sábado, 30 de abril de 2011
Caminhos opostos
(Imagem-Google Imagens)
Na distância
Dos caminhos opostos
As palavras ganham asas
E voam em pensamento
Trazendo mensagens do não dito
Na ênfase de cada momento
Na distância
Dos caminhos opostos
As retas se tornam pontos
Nos retornos imprevistos
O que era longe fica perto
E o invísível fica explícito
Na distância
Dos caminhos opostos
Os corações marcam encontro
Em algum lugar do espaço
Na cumplicidade do silêncio
Dos sonhos não revelados
Na distância
Dos caminhos opostos
As lembranças aumentam o foco
Das lentes de cada paisagem
Revelando as fotografias
Que trazem a cor da saudade
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Entre o sol e a lua
(Imagem-Google Imagens)
Entre o sol e a lua
Acordo com o sol me chamando feliz
Mas o gosto de lua ainda me invade
O sol me promete dia lindo lá fora
E a lua minguante em mim se abate
O sol me sorri e mostra alegria
A lua me mostra a noite e a penumbra
Eu fico em dúvida a quem atender
Mas o dia de sol é o que me deslumbra
Acordo e levanto com gosto de lua
E o sol é minha sombra pra onde eu vou
Eu fico perplexa com aquela disputa
Mas o sol com seus raios já me cativou
Eu fico olhando os resquícios da lua
Mas a promessa do sol é o que me tentou
Eu digo pra lua que volte à noite
Pois de dia o sol é o meu protetor
A lua esperneia e sai chateada
E vai com a sombra desaparecendo
O sol radiante minha lágrima enxuga
E mostra feliz um novo dia nascendo
E eu abraço o dia cheia de esperança
De que à noite a lua nova no céu apareça
E eu possa de novo enxergar as estrelas
Pra que eu durma feliz com tanta beleza
Maria Helena Mota Santos
09/03/2010
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Banho de infinito
(Imagem-Google Imagens)
Chuva lá fora
Sinfonia perfeita
Pro telhado do mundo
Vejo os pingos que caem
Valsando em círculos
Numa perfeita cadência
Sinto o cheiro da terra
Que prepara o ventre
Pra receber a semente
Vejo o céu cor de água
Que chora suas lágrimas
E descansa as estrelas
Lembro a cor da criança
Que saía na chuva
Pra se banhar de infinito
Maria Helena Mota Santos
Ando na vida
(Imagem-Google Imagens)
Ando na vida
De fronte erguida
Olhar bem sereno
E não olho pra trás
A chuva que cai
Não molha minha alma
Só lava os ciscos
E me deixa em paz
O sol que me chega
Apenas me aquece
E ilumina o meu dia
E não me esmorece
Só olho pros lados
Pra ver poesia
No lugar da tristeza
Eu ponho alegria
Ando sem pressa
Mas não ando lento
Sou parte da brisa
Sou filha do vento
Maria Helena Mota Santos
18/11/2010
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Sorriso
(Imagem-Google Imagem)
Sorriso
Reflexo da luz interior
Porto seguro da alegria
ímã que atrai companhia
Sorriso
Que entorna lágrimas
Que disfarça a tristeza
Que celebra a vitória
Sorriso
Linguagem universal
Que aproxima diferenças
Que traz encanto e magia
Sorriso
Esboço da face divina
Remédio pra todos os males
Senha da felicidade
Maria Helena Mota Santos
06/08/2010
terça-feira, 26 de abril de 2011
A lição da chuva
(Imagem-Google Imagens)
Voltava para casa, hoje, após uma caminhada matinal
e fui surpreendida por uma chuva inesperada.
Daquelas chuvas que nem o canal do tempo faz previsão.
Acelerei os passos e procurei um abrigo.
Quando lá cheguei encontrei outras pessoas
que nem tinham agendado comigo naquela hora.
Estávamos ali, juntas, quase nos tocando, por um acaso.
Aproveitei o momento para observar as minhas reações internas
e as que eu podia perceber ou inferir nas pessoas.
Olhei primeiro para o lugar mais confortável:
O lado de fora!
Olhar pra si é sempre mais difícil!
Umas pareciam inquietos.
Outras mostravam irritação.
Algumas se impacientavam e saíam se molhando.
Outras, como eu, pareciam observar o momento,
talvez, com receio de acionar recordações melancólicas.
A chuva tem o poder de trazer aquela nostalgia latente.
Resolvi então olhar com mais atenção a chuva que caía.
E percebi que ao cair no chão, os pingos não escorregavam,
ao contrário, faziam círculos harmônicos.
Os pingos numa dança belíssima em pista molhada,
com uma bela sincronia, rodopiavam de mãos dadas.
Estavam lado a lado com outros círculos mas não se misturavam.
Cada grupo era companheiro mas não perdia sua identidade.
Fiquei assim em torno de dez minutos e aprendi uma grande lição.
Nas alturas ou no chão se pode fazer da vida uma bela canção.
Maria Helena Mota Santos
21/10/2010
domingo, 24 de abril de 2011
Liberdade
(Imagem-Google Imagens)
Pare tudo
Eu quero descer
Quero sentir o prazer
De andar sem rumo e sem pressa
Da alvorada até o anoitecer
Pare tudo
Eu quero crescer
Quero sentir a minha dor
Sem escondê-la no escuro
Até a luz reaparecer
Pare tudo
Eu quero viver
Quero sentir o gosto de chuva
Quero me inundar de esperança
Até o sol se acender
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Menina
(Imagem-Google Imagens)
Ainda sou aquela menina
que encontrou a sua imagem
num grande baile de máscaras
Ainda sou a saudade
que se despediu da infância
sem se desfazer dos brinquedos
Ainda sou a liberdade
de pés descalços na vida
em busca de terra desconhecida
Ainda sou aquela menina
vestida da cor do sonho
acordada na realidade
Ainda sou menina peralta
que desfaz caminhos prontos
pra não perder a cor dos dias
Ainda sou menina sorriso
que acha sempre uma graça
Nas teias tecidas na vida
Maria Helena Mota Santos
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Busca
(Imagem-Google Imagens)
De repente
Caí aos pés do mundo
Com novas lentes
Nada é urgente
Nem permanente
Tudo é pleno
Sem ser perfeito
A perfeição
Está envolta
Na névoa da ilusão
Que eu não busco
De repente
Caí aos meus pés
Com novas lentes
Nada é acabado
Nem permanente
Tudo é novo
Fascinante
Sem ser inédito
Posso plantar
Novos sonhos
No meu deserto
Maria Helena Mota Santos
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Gratidão
(Imagem-Google Imagens)
HOMENAGEM A TODOS OS MEUS AMIGOS
Obrigada por ter me escutado
quando eu não tinha palavras
para oferecer
Obrigada por ter permanecido
quando meu teto oferecia risco
de desabamento
Obrigada por me dar a mão
quando eu não enxergava
a direção do caminho
Obrigada por ser meus olhos
quando a visão embaçada
não enxergava o horizonte
Obrigada por ser pingos de sol
que drenou a água
que inundava o meu ser
Obrigada por ser uma morada
na qual pude passar
o inverno da vida
Obrigada por me escolher
diante das possibilidades
de seguir adiante
Maria Helena Mota Santos
domingo, 17 de abril de 2011
Paradoxo
(Imagem-Google Imagens)
É quando não se tem quase nada pra dar
que brota o melhor que se tem.
É quando as cortinas se fecham
que o espetáculo de si mesmo acontece.
É quando o barco afunda
que se descobre nadadeiras invisíveis.
É quando se está à beira do abismo
que se descobre os pés voadores.
É quando se está na escuridão da noite
que as estrelas se tornam visíveis.
É quando cai chuva torrencial
que o sol aparece mais quente.
É quando a vida traz as dores
que se descobre a força que se tem.
Maria Helena Mota Santos
07/02/2010
Linda interação de Alicia
é quando as palavras faltam
que poemas se jogam no papel
transformando o silêncio em palavras
sábado, 16 de abril de 2011
Parabéns, Silvana e Russel
"Não há razão e nem motivo pra explicar que eu te completo e que você vai me bastar..." (Ana Carolina)
Não há fronteiras para os que trazem dentro de si uma parte que se encaixa em outro alguém. Todo o universo conspira para que o encontro aconteça sem que para isso seja preciso remover montanhas.
Hoje, no noivado da meus queridos amigos, Sil e Russel, eu posso constatar que existe um mundo mágico que nos envolve durante toda a vida e que nos encanta em momentos imperdíveis e nos traz um mundo encantado de felicidade.
É assim que enxergo o encontro de Sil e Russel. Encontro que ultrapassou a fronteira de outro país para construir um mundo encantado de amor.
Não há palavra que seja suficiente para expressar o sentimento que acordou comigo hoje. É um desejo intenso de que o melhor aconteça aos meus queridos amigos.
Que hoje, no dia do noivado de Silvana e Russel, seja aberta uma passarela de flores na qual eles possam colher felicidade em todos os seus pontos de encontro na estrada da vida.
Parabéns meus queridíssimos amigos!
Maria Helena Mota Santos
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Eu sou
(Imagem-Google Imagens)
Eu sou
Uma brisa suave
Que pousou no acaso
E se fez gente
Eu sou
Um tom solitário
Que pousou num acorde
E se fez canção
Eu sou
Um sentimento profundo
Que pousou em um verso
E se fez poesia
Eu sou
Um barquinho de papel
Que remou pelo mar
E se fez infinito
Eu sou
Uma pétala ao vento
Que pousou num jardim
E se fez flor
Eu sou
Um pedacinho de saudade
Que pousou num coração
E se fez amor
Maria Helena Mota Santos
17/10/2010
quarta-feira, 13 de abril de 2011
A rotina da liberdade
(Imagem-Google Imagens)
Não há liberdade que não vire rotina
Pois estamos limitados pela linha do tempo
E qualquer lugar que se trilhe aqui na terra
Tem um limite imposto pelo diâmetro do céu
Se não seguir há a rotina da parada
Se seguir há a rotina da caminhada
Se se busca há o limite do encontro
Se não busca há o limite do desencontro
E a rotina se estabelece nas linhas do corpo
Que colocam o andar do ser preso ao chão
Então só tem liberdade ilimitada
Aquele que viaja sobre as asas
De uma terra chamada imaginação
Maria Helena Mota Santos
18/09/2010
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Atitude
(Imagem-Google Imagens)
Prefiro ser a ausência
Do que a presença não consentida
Prefiro a distância que aproxima
Do que a proximidade que afasta
Prefiro caminhar sozinha
Do que ser eco de outros passos
Prefiro chorar minhas lágrimas
Do que sufocar meu sorriso
Prefiro encarar minha dor
Do que maquiar o prazer
Prefiro enfrentar a verdade
Do que me aliar à mentira
Prefiro sofrer decepção
Do que me prevenir do amigo
Prefiro a lentidão dos minutos
Do que embriagar minhas horas
Prefiro esperar o meu tempo
Do que abortar uma vida
Maria Helena Mota Santos
25/09/2010
sábado, 9 de abril de 2011
Cansei
(Imagem-Google Imagens)
Cansei
Da "inveja boa" e da "mentira branca"
Do “quem acredita SEMPRE alcança”
De tantos sonhos sem realidade
De quem não é amigo de verdade
Cansei
Da saudade que traz solidão
De quem machuca e deixa no chão
Das teias falsas que enredam a vida
De quem só cuida da sua ferida
Cansei
Do cansaço que traz apatia
Das lentes foscas que embaçam os dias
Da andorinha que não faz verão
De ouvir gemidos do meu coração
Cansei
De andar sozinha com a multidão
De acreditar sem fazer restrição
Das palavras tortas que pincelam a dor
De qualquer coisa que não seja amor
Maria Helena Mota Santos
O reverso do caminho
(Imagem-Google Imagens)
Só enxergou o verso
Quando ficou em reverso
Só enxergou a flor
Quando sentiu o espinho
Só quando enfrentou o escuro
Que enxergou as estrelas
Só quando soltou o seu grito
Que escutou os seus ecos
Só quando seguiu adiante
Que olhou para trás
Só entendeu o oásis
Quando conheceu o deserto
Só quando engravidou de si mesmo
Que renasceu para a vida
Maria Helena Mota Santos
26/09/2010
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Rio de lágrimas
(ImagemGoogle Imagens)
Doação de palavras para as vítimas do massacre do Realengo(Rio de Janeiro)
Acordou naquele dia
Pra buscar sabedoria
Que iluminasse cada sonho
Pra transformar a sua vida
Saiu dizendo ATÉ LOGO
Um beijo rápido e se foi
Não imaginava que não podia
Deixar o EU TE AMO pra depois
Tinha uma grande passarela
Pra durante a vida florir
Imaginava o futuro
Com muitas flores a sorrir
Foi embora sem saber
Que pertencia a uma trama
De uma mente que na vida
Transformara-se em insana
Sem prévia autorização
Sua vida foi refém
De um plano mirabolante
De quem queria ser alguém
Foi ferida no seu corpo
E sua alma foi forçada
A pousar em outro porto
No curso de um RIO DE LÁGRIMAS
Maria Helena Mota Santos
Ju, seu comentário está de mãos dadas com a minha poesia. Sua sensibilidade é marcante!
Triste por essas crianças que sairam de casa tão cheias de planos;
Triste por esses pais que levaram seus filhos na escola e não os receberam mais;
Triste por esse assassino pelas "escolhas" erradas que ele fez na vida e pelos motivos que o fizeram "escolher" seu caminho;
Triste pelo Brasil que presenciou uma realidade tão cruel (e presencia todos os dias de outras formas);
Trite por nós, humanos, que sabemos que todos os dias que saimos de casa, estamos entregando nossas vidas para mentes insanas e psicopatas...
Deus também deve está triste com tudo isso... =/
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Despertar
(Imagem-Google Imagens)
Desperto uma criança
Que existe em cada canto
E borda de sorriso o pranto
Do teatro de uma estrada
Viajo na inocência sábia
Que desmonta a rotina
Com a arte de uma criança
Que a retina coloriu
Vejo agora novas cores
Com os olhos matizados
Experimento companhias
Que outrora assombraram
Enxergo além do visível
Percebo o subliminar
Não percebo só as cores
Que a vida quer mostrar
Percebo as flores da estrada
Que entre pedras se escondem
E viajo sem destino
Pela linha do horizonte
Maria Helena Mota Santos
terça-feira, 5 de abril de 2011
Rotina
(Imagem-Google Imagens)
Cansou de companhia
Cansou da solidão
Queria ouvir os ruídos
Dos seus passos pelo chão
Cansou de ouvir barulhos
Cansou de silenciar
Só queria ter a chance
Da própria voz escutar
Cansou de ser aclamado
Cansou de ser referência
Queria escutar melhor
A voz da sua consciência
Cansou de viver a vida
Nas estradas que apontaram
Queria trilhar outros caminhos
E descobrir novos atalhos
Cansou de olhar pra trás
Recordando os momentos
Foi em busca do horizonte
E buscou renascimento
Cansou de tudo certinho
Cansou de ter a razão
Queria fazer da vida
Uma nova e intensa canção
Maria Helena Mota Santos
18/03/2010
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Acaso
sábado, 2 de abril de 2011
Meu filho
(Imagem-Google Imagens)
Pousou em minhas mãos
Fez pulsar meu coração
Fez florir a realidade
Que nos sonhos eu plantei
Pintou meu olhar de brilho
Suavizou o meu sorriso
E me fez colocar sentido
Na estrada do viver
Suas asas tão crescidas
Já não cabem em minhas mãos
Só conseguem se amoldar
No cantinho do coração
Maria Helena Mota Santos
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Asas da alma
(Imagem-Google Imagens)
Apropriar-me de quê?
Apropriar-me de quem?
Se nem tenho controle total sobre mim
E posso ser resgatada a qualquer instante!
Orgulho pra quê?
Arrogância por quê?
Se o que enfeita a alma
São as flores do amor!
Sentir-me superior por quê?
Humilhar o outro pra quê?
Se somos nivelados pela vida
E só diferenciados pela alma!
Se só tenho o agora
Se sou itinerante no mundo
Se o tempo continua seu rumo
Sinto-me eterna em cada segundo
Maria Helena Mota Santos
06/10/2010
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