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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A máscara do eu


(Imagem-Google Imagens)

Vesti-me de flores
Para atrair a alegria
Andei pelo mundo
E me fiz fantasia

Coloquei uma máscara
Que meu rosto escondeu
Caminhei pela vida
Buscando o meu eu

O eu rebuscado
De tanta inferência
O eu maltratado
Pela obediência

O eu remexido
Pelas dores sentidas
O eu naufragado
Nas lágrimas contidas

Escutei minha voz
E de frente me olhei
Eu era tão simples
E me compliquei

Agora sou várias
Nenhuma delas sou eu
Preciso encontrar
O que em mim se perdeu

Tirei minha máscara
E no espelho me olhei
Examinei o meu rosto
E não me encontrei

No reflexo do espelho
Encontrei uma menina
Que não mais chorava
Que não mais sorria

Peguei-a no colo
E embalei o seu sonho
Ela mora comigo
E não mais a abandono

Maria Helena Mota Santos

23/11/2010

2 comentários:

  1. Helena,

    A máscara de que falas,
    é derme e epiderme,
    é casca de tangerina,
    é batom de menina,
    é glamour,
    é extracto de flor,
    de uma planta do teu jardim,
    é sim,
    é talvez,
    é tudo de uma vez,
    é alma contida,
    é espírito e vida,
    és tu!

    Um abraço despido de máscara,

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  2. Olá, amigo Adriano!
    Como sempre o poeta transborda e sacia a sede de poesia do universo.
    Obrigada por me acompanhar e ser um incentivo!
    Um ótimo final de semana!
    Abraços!

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