua estrada.
Pai
Sabe aquele dia que você foi plateia quando eu era palco?
Hoje eu me tornei sua plateia e sou só aplausos.
Pai
Sabe aquela prece que você me ensinou a recitar?
Eu a enderecei hoje a Deus para seu caminho guiar.
Maria Helena Mota Santos
sábado, 11 de agosto de 2012
Verdades
(Imagem-Google Imagens)
Verdades sobre mim
são inverdades
que cabem no olhar
de quem me vê
nem sempre o sorriso
é alegria
e o silêncio muitas vezes
é prazer
Quando me vejo
sem a película da ilusão
e enfrento minha mutável
condição
Meus pontos cegos
roubam a cena e me ofuscam
Sempre me vejo
com alguma restrição
Mas se a verdade fosse
tão absoluta
e já nascesse conhecendo
o meu eu
Que graça tinha o viver
sem aprendizado
Se o bom da vida
é ser um eu inacabado!
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
O reverso do caminho
(Google Images))
Só enxergou o verso
Quando ficou em reverso
Só enxergou a flor
Quando sentiu o espinho
Só quando enfrentou o escuro
Que enxergou as estrelas
Só quando soltou o seu grito
Que escutou os seus ecos
Só quando seguiu adiante
Que olhou para trás
Só entendeu o oásis
Quando conheceu o deserto
Só quando engravidou de si mesmo
Que renasceu para a vida
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Intangível
(Imagem-Google Imagens)
Não sei
Pensava saber
Nada sei
Minhas certezas
São incertas
De portas abertas
Minhas verdades
São vulneráveis
Insaciáveis
Mutáveis
Olho para o alto
Do lado de baixo
Vejo estrelas
Inatingíveis
Majestosas
Soberanas
Olho para o lado
Do lado inverso
Vejo gente
Formando versos
Tragando a vida
Nos seus reversos
Olho para dentro
Do lado externo
Vejo a mim
Com a alma alada
Vestida de sonho
Num caminho
Intangível
Sem fim
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Cantinho
(Imagem-Google Imagens)
Eram tantas as viagens
Eram tantas as bagagens
Que parei o trem do tempo
E pedi para descer
Despojei-me do supérfluo
Fiquei mirando o céu azul
Coloquei-me em reverso
E num cantinho me aconcheguei
Fechei os olhos para o óbvio
Troquei lentes viciadas
E no balanço do tempo
Sem ter tempo divaguei
Maria Helena Mota Santos
18/08/2011
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Rio do dia
(Imagem -Google Imagens)
A vida
É uma película sutil
revestida de sonhos
com realidades latentes
É uma fronteira tênue
entre sanidade e loucura
entre alegria e tristeza
É um barco que navega
entres mares e rios
e eventuais chuvas e lágrimas
É uma rota programada
nos ponteiros de uma bússola
sem garantir direção
É navegar o rio do dia
remando sem ter certeza
se fará a travessia
Maria Helena Mota Santos
A vida
É uma película sutil
revestida de sonhos
com realidades latentes
É uma fronteira tênue
entre sanidade e loucura
entre alegria e tristeza
É um barco que navega
entres mares e rios
e eventuais chuvas e lágrimas
É uma rota programada
nos ponteiros de uma bússola
sem garantir direção
É navegar o rio do dia
remando sem ter certeza
se fará a travessia
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
A arte tecida
(Imagem-Google Imagens)
Degustar da vida
os vários sabores
da arte tecida
é deixar de ser ilha
e partilhar a bebida
na amarga doçura
do néctar que cura
as feridas latentes
na alma da gente
Degustar das canções
das emoções contidas
regadas por lágrimas
num céu de sorrisos
e se for preciso
acender a estrela
que de frio apagou
e sentir no desfecho
o desvelo do amor
Maria Helena Mota Santos
domingo, 5 de agosto de 2012
Aprendi com a vida
(Imagem-Google Imagens)
Aprendi tanto
e
tão pouco
diante do que está disposto
nas infinitas possibilidades
dessa vida
Aprendi a olhar
e ver
nas entrelinhas do viver
e
que é no silêncio
que se constroem as armadilhas
Aprendi a sentir
sem falar
o que está a me espreitar
e
que no escuro
posso enxergar melhor a luz
Aprendi a andar
sem caminhar
só pelas vias do pensar
e
que as palavras
têm subterfúgios inimagináveis
Aprendi a amar
sem condição
sem obstruir o coração
e
que amores vêm
e amores vão
Aprendi a abrir as asas
sem direção
voando com o coração
e
que eu sou
um poema em construção
Maria Helena Mota Santos
14/11/2011
sábado, 4 de agosto de 2012
Agora
(Imagem-Google Imagens)
Não sei
O que talvez
Não precise saber
Não sei se a hora é de ir
ou de ficar
É tudo tão difícil
de decifrar
Não sei do amanhã
Nem do depois
Preciso saber
do que ainda não foi?
Quero apenas
não saber
o que não é
da minha hora
Quero o segundo
e o minuto
que convencionamos
de agora
Maria Helena Mota Santos
25/03/2012
Não sei
O que talvez
Não precise saber
Não sei se a hora é de ir
ou de ficar
É tudo tão difícil
de decifrar
Não sei do amanhã
Nem do depois
Preciso saber
do que ainda não foi?
Quero apenas
não saber
o que não é
da minha hora
Quero o segundo
e o minuto
que convencionamos
de agora
Maria Helena Mota Santos
25/03/2012
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Sou eu?
(Imagem-Google Imagens)
Sou ingênua?
Sou menina?
Sou um acorde
com tom da cor da inocência?
Sou um verso
que atrai os reversos?
Sou alvo fácil
por ser um abraço infinito?
Sou uma criança
que na mulher fez morada?
Sou um cálice
de bebida doce ou amarga?
Quem sou eu?
Sou o que penso
ou sou um poema inexato?
Sou uma pessoa feliz
ou sou carente de um abraço?
Quem sou eu?
Sou uma pausa
ou sou um lugar infinito?
Quem sou eu?
Uma asa sem pássaro
ou um pássaro sem ninho?
Um mar bem revolto
ou um coração em desalinho?
Quem sou eu?
Um eu sem você
ou um você com ausência?
Quem sou eu?
Neste vale que se perde de mim
e me traz um sofrer sem fim?
Maria Helena Mota Santos
06/02/2012
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Andança
(Imagem-Google Imagens)
Andava diferente na mesma trilha que caminhara outrora
Escutava os ecos dos seus passos em companhia da aurora
Não chorava, não sorria, nenhum sentimento aparecia
Não havia sonhos, nem encanto e nem magia
No passo rápido abrigava a lentidão das horas
Num tempo que não lhe trouxe glória
Tinha pressa mas não queria correr com o vento
Preferia esperar a inexatidão do tempo
E no paradoxo do viver
Mesclava o escuro da noite com o amanhecer
E entristecia com o sorriso aberto
Embalando as lembranças do seu universo
E, assim, caminhava para o acaso
Sem a certeza de quem se tornou de fato
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Ecos do infinito
(Imagem-Google Imagens)
Nada me sai sem ser réplica
Escuto os sons do mundo
E os reproduzo
Com as lentes de contato
De sonhos
Com realidades
Nada me sai de inédito
Alguém sempre pensou
No que penso
Em algum instante
No infinito tempo
Nada é meu
Nem mesmo eu
Sou compartilhada
Pelo mundo que está fora
E que mora em mim
Nada sou sem as histórias
Contadas e encantadas
Pelos caminhantes do infinito
Maria Helena Mota Santos
Nada me sai sem ser réplica
Escuto os sons do mundo
E os reproduzo
Com as lentes de contato
De sonhos
Com realidades
Nada me sai de inédito
Alguém sempre pensou
No que penso
Em algum instante
No infinito tempo
Nada é meu
Nem mesmo eu
Sou compartilhada
Pelo mundo que está fora
E que mora em mim
Nada sou sem as histórias
Contadas e encantadas
Pelos caminhantes do infinito
Maria Helena Mota Santos
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