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quarta-feira, 4 de maio de 2011

A flor e o espinho


(Imagem-Google Imagens)

Era uma vez uma mulher que tinha a ingenuidade de uma menina e, de repente, foi convidada a acordar de um sonho encantado.
Acordou assustada, esfregando os olhos, pra ver melhor o que estava por detrás das cortinas daquele palco e cenário que lhe indicaram.
Percebeu um cenário disforme e seus olhos não acreditavam naquela peça que escreveram pra que ela representasse, sem terem pedido a sua permissão.
Não tinha mais volta. Já estava acordada. O susto era real. Já estava no palco. A plateia já estava presente! Todos já sabiam que ela era coadjuvante de uma história que fora escrita com pinceladas de silêncio!
Nem precisou se beliscar pra ter certeza que a história era real. Teve que representar! Já não tinha escolha!
Escolheram por ela enquanto, com abraços silenciosos e manifestações de apreço, embalavam seus dias de sonho.
E ela que vivia num palco encantado só tinha percebido, no jardim da vida, a beleza da flor. Faltava aprender uma grande lição: algumas flores têm espinhos mesmo que estejam nas “entrelinhas do sorriso”.
Negou o espinho e o cenário. Ficou estática! Ficou perplexa! Ficou em “coma” emocional.
Aquela flor tinha enfeitado sua vida por longos anos. Era inacreditável que tivesse espinhos imperceptíveis!
Após o primeiro momento, a dor provocada, despertou-a para a selva.
E ela atônita procurou o ombro de si mesma. Não conseguia verbalizar tamanha dor.
Foram dias de chuvas torrenciais que inundaram o seu jardim florido.
Mas as cortinas novamente se abriram e o diretor cobrou a sua atuação.
Ela fora obrigada a entrar no palco com o coração em pedaços. E sua alma tímida quase abortou com a exposição.
Mas ela se encantou com a dor e o parto aconteceu! Com a ajuda das flores da amizade ,de jardins bem próximos e distantes ,transformou a dor numa mágica ponte para um renascimento.
E, sobreviveu...
E já ensaia projetos de viver a vida intensamente!

Era uma vez... e a história continua...


Maria Helena Mota Santos

09/02/2010

Um comentário:

  1. É isso mesmo e a vida continua, mesmo sem querermos que as coisas fluam de acordo com os diretores falando e gesticulando o que deveríamos fazer.
    Por isso que é bom vir aqui, encontramos só coisas escritas que nos remete a vida cotidiana.
    Um grande abraço.

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