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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Afago


(Imagem-Google Imagens)


Preciso que a vida me pegue no colo
E cante uma canção de ninar
A temporada criança está aberta
Preciso com os dias cirandar

Quero sentir as mãos de uma anjo
Com o coração infinito de amor
Que seja um amigo verdadeiro
E siga comigo aonde eu for

Saudade do tempo da infância
Da criança que pouco brincou
Eu a afago e a trago comigo
E a deixo repleta de amor

A melodia que toca meu peito
É suave como canção de ninar
Quando há dissonância no tom
É a criança que vem afinar

Sou um abraço e sou um sorriso
Sou um afago pra quem precisar
Trago em mim um coração alado
De um ser que nasceu para amar

Maria Helena Mota Santos

21/09/2010

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O bordado do tempo


(Imagem-Google Imagens)

Face bordada pela linha do tempo
Linha de todas as cores
Linha de todas as dores
Linha que perpassa o coração

Marcas que contam história
De lutas
De vitórias
De desilusões

Face desenhada pela vida
Alinhavada pelas passagens
E costurada pelas mãos de Deus

Rascunhos de sonhos
Desejados
Realizados
Perdidos
Encantados

Maria Helena Mota Santos

27/08/2010

Morrer em casa



Uma linda e profunda poesia do meu amigo e poeta João Paulo Corumba.

Amanheci sorrindo com dentes mortos
Traído por uma confiança ingênua
Fui acordado pelas mágoas maternas
Estas são para formular lições
Estas são da vida!
Pendurei meu sonho numa estante
Que era um delírio de viver sozinho
Sair do meu mundo, sair de certos muros!
A fonte secou calada
Quis conhecer o mundo e morri em casa
Sem olhar os escândalos, os incêndios noturnos....
As mulheres em trânsito, as crianças dos outros....
Os homens de negócio, e mais algum caos social....
Lá estava eu de olhar esburacado
Sem um fio paterno para obedecer
Só com uma herança bruta de se fechar
Um dia quero morrer longe de casa
E deixar um bilhete como se fosse retrato
Dessa vez com um sorriso pálido
Inconformado com a descoberta do mundo.

João Paulo Corumba

domingo, 29 de janeiro de 2012

O sorriso da tristeza


(Imagem-Google Imagens)

No recorte de um momento na estrada
A alegria é a senha de uma tristeza
Em cada sorriso é acionada uma lágrima
Cada celebração dilacera um coração
E o brinde é feito com taças cheias de dor
Onde o champanhe se faz vinho amargo
E assim na gangorra que é a vida
Um celebra a partida que outro chora
Mas na ciranda dessa roda que é o tempo
Onde a cena se renova e se faz palco
Há um desfecho enquanto o mundo gira
E o que hoje é só tristeza e solidão
Amanhã pode ser o caminho da redenção

Maria Helena Mota Santos

29/01/2011

sábado, 28 de janeiro de 2012

Andança


(Imagem-Google Imagens)

Andava diferente na mesma trilha que caminhara outrora
Escutava os ecos dos seus passos em companhia da aurora
Não chorava, não sorria, nenhum sentimento aparecia
Não havia sonhos, nem encanto e nem magia
No passo rápido abrigava a lentidão das horas
Num tempo que não lhe trouxe glória
Tinha pressa mas não queria correr com o vento
Preferia esperar a inexatidão do tempo
E no paradoxo do viver
Mesclava o escuro da noite com o amanhecer
E entristecia com o sorriso aberto
Embalando as lembranças do seu universo
E, assim, caminhava para o acaso
Sem a certeza de quem se tornou de fato

Maria Helena Mota Santos

Delicadeza


(Imagem-Google Imagens)

Prefiro ser a delicadeza
que vê em cada ser um cristal divino
mesmo que esteja em forma de pedra bruta

Prefiro ser a delicadeza
de um coração sensível e afável
que vê no outro um companheiro na vida

Prefiro ser a delicadeza
que não julga só pelas aparências
e que procura a pedra preciosa de cada ser

Prefiro ser a delicadeza
do perdão que enxerga na luz e na sombra
oportunidades de sabedoria e redenção

Prefiro ser a delicadeza
de uma amizade sincera e incondicional
nessa íngreme estrada de flores que é a vida

Maria Helena Mota Santos

29/09/2010

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Não sei dizer


(Imagem-Google Imagens)

O que dizer
se não se tem palavras
se em cada brecha
entra uma sensação?

O que dizer
de sentimentos novos
que sem pedir licença
invadem o coração?

O que dizer
da insensatez
do momento novo
que invade o agora?

O que dizer
do olhar no espelho
que vê invertida
uma mesma história?

O que dizer do sim
com a máscara do não
e da atemporalidade
que invade o ser?

O que dizer
da linha da vida
que traz um passo a menos
a cada amanhecer?


O que dizer?...
Ah... Não sei dizer!

Maria Helena Mota Santos

15/08/2011

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Pequenina flor


(Imagem-Google Imagens)

Seria uma parte ingênua e romântica
Se não tivesse caído nas mãos do tempo
E não se fizesse dor e sofrimento
E renascesse para outro portal da vida

Seria apenas uma flor de asa pequenina
Que nem tomaria consciência que voa
E se prenderia ao chão por muito tempo
E não conseguiria ultrapassar fronteiras

Foi quando caiu nas mãos do tempo
Das dores e das tempestades
Que conheceu o sol mesclado com chuva
E a brisa misturada com ventania

Conheceu terras áridas e jardins
E espinhos morando em flores
Em busca da paz encontrou guerra
E conheceu as noites sombrias

Nas voltas que o mundo dá
Conheceu a luz e a sombra
Conheceu a imensidão e o vazio
E o rio que virou mar

Nas mãos sábias do tempo
Conheceu lugares imperdíveis
Fez-se canção todo tempo
Com as notas de cada momento

E a parte ingênua abriu asas
E agora voa pelos cantos do mundo
Com a leveza de uma águia
Em busca do eu mais profundo

Maria Helena Mota Santos

16/12/2010

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Companhia


(Imagem-Google Imagens)
Detha Watson(Imagem)


Escutar o eco dos próprios passos
Ser confidente dos próprios desabafos
Ser companhia para a própria solidão
Ser a mão amiga da sua outra mão

Escutar os seus sons adversos
Que ecoam no próprio universo
Ser plateia e palco de uma história
Montada em uma peça um tanto inglória

Escutar as notas tortas de uma canção
Que nasceu do pulsar do coração
E dedilhar os acordes em desalinho
Fazendo no canto do ser o seu ninho

E assim marcar encontro com a alegria
E transformar toda dor em sinergia
E bailar em companhia do sorriso
E descobrir dentro de si o paraíso

Maria Helena Mota Santos

domingo, 22 de janeiro de 2012

Trilha sonora


(Imagem-Google Imagens)

Ouço o canto
de todas as vozes
que foram acordes
na doce melodia
do ser

A trilha sonora
traz tom de saudade
de todas idades
e faz uma escala
em cada cantinho do ser

O coração em partitura
assume notas extremas
e lembranças amenas
suavizam a canção
fazendo o amor florescer

Maria Helena Mota Santos

17/08/2011

Despedida


(Imagem-Google Imagens)


Hoje é dia de partir
para bem longe
do que não se pode insistir
O relógio marcou a hora
da saída
Começou a nascer
o tempo da despedida

É hora de fazer a mala
e deixar o excesso de bagagem
no ontem
Já não há tempo
de levar sentimentos
que impedem
ver o horizonte

Hoje é dia de olhar
no espelho
do futuro que virá
E acreditar que não há dor
que não consiga
nas mãos do tempo
transmutar

E se lá adiante
se perceber
que ainda existe
muita dor
Há um antídoto
bem poderoso
chamado amor

Maria Helena Mota Santos

sábado, 21 de janeiro de 2012

Folhas caídas


(Imagem-Google Imagens)

Acordou e esboçou um sorriso com pausa
Daquele que se pode ler nas entrelinhas
Que a sua origem não foi a alegria
Mas o desafio da superação de uma dor

Levantou e andou com passo lento
Daquele que a sombra fica quase letárgica
Que se percebe a falta de horizonte
Originada de um período de ocaso

Reagiu e balbuciou “Tudo bem”
Daquele que não se traduz energia
Mas que se percebe a falta de certeza
Do que virá num futuro bem próximo

Superou-se e falou "Vou vencer”
Com a força de quem encara sua dor
E pode se perceber uma vibração positiva
Própria de quem quer sair da inércia

Seguiu, olhou em volta, e viu as folhas caídas
Ergueu os olhos e olhou o topo da árvore
Até perceber que as folhas se renovam
Então, com esperança, continuou a viagem

Maria Helena Mota Santos

07/11/2010

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Rabisco


(Imagem-Google Imagens)


Nasci num rabisco
de uma imagem
nas mãos de um pintor
que coloria paisagem

Cresci num quadro
sem moldura
com pincel alado
que me indicava altura

Pintei quadros coloridos
de tons matizados
utilizando a tela mágica
de um mundo encantado

Conheci fronteiras
derrapei no chão
e fiz pinturas
na contramão

Pintei quadros
com as tintas
das lágrimas
do sorriso
do suor
da dor
e da cor
do amor
que há em mim

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Resgate


(Imagem-Google Imagens)

Não
Não foi o que eu esperava
Não foi o que eu planejei
Não foi por isso que lutei

Não
Não sabia se tinha força
Não sabia para onde ir
Não sabia se deveria insistir

Não
Não entendia aquela cena
Não entendia aquele enredo
Não entendia aquele "script"

Sim
Sentia o peso do silêncio
Sentia o "coma" das palavras
Sentia o dilacerar de uma dor

Sim
Rendi-me à contemplação
Rendi-me à meditação
Rendi-me à transformação

Sim
De joelhos conheci o chão
De joelhos olhei para o alto
De joelhos me fiz oração

Sim
A vida nasceu de outra cor
A vida um caminho apontou
A vida meu olhar matizou

Hoje
Sei mais quem eu sou

Maria Helena Mota Santos

17/05/2011

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Nas asas do destino


(Imagem-Google Imagens)

Uma borboleta pousou no meu destino e me convidou a alçar voo pelos jardins.
Pousei nas suas asas coloridas e acordei da letargia do casulo.
Indicou-me caminhos já esquecidos e colocou óculos de outra dimensão.
Acordei de um pesadelo, que era sonho, e suspirei um alívio inesperado.
Belisquei-me e percebi que era eu quem ousava viajar perto do céu.
O sorriso se tornou uma gargalhada e se vestiu de uma leveza esquecida.
Fiz piruetas com as nuvens e aparei gotas de chuva para regar o jardim da minha vida.
A chuva era formada de gotinhas de sol e dava uma cor especial as flores do meu jardim particular.
Soltei os gritos entalados e as correntes que me prendiam a antigas convenções.
Meus pés valsaram no tablado do Universo numa sincronia inesperada.
Ensaiei passos de uma dança esquecida e compus versos que cicatrizavam feridas.
Pude perceber o que já estava escrito e vislumbrei novas ideias para futuras postagens.
E a borboleta, vez por outra, me soltava das asas e um “medo corajoso” não me fazia cair.
Percebi o meu projeto de asas que precisava do lubrificante da coragem.
Acessei minha memória de criança e voei nas asas da minha fantasia.
E rodopiei, dancei, cantei, murmurei e...amei

Maria Helena Mota Santos

06/02/2010

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O sonho da dor


(Imagem-Google Imagens)

A dor
cansou de doer
e dormiu
nos braços do tempo
Sonhou
que era a alegria
e acordou
num novo momento

A dor
viajou pelo tempo
e resgatou
suas partes perdidas
Refez-se
ao encontrar cenas tristes
e curou
as suas feridas

A dor
até se encantou
com a sabedoria
que do seu ventre nasceu
Celebrou
cada ferida exposta
e ao universo
agradeceu

A dor
inverteu o papel
e entendeu
a sua missão
Percebeu
que ela é vital
para ensinar
uma grande lição

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Pássaro ferido


(Imagem-Google Imagens)

Vi um passarinho morto no chão e fiquei comovida.
Hoje passei pelo mesmo lugar e ele continuava ali: inerte, repisado e solitário.
Trouxe-o no coração e o transformei em poesia!


Ontem
Enquanto andava
Vi um passarinho no chão
Morto para a esperança
Inerte para a ilusão

Hoje
Enquanto andava
Vi o passarinho no chão
Ninguém reclamou sua ausência
Sua parceira é a solidão

Um dia teve asas
E viu o céu de pertinho
Hoje conheceu o chão
E a dor de ser sozinho

Voe meu passarinho
Com as asas do pensamento
Encontre seu paraíso
Muito além do firmamento

E se força não tiver
Para além do chão voar
Na minha casa tem um jardim
Onde você pode descansar

Maria Helena Mota Santos

domingo, 15 de janeiro de 2012

Pedido


(Imagem-Google Imagens)

Não me peça
que não chore
Não me peça
que não sofra
Não me peça
que não viva
Não me peça
que não morra

Não me impeça
de ser gente
Não me impeça
de seguir
Não me impeça
de ser eu
Não me impeça
de sorrir

Não há peça
sem roteiro
Não há peça
sem direção
Não há peça
sem o pulso
Do que vem
do coração

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Cadê o violão?


(Imagem-Google Imagens)

Uma linda poesia do meu amigo filósofo, João Corumba!
A poesia está à espera de uma melodia para virar canção!


Cadê o violão
e as pessoas daquela roda?
Cadê a emoção
que sobe, que nos transborda?
Cadê a fantasia?
Ó realidade fria!
Cadê o violão
e a voz do cantor?
Cadê a emoção
e as veias do amor?
Cadê a bateria
da arritmia daquele ser que sentia?
Cadê o criador?
Se fechou, se encurvou, se fez
talento do nada!

João Corumba

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Vida em poema


(Imagem-Google Imagens)

No passado só pude ser
quem eu fui
Não há sombra
que não traga
o reflexo de uma luz

Se de um poema
eu hoje sou um verso
Fui concebida
nos caminhos
adversos

Se sou riso
foi na lágrima
que ancorei
Vivo pintando
cada dia de uma vez

Sou a nota da canção
que não tem fim
Faço a sinfonia
do grande amor
que mora em mim

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Partes de mim


(Imagem-Google Imagens)

Partes de mim estão livres
E fazem redemoinho
No vento das emoções

Partes de mim são aladas
E se emparelham com o tempo
Nas asas da imaginação

Partes de mim são partidas
Que enfrentam tempestades
Em busca de um novo sol

Partes de mim são como águias
Que voam sempre mais alto
Em busca do infinito

Partes de mim são casulos
Que preparam o momento
De ser borboleta no mundo


Maria Helena Mota Santos

27/09/2010

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Escolhas


(Imagem-Google Imagens)

Escolhas
Caminhos que se abrem
E descortinam os momentos

Escolhas
Caminhos que assumimos
E determinam nossa vida

Escolhas
Mosaicos que compõem o piso
Dos caminhos que trilhamos

Escolhas
Que não isentam os indecisos
Que escolheram não escolher
Que sem abrirem as cortinas
Das possibilidades que lhes chegam
Ficam assombrados no presente
E levam fantasmas pro futuro

Escolhas
São caminhos ou atalhos
São bifurcações ou encruzilhadas
São desertos ou oásis
São companheiras da estrada

Escolhas
São vibrações ou são lamentos
São sorrisos ou são gemidos
São asas ou são amarras
São condições do livre arbítrio

Maria Helena Mota Santos

29/06/2010

domingo, 8 de janeiro de 2012

Vestida de poesia


(Imagem-Google Imagens)

Fecho os olhos
Há outros sonhos pra sonhar
Se alguns deles se foram
Coloco outros no lugar

A vida é realidade
Vestida de fantasia
É uma linha tênue
Que segura cada dia

Se acordo e me sinto
Tenho vida ao meu dispor
Só preciso decidir
Qual será a minha cor

Pinto-me de aurora
Ou apenas anoiteço
Mostro a minha cara
Ou me coloco pelo avesso

Se acordo e sinto o pulso
Das sensações que arrebatam
O que antes era amargo
São sabores que me salvam

Se chegar o amanhã
E minha vida me acordar
Vou me vestir de poesia
E sair pra levitar

Maria Helena Mota Santos

05/02/2011

sábado, 7 de janeiro de 2012

Caminho


(Imagem-Google Imagens)

Ao meu filho, Hugo, desejo boa viagem!
Que a nova etapa seja um trampolim para novos saltos!
Voe! O infinito é o limite!
Em que se resumiria a vida se não utilizássemos as asas invisíveis que nos mostram a vida pelo espelho das possibilidades?
Então, filho, busque as peças do seu quebra-cabeça e entre no jogo da vida pra conquistar o que for possível!
A vida é um poema que se escreve diariamente!Capriche no seu!
Você ficará comigo num cantinho especial do coração!

A porta abriu
Agora é por sua conta
Explore o espaço
Aproveite a viagem
Aguce o olhar
Perceba as portas
Embutidas
Invisíveis
Imperdíveis
Que se abrem
Subliminarmente
Nas entrelinhas do tempo
Que se abrem no agora
A porta não tem tranca
Nem a chave é real
Os grilhões são da mente
A liberdade é urgente
A vida passa
De repente

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Tudo está normal


(Imagem-Google Imagens)


Tudo está normal
E nada igual
A ciranda vem
E a ciranda volta
Mas o que foi
Não mais é
E se for
Será de outra cor

Tudo está normal
E nada igual
A vida leva adiante
Abre horizontes
E no olhar para trás
Já não há tudo que ficou
A paisagem
É furta-cor

Maria Helena Mota Santos

15/03/2011

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Bagagem


(Imagem-Google Imagens)

Já não carrego tanta expectativa
A vida é apenas o que levo
Do que salvei lá do passado

Já não carrego tantas dores
Só levo agora a dor latente
Do parto pra outro momento

Já não carrego o que é supérfluo
Só levo agora os seletos momentos
Que me recordam contentamentos

Já não carrego tanta tristeza
Dei-lhe a carta de alforria
E fiz um pacto com a alegria

Já não me levo em pedaços
Juntei meus cristais quebrados
E fiz uma linda fantasia

Já não me olho em outro espelho
Fiz um reflexo de minhas cores
Usando meu próprio espelho

Já não sou alvo da solidão
Preenchi os meus espaços
Com a própria companhia

Já não me perco em pensamentos
Eu os capturo e os absolvo
E os transformo em poesia

Maria Helena Mota Santos

07/01/2011

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Quantas vezes...


(Imagem-Google Imagens)


Quantas vezes fico entre o sonho e a realidade buscando vislumbrar uma outra dimensão!
Quantas vezes me pergunto se a realidade é o que está diante dos meus olhos ou se é o que eu não consigo enxergar!
Quantas vezes fico agarrando sonhos e vou voando com eles para não colocar os pés descalços no chão gelado!
Quantas vezes olho pro céu e vejo as estrelas invisíveis através das nuvens carregadas de escuridão!
Quantas vezes olho sem ver e ouço sem escutar porque fui raptada para um lugar ali adiante que me puxa para o que era antes!
Quantas vezes sou como uma adolescente irreverente mudando o que está pronto para ter o prazer de descobrir o caminho das possibilidades!
Quantas vezes pego borboleta pelo prazer de soltá-la para contemplar o seu voo!
Quantas vezes choro sorrindo e sorrio chorando!
Quantas vezes me pego cantando uma canção que traduz meu pranto!
Quantas vezes acordo a alegria e adormeço a tristeza para aproveitar a chance da vida!
Quantas vezes sou coadjuvante no meu palco e plateia de mim mesma!
Quantas vezes sou tantas outras que não cabem em mim!
Quantas vezes sou inverno no verão e primavera no outono !
Quantas vezes me olho e me espanto com o tamanho da emoção que me faz pulsar amor...amor...amor...

Maria Helena Mota Santos

05/01/2011

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Encontro


(Imagem-Google Imagens)

Pessoas me tocam
sem toque
Com a luz do olhar
me envolvem
A minha escuridão
dissolvem
E as sombras dos dias
removem

São pessoas do meio
da gente
Que do lugar comum
transcendem
E como anjo da guarda
se sentem
E a luz do meu ser
acendem

Maria Helena Mota Santos

domingo, 1 de janeiro de 2012

Calor feito brisa



(Imagem-Google Imagens)

Um calor feito brisa
Invadiu o coração
O calor que degelou
Anos de solidão
O calor que se fez chuva
Fez a esperança florescer
Dissipou todas as nuvens
E fez o sol aparecer
O calor dos sentimentos
Que causou inundação
Um calor inespecífico
Um calor sem medição
O calor da amizade
O calor de uma paixão
O calor de um carinho
O calor de uma canção
Um calor indescritível
O calor da emoção

Maria Helena Mota Santos

13/01/2011