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domingo, 30 de janeiro de 2011

O parto nosso de cada dia


(Imagem-Google Imagens)

No início de cada manhã
há de se assumir a gravidez dos sentimentos
e não provocar aborto no que é indesejado.

No início de cada manhã
há de se assumir o embrião do ventre da alma
e encará-lo como parte do seu ser.

No início de cada manhã
há de se acompanhar os sinais que vêm de dentro
e acompanhar preventivamente a gestação
para facilitar o trabalho de parto.

No início de cada manhã
há de se escutar os ruídos da alma
com as contrações que vêm de dentro
e facilitar a dilatação dos sentimentos.

No início de cada manhã
há de se aceitar a dor presente
e acarinhá-la para facilitar a passagem
que levará a outro canal da vida.

No início de cada manhã
há de se agradecer por estar pulsando
e abraçar com carinho a dor ou alegria
como parte vital dessa grande travessia.

Maria Helena Mota Santos

09/04/2010

sábado, 29 de janeiro de 2011

O sorriso da tristeza


(Imagem-Google Imagens)

No recorte de um momento na estrada
A alegria é a senha de uma tristeza
Em cada sorriso é acionada uma lágrima
Cada celebração dilacera um coração
E o brinde é feito com taças cheias de dor
Onde o champanhe se faz vinho amargo
E assim na gangorra que é a vida
Um celebra a partida que outro chora
Mas na ciranda dessa roda que é o tempo
Onde a cena se renova e se faz palco
Há um desfecho enquanto o mundo gira
E o que hoje é só tristeza e solidão
Amanhã pode ser o caminho da redenção

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Amigo


(Imagem-Google Imagens)

Amigo é um acorde suave que orquestra os melhores momentos da vida e embala os piores com canções de ninar.
No aconchego das palavras ou, simplesmente, do silêncio, a sua companhia é uma partida para um lugar infinitamente confortável.
Nesse lugar há um encanto e uma magia que fazem das horas momentos imperdíveis.
Ao lado dele, ouve-se o canto dos pássaros e o convite para voar sem, necessariamente, precisar de asas.
A sua companhia é sentida a quilômetros de distância no território da saudade.
Ao lado dele a paz se faz presente imunizando a turbulência interior.
No seu olhar há o convite para a travessia em busca de um mundo novo.
Ter amigo é ter uma asa para voar quando se está no chão da vida.
Ter amigo é ter um abraço quentinho e aconchegante nas noites frias da vida.
Ter amigo é ter um lencinho disponível para enxugar as lágrimas.
Ter amigo é bailar nas alturas tendo um porto seguro para pousar.
Ter amigo é ter um paraíso disponível quando se está no terreno da tristeza.
Ter amigo, sobretudo, é ter uma parte sua guardada, no cofre de um outro coração, para ser utilizada nos acidentes do percurso.

Maria Helena Mota Santos

22-03-2010
Minha doce "amiga" Lena.

Encontro lindo, de amizade, através de uma linda interação da minha amiga ÂNGELA.
Obrigada, querida!
Você deveria postar seu comentário, que virou poesia, no seu blog.
Você tem o dom!
Bjs!


Ter um amigo é ter um despertar tranquilo para as intempéries do dia.
Ter amigo é poder ter um amanhã mesmo inseguro e incerto.
Ter um amigo é ter a certeza de ter um ombro para recostar quando mais precisar.
Ter um amigo é ter de um sorriso largo e os olhos a brilhar.
Ter um amigo é ter conforto e esperança garantida.
Ter um amigo é poder se embriagar e ter a cabeça a girar como em uma roda gigante a girar, a girar.
Ter um amigo é ter certeza de que alguém te esperará, no calor, no frio, longe ou perto cedo ou tarde, ele te esperará.
Ter amigo é ter o corpo inteiro, é ser alegre e sorrateiro, poder ser sisudo ou bagunceiro.
Ter amigo é descobrir que tem inspiração, que tem alma e coração,é se sentir inteiro capaz de alegrar outro coração.
Ter amigo é ter capacidade de se fazer sentir e estar presente mesmo estando longe, ou mesmo nunca terem se dado as mãos.
É ter um amigo é ter a capacidade de através dos sentimentos deixados em forma de palavras e poemas sentir-se abraçado e confortado.
Ter um amigo é ter a certeza de que alguém em algum lugar estará sempre pensando em você.
Ter um a amigo é ter um pedaço de um céu estrelado sem uma nuvem se quer.
Ter um amigo é possuir asas enormes e poder voar para o lugar onde ele possa estar.
É poder ver o brilho dos seus próprios olhos...

Querida, você me deu asas para voar para onde você possa estar, e sentir suas palavras a me confortar.

Hoje estava precisando muito de uma palavra amiga e você me chamou até aqui, obrigada.

Beijos com carinhos

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A queda do dia


(Imagem-Google Imagens)

Sonhei que o dia estava caindo numa velocidade inalcançável.
Tentei convencê-lo do quanto ele poderia ser encantado pelo sol.
Orientei-o a tomar banho de mar para lavar os resquícios da noite escura.
Mostrei a beleza dos campos e dos pássaros que voavam com direção.
Dei-lhe a mão para que ele pudesse aterrissar e ofereci uma bebida quente.
O dia sentou ao meu lado,cabisbaixo, e reclamou da escuridão da noite passada.
Disse-me que a lua adoeceu,acometida por um eclipse, e tirou folga, impedindo-o de armazenar luz.
Então emprestei os meus olhos para que ele pudesse enxergar a luz própria.
Falei da beleza da sua companhia e que já não me sentia só.
O dia me olhou cheio de promessa e resolveu cumprir sua missão.
Ergueu-se! Buscou o sol armazenado dentro de si e abriu um belo sorriso.
E soltou da minha mão para entrar no seu turno até ser rendido pela noite.
E foi sorrindo numa claridade impressionante e inimaginável.
E depois virou noite para no outro dia amanhecer.

Maria Helena Mota Santos

22/02/2010

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Nas asas do destino


(Imagem-Google Imagens)

Uma borboleta pousou no meu destino e me convidou a alçar voo pelos jardins.
Pousei nas suas asas coloridas e acordei da letargia do casulo.
Indicou-me caminhos já esquecidos e colocou óculos de outra dimensão.
Acordei de um pesadelo, que era sonho, e suspirei um alívio inesperado.
Belisquei-me e percebi que era eu quem ousava viajar perto do céu.
O sorriso se tornou uma gargalhada e se vestiu de uma leveza esquecida.
Fiz piruetas com as nuvens e aparei gotas de chuva para regar o jardim da minha vida.
A chuva era formada de gotinhas de sol e dava uma cor especial as flores do meu jardim particular.
Soltei os gritos entalados e as correntes que me prendiam a antigas convenções.
Meus pés valsaram no tablado do Universo numa sincronia inesperada.
Ensaiei passos de uma dança esquecida e compus versos que cicatrizavam feridas.
Pude perceber o que já estava escrito e vislumbrei novas ideias para futuras postagens.
E a borboleta, vez por outra, me soltava das asas e um “medo corajoso” não me fazia cair.
Percebi o meu projeto de asas que precisava do lubrificante da coragem.
Acessei minha memória de criança e voei nas asas da minha fantasia.
E rodopiei, dancei, cantei, murmurei e...amei

Maria Helena Mota Santos

06/02/10

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pausa


(Imagem-Google Imagens)

A vida me chama pra viver em atos
As letras me faltam
As emoções têm sede de lágrimas
O tambor rufa novo momento
Momento de partir
De ficar de longe
De ficar em perspectiva
De não dizer nada por dizer
Momento de despertar
A menina que abraça flores
E se fere com espinhos
E novamente abraça
E novamente se fere
E vem nova dor
E ainda assim, abraça...
O sino interior anuncia
É hora de olhar pra si
De cuidar das suas flores
Plantar um livro
Sem letras
Sem versos
Sem pretensões
Sem divagações
Momento de ser
Apenas uma poesia

Maria Helena Mota Santos

domingo, 23 de janeiro de 2011

A greve das letras


(Imagem-Google Imagens)

As letras fizeram greve
E não formavam palavras
O escritor ficou perplexo
Mas elas nem se importavam

Deitaram no alfabeto
Quase que em câmera lenta
O escritor as cutucava
E elas estavam sonolentas

O escritor ficou olhando
Com uma grande aflição
Como iria entregar no prazo
A sua composição?

Ficou tentando entender
O motivo do levante
Será que estavam deprimidas
E lhes deram algum calmante?

Só a letra S muito sensível
Acordou meio sinuosa
E chamou o escritor
Para um dedinho de prosa

Disse que estavam estressadas
De tanto ir pra lá e pra cá
Só andavam entre os dedos
Nem com os pés podiam andar

Eram acordadas qualquer hora
De dia ou de madrugada
Às vezes estavam exaustas
E ninguém se incomodava

Às vezes caíam em mãos
Que a elas maltratavam
Elas ficavam sem sentido
E até o acento lhes tiravam

Alguns deles nem sabiam
O seu sentido aplicar
Faziam tanta confusão
Que as faziam desmaiar

Elas também tinham direito
De ir e vir quando quisessem
Aí entraram numa oração
E Deus atendeu suas preces

Tinham o sonho de voar
E conhecer o infinito
Queriam na mão do vento
Ser um poema bem bonito

Maria Helena Mota Santos

21/03/2010

sábado, 22 de janeiro de 2011

Antagonismos


(Imagem-Google Imagens)

Foi quando percebi o todo que descobri a minha exclusividade.
Foi quando estava no meio da multidão que percebi a minha solidão.
Foi quando pensei que estava em terra firme que o chão tremeu.
Foi quando acreditei que estava no fim que tudo começou.
Foi quando me abri em sorrisos que as lágrimas jorraram.
Foi quando mais confiei que conheci a decepção.
Foi quando só tinha amor no peito que a dor apareceu.
Foi quando abri os braços para o mundo que precisei ser acolhida.
Foi quando estava no deserto que apareceram os amigos.
Foi quando estava em pedaços que começou a construção.
Foi quando quase morri que olhei de frente pra vida.
Foi quando tinha motivos para odiar que encontrei razões para amar.

Maria Helena Mota Santos

20/04/10

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O voo do papel


(Imagem-Google Imagens)
No chão, em frente a um prédio, uma pichação: TE AMO.
Num salão de festa, no mesmo prédio, as cadeiras esperam, "pacientes", pelos convidados.
No céu nuvens bordadas insinuam esboços humanos se amando.
Dois pássaros passam brincando de esconde-esconde como meninos arteiros.
Um adolescente passa cabisbaixo, provavelmente, pensando o que fazer sábado à noite.
Uma jovem senhora passa puxando pelo braço seu filho “doentinho”.
Vários carros passam em fila, na avenida, como se tivessem marcado a hora do encontro.
Pessoas passam arrastando as sandálias com a falta de pressa do sábado.
A tarde fica sonolenta e o divagar ,do poeta, é inevitável e sem pressa.
O poeta fica na letargia do tempo, da rua, da avenida e da cidade.
Assume o embalo calmo das pessoas que passam na rua.
Assume o palpitar macio do pulso da rua que ecoa no coração da cidade.
O poeta quer olhar pra rua e não quer olhar na sua própria avenida.
Assume a dinâmica do movimento que não para, embora pareça lento.
Resolve emprestar o seu olhar pra vida cirandar como quiser e quando quiser.
Subitamente, um papel sai do chão e voa e volta e, depois, cai para voar de novo.
O papel desperta um fascínio no poeta que resolve acompanhar sua trajetória.
O papel traz de volta um brilho “travesso” no seu olhar e desperta a criança adormecida.
O poeta resolve sair de si e divagar nos braços da sua alma pueril.
Deixa-se guiar pelas asas do papel que sobe ou desce conforme a direção do vento.
Assume a condição de papel, que o vento leva, e põe sua alma nessa vida itinerante e imprevisível.
Não sabe quando vai parar e o quanto vai aprender, nessas passagens, nos braços do vento.
Vai se deixando levar , sem controle, esquecendo o que acontece na periferia.
Vai sentindo a leveza de ser papel e voar, cair, voar, cair...voar!

Maria Helena Mota Santos



14/03/2010

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Estações


(Imagem-Google Imagens)

Que o sol nunca se deite
Sem provocar o meu sorriso

Que a chuva por mim não passe
Sem roubar as minhas lágrimas

Que a primavera deixe em mim
O rastro de muitas flores

Que o outono me dê a chance
De renovar a minha vida

Quero ser cada momento
De atitude ou de silêncio

Quero viver as estações
Sem perder a intensidade

Quero marcar o meu caminho
Com sementes bem cuidadas

Para florir no tempo certo
E enfeitar toda estrada

Maria Helena Mota Santos

Posto aqui, ainda emocionada a homenagem, em forma de poesia, que Nanddo, do Blog Vida Contraditória, fez ontem para mim.
Obrigada pelo carinho Nanddo


E nestes versos, da honra me faço refém
Para homenagear o esplendor de um alguém
Que muitos chamam de mãe pela sabedoria que contém
O carinho e o respeito. Minha admiração ela detém

E mesmo assim não conheço a fundo quem ela é
Sua história eu desconheço, seu passado, suas dores
Sua obra me encanta por inteiro, da cabeça aos pés
Em muito lembra a mim mesmo com versos e suas cores

E pelo reconhecimento, encantar eu canto
Pela Meditação das minhas palavras em um especial canto
Um obrigado de amigo, igual nos sorrisos e prantos
A uma alma especial: Maria Helena Mota Santos


http://vida-contraditoria.blogspot.com

domingo, 16 de janeiro de 2011

Magia


(Imagem-Google Imagens)

Se a rosa se abrir
No novo amanhecer
Há de se enfeitar o jardim
E ter cuidado com os espinhos
Para de dor não mais sofrer

Se o pôr do sol for lindo
No novo entardecer
Há de se guardar o momento
Fotografado na mente
Pra um dia se rever

Se no céu tiver estrelas
No novo anoitecer
Há de se reacender cada uma
Para não ter mais perigo
De novamente escurecer

Se a saudade se instalar
Na madrugada da vida
Há de se fazer uma magia
E com cada gota de lágrima
Compor uma linda poesia

Maria Helena Mota Santos

Obrigada , Fofa querida, pela linda interação!


"Se a tristeza chegar,
e a alma chorar
quando a solidão entrar em cena,
venho aqui buscar
o carinho de mãe
da doce Maria Helena"

Carol

Que linda a interação da Lolipop! Amei o carinho em versos!

Para fazer magias
nessa madrugada fria
transformar mágoa em palavras
e saudade em poesia
é preciso...ser vc
sem vc o que seria...
Ternuras
Muitas


Belíssma interação da minha amiga Ângela

Minha doce Lena,

Se a rosa de abrir
Se o pôr do sol for lindo
Se no céu tiver estrelas

E mesmo assim eu não encontrar você
Corro aqui e venho te buscar
Para juntas tudo novamente começar

Essa amizade gostosa, esse carinho sem fim
que só você amiga, pode doar pra mim.

beijos com carinhos
e uma ótima semana.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Palco


(Imagem-Google Imaens)

Ainda não é hora de partir
O momento ainda pulsa na história
A noite ainda se confunde com a aurora
E as luzes ainda são incandescentes
Agora é a hora do silêncio
Do olhar fixo para o palco a sua frente
À espera de uma voz que anuncie o ato
E que quebre a expectativa do momento
Um frenesi toma conta da plateia
Novos atores vão surgir e recriar
Antigas cenas que estão fora do ar
Usando máscaras eles vão se disfarçar
Mas se há demora o silêncio vira grito
E os atores entrarão no palco, aflitos
E a história poderá ter improvisos
Pois a esperança já cansou de esperar

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ondas do mar


(imagem-Google Imagens)

Onda que quebra
Conhece a areia
E se torna mais calma
Pra voltar ao mar
Na volta se encontra
Com a onda que vem
E se dão as mãos
E vão mais além
Onda que quebra
Conhece a margem
E abre passagem
Pras conchas do mar
Na volta se encontra
Com ondas gigantes
E juntas conseguem
Chegar no alto mar

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Calor feito brisa


(Imagem-Google Imagens)

Um calor feito brisa
Invadiu o coração
O calor que degelou
Anos de solidão
O calor que se fez chuva
Fez a esperança florescer
Dissipou todas as nuvens
E fez o sol aparecer
O calor dos sentimentos
Que causou inundação
Um calor inespecífico
Um calor sem medição
O calor da amizade
O calor de uma paixão
O calor de um carinho
O calor de uma canção
Um calor indescritível
O calor da emoção

Maria Helena Mota Santos

JUSTO APELO DO AMIGO GUARÁ


Guará Matos disse...

Hoje eu venho fazer um apelo:
A Região Serrana do Rio de Janeiro esta passando por calamidade devido as chuvas e precisa de doações.
Informações de como doar: http://goo.gl/Sv7w3


Bj.



Minha amiga Ângela, que linda inspiração!!! Fiquei fascinada! Obrigada!

O facho de luz que o calor de sua inspiração emana em mim, faz com que meu coração seja um prisma mulfacetado um cristal bem lapidado, pendurado na janela, reproduzindo o colorido das luzes do arco-iris da esperança.
Esperança espalhada com o calor, que aquece todos os que te admiram com louvor.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A minha amiga flor: Lolipop


(Imagem-Google Imagens)

Ao despetalar de cada dia
Planta sempre uma flor
Deixou um rastro de perfume
Por todo lugar onde andou

Plantando jardins no mundo
Ela segue sua jornada
Leva sempre um buquê
Pra distribuir na estrada

Chega com alegria
Suaviza sempre as dores
Com muita delicadeza
Ela embala os amores

É uma amiga querida
De todos da blogosfera
A sua visita querida
Todo dia a gente espera

A minha amiga Lolipop
Hoje dedico meu carinho
Pois ela nos dá a certeza
De que não estamos sozinhos

Maria Helena Mota Santos

Talles, que lindo! A Margarida vai adorar! Eu adorei!
Sou sua fã! Bjs


"Fortes de outras vidas
a mais bela das flores
de um país oriental.
minha doce Margarida
dessa vez floresceu
nos campos de Portugal"
(Talles Azigon)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Diferença


(Imagem-Google Imagens)

Sou parte do que lhe falta
Sou o novo degrau da escada
Sou um encaixe perfeito
Sou alvo do preconceito
Sou a nota que falta na melodia
Sou o verso que completa a poesia
Sou o eco da sua solidão
Sou um olhar que mostra a contramão
Sou as indagações sem respostas
Sou um abrir de novas portas
Sou uma parte que inquieta
Sou sempre um pisca-alerta
Sou a quebra da tradição
Sou o embrião da mutação
Sou a ponte da travessia
Sou a inovação do dia a dia
Sou a negação do que é óbvio
Sou um passageiro inóspito
Sou sentimento de asas abertas
Sou a diferença que liberta

Maria Helena Mota Santos

Que maravilha de interação minha querida amiga Ângela fez.
Obrigada, minha linda amiga!
Lindo poema!

Você é um presente na minha vida!

Sou o tudo e o nada
sou o branco o preto
sou a luz e a escuridão
sou o calor e o frio
sou um ser que vasculha
sou um ser que procura
sou um ser que encontra
o acalanto para as diferenças
ditas com tanto encanto
que encontra aqui o acalanto
pra o despertar de seu dia.

Doce Lena, que meus dias ilumina
Doce Lena, que meus dias perfuma
Com o acalanto da tua escrita.

Doce Lena, vc. é mesmo o doce, que adoça com sua escrita as diferenças da minha vida.


Que linda interação da minha querida amiga Sônia Cristina!
Obrigada querida!
Também te amo!

Esse lindo poema me fez lembrar uma música que amo, se chama:
Mal necessário

Sou um homem, sou um bicho, sou uma mulher
Sou a mesa e as cadeiras deste cabaré
Sou o seu amor profundo, sou o seu lugar no mundo
Sou a febre que lhe queima mas você não deixa
Sou a sua voz que grita mas você não aceita
O ouvido que lhe escuta quando as vozes se ocultam
Nos bares, nas camas, nos lares, na lama.
Sou o novo, sou o antigo, sou o que não tem tempo
O que sempre esteve vivo, mas nem sempre atento
O que nunca lhe fez falta, o que lhe atormenta e mata
Sou o certo, sou o errado, sou o que divide
O que não tem duas partes, na verdade existe
Oferece a outra face, mas não esquece o que lhe fazem
Nos bares, na lama, nos lares, na cama.
Sou o novo, sou o antigo, sou o que não tem tempo
O que sempre esteve vivo
Sou o certo, sou o errado, sou o que divide
O que não tem duas partes, na verdade existe
Mas não esquece o que lhe fazem
Nos bares, na lama, nos lares, na lama
Na lama, na cama, na cama

TE AMO

domingo, 9 de janeiro de 2011

O que é a vida?


(Imagem-Google Imagens)

A vida é um hábito
De se enxergar
O que se vê todo dia
É embarcar
Em cada porto
Em busca de uma travessia

A vida é um baile de máscara
Que só se revela
No espelho noturno
É uma rua encantada
Onde um mágico invisível
Aponta o mundo

A vida é tudo isso
E tudo aquilo
Que se vê agora
É tudo que poderá vir
Com o pôr do sol
Ou com a aurora

A vida é o que foi
O que é
E o que poderá ser
É uma ciranda que volta
Vestida de esperança
A cada amanhecer

Maria Helena Mota Santos

Comoveu-me, sobremaneira, o comentário da Regina Laura. Ela se veste de simplicidade e encanta cada lugar que passa. Hoje o comentário dela fez eco na minha poesia. Por isso, vou colocá-lo na vitrine! Obrigada, querida!

Minha doce amiga, como diz em seu perfil, você é realmente um poema itinerante...
É indescritível como venho aqui e minha alma se abre, se expande ao ler seus versos.
E te juro. Não falo isso só pra fazer comentário bonitinho não. Mesmo!
Hoje, apesar do sol lá fora, acordei triste. Tem dias que tiram um pouco a beleza de nossos olhos, e ontem foi um deles. Então acordei assim, meio jururu ainda...
Mas aí, entro aqui e leio esses versos.
Nossa!!!
A ciranda me invadiu cheia de esperança e o sorriso voltou ao meu rosto e à minha alma :)
Muito obrigada querida, por espalhar tanto amor em forma de versos.
Beijo grande

sábado, 8 de janeiro de 2011

Premiação



Quero compartilhar com cada um do meus seguidores a alegria que senti ao receber os certificados e a premiação(dvd do Teatro Mágico) do concurso de poesia, com poetas de Brasil e Portugal, no qual a poesia PARTES DE MIM foi classificada em primeiro lugar.

O concurso foi promovido pela Oficina da Palavra cuja Diretora Artística e Diretora de Produção é Catiaho Alcantara.

Catiaho é uma pessoa muito especial e juntamente com a sua equipe promove concursos a fim de divulgar o trabalho dos poetas.

Agradeço à Oficina da Palavra e a todos que contribuíram para que eu chegasse a tal conquista.(http://oficinadapalavraemreflexo.blogspot.com)

Agradeço também a Betty Gaeta que promoveu a Poesia Partes de Mim quando publicou no seu blog http://gostodistonew.com.br

Obrigada a quem me acrescentou pelo dor, pelo amor, pela companhia, pelas ponderações, pelos aplausos, pela torcida, pela cumplicidade...

A poesia PARTES DE MIM foi também selecionada para fazer parte de um livro que será lançado em Brasilia através da Revista Literária que promoveu o Concurso Literário para poetas de todo Brasil. Foram selecionados cinquenta poetas.

O resultado foi divulgado no dia 21 de dezembro de 2010 através do www.revistaliteraria.com.br

Mais uma vez, a poesia PARTES DE MIM


Partes de Mim

Partes de mim estão livres
E fazem redemoinho
No vento das emoções

Partes de mim são aladas
E se emparelham com o tempo
Nas asas da imaginação

Partes de mim são partidas
Que enfrentam tempestades
Em busca de um novo sol

Partes de mim são como águias
Que voam sempre mais alto
Em busca do infinito

Partes de mim são casulos
Que preparam o momento
De ser borboleta no mundo

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Bagagem


(Imagem-Google Imagens)

Já não carrego tanta expectativa
A vida é apenas o que levo
Do que salvei lá do passado

Já não carrego tantas dores
Só levo agora a dor latente
Do parto pra outro momento

Já não carrego o que é supérfluo
Só levo agora os seletos momentos
Que me recordam contentamentos

Já não carrego tanta tristeza
Dei-lhe a carta de alforria
E fiz um pacto com a alegria

Já não me levo em pedaços
Juntei meus cristais quebrados
E fiz uma linda fantasia

Já não me olho em outro espelho
Fiz um reflexo de minhas cores
Usando meu próprio espelho

Já não sou alvo da solidão
Preenchi os meus espaços
Com a própria companhia

Já não me perco em pensamentos
Eu os capturo e os absolvo
E os transformo em poesia

Maria Helena Mota Santos


Há como deixar um comentário, como o do meu amigo e querido Lupo, de fora?
É uma ramificação da minha poesia!
Como disse Eliana, do Coisas Boas da Vida, eu e Lupo temos afinidades poéticas!
Temos sim! Somos partes da mesma essência!
Olhamos na mesma direção mesmo sendo indivíduos livres e inéditos!
Obrigada, Lupo! Emocionou-me por demais o seu comentário poético!
Bjs!


Oi Lena! Como está lindo o dia por aqui!

Não tenho expectativas, só possibilidades. Não tenho dores, só um corpo surrado com um belo opcional: o coração. Não tenho coisas sem importância, tenho eu, e pedacinhos de você. Não tenho tristezas, só pingos que secam com o sol e se confundem com a chuva.

Mas também tenho outros pedaços, que juntos formam o meu todo. Também tenho um espelho nos meus olhos, e a bela companhia de mim mesmo.

Tenho por fim, uma mente usada e em bom estado, mas que não está a venda!

Tudo o que tenho me foi emprestado ou dado de bom grado. Tudo o que tenho se confunde com o que eu sou, mas é diferente: O que tenho me representa, e o que sou me revela.

Bjo querida minha! (minha? Olha só! Tenho mais do que imaginei! rs)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Nanddo- Um poeta maravilhoso!

Hoje quero compartilhar com vocês a alegria que tive no final do ano de 2010 quando, através da indicação de minha sobrinha Jéssica, tive o prazer de visitar o blog de um jovem, aqui da cidada de Aracaju, que com apenas dezessete anos já se tornou um poeta maravilhoso! Ainda não o conheço pessoalmente. Já o conheço através da sua lindíssima poesia. Nanddo já se tornou, para mim, inesquecível pelas vias da poesia.
Confiram no blog Vida Contraditória
http://vida-contraditoria.blogspot.com
Nanddo, para mim, é um fenômeno!



Meditação

Meditação, inspiração, contemplação
Admiração pelas trevas da razão
Paixão, ostentação, realização
Luminosidade incandescente do coração

Descrição, discrição, sabedoria
Alegria por estar em agonia
Felicidade durante a noite tardia
Sem você, minha mente esvazia

Estremece, umedece, não esquece
Espera até que você regresse
Porém não mais se entristece
Felicidade novamente aparece

Céu estralado, jardim florido
Um grito calado, um sentimento polido
Pendurado no mastro sem nunca ter sido
Pelo vento balançado, um amor escondido

Nanddo

Como deixar de fora uma linda poesia, uma divina inspiração como a que ÂNGELA nos presenteou! Emocionante!

Doce Maria Helena, que doce indicação.


Menino ou moleque que no sentimento e na alma tem tanta inspiração.
Menino ou moleque das palavras emitidas sem sons, sua escrita grita em nossos ouvidos.

Menino ou moleque dos pensamentos e letras, traz até nós um pouco de sua voz.
Grita bem alto menino ou moleque pra o infinito ouvir o que és capaz de sentir.

Menino ou moleque os sons de sua escrita ecoara aos quatro ventos, fazendo a poeira do tempo virar nuvens azuis no firmamento.
Vento que vem e que vai que balançou a rede ao fazê-lo ninar, balance a imaginação e faça-o gritar.

Menino ou moleque vá corra pra o infinito, dê asas a sua escrita, e a faça voar.
Deixe ecoar nos nossos ouvidos a beleza alma de quem tem tanto sentimento.

Maria Helena vou correndo até o blog dessa grande criança.
beijos querida.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Quantas vezes...


(Imagem-Google Imagens)

Quantas vezes fico entre o sonho e a realidade buscando vislumbrar uma outra dimensão!
Quantas vezes me pergunto se a realidade é o que está diante dos meus olhos ou se é o que eu não consigo enxergar!
Quantas vezes fico agarrando sonhos e vou voando com eles para não colocar os pés descalços no chão gelado!
Quantas vezes olho pro céu e vejo as estrelas invisíveis através das nuvens carregadas de escuridão!
Quantas vezes olho sem ver e ouço sem escutar porque fui raptada para um lugar ali adiante que me puxa para o que era antes!
Quantas vezes sou como uma adolescente irreverente mudando o que está pronto para ter o prazer de descobrir o caminho das possibilidades!
Quantas vezes pego borboleta pelo prazer de soltá-la para contemplar o seu voo!
Quantas vezes choro sorrindo e sorrio chorando!
Quantas vezes me pego cantando uma canção que traduz meu pranto!
Quantas vezes acordo a alegria e adormeço a tristeza para aproveitar a chance da vida!
Quantas vezes sou coadjuvante no meu palco e plateia de mim mesma!
Quantas vezes sou tantas outras que não cabem em mim!
Quantas vezes sou inverno no verão e primavera no outono !
Quantas vezes me olho e me espanto com o tamanho da emoção que me faz pulsar amor...amor...amor...

Maria Helena Mota Santos


Achei linda a interação e o presente que a Carol Fofa me deu no dia do seu aniversário!
Obrigada Carol, por ser presença, por ser carinho e por ser amor!
Feliz aniversário!
Obrigada pela interação!


Minha linda, quantas vezes você me trouxe sorrisos, quando td era dor... Qtas vezes foi companhia, qdo eu era só solidão... Qtas vzes se fez presente em meus dias. qtas vezes consolou o coração. Ah Maria Helena, Mto obrigada pelo amor q distribui a todos ao seu redor. Vc é a personificação do Amor. Uma amiga, uma companheira e A mãe. Um bjo minha linda. Te amo viu?

Interação de Ana SS

Querida, seu verso ramificou na minha poesia. Obrigada!

Quantas vezes a alegria dói, e a dor traz alegria...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Letargia pós ano novo


(Imagem-Google Imagens)

Sinto o dia pálido de ressaca
Não sei se sou eu
Ou o ano que se inicia
Uma letargia no corpo
Um entorpecimento na alma
O sentimento não é tristeza
Nem tampouco é euforia
É um sentimento que fica
Bem pertinho da alegria
É como um cansaço
Do esforço da travessia
Para encontrar o rio novo
Que vem da cor da fantasia
Há uma descompressão
E o nada quer tomar o lugar do tudo
E a vida que há pouco era frenética
Agora parece não ter pressa
Os pensamentos ficam amolecidos
E assumem a cor da inércia
Inércia preguiçosa
Que nivela os pensamentos
Com o marasmo
É a pausa necessária
Que antecede o novo ato
Da doce comédia itinerante
Que é a vida

Maria Helena Mota Santos

domingo, 2 de janeiro de 2011

Voando feliz


(Imagem-Google Imagens)

Se minha lágrima cai respinga no mundo
Se um sorriso se abre enxuga o respingo
Se eu sou tão pequena em relação ao Universo
Com o fermento do amor cresço até o infinito

Se eu ando calada ouço as vozes de dentro
Se eu ando falando o silêncio se instala
Se eu sou obra inédita e de mim não há réplica
Eu preciso ter fé pra vencer a batalha

Se uma estrela cadente se muda do céu
Se eu faço um pedido pra chuva passar
Se a estrela descer enxugando as gotas
Eu já tenho certeza que o sol vai raiar

Se eu estou num cantinho bem particular
Se vislumbro um mundo que vou conquistar
Se na selva não tem animais predadores
Vou mudando de pele e me deixo guiar

Se uma luz me aponta um caminho no mundo
Se uma voz de comando me manda partir
Se eu sou ser alado sem pressa e sem medo
Vou voando feliz num mundo sem fim

Maria Helena Mota Santos

21/05/2010

sábado, 1 de janeiro de 2011

Corrida da vida


(Imagem- Google imagens)

Respire fundo!
Pode começar a hora que você quiser!
A partida começa na rua da saudade.
E a chegada é lá na rua da esperança.
No percurso, hidrate-se com lembranças.
E não esqueça do bloqueador da tristeza.
Use as roupas leves da alegria.
E proteja os pés contra a monotonia.
E para dar mais energia durante o percurso,
não esqueça da pitadinha de sonho.
Corra! Mas não perca o compasso.
Pise! Mas deixe bons rastros.
Beba o líquido da moderação.
E embale tudo com uma canção.
Promova abalos sísmicos nas camadas internas.
E após a acomodação das falhas causadas pela erosão da dor,
entre nos escombros e traga o troféu de si mesmo.
Após o resgate, siga a seta, vire a outra esquina
e aguarde instruções para a próxima corrida da vida.

Maria Helena Mota Santos

16/03/2010