segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Que venha 2013
(Imagem-Google Imagens)
O meu plano para 2013
É simplesmente VIVER!
Quero a delicadeza
Quero a atitude
Quero a alegria
Quero a dor
Quero o prazer
Quero o sorriso
Quero as lágrimas
Quero errar
Quero acertar
Quero aprender
Quero a amizade
Quero a compaixão
Quero o amor
Quero a paz
Quero as possibilidades
Quero a minha humanidade
Maria Helena Mota Santos
domingo, 30 de dezembro de 2012
Carência
(Imagem-Google Imagens)
Careço
do meu silêncio
Careço
da minha paz
Pra me mostrar
um espaço novo
Pra vida
que se refaz
Careço
do meu olhar
pra via
da solidão
Para entender
estas linhas
Da palma
da minha mão
Careço
de ter saudade
de tudo
que já se foi
Careço
de viver o agora
Sem deixar nada
pra depois
Maria Helena Mota Santos
Careço
do meu silêncio
Careço
da minha paz
Pra me mostrar
um espaço novo
Pra vida
que se refaz
Careço
do meu olhar
pra via
da solidão
Para entender
estas linhas
Da palma
da minha mão
Careço
de ter saudade
de tudo
que já se foi
Careço
de viver o agora
Sem deixar nada
pra depois
Maria Helena Mota Santos
sábado, 29 de dezembro de 2012
O despetalar do dia
(Imagem-Google Imagens)
E se no dia que amanhece
Nada for da cor do ontem?
E se no dia que amanhece
Não houver nenhuma cor?
E se no dia que amanhece
A cor da tristeza desbotou?
E se no dia que amanhece
A cor da alegria chegou?
E se no dia que amanhece
O improvável aconteceu?
E se no dia que amanhece
A semente plantada floresceu?
Cada dia é uma pétala
Que deixa rastro na estrada
Cada ser compõe uma flor
Com as pétalas descartadas
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Linha do tempo
(Imagem-Google Imagens)
Não teço
cada dia
com linhas quebradas
pelo tempo
Em cada amanhecer
pego outra linha
e bordo
novo momento
Às vezes
de cores pálidas
Às vezes
de cores firmes
Eu valorizo
cada cor
A cor alegre
e a cor triste
Às vezes
teço pelo avesso
com as mãos trêmulas
de frio
Às vezes
tenho pouca linha
mas encaro
o desafio
Às vezes
penso que teço
um caminho
que escolhi
Mas percebo
que havia esboço
do bordado
que teci
Às vezes
fico perplexa
meus bordados
não reconheço
Mas não deixo
um só dia
Sem tentar
um recomeço
Teço
desde que acordo
e só paro
quando adormeço
Mas em sonho
sou intuída
e pra novo dia
eu amanheço
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Palco e plateia
(Imagem-Google Imagens)
Hoje sou plateia
Mas já fui palco
Experimentei os papeis
possíveis
indesejáveis
imperdíveis
jorrando lágrimas
intermediando silêncios
transbordando sorrisos
Experimentei a alegria
e a impregnei
no meu ser
Experimentei a dor
e a fiz ponte
para o aprendizado
Experimentei a decepção
e não a tornei
uma pista escorregadia
Experimentei a felicidade
e a tornei
minha doce companhia
Experimentei a compaixão
e a convidei
para morar comigo
E na plateia
revivo o palco
no inverso
dos papeis vividos
E na plateia
as cortinas se abrem
e me convidam
para um outro momento
de palco infinito
Maria Helena Mota Santos
Hoje sou plateia
Mas já fui palco
Experimentei os papeis
possíveis
indesejáveis
imperdíveis
jorrando lágrimas
intermediando silêncios
transbordando sorrisos
Experimentei a alegria
e a impregnei
no meu ser
Experimentei a dor
e a fiz ponte
para o aprendizado
Experimentei a decepção
e não a tornei
uma pista escorregadia
Experimentei a felicidade
e a tornei
minha doce companhia
Experimentei a compaixão
e a convidei
para morar comigo
E na plateia
revivo o palco
no inverso
dos papeis vividos
E na plateia
as cortinas se abrem
e me convidam
para um outro momento
de palco infinito
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Rio do dia
(Imagem-Google Imagens)
A vida
É uma película sutil
revestida de sonhos
com realidades latentes
É uma fronteira tênue
entre sanidade e loucura
entre alegria e tristeza
É um barco que navega
entres mares e rios
e eventuais chuvas e lágrimas
É uma rota programada
nos ponteiros de uma bússola
sem garantir direção
É navegar o rio do dia
remando sem ter certeza
se fará a travessia
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Cores da vida
(Imagem-Google Imagens)
(Escrevi Cores da vida, especialmente, para as pessoas que, em contraste com as cores e alegria do Natal, sentem-se num quadro, de cores pálidas, que torna a vida apática.)
Há um quadro pintado em mim
Com uma cor que não planejei
Como mudar o quadro agora
Se com a cor eu não me encantei?
Fiz meu desenho com traços suaves
E um bordado com as linhas do tempo
Fui pintando os espaços vazios
E colorindo todos os momentos
E agora há uma cor neutra e fria
Que destoa com todo meu ser
Eu pintava um dia de sol
E o sol resolveu se esconder
A cor fria não encanta minha alma
Ela fez a minha luz se esconder
Eu preciso encontrar uma forma
De novamente minha luz acender
Vou misturá-la com verde-oliva
E uma alquimia eu vou realizar
Vou retocar os espaços sem vida
E novamente o sol vai brilhar
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Sapatinho na janela
(Imagem-Google Imagens)
Ontem fiquei na minha janela
Esperando Papai Noel passar
Queria saber em primeira mão
Que presente iria ganhar
Lá pelas tantas horas da noite
Que hoje não consigo me lembrar
Ele acenou lá do seu trenó
Até perto de mim aterrissar
Ele me disse que no momento
Tinha um presente pra me dar
Mas não era só para mim
Era pra quem de mim se aproximar
Pegou minha mão suavemente
E me fez com ele caminhar
Vem, quero lhe mostrar o mundo
Pois seu presente vai encontrar
Mostrou-me olhos tristonhos
E muita gente a perambular
Pela escuridão lá dos guetos
Sem ter sonhos pra sonhar
Após um certo percurso
Ele começou a me olhar
E eu com lágrimas nos olhos
Não sabia o que falar
Ele tocou minha cabeça
Dizendo vá se preparar
A terra já está adubada
Agora sonhos vá plantar
O presente que lhe trouxe
Não vai se materializar
Vai depender de quantos sonhos
Você acender em cada olhar
Maria Helena Mota Santos
sábado, 22 de dezembro de 2012
Menina
(Imagem-Google Imagens)
Ainda sou aquela menina
que encontrou a sua imagem
num grande baile de máscaras
Ainda sou a saudade
que se despediu da infância
sem se desfazer dos brinquedos
Ainda sou a liberdade
de pés descalços na vida
em busca de terra desconhecida
Ainda sou aquela menina
vestida da cor do sonho
acordada na realidade
Ainda sou menina peralta
que desfaz caminhos prontos
pra não perder a cor dos dias
Ainda sou menina sorriso
que acha sempre uma graça
Nas teias tecidas na vida
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Miragem
(Imagem-Google Imagens)
Eu amo a miragem
que saiu da imagem
que um dia se quebrou
Eu amo as partes
que catei do chão
e refiz com muito amor
Eu amo o possível
que do impossível
se salvou
Eu amo as chegadas
que se originam
das partidas de um amor
Eu amo porque amo
o que seria
um desamor
Eu amo o fim
que dá início
a nova história de amor
Maria Helena Mota Santos
Eu amo a miragem
que saiu da imagem
que um dia se quebrou
Eu amo as partes
que catei do chão
e refiz com muito amor
Eu amo o possível
que do impossível
se salvou
Eu amo as chegadas
que se originam
das partidas de um amor
Eu amo porque amo
o que seria
um desamor
Eu amo o fim
que dá início
a nova história de amor
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Aquarela
(Imagem-Google Imagens)
Caem-me cores
de colores
na minha tela
de plantão
Caem-me tintas
aquarelas
no caminho
da solidão
Caem-me papéis
bem decorados
com enredos
desfocados
Caem-me ideias
desconexas
à espera
dos meus cuidados
Caem-me sentimentos
tão variados
para encenar
no meu tablado
Caem-me silêncios
tão conturbados
como pausas
nos intervalos
Caem-me vidas
desprovidas
de um nexo
programado
Caem-me suportes
que dão norte
pra continuar
minha viagem
Maria Helena Mota Santos
Caem-me cores
de colores
na minha tela
de plantão
Caem-me tintas
aquarelas
no caminho
da solidão
Caem-me papéis
bem decorados
com enredos
desfocados
Caem-me ideias
desconexas
à espera
dos meus cuidados
Caem-me sentimentos
tão variados
para encenar
no meu tablado
Caem-me silêncios
tão conturbados
como pausas
nos intervalos
Caem-me vidas
desprovidas
de um nexo
programado
Caem-me suportes
que dão norte
pra continuar
minha viagem
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Luzes de Natal
(Google Images)
Eu passava por ali
Passos lentos
Distraída
Pensando na vida
Ele estava lá
Deitado na calçada
Na penumbra da noite
Cabeça apoiada num bornal
Barbas compridas
Pele morena
Roupas surradas
Cabelos opacos
Silhueta magra
Olhos fechados
Rascunho de gente
Olhei para a praça
E as luzes piscavam
Anunciando o Natal
Enquanto a sua luz apagava
As luzes do Natal reluziam
As luzes anunciavam o Salvador
E ele precisava de salvação
As luzes anunciavam confraternização
E ele precisava de um pedaço de pão
As luzes anunciavam o amor
E ele precisava de um cobertor
As luzes intensificavam afetos
E ele precisava de um teto
As luzes anunciavam o Redentor
E ele precisava de amor
Enquanto a sua luz apagava
E as luzes do Natal reluziam
A sua esperança tirava férias
E a solidão assumia o posto
Estava ali naquele dia
Não sabia como seria no outro
E as luzes do Natal que reluziam
Só ofuscavam seu rosto
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Antagonismos
(Imagem-Google Imagens)
Foi quando percebi o todo que descobri a minha exclusividade.
Foi quando estava no meio da multidão que percebi a minha solidão.
Foi quando pensei que estava em terra firme que o chão tremeu.
Foi quando acreditei que estava no fim que tudo começou.
Foi quando me abri em sorrisos que as lágrimas jorraram.
Foi quando mais confiei que conheci a decepção.
Foi quando só tinha amor no peito que a dor apareceu.
Foi quando abri os braços para o mundo que precisei ser acolhida.
Foi quando estava no deserto que apareceram os amigos.
Foi quando estava em pedaços que começou a construção.
Foi quando quase morri que olhei de frente pra vida.
Foi quando tinha motivos para odiar que encontrei razões para amar.
Maria Helena Mota Santos
25/04/2010
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
O silêncio das palavras
(Imagem-Google Imagens)
As palavras se esgotaram
E caíram num poço
Chamado silêncio
Não mais faziam efeitos
E não atravessavam muros
Ouviam o seu próprio eco
E ensurdeciam de solidão
Faziam pares com imagens
Formavam textos
Pincelavam histórias
Não eram reconhecidas
Nem desejadas
No silêncio
Emparelharam-se
E foram ao encontro
Das palavras
Que corriam por dentro
Sem sons
Sem interlocutores
Sem julgamentos
Sem dissabores
Unidas
Escreveram
O silêncio da história
Que iluminava
E enfeitava
O véu da noite
Maria Helena Mota Santos
domingo, 16 de dezembro de 2012
Um peixinho na minha história
(Imagem-Google Imagens)
Olhei pela janela e vi
um lindo domingo de sol!
Que coisa boa!
Fui à praia para uma caminhada.
Comecei a andar,
e vi algo se debatendo.
Ah!
Um peixe naufragou!
Fiquei aflita.
Parei para ajudá-lo.
As ondas iam e vinham,
mas ele não tinha força para ir.
Precisava de ajuda!
Ui!
Que receio de pegá-lo!
E se ele me morder?
Mas este peixe não morde!
Fui ver se arranjava um graveto.
Nada!
Tentei empurrá-lo com o pé.
Não deu!
Medo!
Que vergonha!
Um peixe tão pequeno!
Fui andando e olhando para trás.
De repente, alguém faria o que eu não fiz.
Andei com o peixe, à tiracolo, no coração.
Uma angústia...
Um peso...
Na volta tinha uma esperança:
não encontrar o peixe morto.
Fui me aproximando do lugar...
Uma apreensão tomava conta de mim.
Será que o peixe morreu?
Será que alguém o salvou?
Para minha alegria,
o peixe não estava mais lá.
A onda o levou?
Alguém o salvou?
Não sei!
Provavelmente, nunca saberei.
Aquele minuto não voltará.
E eu não fiz a diferença na vida do peixe.
A única coisa que pude fazer,
foi congelar o peixe numa poesia,
e mostrar para o mundo a minha agonia,
num lindo domingo de sol!
Maria Helena Mota Santos
sábado, 15 de dezembro de 2012
Eu por mim
(Imagem-Google Imagens)
Um dia, quando acordei para vida, eu fiz um esboço pra mim
Rascunhei o meu desenho pretendido para exposiçao no Universo
Identifiquei as tintas que trazia na bagagem
Escutei a primeira melodia que saía de mim
Os tons eram suaves, ternos e alegres
E identifiquei imediatamente as notas do amor
Os braços eram do tamanho de um abraço
Nas mãos trazia sementes das mais variadas espécies
Do meu coração saía um intenso calor humano
Os meus ouvidos captavam sons à distância
O olhar era compassivo e umedecido
E o silêncio era cheio de palavras e metáforas
Nasci da cor da metamorfose
Nasci da cor da amizade
Nasci na cor do amor
Nasci da cor da alegria
Nasci da cor da compaixão
Sou uma poesia itinerante
Em permanente construção
Maria Helena Mota Santos
06/11/2010
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
O que é a vida?
(Imagem-Google Imagens)
A vida é um hábito
De se enxergar
O que se vê todo dia
É embarcar
Em cada porto
Em busca de uma travessia
A vida é um baile de máscara
Que só se revela
No espelho noturno
É uma rua encantada
Onde um mágico invisível
Aponta o mundo
A vida é tudo isso
E tudo aquilo
Que se vê agora
É tudo que poderá vir
Com o pôr do sol
Ou com a aurora
A vida é o que foi
O que é
E o que poderá ser
É uma ciranda que volta
Vestida de esperança
A cada amanhecer
Maria Helena Mota Santos
09/01/2011
A vida é um hábito
De se enxergar
O que se vê todo dia
É embarcar
Em cada porto
Em busca de uma travessia
A vida é um baile de máscara
Que só se revela
No espelho noturno
É uma rua encantada
Onde um mágico invisível
Aponta o mundo
A vida é tudo isso
E tudo aquilo
Que se vê agora
É tudo que poderá vir
Com o pôr do sol
Ou com a aurora
A vida é o que foi
O que é
E o que poderá ser
É uma ciranda que volta
Vestida de esperança
A cada amanhecer
Maria Helena Mota Santos
09/01/2011
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Lembranças
(Google Images)
A cada estrela
uma lembrança
deste tempo
e do tempo da infância
A cada luz
uma fantasia
que anestesia a tristeza
e aciona a alegria
A cada melodia
um acesso à nostalgia
dos tempos de outrora
e cheios de magia
A cada dezembro
explodem emoções
umas trazem euforia
outras trazem solidão
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
A moça e a vida
(Imagem-Google Imagens)
Vejo a moça quieta
enquanto seu coração pulsa
e transcende os limites da pele
Vejo a moça sorrindo
enquanto seu coração sangra
e a dor se dilata em erupções no corpo
Vejo a moça chorando
lágrimas invisíveis e contínuas
que caem nos campos invisíveis do ser
Vejo a moça andando
enquanto seus pés pesam
e deixam marcas no chão
Vejo a moça seguindo
enquanto seus sentidos param
e sua bússola é a solidão
Vejo a moça perplexa
olhando todo cenário
da peça que não escreveu
Vejo a moça atuando
no palco da ilusão
do teatro que lhe impuseram
Vejo a moça, aqui, ali, acolá
em toda parte do mundo
e em outra dimensão
Vejo a moça na dor,
na tristeza, na alegria
no cansaço, na batalha
na coragem, na fé
na garra, no marasmo
na superação, na vitória
na paixão, no amor
na vida
Vejo a moça...
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Voando feliz
(Imagem-Google Imagens)
Se minha lágrima cai respinga no mundo
Se um sorriso se abre enxuga o respingo
Se eu sou tão pequena em relação ao Universo
Com o fermento do amor cresço até o infinito
Se eu ando calada ouço as vozes de dentro
Se eu ando falando o silêncio se instala
Se eu sou obra inédita e de mim não há réplica
Eu preciso ter fé pra vencer a batalha
Se uma estrela cadente se muda do céu
Se eu faço um pedido pra chuva passar
Se a estrela descer enxugando as gotas
Eu já tenho certeza que o sol vai raiar
Se eu estou num cantinho bem particular
Se vislumbro um mundo que vou conquistar
Se na selva não tem animais predadores
Vou mudando de pele e me deixo guiar
Se uma luz me aponta um caminho no mundo
Se uma voz de comando me manda partir
Se eu sou ser alado sem pressa e sem medo
Vou voando feliz num mundo sem fim
Maria Helena Mota Santos
21/05/2010
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Florzinha
(Imagem-Google Imagens)
Se eu fosse uma florzinha
Bem pequena e delicada
Moraria em um jardim
Não pensaria em mais nada
Iria só enfeitar vidas
E alegraria os ambientes
Seria cúmplice dos amantes
E viveria sorridente
Eu transformaria o orvalho
Em bolinhas de sabão
Para alegrar as criancinhas
Que me carregassem na mão
Pegaria cada pétala
E enfeitaria o caminho
De quem tivesse bem triste
E se sentisse sozinho
Não me prenderia aos jarros
Seria uma flor itinerante
Conheceria as estradas
E chegaria ao horizonte
Maria Helena Mota Santos
08/11/2011
domingo, 9 de dezembro de 2012
Novo tempo
(Imagem-Google Imagens)
O novo tempo
cansou de esperar
e envelheceu
Enquanto esperava
colheu sabedoria
e renasceu
O sábio tempo
não mais esperava
o tempo mudar
Não tinha mais tempo
pra esperar
a vida passar
Apenas andava
Apenas sabia
plantar todo dia
Plantava esperança
Plantava amor
Plantava alegria
Maria Helena Mota Santos
O novo tempo
cansou de esperar
e envelheceu
Enquanto esperava
colheu sabedoria
e renasceu
O sábio tempo
não mais esperava
o tempo mudar
Não tinha mais tempo
pra esperar
a vida passar
Apenas andava
Apenas sabia
plantar todo dia
Plantava esperança
Plantava amor
Plantava alegria
Maria Helena Mota Santos
sábado, 8 de dezembro de 2012
Amor da minha vida
(Imagem-Google Imagens)
Amo ver suas asas
livre das amarras
das normas e dos padrões
Amo ver a sua essência
do lado de fora
bailando com a vida
Amo ver seu dia a dia
acompanhado
do seu melhor eu
Amo ver o seu brilho
num mundo no qual
o SER está em colapso
Amo ver a felicidade
exacerbando a vida
nas suas entranhas
Amo ver a alegria e você
numa mesma parceria
com a vida
Amo ver
o seu pássaro livre
voando na imensidão
Amo a sua parte
que se estende
e faz intersecção
em mim...
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Cansei
(Imagem-Google Imagens)
Cansei
Da "inveja boa" e da "mentira branca"
Do “quem acredita SEMPRE alcança”
De tantos sonhos sem realidade
De quem não é amigo de verdade
Cansei
Da saudade que traz solidão
De quem machuca e deixa no chão
Das teias falsas que enredam a vida
De quem só cuida da sua ferida
Cansei
Do cansaço que traz apatia
Das lentes foscas que embaçam os dias
Da andorinha que não faz verão
De ouvir gemidos do meu coração
Cansei
De andar sozinha com a multidão
De acreditar sem fazer restrição
Das palavras "tortas" que pincelam a dor
De qualquer coisa que não seja o amor
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Intangível
(Imagem-Google Imagens)
Não sei
Pensava saber
Nada sei
Minhas certezas
São incertas
De portas abertas
Minhas verdades
São vulneráveis
Insaciáveis
Mutáveis
Olho para o alto
Do lado de baixo
Vejo estrelas
Inatingíveis
Majestosas
Soberanas
Olho para o lado
Do lado inverso
Vejo gente
Formando versos
Tragando a vida
Nos seus reversos
Olho para dentro
Do lado externo
Vejo a mim
Com a alma alada
Vestida de sonho
Num caminho
Intangível
Sem fim
Maria Helena Mota Santos
Não sei
Pensava saber
Nada sei
Minhas certezas
São incertas
De portas abertas
Minhas verdades
São vulneráveis
Insaciáveis
Mutáveis
Olho para o alto
Do lado de baixo
Vejo estrelas
Inatingíveis
Majestosas
Soberanas
Olho para o lado
Do lado inverso
Vejo gente
Formando versos
Tragando a vida
Nos seus reversos
Olho para dentro
Do lado externo
Vejo a mim
Com a alma alada
Vestida de sonho
Num caminho
Intangível
Sem fim
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Paradoxo
(Imagem-Google Imagens)
É quando não se tem quase nada pra dar
que brota o melhor que se tem.
É quando as cortinas se fecham
que o espetáculo de si mesmo acontece.
É quando o barco afunda
que se descobre nadadeiras invisíveis.
É quando se está à beira do abismo
que se descobre os pés voadores.
É quando se está na escuridão da noite
que as estrelas se tornam visíveis.
É quando cai chuva torrencial
que o sol aparece mais quente.
É quando a vida traz as dores
que se descobre a força que se tem.
Maria Helena Mota Santos
07/02/2010
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Vestida de poesia
(Imagem-Google Imagens)
Fecho os olhos
Há outros sonhos pra sonhar
Se alguns deles se foram
Coloco outros no lugar
A vida é realidade
Vestida de fantasia
É uma linha tênue
Que segura cada dia
Se acordo e me sinto
Tenho vida ao meu dispor
Só preciso decidir
Qual será a minha cor
Pinto-me de aurora
Ou apenas anoiteço
Mostro a minha cara
Ou me coloco pelo avesso
Se acordo e sinto o pulso
Das sensações que arrebatam
O que antes era amargo
São sabores que me salvam
Se chegar o amanhã
E minha vida me acordar
Vou me vestir de poesia
E sair pra levitar
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
O mundo gira
(Imagem-Google Imagens)
O que ontem era verdade
Hoje pode ser apenas uma lembrança
Porque a vida é uma roda que gira
E nem sempre se está do lado da luz
Luz e sombra se revezam todo tempo
O que foi um dia ainda poderá ser
Só o tempo é uma caravana que passa
E não dá chance pra quem perdeu a viagem
O que ontem era tristeza
Amanhã pode ser o palco da alegria
Pois as lágrimas são reversos de sorrisos
A dor é o terreno fértil do prazer
E a saudade é um tempero necessário
Para quem embarcou nas teias do amor
O que ontem era fundo do poço
Hoje pode ser um despertar luminoso
Pois quem chega lá no fundo
E conhece o mais profundo
Pode descobrir novas sementes
Dentro do espaço solitário da dor
E nessa ciranda da vida
Cada ser é eco das suas palavras
Cada ser patenteia a sua ação
E cada dor ou amor que se espalha
Vai impregnando seu percurso
Fundamentando o seu discurso
Enquanto a vida segue seu curso
Maria Helena Mota Santos
domingo, 2 de dezembro de 2012
Instante
(Imagem-Google Imagens)
No passar das horas
Que antecedem outro instante
Eu sou um pé adiante
Do que era antes
Sou a interrogação sem pausa
E a possibilidade das reticências
Não marco limites no caminho
O mundo é o meu ninho
Quando não estou nas alturas
A terra é meu porto seguro
Se desço pra superfície
O universo me chama
E algumas vozes clamam
Pra me vestir de infinito
Olho para o chão e fico zonza
Com a habitualidade da dança
Que rodopia no mesmo lugar
E quando olho para o alto
O meu ser já fez o traslado
E me chama pra voar
Maria Helena Mota Santos
sábado, 1 de dezembro de 2012
Não há solidão
(Imagem-Google Imagens)
Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que seja abraço
Que seja abrigo
Em qualquer hora
Quando for preciso
Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que seja sorriso
Que seja esperança
E que seja um ombro
Em qualquer circunstância
Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que seja escuta
Que seja palavra
E seja uma bússola
Na íngreme estrada
Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que retire dos pés
Os grandes espinhos
E enfeite de flores
O nosso caminho
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Cores da vida
(Imagem-Google Imagens)
Estou à procura de uma cor
Que transforme uma tela
Dando um toque especial
De uma linda aquarela
Procuro uma cor marcante
Talvez seja a mais bela
A cor que enfeita o mundo
Quando se está na primavera
Quero uma cor estonteante
Que realize uma alquimia
Que traga em si a mistura
Da tristeza com a alegria
Quero a cor da cor dos olhos
De quem tem amor no coração
Quero a cor que de tão bela
Inspire a mais bela canção
A cor que eu tanto procuro
Nem é quente nem é fria
É a mistura de todas as cores
Que enche o mundo de magia
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Cumplicidade mágica
(Imagem-Google Imagens)
Ela enxugava sua lágrima
Enquanto a dela caía
Uma estrela mudava de lugar
E um pedido ela fazia
Ela embalava sua insônia
E o sono dela se perdia
Partia na cauda de um cometa
Pra buscar a alegria
Ela escutava seu gemido
E o sorriso dela se esvaía
Então fazia uma prece
Pra acabar com a agonia
Ela escutava seu silêncio
E a voz lhe emprestava
Acendia uma estrela
E toda sombra clareava
E quando tudo era tristeza
Era uma mão a afagar
Veio com a missão de ser mãe
Para ao seu lado caminhar
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Amores e Amores
(Imagem-Google Imagens)
Não tenho medo dos amores que se consumam e que se consomem com o tempo.
Tenho medo dos amores que não acontecem fora do coração e nos acompanham, ao longo da vida, queimando no íntimo do ser.
Tenho medo dos amores que não são consumidos pelo cotidiano e crescem puro como na idealização de um sonho.
Tenho medo dos amores que tal como uma sombra acompanham as nossas relações e espreitam a nossa cama.
Tenho medo dos amores que estão entre as relações, mas não se tem como provar porque não é uma traição de fato.
Tenho medo dos amores que ficam intactos no ser e se alimentam e se acendem a cada olhar reacendendo com a chama do tempo.
Tenho medo dos amores velados que nunca serão revelados nem desvelados.
Tenho medo dos amores perfeitos que invalidam o verdadeiro amor que conhece o cotidiano das dores e aflições.
Tenho medo dos amores que se apresentam como salvação nas crises e que aparecem como algo inatingível e infindável.
Tenho medo do amor fruto proibido porque resiste ao longo dos dias.
Tenho medo dos amores que se escondem, na maioria das vezes, usando a máscara da amizade.
Não tenho medo da traição que se efetiva e que atrai uma atitude.
Tenho medo da traição velada que nunca se tem certeza da sua existência e transcende as leis da justiça.
Tenho medo dos amores sem amarras , sem superego e sem fronteiras
Tenho medo do amor platônico que é encoberto pelo medo da realidade.
Não tenho medo da traição que é inerente ao ser humano.
Tenho medo da traição perfeita porque tem álibi e não tem culpa.
Tenho medo dos amores que tiram o ser amado da sua presença sem tirá-lo do seu lado.
Maria Helena Mota Santos
Fev/2009
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Raios de sol
(Imagem-Google Imagens)
Acredito que ao nascer comprei um estoque de raios de sol para gastar nos dias nublados da vida.
Abrindo-me em sorrisos fui caminhando pelas estradas e bifurcações da vida.
Encontrei pelo caminho situações e pessoas que me acrescentaram pelo amor ou pela dor.
Hoje num dia pálido e chuvoso, em pleno verão, não consigo encontrar o meu estoque de raios de sol.
Olho pra dentro, mexo e remexo, contorço-me, vou para lá e para cá ,no canto da alma, e meu estoque parece que acabou, sem aviso prévio.
Concentro-me, mentalizo luz, aciono palavras iluminadas, e as nuvens continuam insistindo em ficar.
Nada se traduz como prenúncio de claridade.
Coloco lentes coloridas, sorrio e abro os braços, num ângulo de cento e oitenta graus, para abraçar a vida.
Olho para o céu na esperança de novas cores e ele permanece da cor da tristeza.
Contorço-me! Não caibo em mim.
Não é da minha natureza essa tristeza intensa que queima no meu peito como fogo ardente em estado de combustão.
Espero! As horas não passam! O telefone não toca! A vida está em coma!
O tempo parece infinito diante do meu desejo de que ele passe rápido.
Vislumbro um novo ano em pleno janeiro da vida.
Saio correndo de mim e vou buscar raios de sol nas calçadas da vida, nas amizades, no amanhecer de cada dia.
Encontro a luz em lugares inesperados.
Nos passantes solitários, nos olhares tristes, na dor da despedida, num olhar pueril, no sorriso inocente de uma criança, num gesto amigo e delicado, na vida....
Resolvi sair do meu caos e passear no caos do mundo e, certamente, renovarei meu estoque de raios de sol.
Maria Helena Mota Santos
04/02/2010
Acredito que ao nascer comprei um estoque de raios de sol para gastar nos dias nublados da vida.
Abrindo-me em sorrisos fui caminhando pelas estradas e bifurcações da vida.
Encontrei pelo caminho situações e pessoas que me acrescentaram pelo amor ou pela dor.
Hoje num dia pálido e chuvoso, em pleno verão, não consigo encontrar o meu estoque de raios de sol.
Olho pra dentro, mexo e remexo, contorço-me, vou para lá e para cá ,no canto da alma, e meu estoque parece que acabou, sem aviso prévio.
Concentro-me, mentalizo luz, aciono palavras iluminadas, e as nuvens continuam insistindo em ficar.
Nada se traduz como prenúncio de claridade.
Coloco lentes coloridas, sorrio e abro os braços, num ângulo de cento e oitenta graus, para abraçar a vida.
Olho para o céu na esperança de novas cores e ele permanece da cor da tristeza.
Contorço-me! Não caibo em mim.
Não é da minha natureza essa tristeza intensa que queima no meu peito como fogo ardente em estado de combustão.
Espero! As horas não passam! O telefone não toca! A vida está em coma!
O tempo parece infinito diante do meu desejo de que ele passe rápido.
Vislumbro um novo ano em pleno janeiro da vida.
Saio correndo de mim e vou buscar raios de sol nas calçadas da vida, nas amizades, no amanhecer de cada dia.
Encontro a luz em lugares inesperados.
Nos passantes solitários, nos olhares tristes, na dor da despedida, num olhar pueril, no sorriso inocente de uma criança, num gesto amigo e delicado, na vida....
Resolvi sair do meu caos e passear no caos do mundo e, certamente, renovarei meu estoque de raios de sol.
Maria Helena Mota Santos
04/02/2010
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Até que a morte nos separe
(Imagem-Google Imagens)
Ele a levava com um carinho imenso
Quase todos os dias
Seus passos lentos e trôpegos
Faziam com que ela marcasse passo
Tinha sido acometida por um AVC
Um dos braços estava paralisado
O seu rosto não tinha mais simetria
Sua fala já não tinha mais sons audíveis
Mas ele a levava todos os dias para ver o sol
Levava consigo uma cadeira de praia
E fazia da praça, em frente ao seu prédio, o seu mar
Ajudava-a a se sentar na cadeira
E ficava ali por um bom tempo
Para que ela pudesse se banhar de sol
Um dia fizera um pacto com ela
“Na alegria, na tristeza
Na saúde, na doença”
E hoje cumpria de uma forma
Que enternecia meu olhar
Observava-os nessas passagens
E esse carinho me inspirava
A acreditar no amor incondicional
No verdadeiro amor
Aquele amor que não se alimenta
Apenas de novos momentos
Mas da renovação
Diante das fases da vida
Diante dos obstáculos
Diante do imprevisível
Aquele amor verdadeiro
Que é companhia
Mesmo quando o outro
Só tem o silêncio
Para dizer suas palavras
Aquele amor infinito
Que pode acontecer
Em qualquer momento
Em qualquer lugar
No coração dos amantes
No coração dos pais
No coração dos amigos
No coração da humanidade
Aquele amor que transcende
E toca no coração de Deus
Maria Helena Mota Santos
17/11/2011
domingo, 25 de novembro de 2012
Faxina da alma
(Imagem-Google Imagens)
Faltam-me palavras para expressar o sentimento que se apoderou de mim neste dia que apenas começa.
O tal sentimento, espreitou-me durante a noite passada e se infiltrou nos meus sonhos , transformando-os num emaranhado de informações que não se apresentaram com clareza à realidade.
Embora as imagens não estivessem nítidas na mente, ao amanhecer, algo dava sinal de que algumas visitas indesejáveis teriam reclamado atenção, durante o sono.
Quando despertei, o meu circuito interno, de mecanismo de defesa , já emitia um sinal de alarde aconselhando um toque de recolher.
Mentalizei pensamentos coloridos e iluminados para contrastar com as cores apresentadas na alvorada.
Mas as visitas me seguiam como se fossem prolongamentos do meu corpo.
Enfrentei-as e aleguei que elas já não seriam necessárias.
No entanto, elas apresentavam uma tese de que ainda eram minhas inquilinas e que eu não poderia despejá-las sem aviso prévio.
Argumentei com veemência, mas foi em vão!
Outros acompanhantes chegaram, em forma de lembranças, para me convencer de que era cedo pra "cantar" vitória sobre a realidade.
Eu me rendi as suas argumentações e deixei que elas atuassem para que pudessem extravasar os resquícios que ainda estavam presentes.
Fiquei na plateia e, perplexa, percebi que o enredo era profundo e que era urgente a apresentação da peça.
Relaxei e deixei fluir as emoções que se traduziam em sorrisos e lágrimas.
Após uma catarse pude enxergar outro portal que me conduzia a um novo caminho.
Na entrada do novo portal fui carregada nos braços da esperança, da fé e do amor.
Maria Helena Mota Santos
Faltam-me palavras para expressar o sentimento que se apoderou de mim neste dia que apenas começa.
O tal sentimento, espreitou-me durante a noite passada e se infiltrou nos meus sonhos , transformando-os num emaranhado de informações que não se apresentaram com clareza à realidade.
Embora as imagens não estivessem nítidas na mente, ao amanhecer, algo dava sinal de que algumas visitas indesejáveis teriam reclamado atenção, durante o sono.
Quando despertei, o meu circuito interno, de mecanismo de defesa , já emitia um sinal de alarde aconselhando um toque de recolher.
Mentalizei pensamentos coloridos e iluminados para contrastar com as cores apresentadas na alvorada.
Mas as visitas me seguiam como se fossem prolongamentos do meu corpo.
Enfrentei-as e aleguei que elas já não seriam necessárias.
No entanto, elas apresentavam uma tese de que ainda eram minhas inquilinas e que eu não poderia despejá-las sem aviso prévio.
Argumentei com veemência, mas foi em vão!
Outros acompanhantes chegaram, em forma de lembranças, para me convencer de que era cedo pra "cantar" vitória sobre a realidade.
Eu me rendi as suas argumentações e deixei que elas atuassem para que pudessem extravasar os resquícios que ainda estavam presentes.
Fiquei na plateia e, perplexa, percebi que o enredo era profundo e que era urgente a apresentação da peça.
Relaxei e deixei fluir as emoções que se traduziam em sorrisos e lágrimas.
Após uma catarse pude enxergar outro portal que me conduzia a um novo caminho.
Na entrada do novo portal fui carregada nos braços da esperança, da fé e do amor.
Maria Helena Mota Santos
sábado, 24 de novembro de 2012
À espera do sol
(Imagem-Google Imagens)
Era assim
quase todos os dias
nos tempos
de inverno
Acordava
o sol se escondia
e eu o sabia lá
amparado pelas nuvens
Esperava
que ele convalescesse
e retornasse
com mais brilho
Esperava
o seu tempo
sem ter tempo
de espera
Já era quase
primavera
e as flores
amarelavam
de anemia
Por vezes
as suas lágrimas
transcendiam as nuvens
e desaguavam em mim
E mesmo assim
eu esperava o sol
se render
à beleza da vida
e aparecer...
Maria Helena Mota Santos
Era assim
quase todos os dias
nos tempos
de inverno
Acordava
o sol se escondia
e eu o sabia lá
amparado pelas nuvens
Esperava
que ele convalescesse
e retornasse
com mais brilho
Esperava
o seu tempo
sem ter tempo
de espera
Já era quase
primavera
e as flores
amarelavam
de anemia
Por vezes
as suas lágrimas
transcendiam as nuvens
e desaguavam em mim
E mesmo assim
eu esperava o sol
se render
à beleza da vida
e aparecer...
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Renascer
(Imagem-Google Imagens)
Ainda dá tempo de recuperar o encanto e seduzir a vida por aí afora.
O frescor que vem de dentro hidrata os poros e favorece a segunda pele.
A criança interior coloca o olho na fechadura e faz festa com as novas possibilidades de pintar o sete com a vida.
E a porta da alma se abre após um tempo de clausura nas teias do sofrimento.
A alma leve e esbelta levita e apura o olhar na visão do ângulo das alturas.
As lições aprendidas entram no portal da sabedoria e favorecem viagens mais seguras.
O amor intacto ,na sua essência, alimenta o olhar embevecido e deslumbrado com a beleza da vida.
Cada dia traz o renascer e as possibilidades infinitas de gastar cada segundo.
O próximo dia é utopia que se transformará em realidade quando entrar no portal do agora.
E os dias se desenrolam e se desvelam e se tornam história.
E a história ganha uma nova página cada dia.
E a cada dia é escrita uma poesia do cotidiano com as tintas do sentimento.
E a vida continua fascinante e alicerçada no passo do hoje e no mistério do amanhã.
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
A arte tecida
(Imagem-Google Imagens)
Degustar da vida
os vários sabores
da arte tecida
é deixar de ser ilha
e partilhar a bebida
na amarga doçura
do néctar que cura
as feridas latentes
na alma da gente
Degustar das canções
das emoções contidas
regadas por lágrimas
num céu de sorrisos
e se for preciso
acender a estrela
que de frio apagou
e sentir no desfecho
o desvelo do amor
Maria Helena Mota Santos
Degustar da vida
os vários sabores
da arte tecida
é deixar de ser ilha
e partilhar a bebida
na amarga doçura
do néctar que cura
as feridas latentes
na alma da gente
Degustar das canções
das emoções contidas
regadas por lágrimas
num céu de sorrisos
e se for preciso
acender a estrela
que de frio apagou
e sentir no desfecho
o desvelo do amor
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Busca
(Imagem-Google Imagens)
Enfim
partiu
e não se deixou ficar
Enfim
buscou
o que não conseguiu encontrar
Enfim
cedeu
e parou de questionar
se era dor
se era marasmo
se era hábito
ou amor de fato
Enfim
fechou as fronteiras
do coração alado
Enfim
ensurdeceu o grito
que ecoava no descampado
Enfim
sonhou com um mundo novo
e caminhou sem direção
Enfim
capturou o tempo
e congelou numa canção
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 20 de novembro de 2012
O encanto de ser
(Imagem-Google Imagens)
Tinha as asas de um pássaro e pousou perto do céu
Escolheu uma estrela e a trouxe pra sua estrada
Pegou uma nuvem branca e se deitou sobre ela
Brincou com o sol e bronzeou os seus dias
Esperou pela lua e a fez iluminar suas noites
Encontrou um cometa e embarcou na sua cauda
Encantou-se com Saturno e usou o seu anel
Encontrou um arco-íris e ganhou um pote de ouro
Viu o esboço de Deus e desenhou sua fé
Tinha os olhos coloridos e enxergou o invisível
Escolheu ver as cores nos quadros neutros da face
Pegou uma varinha mágica e encantou corações
Brincou com a incerteza e enfrentou a viagem
Esperou a alegria e dispensou a tristeza
Encontrou um atalho e preferiu um caminho
Encantou-se com a vida e enfrentou os percalços
Encontrou um anjo e herdou sua leveza
Viu o esboço de Deus e desenhou seu amor
Maria Helena Mota Santos
Tinha as asas de um pássaro e pousou perto do céu
Escolheu uma estrela e a trouxe pra sua estrada
Pegou uma nuvem branca e se deitou sobre ela
Brincou com o sol e bronzeou os seus dias
Esperou pela lua e a fez iluminar suas noites
Encontrou um cometa e embarcou na sua cauda
Encantou-se com Saturno e usou o seu anel
Encontrou um arco-íris e ganhou um pote de ouro
Viu o esboço de Deus e desenhou sua fé
Tinha os olhos coloridos e enxergou o invisível
Escolheu ver as cores nos quadros neutros da face
Pegou uma varinha mágica e encantou corações
Brincou com a incerteza e enfrentou a viagem
Esperou a alegria e dispensou a tristeza
Encontrou um atalho e preferiu um caminho
Encantou-se com a vida e enfrentou os percalços
Encontrou um anjo e herdou sua leveza
Viu o esboço de Deus e desenhou seu amor
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Meu retrato
(Imagem-Google Imagens)
Abandonei um par de lentes
Que ganhei lá no passado
Com elas eu via o esboço
Do meu retrato borrado
As lentes do meu passado
Tinham manual de instrução
Que prometia com o tempo
Aperfeiçoar minha visão
Usando as duas lentes
Tive meu olhar viciado
Eu seguia só uma reta
Nem olhava para o lado
Um dia lá pela noite
No colo da solidão
Meus olhos indignados
Fizeram revolução
Foram noites mal dormidas
E dias mal acordados
Mas a rebelião aconteceu
E as lentes se ajustaram
Olhei nos olhos do tempo
E com alegria percebi
Um retrato bem pintado
Que a vida fez de mim
Nunca tinha me visto antes
Da forma que vejo agora
Sou um retrato pintado
Com as tintas de cada hora
Hoje busco as minhas tintas
Pra pintar os novos quadros
Vivo nas asas do universo
Criando meus matizados
Maria Helena Mota Santos
sábado, 17 de novembro de 2012
O princípio e o fim
(Imagem-Google Imagens)
O princípio e o fim
Intercalam o meio
Onde tudo acontece
Na ilusão do amanhã
Delega-se ao depois
A tarefa do agora
Ser feliz é lá adiante
E o hoje é embaçado
Pela visão do futuro
Busca-se a profecia
Do que vai acontecer
Nos dias que virão
Na correria frenética
O real é o passado
E o presente é invisível
E a vida se esvai
Numa linha imprecisa
Que um dia se desfaz
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Amar
(Imagem-Google Imagens)
Amar
o impossível amar
e semear a luz
de um doce olhar
Amar
o infinito ser
e semear concórdia
pra não anoitecer
Amar
o que está à margem
e estender a mão
pra seguir viagem
Amar
o rastro da escuridão
e infiltrar luz
pra salvar o irmão
Amar
um amor salvador
e deixar aqui na terra
um jardim pleno de amor
Maria Helena Mota Santos
Amar
o impossível amar
e semear a luz
de um doce olhar
Amar
o infinito ser
e semear concórdia
pra não anoitecer
Amar
o que está à margem
e estender a mão
pra seguir viagem
Amar
o rastro da escuridão
e infiltrar luz
pra salvar o irmão
Amar
um amor salvador
e deixar aqui na terra
um jardim pleno de amor
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Efêmero
(Imagem-Google Imagens)
Após o efêmero vem o gosto cinza da realidade, o despertar amargo, a lentidão dos músculos e o olhar opaco.
Após o efêmero, o dia fica da cor da Alma, agora incolor, e os ruídos da alegria postiça do ontem ecoam como uma tristeza oculta sem pressa de aterrissar e levantar voo.
Após o efêmero as flores parecem murchas. O tempo parece ter parado com o dia e dança uma valsa anêmica no pôr do sol da hora da saudade. Os pássaros acompanham a dança piando seu choro lânguido.
Após o efêmero, o amor não parece reluzir e nem os estímulos estimulam. Catam-se detalhes e se balbuciam palavras soltas e preguiçosas, como se nada mais pudesse jorrar da Alma. É como se o reservatório da alegria tivesse esgotado e toda reserva fosse para o túnel da tristeza.
Após o efêmero, a primavera parece sem flor e sem cor. A dor dói sem arte. Ela faz ressonância no lado esquerdo do peito e nem se sabe se é dor ou se uma pausa da euforia.
Após o efêmero, não há encontro. Os sentimentos desfilam, mas não se identificam. Não se sabe qual a cor, a idade, a procedência e a vida útil. Só se sabe que esses sentimentos não são precursores da alegria.
Após o efêmero, vive-se apenas o morrer da fantasia que se usou nos carnavais da vida.
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Vida em poema
(Imagem-Google Imagens)
No passado só pude ser
quem eu fui
Não há sombra
que não traga
o reflexo de uma luz
Se de um poema
eu hoje sou um verso
Fui concebida
nos caminhos
adversos
Se sou riso
foi na lágrima
que ancorei
Vivo pintando
cada dia de uma vez
Sou a nota da canção
que não tem fim
Faço a sinfonia
do grande amor
que mora em mim
Maria Helena Mota Santos
No passado só pude ser
quem eu fui
Não há sombra
que não traga
o reflexo de uma luz
Se de um poema
eu hoje sou um verso
Fui concebida
nos caminhos
adversos
Se sou riso
foi na lágrima
que ancorei
Vivo pintando
cada dia de uma vez
Sou a nota da canção
que não tem fim
Faço a sinfonia
do grande amor
que mora em mim
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Atitude
(Imagem-Google Imagens)
Prefiro ser a ausência
Do que a presença não consentida
Prefiro a distância que aproxima
Do que a proximidade que afasta
Prefiro caminhar sozinha
Do que ser eco de outros passos
Prefiro chorar minhas lágrimas
Do que sufocar meu sorriso
Prefiro encarar minha dor
Do que maquiar o prazer
Prefiro enfrentar a verdade
Do que me aliar à mentira
Prefiro sofrer decepção
Do que me prevenir do amigo
Prefiro a lentidão dos minutos
Do que embriagar minhas horas
Prefiro esperar o meu tempo
Do que abortar uma vida
Maria Helena Mota Santos
Prefiro ser a ausência
Do que a presença não consentida
Prefiro a distância que aproxima
Do que a proximidade que afasta
Prefiro caminhar sozinha
Do que ser eco de outros passos
Prefiro chorar minhas lágrimas
Do que sufocar meu sorriso
Prefiro encarar minha dor
Do que maquiar o prazer
Prefiro enfrentar a verdade
Do que me aliar à mentira
Prefiro sofrer decepção
Do que me prevenir do amigo
Prefiro a lentidão dos minutos
Do que embriagar minhas horas
Prefiro esperar o meu tempo
Do que abortar uma vida
Maria Helena Mota Santos
domingo, 11 de novembro de 2012
Verso e reverso
(Imagem-Google Imagens)
Um fiapo de sombra
invadiu a luz
fez rebelião
raptou a alegria
convocou a agonia
fez ameaças à paz
feriu a pureza
embotou a ternura
embaçou a felicidade
e fez de refém
uma vida
Um exército salvador
espreitou a sombra
estudou seus efeitos
aparou as lágrimas
injetou o silêncio
mediou a reflexão
cuidou das feridas
convocou a sabedoria
recuperou a alegria
e trouxe de volta
uma vida
Maria Helena Mota Santos
Um fiapo de sombra
invadiu a luz
fez rebelião
raptou a alegria
convocou a agonia
fez ameaças à paz
feriu a pureza
embotou a ternura
embaçou a felicidade
e fez de refém
uma vida
Um exército salvador
espreitou a sombra
estudou seus efeitos
aparou as lágrimas
injetou o silêncio
mediou a reflexão
cuidou das feridas
convocou a sabedoria
recuperou a alegria
e trouxe de volta
uma vida
Maria Helena Mota Santos
sábado, 10 de novembro de 2012
Falar ou calar?
(Imagem-Google Imagens)
Se eu calo as vozes me sufocam
Se eu falo o silêncio me atordoa
Falar?
Calar?
O que é falar?
O que é calar?
Se às vezes falo muito no silêncio
e digo pouco com as palavras?
Como dizer no tempo certo
o que é pra se dizer?
Como calar no tempo certo
o que não é pra se falar?
Onde está o justo equilíbrio?
Que elo existe na fronteira
do falar e do calar?
Elo do bom senso?
Elo da experiência?
Elo da sabedoria?
Elo da generosidade?
Elo da empatia?
Elo do amor?
O que é falar?
O que é calar?
Maria Helena Mota Santos
Se eu calo as vozes me sufocam
Se eu falo o silêncio me atordoa
Falar?
Calar?
O que é falar?
O que é calar?
Se às vezes falo muito no silêncio
e digo pouco com as palavras?
Como dizer no tempo certo
o que é pra se dizer?
Como calar no tempo certo
o que não é pra se falar?
Onde está o justo equilíbrio?
Que elo existe na fronteira
do falar e do calar?
Elo do bom senso?
Elo da experiência?
Elo da sabedoria?
Elo da generosidade?
Elo da empatia?
Elo do amor?
O que é falar?
O que é calar?
Maria Helena Mota Santos
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