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Baseada no trabalho presente em http://www.pintandoosetecomavida.blogspot.com.
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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Temporada de flores


(Imagem-Google Imagens)

Numa estação de muito sol
Num tempo de muita luz
Num dia de celebrar a vida
O céu se cobriu de nuvens

A chuva forte aconteceu
E hidratou todo terreno
A terra emprestou seu ventre
E a semente germinou

Num terreno improvável
Com ausência de adubo
Num cantinho aqui do mundo
Um jardim aconteceu

Modificou toda a paisagem
Enfeitou toda aridez
Fez nascer belos botões
Que pariram lindas flores

Flores diversificadas
Flores desconhecidas
Flores encantadas
Flores coloridas

O terreno ganhou uma magia
A alma assumiu outra cor
O dia se tornou um arco-íris
E a vida se vestiu de amor

Maria Helena Mota

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Liberdade


(Imagem-Google Imagens)

Conhecer as alturas
Experimentar vertigens
Adormecer em sonho
Acordar em pesadelo
Andar sem rumo certo
Em busca de um caminho
Escutar sua própria voz
Em meio aos barulhos
Desenhar o próprio mundo
Imprimindo novas cores
Buscar a liberdade na selva
E descobri-la dentro de si
Pois
Liberdade é buscar uma saída
No labirinto de si mesmo.

Maria Helena Mota

sábado, 28 de agosto de 2010

Homenagem a um Anjo


(Imagem-Google Imagens)

Foi em busca de pétalas
Para enfeitar o meu caminho
Carregou-me no colo
Quando eu não podia andar
Apontou-me o caminho
Quando eu andava sem bússola
Velou minhas noites
Quando eu tive pesadelo
Esqueceu-se de si
Para me emprestar o seu colo
Enxugou suas lágrimas
Para me emprestar seu sorriso
O seu olhar era um céu
As sua mãos eram estrelas a guiar
As suas palavras eram bálsamos
E seu coração só conhecia o amor

Maria Helena Mota

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O bordado do tempo


(Imagem-Google imagens)

Face bordada pela linha do tempo
Linha de todas as cores
Linha de todas as dores
Linha que perpassa o coração

Marcas que contam história
De lutas
De vitórias
De desilusões

Face desenhada pela vida
Alinhavada pelas passagens
E costurada pelas mãos de Deus

Rascunhos de sonhos
Desejados
Realizados
Perdidos
Encantados

Maria Helena Mota

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Show da vida


(Imagem-Google Imagens)

Qualquer coisa
Qualquer acontecimento
Da dor ao prazer
Faz parte do show da vida.
Chorar
Sorrir
Scripts necessários
Salutares.
Do choro ao riso
Do riso ao choro
Uma fronteira existe:
A metamorfose
A experiência.
Acordar
Dormir
Intervalos entre os atos
Que se assume
Diariamente.
Cada ator desempenha
Sua cena
Com a sua particularidade
Com o seu jeito inédito.
Cada um dá vida
A sua história
Cada um compõe
Sua peça
Seu show da vida.

Maria Helena Mota

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Lição de criança


(Imagem-Google Imagens)

Eu estava aguardando um dos elevadores do prédio onde moro.
Um sinal de alerta me invade: ouço o choro de criança!
Apuro minha audição e descubro: o som vem do elevador!
Meu lado altruísta fica de plantão, pronto para agir!
De repente, a porta se abre! E conheço um desconhecido.
Um menino chora compulsivamente!
Uma senhora o consola e diz: chegamos! A porta já abriu!
Num ímpeto eu o afago com muito carinho.
Ele olha para mim, ainda assustado, e para de chorar!
Descubro que a causa do pranto era o elevador enguiçado.
A criança olha novamente para mim, desconfiada, e segue!
E eu subo para meu apartamento pelo outro elevador, é claro!
Quando olho, da varanda, fico surpresa!
O menino já está na quadra rindo alto e andando de bicicleta!
Se eu não o tivesse visto, minutos antes, não imaginaria que ele teria passado por um susto.
Junto com sua alegria pueril ele dá uma grande lição:

É preciso, quando possível, se despedir de momentos tristes
com a leveza de uma criança e a rapidez de uma águia.

Maria Helena Mota Santos

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Ritos de nascimento


(Imagem-Google Imagens)

Nasci!
Fazia sol ou chovia?
Só sei que chorei
para extravasar a emoção.
Abria-se uma estrada
imprevisível!
Fui rotulada de acordo
com os padrões:
Peso, altura,cor da pele
cor do cabelo, cor dos olhos...
E a cor da alma?
Ainda não visualizada!

O tempo passou...
Estou do lado de cá do muro.
Conquistei novos rótulos,
Perdi alguns...
Fabriquei outros...
Transformei o choro
em sorrisos.
Caminho com a bússola
do meu coração
e com uma boa dose de razão.

Viajo em pensamentos
mas transito com segurança
entre o sonho e a realidade.
Trouxe comigo uma sensibilidade
que me aguça a emoção.
E com ela saio pela vida
captando sons audíveis e inaudíveis.

Sou um olhar na multidão.
Sou uma pena que flutua.
Sou um coração que sangra
com a dor do outro.
Sou um coração que se alegra
com a felicidade do outro.
Sou porta-voz dos sentimentos
da humanidade,
os quais traduzo em poesia.

Maria Helena Mota

domingo, 22 de agosto de 2010

A lição do tempo


(Imagem-Google imagens)

Escuto o tiquetaque do relógio desfiando o tempo.
Olho para as ruas e percebo a dinâmica da vida:
pessoas nascendo
pessoas morrendo
pessoas caminhando
pessoas correndo
pessoas apáticas
pessoas sofrendo
pessoas felizes
pessoas chorando
pessoas sorrindo

O tempo ,implacável, vai deixando para trás todos que não andam.
Segue num mesmo passo alheio aos que estão feridos.
Compõe sua canção de regularidade sem compaixão pelos que sofrem.
Segue sua viagem ininterrupta em busca de um novo tempo.

É porque o tempo segue que as respostas chegam.
É porque o tempo segue que se conquista ideais.
É porque o tempo segue que se cresce.
É porque o tempo segue que as feridas cicatrizam.
É porque o tempo segue que se viaja em busca.
É porque o tempo segue que ocorrem mudanças.

O tempo segue...

Maria Helena Mota

sábado, 21 de agosto de 2010

Animal de estimação: uma esperança!


(Fotografia: Hugo Mota Santos)

Num domingo à noite, dia 14 de agosto de 2010, estava no meu quarto assistindo ao programa Fantástico e percebi entrando pela porta, que dá acesso à varanda, um inseto.

Após o susto, percebi que era uma esperança! Acionei logo o meu lado supersticioso, quase inexistente, e repeti o que todo mundo diz: bom presságio!

O inusitado é que ela adotou o meu quarto como o seu lugar preferido. Vive comigo até hoje me levando a desenvolver um afeto por ela.

Quase chorei, quando percebi que ela perdeu uma patinha! Mas a lição maravilhosa que ela me deu é inesquecível: ela continuou realizando todos os seus movimentos e buscando seus objetivos.

Por vezes, acompanha-me até à sala de televisão e, às vezes, faz com que eu grite quando pula em mim! Meu filho vem correndo ver o que aconteceu! Pareço uma criança!

Uma das minhas maiores aflições foi como alimentá-la. Ficava discutindo com meu filho sobre o que esperança comia. Ele olhou na internet e disse: folha verde.

Então, tiramos umas folhinhas de uma planta e percebemos que ela nem deu atenção. Conversando com minha cabeleireira, ela disse: dê alface. Assim o fiz! Pelo menos ela ficou em cima da folha de alface por um longo tempo. Não sei se ela se alimentou ou a fez de cama. Mas está sobrevivendo!

A partir da esperança, comecei a refletir sobre os episódios fortuitos que fazem diferença no cotidiano. Hoje, eu e meu filho, andamos em casa " pisando em ovos" com receio de machucá-la! Ele me diz: mãe, você se apegou a ela! Mas, aqui pra nós e a torcida do Flamengo, ele também!

A lição mais importante : para nos sentirmos acompanhados não se faz necessária apenas a presença de pessoas, mas de qualquer ser vivo que nos escolha e que seja aceito por nós.

Mais uma vez a grande conclusão: NUNCA ESTAMOS SOZINHOS!

Maria Helena Mota

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Festa: duzentas postagens!


(Imagem-Google Imagens)


Fotografia: Hugo Mota Santos


UMA ROSA PARA VOCÊ


Provavelmente não teria chegado a esse marco se não fosse a presença amiga de cada um que seguiu comigo na passagem dessa travessia para um outro momento da vida.

Nesse blog pingaram muitas lágrimas que foram enxugadas pelos sorrisos que, em maior quantidade, apontaram um sol brilhante na linha do horizonte.

A cada dia pude perceber as pegadas de cada um que passou no meu caminho. Essas pegadas ficaram tatuadas no meu coração e me deram alento e certeza de que nunca estamos sozinhos.

Hoje fiz uma retrospectiva e percebi o quanto cresci. Uma nova pele desabrocha e me dá novo ânimo para prosseguir nessa estrada maravilhosa que se apresenta à minha frente.

Quero oferecer uma rosa a cada um que partilhou comigo dessa caminhada.

Quero, hoje, oferecer uma rosa eterna que ficará plantada num lugar aconchegante e carinhoso no meu coração.

Eu me defino no blog assim: Eu sou um poema itinerante compondo um verso a cada dia.

Hoje eu acrescento: Cada um de vocês, meus amigos, é um verso que compõe o meu poema!

A festa é minha!

A festa é nossa!



Maria Helena Mota

Desafio diário


(Imagem- Google Imagens)

Acordei!
Uma sensação inédita me indicava inércia e solicitava apatia.
A cama me convidava a permanecer nela nesse dia que acordou anêmico e sem sol.
Acionei a força motriz da minha vida, a determinação, e levantei-me para brincar com a vida e colher a minha rosa diária.
A minha canção interna entoava uma música serena que me acalmava e me fazia cultivar a fé nessa nova faixa da trilha sonora da minha vida.
Com a opção de seguir em frente, uma energia salvadora se apoderou de todo meu ser e alimentou as minhas asas e os meus ruídos com o combustível do otimismo.
Agora, ainda na primeira parte do dia, sinto-me exuberante diante da passarela que se apresenta para o desfile.
Não escutei só aplausos! Mas os aplausos ininterruptos enganam a consciência do que se é e anestesia o que se pode ser.
Não recebi só flores! Mas receber sempre flores sem espinhos nos dá a falsa impressão de que a vida é um mar de rosas.
As flores nos chegam como recompensas por enfrentar espinhos. A flor sem o espinho não traz a completude!
Vejo na minha passarela diária algumas passagens cheias de novos obstáculos com as medalhas de novas aprendizagens.
Vejo no meu olhar interno uma vontade de seguir adiante desbravando novos caminhos e criando novas passagens.
Estou cada dia mais viva, mais intensa e mais feliz com a passarela que se abre cada dia.

Maria Helena Mota

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Cansado da vida


(Imagem-Google Imagens)

Pra quem está cansado da vida
Convido a sair da apatia
Passear pela estrada do mundo
E se encantar com sua magia

Pra quem está cansado da vida
Convido a escutar as histórias
De alguns herois do anonimato
Que fazem da adversidade a glória

Pra quem está cansado da vida
Convido a seguir com o vento
Transitar por novas paisagens
E experimentar um novo momento

Pra quem está cansado da vida
Convido a parar por um segundo
Para assistir o que acontece
No palco itinerante do mundo


Maria Helena Mota

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Alegria


(Imagem-Google Imagens)

Alegria
Faz acender pontinhos de luz no universo
Faz a vida ficar na cor da esperança
Faz de cada dia uma linda aquarela

Alegria
Acende o otimismo de quem desfaleceu
Acende a chama da fé que se apagou
Acende a luz e apaga a escuridão

Alegria
Unguento que cura feridas
Remédio pra todos os males
Energia que aciona a felicidade

Alegria
Ímã que atrai pessoas
Par perfeito para dançar na vida
Sol que ilumina o sorriso


Maria Helena Mota

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Perspectiva


(Imagem-Google Imagens)

Chegará o dia em que o raro se tornará comum
e que o comum parecerá raro.

Chegará o dia em que é preciso derrubar o muro
e experimentar o descampado.

Chegará o dia em que se estranhará a estranheza
diante de tudo que se desejou.

Chegará o dia em que se acordará atordoado
e pensará que a realidade é sonho.

Chegará o dia em que se buscará a parte perdida
do quebra-cabeça de si mesmo.

Chegará o dia em que se pensará ser outra pessoa
no reflexo do espelho da vida.


Maria Helena Mota

domingo, 15 de agosto de 2010

Lugar bonito


(Imagem-Google Imagens)

Lugar bonito, o mundo!
Lugar de intercâmbio.
Lugar de aprendizado.
Lugar de metamorfose.
Lugar de crescimento.
Lugar de esperar o inesperado.
Lugar de aceitar o inaceitável.
Lugar de enxergar o invisível.
Lugar de escutar o inaudível.
Lugar de exercitar a alegria.
Lugar de procurar a harmonia.
Lugar de pura magia.
Lugar de se encontrar nos desencontros.
Lugar perfeito para viver a imperfeição.
Lugar de amar incondicionalmente.
Lugar de viver intensamente.
Lugar de voar pro infinito.
Lugar de encontrar o seu lado mais bonito.

Maria Helena Mota

sábado, 14 de agosto de 2010

Pausa para reflexão


(Imagem-Google Imagens)

Às vezes é preciso sair de cena para o outro atuar.
Às vezes é preciso chorar para dar passagem ao sorriso.
Às vezes é preciso cair por terra para criar raízes.
Às vezes é preciso silenciar para escutar a voz.
Às vezes é preciso recuar para enfrentar as batalhas.
Às vezes é preciso enfrentar o caos para se reorganizar.
Às vezes é preciso enfrentar a dor para ganhar nova pele.
Às vezes é preciso enfrentar tempestades para enxergar estrelas.
Às vezes é preciso se deixar conduzir por uma mão amiga.
Às vezes é preciso seguir sem olhar para trás.
Às vezes é preciso enfrentar a escuridão para enxergar a luz

Maria Helena Mota

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A outra face da dor


(Imagem-Google Imagens)

Escrito em 09/01/2001

A dor impõe sua presença e se aloja em forma de angústia em todo o meu ser.

Faz-me olhar para os dias com óculos de lentes anêmicas.

Arrasto-me nas manhãs calmas, tardes longas e noites angustiantes que fazem parceria com pesadelos, eliminando os sonhos.

A dor faz ninho em minha alma insinuando morada permanente.

Ela se faz minha sem a minha concessão.Insinua-se de forma sedutora e me faz viajar em barcos que transitam em águas turbulentas.

No ponto culminante da tempestade, vislumbro um navio que, embora distante, faz sinalização para que eu vá até ele.

Troquei a dor pela indecisão!

Analisei os riscos de me jogar em águas desconhecidas, ponderei as consequências e ,enfim, resolvi atravessar as águas para o novo espaço interior.

Ao me atirar, as águas já não eram tão turbulentas. A questão era o ponto de referência que eu costumava enxergar.

No outro momento, percebi as ondas como crianças alegres e irreverentes pulando sobre meu corpo.

O que eu enxergava como ameaça era apenas afagos e aplausos pela minha decisão de me jogar no infinito.

Então, aprendi a arte de não expulsar a dor.

Aprendi a transformá-la em ponto de partida para experimentar uma outra face da vida.


Maria Helena Mota

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Atleta da vida


(Imagem-Google Imagens)

Passou correndo no caminho da vida
Não havia tempo de olhar para trás

Recolheu com pressa os momentos sofridos
Não havia tempo de lamentar demais

Na bagagem levava apenas o básico
Só levava o peso que se sentia capaz

Corria embalado com a força do vento
Às vezes o frio o maltratava demais

Sua vida parecia um arco-íris sem cores
Mas levava lembranças de grandes amores

E assim foi correndo pra linha do horizonte
Tinha grande desejo de beber de outra fonte.


Maria Helena Mota

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A rede e a visão do céu


(Imagem-Google Imagens)

De repente me vi pra lá e pra cá, embalando sonhos, olhando céus e particularmente o meu céu tão esquecido pelo dia a dia tão veloz e sem premiação na linha de chegada do entardecer.

Foi preciso que visse um pedacinho do céu, para acessar um filme conhecido, mas ainda não reconhecido, apesar de tê-lo assistido várias vezes.

Foi no compasso de um cantinho bem particular que pude enxergar a imensidão dos meus espaços vazios e perceber os livros não lidos que poderiam me mostrar um céu bem maior do que o vislumbrado no cantinho de minha janela.

Deixei-me voar com as asas dos sonhos. Contive-me um pouco no início, mas fui cedendo aos poucos até sentir a brisa suave do vento roçando o meu presente.

E que presente é o meu presente!

Por que deixei-o tanto tempo sem abrir se o prazer de quem me presenteou é perceber a alegria da surpresa da essência que há por trás da embalagem?

Por que fiquei encantada com a embalagem por tanto tempo?

Por que fiquei correndo por fora ?

Seria medo de enfrentar os acompanhantes da essência?

Por que tanta pergunta se a resposta precisa de uma pausa para chegar à consciência?

Por que justificar?

Acordei de pesadelos e sonhei despertada. Misturei sonho e realidade e fiz um mosaico no presente da minha vida.

Fui além dos prédios construídos e construí um andar no prédio de asas que existe além do firmamento e se encontra na essência do olhar.

Construí frases pelo prazer de jogar palavras e captar certezas de que tudo tem sentido se vem embalado pela emoção do criar.

Criar é possível se ainda resta uma centelha de luz na imensidão do universo particular.

Ainda há tempo de embalar e se deixar embalar na rede da vida para vislumbrar primaveras tão próximas e sem dias marcados para acontecer.

Estou vislumbrando primavera em pleno inverno da minha vida...

Maria Helena Mota

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Descortinando o dia


(Imagem-Google Imagens)

Outra cortina se abre
E um novo dia amanhece
Trazendo a senha para seguir viagem
Oportunidade de recriar o passado
Com as peças recebidas no hoje
E com a esperança de um novo amanhã
Do passado chegam as lições e a saudade
Do presente surgem as possibilidades
Do futuro se desenham as pretensões
Com a chegada do novo dia
Um novo palco aparece
Com oportunidade de viver um novo papel
De repensar a peça do ontem
E de inovar o que já não tem mais sentido
A cortina do dia se abre
E a peça itinerante acontece
E só será avaliada de fato
Quando um outro dia amanhece

Maria Helena Mota

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Companheiro


(Imagem-Google Imagens)

Viver no aconchego
Do calor da companhia
Que anestesia a solidão
Que habita em um só

Encontrar no outro olhar
O reflexo dos seus olhos
E enxergar por outro ângulo
Outras faces do seu ser

Sentir-se parte de um elo
Que aponta horizontes
E descansar da caminhada
No aconchego de um abraço

Maria Helena Mota

domingo, 8 de agosto de 2010

Pai


(Imagem-Google Imagens)

Pai
Sabe aquela estrela que você apontou pra mim?
Eu a peguei lá no céu e hoje trouxe só pra você.

Pai
Sabe aquela flor que você colheu pra mim?
Eu tirei suas pétalas e hoje enfeitei seu caminho.

Pai
Sabe aquele dia que você enxugou minhas lágrimas?
Eu as transformei em alegria pra encantar o seu dia.

Pai
Sabe aquele carinho que você me dá todo dia?
Eu peguei um a um e transformei em amor infinito.

Pai
Sabe aquele sol que você me fez ver após a chuva?
Eu o transformei em holofote pra iluminar a sua estrada.

Pai
Sabe aquele dia que você foi plateia quando eu era palco?
Hoje eu me tornei sua plateia e sou só aplausos.

Pai
Sabe aquela prece que você me ensinou a recitar?
Eu a enderecei hoje a Deus pra seu caminho guiar.


Maria Helena Mota

sábado, 7 de agosto de 2010

Sentimento


(Imagem: benildafontinha.spaces.live.com)
Google Imagens

Sentimento indecifrável
Que rima com solidão
Faz seu ninho lá no peito
E descompassa o coração

Sentimento mascarado
Que anestesia a esperança
Onde a palavra é o silêncio
E a apatia é a sua herança

Sentimento sem futuro
Faz do passado o presente
A letargia é sua marca
Mas magoa quem o sente

Sentimento inexpressivo
Que requer muita atenção
Pois as lágrimas congelaram
Já não expressam emoção

Sentimento tão amargo
Que precisa de uma mão
Afinal aqui na terra
Cada ser é um irmão

Maria Helena Mota

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sorriso


(Imagem:Clo-carpediem.blogspot.com)
Google Imagens

Sorriso
Reflexo da luz interior
Porto seguro da alegria
ímã que atrai companhia

Sorriso
Que entorna lágrimas
Que disfarça a tristeza
Que celebra a vitória

Sorriso
Linguagem universal
Que aproxima diferenças
Que traz encanto e magia

Sorriso
Esboço da face divina
Remédio pra todos males
Senha da felicidade

Maria Helena Mota

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Face


Pintura de Jaime Baião (artebaião.com)
(Google Imagens)

Face
Esboço da alma
Sinopse da existência
É luz
É sombra
É brilho
É opacidade
É esperança
É desilusão
É alegria
É tristeza
É razão
É emoção
É depressão
É euforia
É lágrima
É sorriso
É fantasia
É realidade
É máscara
É retrato falado
É puro amor
É pura magia

Face
Pergaminho de uma história
Espelho que reflete a essência
Pintura das marcas da vida

Maria Helena Mota

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Nuvens


(Imagem-Google Imagens)

Olhar pro alto e perceber
Que as nuvens andam
Qualquer que seja a estação

Olhar pro alto e perceber
Que as nuvens se entristecem
E choram lágrimas de chuva

Olhar pro alto e perceber
Que as nuvens sorriem
E se embranquecem de verão

Olhar pro alto e perceber
Que as nuvens se redesenham
E recriam sua imagem

Olhar pro alto e perceber
Que as nuvens são passageiras
Que nunca param no tempo

Olhar pro alto e perceber
Que mesmo as nuvens escuras
Só transitam pelo céu

Maria Helena Mota Santos

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Em companhia do outro


(Imagem-Google Imagens)

O outro
Templo divino
Que dá abrigo
E favorece o aprendizado

O outro
Lugar acessível
Lugar insondável
Que favorece a busca

O outro
Terreno privado
Que se percorre
Até certo limite

O outro
Elo de uma corrente
Que circunda toda vida
E faz dessa terra
Um lugar mais agradável

O outro
Quebra-cabeça
Que carrega parte de mim
Que me acompanha
E completa parte
Da minha incompletude

Maria Helena Mota

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ciranda de sentimentos


(Imagem-Google Imagens)

A dor lapida a alma
O amor dá o acabamento
O sorriso dá o brilho
E a lágrima o polimento

O otimismo abre caminho
Para a esperança passar
Acompanhada da fé
A realização vai buscar

E quando o sol aparece
É motivo de euforia
O sorriso é garantido
E abre ala pra alegria

Mas quando a chuva chega
A reflexão logo acontece
E com novas estratégias
Um novo caminho aparece

Na ciranda de sentimentos
Que se entra ao nascer
Há de se recriar os passos
Em cada novo amanhecer

E nessa luta constante
Que acontece todo dia
Cada um cria seu passo
Em busca da harmonia


Maria Helena Mota

domingo, 1 de agosto de 2010

O barquinho da vida


(Imagem-Google Imagens)

Estamos de passagem
Nessa terra encantada
Onde sonho e realidade
Se revezam
E fazem dessa vida
Uma busca infinita
Estamos num barquinho
Com tempestade e bonança
Que enfrenta sol e chuva
E com a força do tempo
Chega a lugares imprevisíveis
Estamos numa escola
Em busca do infinito
Onde o tempo é o professor
A experiência é a mestra
E a passagem de nível
É com a senha do amor

Maria Helena Mota