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sábado, 31 de julho de 2010

Cores da vida


(Imagem-Google Imagens)

Caminhando pela estrada
Visualizo muitas cores
Cores alegres
Cores tristes
Cores quentes
Cores frias

Nas cores alegres amanheço
Nas cores tristes amadureço
Nas cores quentes me aqueço
Nas cores frias eu padeço

E da janela dessa vida
Nessa imprevisível viagem
Com os olhos de arco-íris
Vou colorindo a paisagem

E nessa linda aquarela
Que eu pinto todo dia
Vou acrescentando meu tom
E o meu toque de magia

Maria Helena Mota

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Teatro ao ar livre


(Imagem-Google Imagens)

Debaixo desse céu
O teatro ao ar livre acontece
Na história de cada ator
Vários coadjuvantes passam

Há de se contracenar
Com a tristeza ou a alegria
Com a dor ou o prazer
Com a guerra ou a paz
Com o ódio ou o amor

Nas passagens das cenas diárias
Muitos serão transferidos
Sem aviso prévio
Para outra dimensão

Outros chegarão aqui
Para iniciar uma peça
Nesse intercâmbio
Chamado vida

Cada um no seu papel
Há de se achar ou se perder
No palco chamado mundo.


Maria Helena Mota

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Caminhante


(Imagem-Googles imagens)

Cada um que passa
Deixa pedacinhos
De sonho
De saudade
De alegria
De tristeza
De angústia
De dor
De amor

Nessa bagagem que se leva
Os sonhos suavizam o peso
A saudade é peso morto
A alegria faz flutuar
A tristeza produz orvalho
A angústia salta ao peito
A dor deixa marcas
O amor é salvador

Cada um que passa
Vai plantando sementes
Sementes de toda espécie
Que florescerão
Que serão levadas pelo vento
Que serão frutos
Que se reproduzirão

Cada um que passa
Vai desenhando a estrada
Com as tintas do seu ser

Cada um que passa
Vai desvendando um caminho
E abrindo uma nova estrada

Maria Helena Mota

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A rosa e o chão


(Imagem-Google Imagens)

Experimentou o chão
E não deixou de ser rosa
Enfeitou na dor
O lugar por onde pisam

Experimentou tempestade
E não perdeu suas pétalas
Permaneceu altiva
Mesmo com gosto de orvalho

Experimentou a solidão
E não perdeu sua companhia
Permaneceu atenta
Ao que se passava na essência

Experimentou a poluição
E não perdeu sua pureza
Permaneceu fiel
A sua missão de flor

Experimentou a poeira
E não perdeu o seu cheiro
Exalou com mais força
O seu perfume de rosa


Maria Helena Mota

terça-feira, 27 de julho de 2010

Pintar a vida


(Imagem-Google Imagens)

Pintar a vida
como se fosse uma grande tela
sem limite e sem contorno

Pintar a vida
como se tivesse à sua disposição
todas as cores do universo

Pintar a vida
como se fosse um célebre pintor
que traduzisse em cores a sua história

Pintar a vida
como se no coração existisse um arco-íris
pronto para a alquimia das cores

Pintar a vida
fazendo texturas de cores quentes e frias
para expressar as emoções do dia a dia

Pintar a vida
utilizando como matriz
as marcas dos seus rastros na estrada

Pintar a vida
como se não houvesse amanhã
e o futuro fosse um quadro enigmático
sem hora para acontecer

Pintar a vida....

Maria Helena Mota

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Hoje nasceu


(Imagem-Google Imagens)

Hoje nasceu comigo
Uma vontade de andar
Descobrir novos temperos
E novos sabores da vida

Hoje nasceu comigo
Uma vontade de cantar
Melodia da esperança
Para encantar o meu dia

Hoje nasceu comigo
Uma vontade de dançar
Nessa pista do universo
Que circunda o infinito

Hoje nasceu comigo
Uma flor de beleza rara
Sem trazer nenhum espinho
E meu caminho floriu

Hoje nasceu comigo
Um sol brilhante e raro
Que me despertou para o dia
E me fez feliz assim

Maria Helena Mota

domingo, 25 de julho de 2010

O silêncio e a noite


(Imagem-Google Imagens)

Quando o silêncio chega
Na noite fria da vida
Ouço até o respingo na alma

O tiquetaque do relógio
Dita o compasso das horas
E me embala na rede do tempo

E o vento passa...

Passa acentuando os murmúrios
dos diversos encontros da vida

Passa acentuando a saudade
da aurora que anoiteceu

Passa trazendo os ecos
das serenatas sem hora marcada

Passa trazendo o clamor
da dor que extravasou o peito

Passa trazendo a melodia
do amor que está no ar

Passa compondo uma canção
em parceria com árvores do caminho

Passa rascunhando sonhos
e pincelando a realidade

Passa derrubando obstáculos
e trazendo esperança

Maria Helena Mota Santos

sábado, 24 de julho de 2010

A aurora da escuridão


(Imagem-Google Imagens)

Quando a luz se apagou
E a estrada ficou escura
Alguns dormiram ao relento
A margem era mais segura

E desistindo de sonhar
Se entregaram por inteiro
Passaram por longa noite
Num inverno de pesadelos

Mas a escuridão amanheceu
E inquietou os que dormiram
E mesmo com muito esforço
Os olhos novamente se abriram

A luz voltou de outra forma
Pela luz do sol condensada
E alguns que ficaram à margem
Acordaram para nova caminhada

Uns ficaram paralisados
Pelo medo do outro dia escurecer
E foram em busca de lamparinas
Para não experimentar o anoitecer

Mas com a ventania a lamparina apagou
E os que seguiram já viam luz na escuridão
Pois não há vento que consiga apagar
A luz que acende em cada coração

Maria Helena Mota

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Vida


(Imagem-Google Imagens)

Na vida
Nada se perde
Tudo é metamorfose
Na vida
Quando uma flor morre
Replanta-se o jardim
Na vida
O horizonte é o limite
O topo é um lugar que não existe
Na vida
Quando se acorda
A passarela se abre
E o teatro continua
Na vida
A peça é inédita
Cada ator dispõe da cena
Da sua própria história
Na vida
O passado é um arquivo
O hoje é uma senha
O amanhã é possibilidade
Na vida
O tempo não para...

Maria Helena Mota

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sol e Chuva


(Imagem-Google Imagens)

O sol chegou trazendo a chuva
E numa dança pálida e aquecida
O dia se abriu em esperança
Olhou o mundo e se aninhou
E sem receio despontou
Dançou um turno com a chuva
E no outro turno com o sol
Lá pelo chão nasceram flores
Que foram regadas pela chuva
E aquecidas pelo sol
E nessa dança bem suave
O dia navegou por sobre a noite
E ao deitar sobre a luz do luar
Pôde enfim o amanhã sonhar.


Maria Helena Mota Santos

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Tributo ao irmão anônimo


(Imagem-Google Imagens)

A poesia TRIBUTO AO IRMÃO ANÔNIMO foi escrita em 2001

Que pena
Você estava no meu caminho
No momento de explosão
Você que veio
Não sei de onde
Deu-me o sinalizador
Para colocar meus ruídos
No ar
Ficou meio assustado
Como eu reagi
A sua queixa
O inesperado lhe fez murchar
Não sei seu nome
Nem para onde foi
Mas você ficou presente
No meu dia
De remorso
De angústia
Era sua face que via
Nas pessoas que encontrava
Que pena
Fui incontida
Saí do normal
Fui uma fera
Mas fui ferida
Pela minha impulsividade
Você que era o culpado
Tornou-se vítima
Sei
Que você não foi elegante
Mas eu entrei na energia que você trazia
Talvez você trouxesse
A impaciência por um trabalho
Sem cor
Um filho doente
Um salário insuficiente
Um estresse
E eu
Que tenho tanto
E tive tão pouco
Ofereci-lhe o meu lado
Avesso
Da cor do nada
Só tenho a dizer
Sinto muito
Sabendo que provavelmente
Você nunca irá ouvir
O som dessas letras
Tardias para você
E tão necessária para aliviar
A minha dor
De ter ferido um irmão anônimo

Maria Helena Mota

terça-feira, 20 de julho de 2010

Amadurecer


(Imagem-Google Imagens)

Amadurecer
Cair por terra
Conhecer o chão
Sofrer uma cisão

Metamorfosear a terra
Criar raízes
Recriar
Renascer
Crescer
Frutificar
Novamente amadurecer

Ciclo que se abre
Ciclo que se fecha
Em cada estação

Maria Helena Mota Santos











segunda-feira, 19 de julho de 2010

Folha em branco


(Imagem-Google Imagens)

Com sol ou chuva
Tempestade ou bonança
Abre-se todo dia
Uma folha em branco
A folha se abre
Independente do ontem
Independente do amanhã
Fica disponível
Para a pintura do dia
Para expressar dor
Ou alegria
Para registrar realidade
Ou fantasia
Ela é única
Intransferível
Irrevogável
Inédita
É oportunidade
De passar a limpo o ontem
E de mudar o amanhã
É a página que o Universo envia
Para compor o livro da vida

Maria Helena Mota

domingo, 18 de julho de 2010

Rotina


(Imagem-Google Imagens)

Cansou de companhia
Cansou da solidão
Queria ouvir os ruídos
Dos seus passos pelo chão

Cansou de ouvir barulhos
Cansou de silenciar
Só queria ter a chance
Da sua voz escutar

Cansou de ser aclamado
Cansou de ser referência
Queria escutar melhor
A voz da sua consciência

Cansou de viver a vida
Nas estradas que apontaram
Queria trilhar outros caminhos
E descobrir novos atalhos

Cansou de olhar pra trás
Recordando os momentos
Foi em busca do horizonte
E buscou renascimento

Cansou de tudo certinho
Cansou de ter a razão
Queria fazer da vida
Uma nova e intensa canção

Maria Helena Mota Santos

18/03/2010

sábado, 17 de julho de 2010

Encontro


(Imagem-Google Imagens!

Olhar se cruza
Sorriso pálido
Passado à mostra
Futuro incerto
A adrenalina
Salta aos poros
Aciona a mente
E um filme passa
Meio sem graça
No palco armado
Encena o ato
Que o destino quis
E sem ter tempo
De se esvair
Fica sem chão
Sem ter lugar
Nesse minuto
Nada se faz
Não tem espaço
Pra voltar atrás
E com uma pressa
Anestesiada
Os pés desandam
E embriagam ideias
E com plateia
desavisada
O teatro começa
Sem hora marcada

Maria Helena Mota

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Esperança


(Imagem-Google Imagens)

Se eu me acordo
A esperança chegou
Quando abro os olhos
Só enxergo quem sou

Quando levanto
Parto em busca de mim
Se encontro a dor
Sei que viver é assim

Sou passarinho
Sou errante no mundo
Se paro na estrada
Sinto um tédio profundo

Nasci com asas
E tenho a alma alada
Não sou da inércia
Meu caminho é a estrada.

Se firo os pés
Nas pedras do caminho
Fica mais claro
Que o mundo é meu ninho

Os obstáculos
São canções de ninar
E nessa vida
Meu destino é lutar

Maria Helena Mota

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O parto da dor


(Imagem-Google Imagens)

Se a dor chega no peito
E a gravidez é iminente
Não a rejeite
Não a aborte
Desenvolva a gestação
Entre em trabalho de parto
Sinta as suas contrações
Suporte as dilatações
Deixe o parto acontecer
E deixa que a dor nasça
Para a vida
Para o seu objetivo
Para a sua metamorfose
Não a retenha dentro do ser
Os seus resquícios
Podem trazer infecção
No corpo e na alma
Deixe-a partir livre
Seguindo seu percurso
Na sua hora
No seu tempo

Maria Helena Mota

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Poesia


(Imagem-Google Imagens)

Queima-me
Não sei se é fogo
Inunda-me
Não sei se é água
Emociona-me
Não sei se é ternura
Entristece-me
Não sei se é dor
Alegra-me
Não sei se é prazer
Veste-me
Não sei quais as cores
Arrebata-me
Não sei se é paixão
Extasia-me
Não sei se é amor

Só sei que é poesia


Maria Helena Mota

terça-feira, 13 de julho de 2010

Para Hugo Leonardo



Pelos caminhos que andou
A amizade sempre semeou
Rindo neutralizou muitas lágrimas
Amando neutralizou a tristeza
Batalhando conseguiu a vitória
É um exemplo de garra e confiança
Nada o faz desistir dos seus sonhos
Sempre caminhou na fé e na esperança

Hoje de presente mando um abraço
Uma oração por você vou fazer
Ganhei na vida um filho querido
Orgulho é o que eu posso ter

Lado a lado estivemos na luta
E com determinação seu caminho trilhou
O seu brilho foi sempre presente
Num grande heroi você se tornou
Ande sempre no caminho do bem
Realize o que você desejar
Deus sempre abençoará sua estrada
O seu destino é sucesso alcançar

FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!!

Maria Helena Mota

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Raiou o sol


(Imagem-Google Imagens)

Num lugar imprevisível
Sem visibilidade
Cheio de nuvens
Com chuvas torrenciais
Com a lentidão do tempo
Com a inércia das palavras
Com a palidez do sorriso
Com a fraqueza do corpo
Com a desolação da alma
O dia raiou

Raiou o sol
Montado nos raios da esperança
Chegou a brisa
Montada numa rajada de vento
Chegou a bonança
Desfazendo a tempestade
Chegou a ajuda
Vinda de outras paragens

A inundação seguiu o curso do rio
O lamaçal foi absorvido pelo chão
Casas caídas renasceram em construção
Os desamparados se agruparam em união
E a aurora da esperança apareceu
A fé do povo a todo mundo comoveu
Pois sem ter nada as mãos para o céu ergueu
E em sinceras preces suplicou o olhar de Deus

Maria Helena Mota

domingo, 11 de julho de 2010

Solitude


(Imagem-Google Imagens)

Existe um lugarzinho
Bem lá dentro do meu peito
Que é preenchido de solidão
Alimenta-se com o olhar opaco
E com o sorriso lânguido
É o lugar da nostalgia
De uma saudade
Do que não aconteceu
Nele a solidão é vitalícia
E nem o infinito preenche
É um cantinho solitário
Que mesmo que venha amor
Ou mesmo que o amor se vá
Ele continua intacto
Não se abala
É linear
Só eu tenho a senha da sua passagem
Só eu posso me perder nos seus labirintos
É o lugarzinho de onde partem as buscas
É o lugarzinho da incompletude
É o melhor deserto que há em mim

Maria Helena Mota

sábado, 10 de julho de 2010

Somos irmãos


(Imagem-Google Imagens)

Sua origem não importa
Estamos sob o mesmo céu
Se acumulou muitas feridas
Se sentiu gosto de fel

Se só enxerga o pôr do sol
Se do sol se arrefeceu
Se o gigante da tristeza
Se apoderou do corpo seu

Se nem mais uma lágrima cai
Se o sorriso se escondeu
Se já trilhou muitas estradas
Se o marasmo é o pouso seu

Se é refém nessa vida
Das teias do ódio insano
Se o amor lhe abandonou
E lhe deixou cambaleando

Não importa sua idade
Ou o que fez de maldade
O que importa nessa vida
É viver sua verdade

Os rótulos são perecíveis
E cada dia se renova
E na ciranda dessa vida
Há de vencer muitas provas

Enquanto o coração pulsar
E se assim o desejar
Há de seguir nova rota
E em outra paisagem andar

Vem, vem caminhar comigo
Não serei sua consciência
Prometo ouvir sua voz
E lhe escutar com paciência

Nossa estrada se cruzou
Tenho na bagagem muito amor
Dê-me sua mão e vem comigo
Tem no meu coração um abrigo

Vem, vamos seguir um caminho
Vou lhe embalar numa canção
Seguiremos de mãos dadas
Afinal, somos irmãos!

Maria Helena Mota Santos

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Um olhar


(Imagem-Google Imagens)

Um olhar
espelho de muitas faces
que mostra o que se quer ver

Um olhar
óculos da natureza
com graus de valores infinitos

Um olhar
uma emissão de raios
que atinge quem está em volta

Um olhar
uma centelha de luz
ou um raio na escuridão

Um olhar
válvula de escape da alma
um espião do universo

Um olhar
ciranda de sentimentos
onde a alma faz seu pouso.

Maria Helena Mota

quinta-feira, 8 de julho de 2010

De formiga à águia


(Imagem-Google Imagens)

Nascer formiga e enxergar muito além do caminho que precisa percorrer até uma folha pretendida. Fazer parte de uma fila de iguais e se sentir como se tivesse partes que sobressaíssem no corpo, insinuando asas arrependidas de nascer. Seguir um caminho, achando que ali é apenas um atalho criado pelo homem. Enxergar mais à noite como se nos olhos existissem pontos luminosos. Enxergar retas onde apenas existem pontos. Labutar, incansavelmente, em horas impróprias.

O corpo já não consegue deitar, completamente, sem um estado de vigília permanente. É como se a qualquer momento precisasse levantar para a mudança. Não poderia dormir sem sonhar nascendo asas e galgando outros mundos. Não poderia ficar acordada sem momentos furtivos de sonhos que se vestiam de timidez . Não era compreendida quando as lágrimas caiam aos “pés” de uma palavra. Afinal de contas, para os outros animais, era difícil ver formiga chorar!

Difícil era chorar sem remorso nos primeiros tempos de chuva. A culpa se fazia presente no corpo minúsculo e aparentemente frágil. E quando a culpa já transbordava no reservatório particular, jorrava ,impetuosamente , deixando marcas cinzentas por sobre o caminho . Não era possível permanecer sempre formiga se a vontade era de voar mais alto para enxergar a terra de outro ponto de referência. Permanecer, seria ficar e morrer com rastros de vida.

Um dia , a formiga renasceu com o dia e resolveu percorrer caminhos diferentes dos apontados. Foi difícil enxergar com suas lentes viciadas a trilhar os caminhos padronizados. Relutou em seguir ,em muitos momentos, e pensava desistir quando encontrou um bando de pássaros. Pássaros simpáticos, antipáticos, gabolas, autossuficientes, amigos, mestres e até terapeutas. O grupo era diversificado e misterioso mas muito necessário à formiga que pretendia voar. Um mostrou quão difícil seria o voar para ela. Acreditava pouco no poder da formiga. Alguns pássaros gostavam dela pelo seu silêncio . Afinal de contas naquele bando tinha “papagaio” demais.

A formiga percebia tudo e até se sentia vítima querendo voltar. Mas, encontrou pássaro amigo que paulatinamente foi lhe convencendo que o seu sonho não era grande demais. O Pássaro - terapeuta, o mais experiente do grupo, tomou partido e fez a formiga perceber que vivia morrendo de pena de si mesma e que essa condição era incompatível com o desejo de ser águia. Ela passou por várias e longas sessões até que percebeu o nascer das asas. O projeto de asas não estava no seu corpo, mas na sua mente.

Surpreendeu-se em viagens voadoras em pleno chão da vida e descobriu o prazer de voar sem, necessariamente, ter que aterrissar no tempo determinado pela torre de controle dos aeroportos da vida.

Não precisava também pedir permissão para voar em outros países e pousar em outro território.

Eram,enfim, asas invisíveis que a fizeram voar e pretender a altura das águias.

Maria Helena Mota

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A moça e a vida


(Imagem-Google Imagens)

Vejo a moça quieta
enquanto seu coração pulsa
e transcende os limites da pele.
Veja a moça sorrindo
enquanto seu coração sangra
e a dor se dilata em manchas no corpo.
Vejo a moça chorando
lágrimas invisíveis e contínuas
que caem nos campos invisíveis do ser.
Vejo a moça andando
enquanto seus pés pesam
e deixam marcas no chão.
Vejo a moça seguindo
enquanto seus sentidos param
e sua bússola é a solidão.
Vejo a moça perplexa
olhando todo cenário
da peça que não escreveu.
Vejo a moça atuando
no palco da ilusão
do teatro que lhe impuseram.
Vejo a moça, ali, aqui, acolá
em toda parte do mundo
e em outra dimensão.
Vejo a moça na dor,
na tristeza, na alegria
no cansaço, na batalha
na coragem, na fé
na garra, no marasmo
na superação, na vitória
na paixão, no amor
na vida
Vejo a moça...

Maria Helena Mota

terça-feira, 6 de julho de 2010

Kunti- Uma flor que a vida me deu!


(Imagem-Google Imagens)

É impressionante como tenho encontrado pessoas especiais nesse momento da minha vida. Pessoas com as quais me identifico e estabeleço uma amizade sem a necessidade da presença física. Acontece o encontro de almas. Foi exatamente assim com Kunti. Indentifiquei-me com seu olhar, na foto, com o seu escrito, sensível, com sua postura, serena. Hoje recebo dela um maravilhoso presente: um poema postado no Recanto das Letras em homenagem a nossa amizade.
Querida amiga, obrigada! Que as luzes do Universo continuem iluminando sua estrada e que você continue distribuindo essa energia que lhe é peculiar!
Obrigada!

Eis o poema!

Nossas luzes

Minha luz,
reconhece sua luz,
nossas luzes,
como uma massa de pura energia,
que num toque de magia,
se expande,
viaja pelo espaço,
e ao encontrar,
outras luminosidades,
em energéticos abraços,
se tocam nesses ínfimos e místicos instantes.


Elza
GhettiZerbatto/ Kunti

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O brilho do Sol


(Imagem-Google Imagens)

O Sol ficou de cara feia
Muito triste e arrasado
Pois a chuva chegou forte
E molhou todos seus raios

O Sol ficou muito doente
E respingou por muitos dias
Acometido de resfriado
Ficou com febre e nostalgia

O Sol ficou deprimido
E a anemia lhe chegou
Só se ergueu pra sua lida
Quando a chuva se mandou

O Sol precisou da Lua
Porque pouco enxergava
A luz própria estava opaca
E não mais iluminava

A Lua deu a mão ao Sol
E o fez se levantar
Ele recuperou sua força
E voltou a iluminar

E o Sol Brilhou...Brilhou...Brillhou...


Maria Helena Mota

domingo, 4 de julho de 2010

Caminhos da vida


(Imagem-Google Imagens)

Quanto mais amadureço
Sinto mais o meu frescor

Quanto mais sofro
Enxergo melhor dentro de mim

Quanto mais ando
Os caminhos ficam abertos

Quanto mais silencio
Ouço melhor as minhas vozes

Quanto mais choro
Mais sorrisos me acompanham

Quanto mais venço obstáculos
A visão do topo aparece

Quanto mais ofereço flores
O meu caminho fica florido

Porque a vida
É um paradoxo constante
Uma luta incessante
Uma peça emocionante
Uma viagem a cada instante

Maria Helena Mota Santos

sábado, 3 de julho de 2010

Jogo da vida


(Imagem-Google Imagens)

No baralho da existência
Meus naipes embaralhei
Começando o jogo da vida
Cartas inúteis descartei

Sem medo do adversário
Fui com muita sutileza
Com o naipe da felicidade
Descartei toda tristeza

Com a certeza da vitória
Busquei o naipe da esperança
E segui todo caminho
Sem ter medo da mudança

Descartei cartas passadas
E fui em busca com fervor
Do curinga da amizade
Do curinga do amor

Prestei atenção ao jogo
Em busca do novo partir
Enfrentando os obstáculos
Outros curingas conseguir

E assim nessa ciranda
Fui sem medo de sofrer
Com o olhar no horizonte
Fui minha vida viver


Maria Helena Mota

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A flor da amizade


(Imagem-Google Imagens)

Ontem foi um dia emocionante para mim pois recebi um afago em forma de poema.
O afago veio de longe mas senti toda energia no aconchego do meu coração.
O carinho veio do coração de Marcio, um amigo virtual que já transcendeu essa condição.
Márcio não precisa da imagem física para ser amado, a gente se apaixona pela sua alma ao primeiro contato.
Conheci essa pessoa especial no Recanto das letras e pela trilha do seu coração, cheguei a uma pessoa especialíssima chamada Mel, o seu grande amor.
Marcio é daquelas pessoas que, por terem nascido, fazem do mundo um lugar melhor.
É um homem sem perder a essência do menino.
É alegria mesmo tendo passado por muitas dificuldades.
É uma mão amiga mesmo quando é ele quem precisa de colo.
É fé, coragem, determinação , generosidade e, sobretudo, amor.
É uma das mais bonitas canções que já conheci.
Nossa amizade floresceu tanto, em tão pouco tempo, que hoje já sou madrinha do romance dele e a da sua doce Mel.
Marcio, meu afilhado, meu amigo,
obrigada por essa prova de amizade que calou fundo no meu coração e ficará gravada para sempre.
Te adoro!



Anjos

Se ver assim
voando sem destino,
e olhando do alto
um mundo tão miúdo.
Se deixar levar pelas mãos,
esquecendo a dor
e largar para trás
as mágoas e tristezas.
Se deixar enlevar pelo coração
enchendo-se de paz
de amor e perdão.
Depois fechar os olhos
e enxergar além da escuridão
para ver a luz do teu próprio ser.
Se tomar de vida,
para ver nela
algo além de seus medos
e de seus desenganos.
E por fim
aceitar a força que nos move
aquela que nos cobre
com um manto de compaixão.
Esquecer, depois de tudo,
as perguntas tolas
e as dúvidas que nos habitam,
pois a resposta sempre foi única:
nunca estivemos sós.



Marcio JR

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Cheiro de vida


(Imagem-Google Imagens)

Sinto o cheiro de vida
entrando na minha vida
O cheiro verde
do campo da esperança
O cheiro dos sabores
das essências do mundo
O cheiro da relva
que dá colo ao chão
O cheiro da brisa
que roça a minha alma
O cheiro do orvalho
que rega cada dia
O cheiro das rosas
que se abrem
acima dos espinhos
O cheiro das aves
que voam em qualquer estação
O cheiro da alegria
que me espreita todo dia
O cheiro da canção feliz
que embala meus ouvidos
O cheiro da amizade
que me dá abrigo
no sol ou na chuva
O cheiro de amor
pairando pelo ar
Sinto o cheiro da minha alma
Sinto o cheiro bom da minha vida

Maria Helena Mota