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sábado, 3 de setembro de 2011

Da minha janela


(Imagem-Google Imagens)

Da minha janela posso ver
Uma senhora numa rua distante
Blusa preta e saia cinza
Cabelo preso
Sandália rasteira
Passos lentos
Aparente solidão à bordo

Parece levar consigo
Lembranças das suas dores
Lembranças dos seu amores
Lembranças da juventude
Lembranças dos dias felizes
E tantas lembranças perdidas
No arquivo das recordações

Andar de quem rema com a vida
De quem parece não saber o destino
Andar de “tanto faz”

Indiferente ao meu olhar
Sem mesmo saber que eu existo
Ela continua seguindo

Não leva uma bolsa
Não leva bagagem
Mas não parece ter leveza
Não aparenta ter acordo com a paz

Fico observando seus passos...

Dela, nada sei
Dela, eu apenas sei
Que segue em frente e nada mais.

Maria Helena Mota Santos


Interação feita com muita sensibilidade pelo meu amigo Adriano.
Obrigada pela companhia poética!



Da minha janela,não!
Do meu sótão,
lá bem no fundo
encontrei,
um terço da minha avó.
Remexendo, lá mais no fundo,
encontrei muitas verdades,
embrulhadas em outras histórias.
Peguei no terço, limpei o pó.
No sótão do meu imaginário,
arrumado lá bem num canto,
peguei de novo no terço,
em silêncio,
rezei,cantei e, até chorei
de tanto remexer.
Sem querer, deixei
cair no chão,
lembranças de um passado,
presas em teias de aranha,
que me sorriram de espanto.
Entrelaçadas, nesse fio,
nascido de um trama,
urdida com muito encanto,
sem pressas ou, preocupações.
Remexendo, lá bem no fundo
reencontrei-me num fio de prumo,
neste ser
que sou eu,
um genérico do mais profundo

Adriano
Blog Fatimawines(http://fatimawinews.blogspot.com)

8 comentários:

  1. Olá, Maria Helena!
    Como sempre, com belas e encantadoras poesias, nos lembrando de temas tão raros e preciosos da vida!
    Afinal, não jogamos com cartas marcadas! Em razão desse olhar profundo sobre a vida é que reforço a expressão "psicóloga de coração". No meu modo de pensar, você nasceu assim!!
    Deus foi muito generoso contigo!
    Um forte abraço!
    Jeanne

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  2. OI Maria Helena,
    Adorei a sua análise de um ser humanao que vc não conhece, mas parece compreeender com tanto carinho ...
    Tem sorteio de um livro no blog. Participe e seja feliz!
    Beijos 1000 e um ótimo final de semana para vc.


    http://www.gosto-disto.com/2011/09/sorteio-do-livro-felicidade-giveway.html

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  3. Jeanne, eu amo o qe você escreve! Suas palavras são cheias de um carinho especial que me faz muito bem. Após ler sua mensagem fico sempre mais leve! Você tem um poder de se expressar de uma forma suave e sábia! Obrigada! Um ótimo final de semana!

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  4. Menina, você a cada dia cria coisas mais lindas que a outra!
    Quanta criatividade e sensibilidade.
    bjs cariocas

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  5. Ah! Maria Helena é que você não sabe o quanto tens me ajudado na busca do auto-conhecimento!
    Esse sentimento mútuo, esse reencontro não foi por acaso. Esse carinho surgiu de forma despretensiosa e espontânea!
    Você tem uma luz muito forte!
    Você conduz muito bem essa fonte inesgotável de sabedoria!
    Beijos
    Jeanne

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  6. Olá amiga!!!
    Voltando a ativa depois de semanas sem poder entrar por está sem tempo, motivo muito trabalho e sem hora para entrar por aqui.
    O retorno após esses dias se torna um agradável momento, pois você sabe dizer em poemos o que queremos ouvir "ler".
    Abraço

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  7. Maria Helena, bela poesia. Sempre digo que de uma janela podemos fazer histórias.
    Um beijo grande

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  8. Helena,

    Da minha janela,não!
    Do meu sótão,
    lá bem no fundo
    encontrei,
    um terço da minha avó.
    Remexendo, lá mais no fundo,
    encontrei muitas verdades,
    embrulhadas em outras histórias.
    Peguei no terço, limpei o pó.
    No sótão do meu imaginário,
    arrumado lá bem num canto,
    peguei de novo no terço,
    em silêncio,
    rezei,cantei e, até chorei
    de tanto remexer.
    Sem querer, deixei
    cair no chão,
    lembranças de um passado,
    presas em teias de aranha,
    que me sorriram de espanto.
    Entrelaçadas, nesse fio,
    nascido de um trama,
    urdida com muito encanto,
    sem pressas ou, preocupações.
    Remexendo, lá bem no fundo
    reencontrei-me num fio de prumo,
    neste ser
    que sou eu,
    um genérico do mais profundo.

    Um abraço, com voto de bom Domingo.

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