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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Entre nuvens


(Imagem-Google Imagens)

“Com o sol que estava fazendo hoje, quem diria que ia chover?”
Ao escutar esse murmúrio no mundo foi inevitável essa divagação:
A imprevisibilidade é a marca registrada do estar no mundo.
Percebo que estou embaixo de um céu que me serve de útero.
Eu sou embrião da eternidade.
Alguém do outro lado, certamente, está grávido de mim.
A minha contagem começou a ser regressiva desde que fui concebida.
Sou itinerante e estou em viagem permanente.
O meu parto acontecerá ,inevitavelmente, em um dia impreciso.
O parto de lá pra cá se chama de vida e o de cá pra lá se chama de morte.
Mas é tudo face da mesma moeda.
Só sei que um dia terei que partir sem a minha prévia autorização.
Ficarei em "coma" para a vida e presente na lembrança das pessoas que amei.
Mas as marcas que deixarei não foram feitas só pelo caminho do amor.
Há pessoas que ficarão marcadas pelo caminho da dor que causei.
O quanto ficará de mim aqui quando me for?
Ficará a alegria ou a tristeza que semeei?
As lágrimas que fiz cair ou as lágrimas que enxuguei?
A desunião que provoquei ou a reconciliação que intermediei?
A inimizade que disseminei ou a amizade que cultivei?
A dor que causei ou as feridas que curei?
Não sei o quanto de mim terei doado quando me for.
Só quero que as pessoas de mim se lembrem,
Como um ser humano que, acima de tudo, amou!

Maria Helena Mota Santos

16/02/2010


Amigo, desde qe eu escrevi o "Entre nuvens" eu sentia falta de um pouco de leveza.
Eis que você veio e com a sua interação deu um toque suave ao meu escrito!
Obrigada!


Quanta filosofia, quanta verdade,
até aos cinquenta, subimos a montanha,
depois,é sempre a descer
e,
ousamos dizer,
para baixo, todos os santos ajudam.
Porém, com um amor tamanho
recuso-me aceitar,
prefiro cantar,
a chorar,
rir de mim
até ao fim.
No entretanto, venha chuva, sol ou vento.
Eu, aguento!
Se ficar aquém dos noventa,
nada a dizer,
Se passar, que o faça contente.
Não tenho pressa, mas quando tiver que ser,
paciência,
Gostava de ser lembrado com bonança,
e, ficar na lembrança,
de quem apostou tudo na esperança,
e, usou a muleta da confiança.
Velhinho, mas não criança.
Ora, vamos lá na dança.

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

3 comentários:

  1. Nossa,triste,parece, despedida...
    http://simonebastos2007.blogspot.com/

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  2. O importante que o novo sempre vem estamos sempre nos renovando é a vida...
    Tudo de bom em tudo e sempre

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  3. Helena,

    Quanta filosofia, quanta verdade,
    até aos cinquenta, subimos a montanha,
    depois,é sempre a descer
    e,
    ousamos dizer,
    para baixo, todos os santos ajudam.
    Porém, com um amor tamanho
    recuso-me aceitar,
    prefiro cantar,
    a chorar,
    rir de mim
    até ao fim.
    No entretanto, venha chuva, sol ou vento.
    Eu, aguento!
    Se ficar aquém dos noventa,
    nada a dizer,
    Se passar, que o faça contente.
    Não tenho pressa, mas quando tiver que ser,
    paciência,
    Gostava de ser lembrado com bonança,
    e, ficar na lembrança,
    de quem apostou tudo na esperança,
    e, usou a muleta da confiança.
    Velhinho, mas não criança.
    Ora, vamos lá na dança.

    Um abraço

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