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quinta-feira, 31 de março de 2011

Caminhante


(Imagem-Google Imagens)

Cada um que passa
Deixa pedacinhos
De sonho
De saudade
De alegria
De tristeza
De angústia
De dor
De amor

Nessa bagagem que se leva
Os sonhos suavizam o peso
A saudade é peso morto
A alegria faz flutuar
A tristeza produz orvalho
A angústia salta ao peito
A dor deixa marcas
O amor é salvador

Cada um que passa
Vai plantando sementes
Sementes de toda espécie
Que florescerão
Que serão levadas pelo vento
Que serão frutos
Que se reproduzirão

Cada um que passa
Vai desenhando a estrada
Com as tintas do seu ser

Cada um que passa
Vai desvendando um caminho
E abrindo uma nova estrada

Maria Helena Mota Santos

29/07/2010

quarta-feira, 30 de março de 2011

Coração


(Imagem-Google Imagens)

Coração itinerante
Que abre asas pra espreitar a vida
Que pulsa ao sabor do vento
Que descansa suas batidas ao relento

Coração alado
Que faz do mar a sua companhia
Que não tem mapa pra sua direção
Que não aterrissa e não conhece o chão

Coração multicolorido
Que se desvincula da dor e da saudade
Que se renova em cada estação
Que faz dos dias uma infinita canção

Coração do infinito
Que escreve sua história na linha do tempo
Que faz do espaço sua moradia
Que faz de cada dia uma poesia

Coração da liberdade
Que não tem pouso certo e nem idade
Que pulsa desfrutando da paisagem
Que faz da vida uma gostosa viagem


Maria Helena Mota Santos

07/09/2010

terça-feira, 29 de março de 2011

Delicadeza


(Imagem-Google Imagens)

Prefiro ser a delicadeza
que vê em cada ser um cristal divino
mesmo que esteja em forma de pedra bruta

Prefiro ser a delicadeza
de um coração sensível e afável
que vê no outro um companheiro na vida

Prefiro ser a delicadeza
que não julga só pelas aparências
e que procura a pedra preciosa de cada ser

Prefiro ser a delicadeza
do perdão que enxerga na luz e na sombra
oportunidades de sabedoria e redenção

Prefiro ser a delicadeza
de uma amizade sincera e incondicional
nessa íngreme estrada de flores que é a vida

Maria Helena Mota Santos

19/09/2010

domingo, 27 de março de 2011

Mergulho


(Imagem-Google Imagens)

Na solidão
Exercito o silêncio
No mergulho
Sem palavras
Um encontro
Um pranto
Um acalanto
Mergulho
Nas profundezas
Sem máscara
Sem proteção
Trago-me de volta
À superfície
Visão do ponto cego
Outra faceta
Do EU
Imperdível viagem
No túnel
Na amplidão
Constatação
Não há solidão
Uma companhia infinita
Dá-me um toque
Sem retoque
Plenamente
Incondicionalmente
Tanto faz
Rascunho
Ou obra-prima

Maria Helena Mota Santos

sábado, 26 de março de 2011

Transparência


(Imagem-Google Imagens)

Quero olhar dentro de mim
Sem máscara
Sem caleidoscópio
Sem subterfúgio
Sem brincar de esconder
Quero encarar o que dói
O que cicatrizou
A ferida que apenas fechou
Mas desperta a cada pesadelo
Quero dançar comigo mesma
Na sinfonia do momento
Sem valsa encobrindo samba
Sem samba encobrindo valsa
Quero bailar no salão da vida
Vida Real sem fronteiras
Vida sem grilhões
Quero dar o grito certo
No lugar certo
Quero sonhar
Sem me esconder de mim
Quero ir
Quero vir
Quero falar palavras presas
Quero falar de pensamentos
De sofrimento
De alegria
Quero escutar o companheiro
Sem misturá-lo comigo mesma
Quero passear com o amigo
Sem interferir no seu mundo
Quero ser eu
Sem pedir desculpas
Quero ser autêntica
Quero partir do mundo um dia
Sem a sensação de agonia
Ao descobrir que vivia
Uma utopia

Maria Helena Mota Santos

08/05/2010

sexta-feira, 25 de março de 2011

À minha querida JUJU



A alegria dribla todos os sentimentos que desfilam no seu palco para se fazer atriz principal do seu dia a dia.
Juju é felicidade itinerante! Juju é generosidade! Juju é magia! Juju é energia! Juju é puro amor!
Conheci-a num momento extremamente especial da sua vida.
Juliana, que depois se transformaria em Juju, buscava atravessar o portal que a levaria a cursar a profissão dos seus sonhos.
Logo que a vi, percebi os nobres sentimentos que habitavam a sua alma sensível. Percebi o quanto era verdadeira na demonstração dos seus afetos.
Achei-a adorável desde o primeiro dia, pois admiro , sobremaneira,a pessoa que sabe viver o dia a dia sem precisar, necessariamente ,da armadura da máscara social.
Juju sempre foi uma pessoa que falava com a linguagem do coração. Não dissimulava sentimentos.
Acompanhei-a na travessia rumo ao percurso profissional. Navegamos nas águas claras do sorriso e do otimismo.
Naquele momento fui apresentada, pela vida ,a uma guerreira.
Foi com maior orgulho que vi o seu nome na relação dos aprovados no vestibular de medicina da Universidade Federal de Sergipe.
A menina que chegara de Estância, uma cidade do interior de Sergipe, mostrara seu talento e sua garra, na capital.
Nunca perdi o contato com ela.
Mesmo que passemos meses sem a presença física, a sua presença interior é diária na minha vida.
Falta pouco para que ela se torne uma médica.
Já presencio diariamente as sementes de amor que ela planta ao seu redor.
Será, com certeza, uma médica de corpo e de alma.
Com certeza verterei lágrimas de felicidade,visíveis ou invisíveis, no dia da sua formatura.
Lágrimas de quem sabe o quanto este ser humano especial lutou para conseguir o seu objetivo.
Espero que mesmo que a vida nos distancie fisicamente o carinho seja sempre presente entre nós.
Hoje, no dia do seu aniversário, quero dizer para ela que eu a amo muito.
E que eu admiro o seu jeito singular de viver a vida.

Minha querida Juju, receba como presente de aniversário todo o meu carinho e admiração pelo ser espetacular que você é.

Sou sua admiradora incondicional!

Parabéns!

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 23 de março de 2011

Escolhas


(Imagem-Google Imagens)

Escolhas
Caminhos que se abrem
E descortinam os momentos

Escolhas
Caminhos que assumimos
E determinam nossa vida

Escolhas
Mosaicos que compõem o piso
Dos caminhos que trilhamos

Escolhas
Que não isentam os indecisos
Que escolheram não escolher
Que sem abrirem as cortinas
Das possibilidades que lhes chegam
Ficam assombrados no presente
E levam fantasmas pro futuro

Escolhas
São caminhos ou atalhos
São bifurcações ou encruzilhadas
São desertos ou oásis
São companheiras da estrada

Escolhas
São vibrações ou são lamentos
São sorrisos ou são gemidos
São asas ou são amarras
São condições do livre arbítrio

Maria Helena Mota Santos

29/06/2010

terça-feira, 22 de março de 2011

Renascer


(Imagem-Google Imagens)

Ainda dá tempo de recuperar o encanto e seduzir a vida por aí afora.
O frescor que vem de dentro hidrata os poros e favorece a segunda pele.
A criança interior coloca o olho na fechadura e faz festa com as novas possibilidades de pintar o sete com a vida.
E a porta da alma se abre após um tempo de clausura nas teias do sofrimento.
A alma leve e esbelta levita e apura o olhar na visão do ângulo das alturas.
As lições aprendidas entram no portal da sabedoria e favorecem viagens mais seguras.
O amor intacto ,na sua essência, alimenta o olhar embevecido e deslumbrado com a beleza da vida.
Cada dia traz o renascer e as possibilidades infinitas de gastar cada segundo.
O próximo dia é utopia que se transformará em realidade quando entrar no portal do agora.
E os dias se desenrolam e se desvelam e se tornam história.
E a história ganha uma nova página cada dia.
E a cada dia é escrita uma poesia do cotidiano com as tintas do sentimento.
E a vida continua fascinante e alicerçada no passo do hoje e no mistério do amanhã.

Maria Helena Mota Santos

16/04/2010

domingo, 20 de março de 2011

Intangível


(Imagem-Google imagens)

Não sei
Pensava saber
Nada sei

Minhas certezas
São incertas
De portas abertas

Minhas verdades
São vulneráveis
Insaciáveis
Mutáveis

Olho para o alto
Do lado de baixo

Vejo estrelas
Inatingíveis
Majestosas
Soberanas

Olho para o lado
Do lado inverso

Vejo gente
Formando versos
Tragando a vida
Nos seus reversos

Olho para dentro
Do lado externo

Vejo a mim
Com a alma alada
Vestida de sonho
Num caminho
Intangível
Sem fim

Maria Helena Mota Santos

sábado, 19 de março de 2011

São José e o Sertanejo


(Imagem-Google Imagens)

O sertanejo olha pro céu
Catando nuvens alvissareiras
Que tragam uma tromba d’água
Pra ter colheita de primeira

Entoa cânticos e vai orando
Andando com o pé no chão
Se São José não mandar chuva
Será um ano de aflição

Acorda com uma euforia
Que na luz do sol pode morrer
Porque pra ele o dia lindo
É quando começa a chover

Ele fica o dia todo
Olhando para as alturas
Pois se hoje tiver chuva
Será um ano de fartura

E entre terços e novenas
Seu destino vai desfiando
Se chover tem sobrevida
E boa colheita todo o ano

Se não bastasse o sacrifício
Tem uma promessa pra fazer
Faz um sorteio de uma fruta
Que passa o ano sem comer

Se cair chuva vai ter festa
Tem samba de roda e forró
Mas se o sol prevalecer
Fica triste que dá dó

E São José seu Protetor
Teve com Deus uma conversa
Pedindo que mande chuva
Pra que hoje haja festa

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 18 de março de 2011

Avante


(Imagem-Google Imagens)


Pegue tudo
Jogue ao léu
Olhe pra cima
Enquanto cai
Resgate
O que lhe apraz

Siga
Na bagagem
Só o necessário
Siga o caminho
Deixe o atalho
Viva
Não faça ensaio

Ame
Pulse as batidas
Dos sentimentos
Transforme em luz
Os seus momentos
Estrele
Seu firmamento

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 17 de março de 2011

A Colina dos meus sonhos


(Imagem-Google Imagens)

(Texto que foi selecionado como um dos ganhadores da Campanha: Faça uma declaração de amor à Colina de Santo Antônio no ano de 2004. Publicado no Jornal Correio de Sergipe no dia 11 de maio de 2004. Eu usei o pseudônimo Lena Mota)

POSTADO EM HOMENAGEM AOS 156 ANOS DE ARACAJU.


PARABÉNS ARACAJU

No alto foi concebido um sonho.
Olhando do alto se vislumbrou uma linda cidade que foi parida pelo reflexo da luz que emanava do alto da Colina de Santo Antônio.
As casas, as ruas, as avenidas, os bairros foram se desenhando no dia a dia de uma gente hospitaleira e vencedora.
As poeiras que flutuavam na colina foram se transformando em lindas arquiteturas.
As águas da chuva que escorriam lá do alto foram formando as lindas praias.
E o povo foi descendo para desfrutar desse mundo novo. Dessa nova princesa que se erguia esbelta.
E assim, a cada amanhecer, se sentia o cheiro da etnia do seu povo.
Sentia-se o murmúrio de amor pela cidade.
Sentia-se o cheiro do seu tempero de diversidades.
E assim a Colina se orgulhava da sua gestação, do seu feito.
E a Colina chorava de alegria e suas lágrimas enchiam a cidade de um orvalho que embelezava cada manhã.
E a Colina até hoje chora na emoção de cada aniversário.
O seu sonho se transformou em alento também para outros filhos vindos de outras terras.
A Colina abriga sonhos, desperta poesia e enche a cidade de magia.
E no bailar do cotidiano mesclamos cheiros, amor, lágrimas, dor, alegria e transformamos tudo na mais linda poesia.
Colina de Santo Antônio é o verso da poética Aracaju.

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 15 de março de 2011

Tudo está normal


(Imagem-Google Imagens)

Tudo está normal
E nada igual
A ciranda vem
E a ciranda volta
Mas o que foi
Não mais é
E se for
Será de outra cor
Tudo está normal
E nada igual
A vida leva adiante
Abre horizontes
E no olhar para trás
Já não há tudo que ficou
A paisagem
É furta-cor

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 14 de março de 2011

Oração do amanhecer


(Imagem-Google Imagens)

Poesia selecionada para fazer parte do Livro POESIAS ENCANTADAS-ANTOLOGIA POÉTICA NACIONAL(Volume II)

Senhor
Nesse dia que amanhece
Entrego o controle da minha vida
A chave das minhas decisões
A lamparina que clareia a escuridão
A caneta que escreve minha história
As sandálias que alicerçam os meus passos
As emoções que acionam meus sentimentos
Senhor
Que eu possa andar pelos caminhos do perdão
Que nenhum sentimento me insinue escuridão
Que eu transite no portal da compreensão
E que eu seja um ombro amigo e irmão
Senhor
Que o passado me traga sabedoria
Que eu viva o presente desse dia
Que cada palavra seja uma nota de alegria
Pra transformar meu futuro em sinfonia.
Senhor
Que meu ouvido seja surdo para a maldade
Que minha mão seja instrumento da caridade
Que eu não seja cego pra perceber a dor
Que eu olhe a vida com as lentes do amor.
Amém

Maria Helena Mota Santos

03/04/2010

sábado, 12 de março de 2011

Até que a morte os separe


(Imagem-Google Imagens)

Ele a levava com um carinho imenso
Quase todos os dias
Seus passos lentos e trôpegos
Faziam com que ela marcasse passo
Tinha sido acometida por um AVC
Um dos braços estava paralisado
O seu rosto não tinha mais simetria
Sua fala já não tinha mais sons audíveis
Mas ele a levava todos os dias para ver o sol
Levava consigo uma cadeira de praia
E fazia da praça, em frente ao seu prédio, o seu mar
Ajudava-a a se sentar na cadeira
E ficava ali por um bom tempo
Para que ela pudesse se banhar de sol
Um dia fizera um pacto com ela
“Na alegria, na tristeza
Na saúde, na doença”
E hoje cumpria de uma forma
Que enternecia meu olhar
Observava-os nessas passagens
E esse carinho me inspirava
A acreditar no amor incondicional
No verdadeiro amor
Aquele amor que não se alimenta
Apenas de novos momentos
Mas da renovação
Diante das fases da vida
Diante dos obstáculos
Diante do imprevisível
Aquele amor verdadeiro
Que é companhia
Mesmo quando o outro
Só tem o silêncio
Para dizer suas palavras
Aquele amor infinito
Que pode acontecer
Em qualquer momento
Em qualquer lugar
No coração dos amantes
No coração dos pais
No coração dos amigos
No coração da humanidade
Aquele amor que transcende
E toca no coração de Deus

Maria Helena Mota Santos

29/10/2010

sexta-feira, 11 de março de 2011

Amor de amigo


(Imagem-Google Imagens)

Homenagem a todos os meus amigos
que são meus cúmplices na estrada da vida.


Há um amor que me invade a alma
E nas angústias me acolhe e acalma

Há um amor que me faz companhia
E me ampara nas travessias

Há um amor que conheci na vida
E que é bálsamo para as feridas

Há um amor que me acompanha ao longe
E não me fere e nem me constrange

Há um amor que me dá aconchego
E é um abraço sempre que eu chego

Há um amor que segue sempre comigo
Amor de irmão, Amor de amigo


Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 10 de março de 2011

Caminho


(Imagem-Google Imagens)

A porta abriu
Agora é por sua conta
Explore o espaço
Aproveite a viagem
Aguce o olhar
Perceba as portas
Embutidas
Invisíveis
Imperdíveis
Que se abrem
Subliminarmente
Nas entrelinhas do tempo
Que se abrem no agora
A porta não tem tranca
Nem a chave é real
Os grilhões são da mente
A liberdade é urgente
A vida passa
De repente

Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 9 de março de 2011

Companhia


(Imagem-Google Imagens)

Viver no aconchego
Do calor da companhia
Que anestesia a solidão
Que habita em um só

Encontrar no outro olhar
O reflexo dos seus olhos
E enxergar por outro ângulo
Outras faces do seu ser

Sentir-se parte de um elo
Que aponta horizontes
E descansar da caminhada
No aconchego de um abraço

Maria Helena Mota Santos

09/08/2010


Lupo disse...

"Eu quero essa segurança, esse aconchego, essa paz, esse sentido, esse sentimento, essa alternativa, essa felicidade, essa entrega, esse carinho, essa vontade saciada, isso tudo que quero e que só consigo quando me perco dentro do coração daqueles que, mesmo sem saber, querem o mesmo. Comigo.

Onde estou?"

Bjo Lena!


Eu amei a sua companhia poética!

terça-feira, 8 de março de 2011

Um Anjo chamado Mulher


(Imagem-Google Imagens)

(Aproveito a poesia do dia da Mulher para homenagear uma aniversariante querida: GILMARA MOTA- MOTASSA)

Ser especial e encantador
É o canal que acessa a vida
Com a sensibilidade de uma flor
E a leveza de um anjo
Torna a vida uma cauda colorida
Torna possível o improvável
Torna problema em solução
Torna o árido em oásis
Com uma varinha de condão
Sai encantando o caminho
Veste-se de fada
Para fazer milagres
Veste-se de brisa
Para enfrentar tempestades
Veste-se de sabedoria
Para vencer desafios
Veste-se de carinho
Para acalentar sofrimento
Veste-se de intuição
Para evitar catástrofes
Veste-se de amor
Para encantar o universo
Veste-se de guerreira
Para defender a paz
Mulher
É verso
É poesia
É canção
É melodia
É a palavra
É a escuta
É o amor
Na sua melhor versão

Maria Helena Mota Santos

08/03/2010

sábado, 5 de março de 2011

Carnavais da vida


(Imagem-Google Imagens)

A embalagem não sou eu
É o meu adereço
Eu sou o ser que pulsa
No avesso
Que chora
Que ri
Da alegoria
Do passado
Eu sou o eu
Dentro de mim
Que se esconde
Ou se mostra
Que parte
Sem grilhões
Animando a fantasia
Eu sou o eu
Que me enfeita
Ou me rejeita
Que embala meus sonhos
Ou me percorre em assombro
Essa embalagem
De cores alegres
Ou cores tristes
São reflexos
Brilhantes
Translúcidos
Ou opacos
São reflexos
Dos passos
Firmes
Suaves
Ausentes
Passados
Presentes
Nos carnavais da vida

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 4 de março de 2011

Feliz aniversário Danilo!



No segundo semestre de 2003 fui admitida como Psicóloga no Colégio Master para trabalhar com vestibulandos.

Um dia, aparentemente normal, entrei numa sala para me apresentar e não sabia que naquele momento tinha sido escolhida como mãe por um adolescente de 17 anos que chegara da Chapada Diamantina, sem a família, para enfrentar o tão concorrido vestibular de medicina.

Dias depois fui procurada por Danilo cujo sorriso era sua carta de apresentação. Foi amor à primeira vista. Desde aquele dia eu me tornei sua mãe sergipana.

Hoje, no dia do seu aniversário, me recordo das suas lutas, do seu otimismo, da sua generosidade, da sua determinação e do seu poder de superação.

Acompanhei suas lutas, aparei suas lágrimas, me aqueci com seu sorriso, me espelhei na sua determinação e fui, sobretudo, beneficiada com sua presença na minha vida.

Sinto, neste dia que amanhece, uma felicidade e uma gratidão muito grande por ter encontrado no meu caminho um ser com um coração de uma generosidade sem tamanho.

Meu filho, do ventre do mundo, é uma pessoa de um carisma inimaginável. A medicina, com certeza, terá neste ser humano um médico que se destacará pela luz que emana da sua alma. Costumo dizer a ele que os seus pacientes já serão beneficiados pelo seu sorriso.

Quero, no dia do seu aniversário, espalhar pétalas do meu amor por todo o infinito para que ele saiba que em qualquer lugar por onde andar terá sempre a minha presença e o meu apoio.

Quero que ele saiba que mesmo não sendo a sua mãe biológica o meu coração pulsa amor de mãe e o acolhe como um filho abençoado que Deus me enviou.

Feliz aniversário meu filho!

Mainha

quinta-feira, 3 de março de 2011

Perspectiva


(Imagem-Google Imagens)

Chegará o dia em que o raro se tornará comum
e que o comum parecerá raro.

Chegará o dia em que é preciso derrubar o muro
e experimentar o descampado.

Chegará o dia em que se estranhará a estranheza
diante de tudo que se desejou.

Chegará o dia em que se acordará atordoado
e pensará que a realidade é sonho.

Chegará o dia em que se buscará a parte perdida
do quebra-cabeça de si mesmo.

Chegará o dia em que se pensará ser outra pessoa
no reflexo do espelho da vida.


Maria Helena Mota Santos

16/08/2010

terça-feira, 1 de março de 2011

Caminho


(Imagem-Google Imagens)

Arrebatada
Extasiada
Plena
Sem atalhos
Sem dor
Sem prazer
Acompanhada
Da consciência
Da companhia
Do agora
Desejo
Desbravado
Descoberto
Desvelado
Destino
Revelado
Necessário
Transformador
Caminho
Sem atalho
Sem retorno

Maria Helena Mota Santos