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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Andanças


(Imagem-Google Imagens)

Andava diferente na mesma trilha que caminhara outrora
Escutava os ecos dos seus passos em companhia do alvorecer
Não chorava, não sorria, nenhum sentimento surgia
No passo rápido abrigava a lentidão das horas
Tinha pressa, mas não queria correr com o vento
Preferia esperar a inexatidão do tempo
O orvalho, por vezes , lhe causava surpresa
Quando no abrigo dos seus olhos congelavam
Causando uma certa irritação ocular
Até degelarem com os raios de sol
Ouvia pássaros internos e despertos
E escutava sons inaudíveis, imperceptíveis
Conversava com seus ruídos
Sem precisar usar os seus sentidos
Expressava uma serenidade paradoxal e absurda
Que contrastava com a guerra dos seus mundos
Sem teto buscava abrigo no infinito
Fazendo pausas se fosse preciso
Enfim, sentia-se um recorte de um momento
Que ficara guardado no arquivo do tempo

Maria Helena Mota Santos

4 comentários:

  1. Olá Maria Helena,

    Ao ler a sua poesia, senti-me alguém vagueando por aí, livre e sem destino. Mas do outro lado, espera-me a vida.
    Me faça uma visitinha. Obrigada.

    Abraços de luz.

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  2. Nossas andanças nos levam aonde nosso coração insiste em chegar,lindo poema, amei, beijos

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  3. Helena,

    O nosso Camões disse:"A vida é feita de mudanças."
    Ao ler este seu poema, lembrou-me um artigo bem recente publicado no Época,que dizia que muitas vezes, as pessoas ouvem mal sem terem necessidade de usarem aparelhos auditivos,ou vêem mal sem necessitarem de óculos.É um paradoxo dos tempos. Abraços

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  4. Um recorte no momento...Diferente, incerto e necessariamente vida pra ser vivida...Beijo amiga linda.

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