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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Letargia pós ano novo


(Imagem-Google Imagens)

Sinto o dia pálido de ressaca
Não sei se sou eu
Ou o ano que se inicia
Uma letargia no corpo
Um entorpecimento na alma
O sentimento não é tristeza
Nem tampouco é euforia
É um sentimento que fica
Bem pertinho da alegria
É como um cansaço
Do esforço da travessia
Para encontrar o rio novo
Que vem da cor da fantasia
Há uma descompressão
E o nada quer tomar o lugar do tudo
E a vida que há pouco era frenética
Agora parece não ter pressa
Os pensamentos ficam amolecidos
E assumem a cor da inércia
Inércia preguiçosa
Que nivela os pensamentos
Com o marasmo
É a pausa necessária
Que antecede o novo ato
Da doce comédia itinerante
Que é a vida

Maria Helena Mota Santos

5 comentários:

  1. Minha querida...
    Belissimamente descrita essa sensação de inicio dum novo caminho, a ressaca das festas...o momento em que olhamos já o presente povoado de futuros...mas em pausa...
    Carinhosssssss

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  2. Lindo Maria Helena, tb estou um pouco assim, acho que todos os recomeços dão essa sensação, se alterna a euforia com a letargia. E a espera, essa sufoca. Grande beijo,

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  3. Tragicômica essa vida.
    Doce esse poema.

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  4. Ai Essa inércia... Acho que depois das festas sempre fica uma sensação assim, né? Linda, eu me encanto cada vez mais aqui tbm. Vc é tão linda Maria Helena, quero levar por toda a eternidade cmg, Amo vc um tantão . Bjos flor

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  5. Nossa Lena! Sabe que apesar de acelerado às vezes eu penso que estou nessa inércia o tempo todo?

    É como se eu pudesse voar, mas preferisse ir andando. Nem me culpo por isso, mas vai que alguém me espera lá no alto?

    Mas estou frenético... Nem te conto!

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