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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Encontro Marcado


(Imagem-Google Imagens)

O mundo desaparece
As vozes silenciam
E tudo se resume
A uma só companhia

Os sentidos se entrelaçam
Em clima de comunhão
Os olhos tocam a alma
E invadem o coração

O encontro está marcado
Numa estrada sem fronteira
A história de um instante
Vale por uma vida inteira

Não há nada que atrapalhe
Ou que cause sofrimento
Tudo é da cor do amor
No recorte do momento


Maria Helena Mota Santos

Feliz aniversário, Luciano!



Ludhi,

Não creio ter sido por acaso que a vida nos juntou. Acho que ela tinha um propósito de enfeitar mais o jardim da minha vida, com a sua presença.
Em você, Luciano, eu encontro uma fortaleza e uma determinação raras que, com certeza, servem de luz para muitos caminhantes da estrada.
Desde a sua chegada na minha vida que eu percebi o seu carisma, sua inteligência e a sua sensibilidade.
Fico imensamente feliz porque você soube utilizar esses dons como trampolim para o seu sucesso.
Que hoje, no dia do seu aniversário, você possa experimentar uma alegria que toque o céu e o coração de Deus.
Você é um presente na minha vida!
Obrigada por existir!

FELIZ ANIVERSÁRIO!

Tia Helena

MENSAGEM DE LUCIANO

Poxa, tia Helena, que palavras lindas! Sou eu quem tenho que agradecer a Deus por tê-la colocado em minha vida...com a senhora, minha vida se tornou muito mais interessante! Muito obrigado pelos inúmeros momentos felizes que a senhora já me proporcionou e que ainda certamente me proporcionará viver! Te amo, incondicionalmente!

Enorme beijo do filho do coração que tanto lhe admira!


Nossa, que privilégio ser o tópico principal de seu blog de hoje, viu...fiquei emocionado quando vi! Ganhei meu dia! kkkkkkkkk

Te amooooooo...

Luciano Menezes

sábado, 28 de maio de 2011

Recomeço


(Imagem-Google Imagens)

Só agora
Pude ver
A beleza do caminho
Que desenha o meu rastro

Só agora
Pude entender
Que é preciso ir adiante
Pra salvar o que se foi

O que se foi
Faz-se presente
Na via paralela
Em companhia da saudade

O que se foi
Revestiu-se de lembrança
Que aquece o caminho
E antecede o recomeço

O que virá
Trará um início de etapa
Sem o vício da rotina
Que relativiza sentimentos

O que virá
Trará a magia da mudança
Que acende emoções
No pulsar do coração


Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Versos adormecidos


(Imagem-Google Imagens)

Do referencial do chão
Alguns versos adormecidos
Amparados numa folha caída
Contaram novas histórias

Foram acordados no vento
E renovando as ideias
Voaram num tapete mágico
Nas asas da imaginação

Visitaram o livro do tempo
Fizeram pausa nos pontos
E perceberam os contrapontos
Das linhas que estavam escritas

Observaram as reticências
E num diário itinerante
Acrescentaram novos versos
Ao poema do viver

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Parabéns, meu filho!



Meu coração amanheceu palpitando de felicidade
num lugarzinho especial no qual moram os mais belos sentimentos.
Neste lugar, moram todas as pessoas que chegaram no meu caminho e me despertaram para a felicidade.
São pessoas que estão comigo incondicionalmente
em qualquer tempo
em qualquer circunstância...
Existe uma que é um dos maiores tesouros
que recebi das mãos de Deus.
MEU FILHO, HUGO
É meu talismã!
É minha canção de ninar!
É meu companheiro!
É o meu sol!
É o meu amor!
É minha vida!
Filho,
Obrigada por ter caminhado comigo em todos os momentos.
Obrigada por ter enxugado minhas lágrimas
e por ter colocado, no meu rosto, o sol do sorriso.
Sem você seria menos feliz!

Feliz aniversário!

Sou sua fã incondicional!

Mamãe Helena

RECEBI UM PRESENTE DO MEU FILHO, EM FORMA DE COMENTÁRIO

De todas as felicidades possíveis no mundo, ter um mãe é maior delas. O que dizer, então, quando se tem uma mãe como você, Maria Helena? Tudo que eu posso fazer é agradecer todos os dias, não só por ter um anjo ao meu lado durante toda minha vida, mas por poder ler nos seus olhos toda a poesia que você divide comigo todos os dias.

Um beijo do seu filho. Amo você.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Gritos


(Imagem-Google Imagens)

Os gritos mudos
Que anestesiaram
Os sentidos
E se perderam
No labirinto
Das encruzilhadas
Das dores
Alforriaram-se
No sopro de vida
E encontraram
Os tons
Na sonoridade
Dos versos
Dos poemas
Adversos
Que renovaram
A vida

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 24 de maio de 2011

Face


(Imagem-Google Imagens)

Num vidro fosco
Desenho um rosto
Que desaparece
Em cada poente
E é visível
No sol nascente

Na linha tênue
Do nascer do sol
Nuvens branqueiam
O azul do céu
E colorem o quadro
Com seu pincel

A cada dia
Os traços se esvaem
Perdendo a forma
Nas mãos do tempo
Em cada olhar
Que se vicia
Como lembrança
Do que foi um dia

No contraponto
Dos traços leves
De forma sutil
E inesperada
Sobressai a alma
Em lente pura
Que transparece
Na noite escura

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Viagem


(Imagem-Google Imagens)

Fechei cortinas
Troquei fechaduras
Bloqueei acessos
Refiz caminhos
Olhei o não visto
Desfiz a névoa
Realcei detalhes
Olhei ao redor
Indaguei olhares
Objetivei o prolixo
Descartei excessos
Abri os braços
Abarquei paisagens
Desenhei destinos
Enfrentei viagens

Maria Helena Mota Santos

sábado, 21 de maio de 2011

Silêncio


(Imagem-Google Imagens)

O silêncio
Bateu à porta
Do barulho
Acalmou-se
Descansou os sons
Fez-se inércia

Na sonolência
Transformou-se
Em coma induzido
Alimentou-se
De sons inaudíveis
Imperceptíveis

Nutriu-se
De companhias
Multicolores
Voláteis
Etéreas
Improváveis

À luz da realidade
O silêncio
Fez-se fronteiriço
Dissipou-se
Dos sons reais
E transitou
Numa pena
Cheia de palavras

O silêncio
Soltou o verbo
Das amarras
De barulhos contidos
Fez-se presente
No limiar do barulho
Na fronteira da vertigem
E se fez poesia

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Não há solidão


(Imagem-Google Imagens)

Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que seja abraço
Que seja abrigo
Em qualquer hora
Quando for preciso

Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que seja sorriso
Que seja esperança
E que seja um ombro
Em qualquer circunstância

Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que seja escuta
Que seja palavra
E seja uma bússola
Na íngreme estrada

Não há solidão
Enquanto existir amigo
Que retire dos pés
Os grandes espinhos
E enfeite de flores
O nosso caminho

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Asas da alma


(Imagem-Google Imagens)

Minha alma se fez palco
E para o mundo se expôs
Chorou, sorriu, entristeceu
Não deixou nada pra depois

Minha alma se fez escuta
Sofreu,silenciou e aprendeu
Compartilhou a sua história
E de muitas fontes bebeu

Minha alma se fez voz
E a sua melodia entoou
Enfrentou os tons da vida
E sua trilha sonora encontrou

Minha alma se fez criança
E brincou no carrossel
Reviveu contos de fadas
E chegou perto do céu

Minha alma se fez asa
Uma nova essência buscou
Voltou vestida de infinito
E sobre a minha mão pousou

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 17 de maio de 2011

Resgate


(Imagem-Google Imagens)

Não
Não foi o que eu esperava
Não foi o que eu planejei
Não foi por isso que lutei

Não
Não sabia se tinha força
Não sabia para onde ir
Não sabia se deveria insistir

Não
Não entendia aquela cena
Não entendia aquele enredo
Não entendia aquele "script"

Sim
Sentia o peso do silêncio
Sentia o "coma" das palavras
Sentia o dilacerar de uma dor

Sim
Rendi-me à contemplação
Rendi-me à meditação
Rendi-me à transformação

Sim
De joelhos conheci o chão
De joelhos olhei para o alto
De joelhos me fiz oração

Sim
A vida nasceu de outra cor
A vida um caminho apontou
A vida meu olhar matizou

Hoje
Sei mais quem eu sou

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Eu e o amor


(Imagem-Google Imagens)

Eu e o amor
Somos um par inseparável que baila por sobre as ondas e debaixo do céu
Nascemos um para o outro e nos encontramos até nos momentos inusitados e dolorosos da vida
Eu e o amor
Somos parceiros na claridade e na escuridão
Na alegria na tristeza
Na saúde e na doença
Eu e o amor
Temos um olhar compassivo para as mazelas do mundo
Enxergamos estrelas em qualquer céu nas dimensões da vida
Acreditamos no inacreditável e colorimos a vida em qualquer paisagem
Eu e o amor
Somos um passo no descompasso dos dias
Dançamos no sol e na chuva numa alegria contagiante que brota de dentro da alma
Eu e o amor
Sentimos necessidade de hibernar no inverno da vida
Ficamos enfermos quando somos acometidos de eclipses parciais de dor
E aí nos afagamos, damo-nos as mãos e nos aquecemos do magnetismo do outro
Eu e o amor
Temos poder de superação em momentos mais improváveis
Quando a música já toca lenta de convalescença, ressurgimos com uma música vibrante que toca no coração de Deus
Eu e o amor
Somos dois que se conectam em um mundo invisível para atrair a melhor essência dos sentimentos do universo
Eu e o amor
Somos alquimia de todos os sentimentos que permeiam a humanidade
Eu e o amor
Amamos amar

Maria Helena Mota Santos

sábado, 14 de maio de 2011

Perfume de flor


(Imagem-Google Imagens)

Exilada do jardim
Vagou pelo tempo
Embarcou no vento
Viveu tempestades
Desembocou no mar
Conheceu a margem
Fez-se maremoto
Acomodou-se na areia
Fez viagem infinita
No infinito de si mesma
Conheceu algumas partes
Das partes desconhecidas
Ganhou nova pétala
E se transformou
Deixou sobre a areia
O seu perfume de flor

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Em companhia da alegria


(Imagem-Google Imagens)


Capturei a alegria
Que passava sorrateira
Lá na terra da infância
E a fiz minha companheira

Desde então ela me segue
Ancorada num sorriso
Quando cai um temporal
Ela se torna meu abrigo

Às vezes fica implícita
Num momento de tristeza
Mas logo reaparece
Mostrando sua beleza

Ela espanta o pessimismo
E algema a solidão
Sempre tenho companhia
Num cantinho do coração

Às vezes cai numa lágrima
E se transforma em sorriso
Nessa ciranda perfeita
Faz da vida um paraíso

Eu a percebo em toda parte
No céu, na terra e no mar
Em cada momento vivido
E no meu coração a pulsar

Maria Helena Mota Santos

02/09/2010

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Ecos do infinito


(Imagem-Google Imagens)

Nada me sai sem ser réplica
Escuto os sons do mundo
E os reproduzo
Com as lentes de contato
De sonhos
Com realidades

Nada me sai de inédito
Alguém sempre pensou
No que penso
Em algum instante
No infinito tempo

Nada é meu
Nem mesmo eu
Sou compartilhada
Pelo mundo que está fora
E que mora em mim

Nada sou sem as histórias
Contadas e encantadas
Pelos caminhantes do infinito


Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 10 de maio de 2011

Quadros borrados da vida


(Imagem-Google Imagens)

A vida me deu de presente um quadro borrado de cores frias.
Fiquei perplexa diante do cenário sem cor e sem magia.
As lágrimas caíam como uma canção sem nota certa.
Era um emaranhado de tons e sons perdidos na imensidão de um oceano de tristeza.
Aparei as lágrimas num pote mágico e as transformei em um rio para minhas travessias.
Peguei um barco sem vela e atravessei para a outra margem da vida.
Olhei a nova paisagem e desbravei possibilidades. Sorri!
Percebi cores de um matiz inimaginável. Arco-íris!
Divaguei em novos sonhos e embarquei em recomeço. Feliz!
Fiz no presente um pacto com o futuro. Esperança!
O passado foi para o portal da saudade. Arquivo!
Brinquei de roda no presente e ensaiei a dança do futuro. Horizonte!
Coloquei lunetas na minha alma e vi a felicidade montada na tristeza do agora. Mudança!
Fiz a metamorfose e as asas se abriram. Novos voos!
Corri para o novo como criança feliz com o novo brinquedo. Conquista!
Vislumbrei terra à vista com novas paisagens. Avante!
Naveguei novos mares e conheci novas terras. Aventura!
Retomei o quadro borrado e imprimi novas cores. Obra-Prima!
Enfim a metamorfose! Nova pele!

Maria Helena Mota Santos

05/02/2010

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Tanto


(Imagem-Google Imagens)

Nunca fui tanto
De tanta coisa
Nunca fui tanto
De tanta gente
Nunca fui tanto
De tanta estrada
Nunca fui tanto
De tanto tempo
Nunca fui tanto
De tantos “eus”
Nunca fui tanto
De tanta volta
Nunca fui tanto
De tanto inverno
Nunca fui tanto
De tanta lágrima
Nunca fui tanto
De tanta dor
Nunca fui tanto
De tanto nunca
Nunca fui tanto
Do quanto sou
Sempre fui um tanto
De tanto amor

Maria Helena Mota Santos

domingo, 8 de maio de 2011

Pintar a vida


(Imagem-Google Imagens)

Pintar a vida
como se fosse uma grande tela
sem limite e sem contorno

Pintar a vida
como se tivesse à sua disposição
todas as cores do universo

Pintar a vida
como se fosse um célebre pintor
que traduzisse em cores a sua história

Pintar a vida
como se no coração existisse um arco-íris
pronto para a alquimia das cores

Pintar a vida
fazendo texturas de cores quentes e frias
para expressar as emoções do dia a dia

Pintar a vida
utilizando como matriz
as marcas dos seus rastros na estrada

Pintar a vida
como se não houvesse amanhã
e o futuro fosse um quadro enigmático
sem hora para acontecer

Pintar a vida....

Maria Helena Mota Santos

27/07/2010

27/07/2010

Mãe do infinito


(Imagem-Google Imagens)

HOMENAGEM A TODAS AS MÃES!


Mãe!
Sua voz se perdeu no infinito
Mas ouço o seu eco no meu coração
Agora o nosso encontro é em sonho
E a realidade se transformou em saudade

Mãe!
Levo-a sempre no coração para onde vou
Igual quando você me levava no seu ventre
Agora está onipresente em minha vida
E agora sabe de todos os meus segredos

Mãe!
Ontem eu chorei bem baixinho
Queria seu colo e sua sabedoria
E eu percebi sua presença sutil
Afagando meu coração com carinho

Mãe!
Onde você estiver neste dia
Receba a minha gratidão pela vida
Receba a minha lágrima de saudade
Receba o meu amor incondicional

Mãe!
Que nesse seu dia você possa se orgulhar
De tudo que aqui na terra semeou
Eu sou o fruto do que você plantou
E através de mim você se faz presente

Maria Helena Mota Santos

09/05/2010

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O jardim dos meus sonhos


(Imagem-Google Imagens)

Cochilei no colo do tempo e adormeci nos braços dos sonhos.
Sonhei com o jardim da utopia com flores lindas e sem espinhos.
Podei e reguei as flores sem usar nenhuma luva de proteção.
Algumas flores mostraram seus espinhos e me apresentaram a dor.
Com essas flores aprendi a necessidade de uma segunda pele.
Outras flores me ofertaram sua beleza e enfeitaram meu dia.
Com elas aprendi a agradecer e a enxergar a beleza da amizade.
Umas rosas meninas passaram brincando entre minhas mãos.
Na sua inocência, ensinou-me a transformar tudo em sorriso.
Uma florzinha em botão se protegia entre as flores imponentes.
Na sua discrição me ensinou o valor da proteção e da humildade.
Um grupo de flores , concentradas , não se afetavam com o vento.
Elas me ensinaram o valor da reflexão, do silêncio e da paz.
Mas, a grande lição veio da flor rasteira que embelezava o chão.
Ela me ensinou a beleza de cair e se fazer semente para florescer.

Maria Helena Mota Santos

24/03/2010

Acorde


(Imagem-Google Imagens)

Acorde
A vida
Já começou
O futuro
É agora

Acorde
Olhe a paisagem
A busca é aqui
O horizonte
Já chegou

Acorde
Abre um sorriso
A felicidade
É este instante
Nada mais

Acorde
Ande na estrada
O sono
É necessário
Mas é letárgico

Acorde
Pegue seu sonho
Ponha na mala
E vá brincar
Com a realidade

Acorde
Plante jardins
Dance com as flores
E em cada passo
Viva os amores

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Esperança


(Imagem-Google Imagens)

Se eu me acordo
A esperança chegou
Quando abro os olhos
Só enxergo quem sou

Quando levanto
Parto em busca de mim
Se encontro a dor
Sei que viver é assim

Sou passarinho
Sou errante no mundo
Se paro na estrada
Sinto um tédio profundo

Nasci com asas
E tenho a alma alada
Não sou da inércia
Meu caminho é a estrada.

Se firo os pés
Nas pedras do caminho
Fica mais claro
Que o mundo é meu ninho

Os obstáculos
São canções de ninar
E nessa vida
Meu destino é lutar

Maria Helena Mota Santos

16/07/2010

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Momento


(Imagem-Google Imagens)

Um olhar
Um gesto
Um carinho
Um toque
Um sorriso
Uma emoção
Um abraço
Um momento
Momento mágico
sem precisar de trapaça
Momento que se eterniza
sem ficar para sempre
Momento infinito
que relativiza o tempo
Momento que ilumina o dia
sem precisar de um sol
Momento que veste de cores
o preto e branco da vida
Momento que se enche de amor
e deixa um rastro de luz
Momento que desperta a vida
e enche de flores o deserto
Momento que é uma melodia
e se faz canção todo tempo
Momento de amizade
Momento de paixão
Momento de ternura
Momento de compreensão
Momento de perdão
Momento de união
Momento de paz

Maria Helena Mota Santos

A flor e o espinho


(Imagem-Google Imagens)

Era uma vez uma mulher que tinha a ingenuidade de uma menina e, de repente, foi convidada a acordar de um sonho encantado.
Acordou assustada, esfregando os olhos, pra ver melhor o que estava por detrás das cortinas daquele palco e cenário que lhe indicaram.
Percebeu um cenário disforme e seus olhos não acreditavam naquela peça que escreveram pra que ela representasse, sem terem pedido a sua permissão.
Não tinha mais volta. Já estava acordada. O susto era real. Já estava no palco. A plateia já estava presente! Todos já sabiam que ela era coadjuvante de uma história que fora escrita com pinceladas de silêncio!
Nem precisou se beliscar pra ter certeza que a história era real. Teve que representar! Já não tinha escolha!
Escolheram por ela enquanto, com abraços silenciosos e manifestações de apreço, embalavam seus dias de sonho.
E ela que vivia num palco encantado só tinha percebido, no jardim da vida, a beleza da flor. Faltava aprender uma grande lição: algumas flores têm espinhos mesmo que estejam nas “entrelinhas do sorriso”.
Negou o espinho e o cenário. Ficou estática! Ficou perplexa! Ficou em “coma” emocional.
Aquela flor tinha enfeitado sua vida por longos anos. Era inacreditável que tivesse espinhos imperceptíveis!
Após o primeiro momento, a dor provocada, despertou-a para a selva.
E ela atônita procurou o ombro de si mesma. Não conseguia verbalizar tamanha dor.
Foram dias de chuvas torrenciais que inundaram o seu jardim florido.
Mas as cortinas novamente se abriram e o diretor cobrou a sua atuação.
Ela fora obrigada a entrar no palco com o coração em pedaços. E sua alma tímida quase abortou com a exposição.
Mas ela se encantou com a dor e o parto aconteceu! Com a ajuda das flores da amizade ,de jardins bem próximos e distantes ,transformou a dor numa mágica ponte para um renascimento.
E, sobreviveu...
E já ensaia projetos de viver a vida intensamente!

Era uma vez... e a história continua...


Maria Helena Mota Santos

09/02/2010

terça-feira, 3 de maio de 2011

No compasso da dor


(Imagem-Google Imagens)

É preciso acolher a dor , colocá-la no colo
e niná-la com a canção da saudade dos melhores dias

É preciso acolher a dor e enxugar as suas lágrimas
e deixá-la convalescer com o chá da esperança
de um novo sol do amanhecer

É preciso abrir a porta para a dor que bate
pra que ela não o acorde nas madrugadas
fazendo do seu sono um constante pesadelo

É preciso entender a dor e escutá-la com paciência
para decifrar a mensagem dos seus gemidos

É preciso dançar com a dor e ensiná-la novos passos
para convencê-la a dançar de outro jeito
no palco impreciso da vida

Maria Helena Mota Santos

21/02/2010

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ciclos


(Imagem-Google Imagens)

Ciclo se abre
Ciclo se fecha
A dor chega
Desestrutura
Para nova construção

O sofrimento aparece
Com uma nova lição
Aponta novos caminhos
Abre novas passagens

O coração sangra
E alerta o corpo
Para a mudança
Para a metamorfose
Para o novo momento
Para a viagem

Os olhos marejam
E enxergam
O óbvio
O inusitado
O inexplicável
O indecifrável
O mistério

O dia chega
E traz
O amanhecer
O entardecer
O crepúsculo

A hora chega
Em companhia
Do segundo
Do minuto
Do momento

A superação acontece
E antecede
O aprendizado
A força
A determinação
A alegria

O tempo traz
Novo brilho
Nova perspectiva
Novo ciclo

Maria Helena Mota Santos

03/05/2010

domingo, 1 de maio de 2011

Nasce um artista


(Imagem-Google Imagens)

Escondeu a gestação e passou parte da vida em trabalho de parto.
Sua calma era o esconderijo do que fervia por dentro.
Mas as bolhas poéticas, em estado de ebulição, inquietavam a alma.
Por detrás dos bastidores se fez assessor da arte dos seus pares.
A paz exterior escamoteava a inquietude da arte querendo sair.
No olhar sincero trazia uma terna poesia em forma de doação.
Era um enigma a ser decifrado pelos olhares mais atentos.
Quando parecia que já tinha se rendido ao tempo, explodiu!
Pegou "carona" numa forte emoção e foi para o mundo.
No "colo" do mundo travou um duelo com a sua verdade.
E se fez palco quando só exercitava plateia.
E se fez dor quando só exercitava linimento.
E se fez palavra quando só exercitava a escuta.
Colocou-se em reverso quando só atuava em verso.
Contraiu-se de dor e percebeu a iminência do parto.
Dia após dia, as contrações ficavam mais fortes.
A hora do nascimento se aproximava.
Enfim pariu a arte!
Pariu a si mesmo!
Pariu a vida!

Maria Helena Mota Santos

07/05/2010