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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Feliz aniversário Luciana Britto


(Imagem-Google Imagens)
Lu
Hoje o meu primeiro olhar foi pra você
Olhei com os olhos da alma
E me encantei com o brilho da nossa amizade
Hoje o meu primeiro pensamento foi pra você
Pensei sobre a nossa caminhada
E percebi a sua amizade
Como uma luz a me socorrer na escuridão
Como aplausos nas minhas vitórias
Como presença nas minhas dificuldades
Como silêncio nas horas dos meus barulhos
Como palavras na hora do meu silêncio
Como uma mão a me orientar no caminho
Hoje no seu aniversário quero lhe ofertar
Uma passarela cheia de flores
Com rosas de todas as cores
Que não murcham
Que são imunes ao vento
Que não queimam com o sol
Que não despetalam nas tempestades
Que são regadas com um imenso carinho
E adubadas com o mais puro amor
Hoje lhe ofereço
As rosas da minha amizade
As rosas do meu coração

Maria Helena Mota

terça-feira, 29 de junho de 2010

Escolhas


(Imagem-Google Imagens)

Escolhas
Caminhos que se abrem
E descortinam os momentos

Escolhas
Caminhos que assumimos
E determinam nossa vida

Escolhas
Mosaicos que compõem o piso
Dos caminhos que trilhamos

Escolhas
Que não isentam os indecisos
Que escolheram não escolher
Que sem abrirem as cortinas
Das possibilidades que lhes chegam
Ficam assombrados no presente
E levam fantasmas pra o futuro

Escolhas
São caminhos ou atalhos
São bifurcações ou encruzilhadas
São desertos ou oásis
São companheiras da estrada

Escolhas
São vibrações ou são lamentos
São sorrisos ou são gemidos
São asas ou são amarras
São condições do livre arbítrio

Maria Helena Mota

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A dupla face do eu


(Imagem-Google Imagens)

Agora as duas faces são reconhecidas.
Uma constante briga acontece entre as duas que são antagônicas e paradoxalmente harmoniosas.
Uma não é completa sem a outra. Dançam e lutam na valsa do dia a dia.
Uma traz consigo a inquietação e o movimento para a mudança.
A outra traz o gozo e a gostosa inércia de um sentimento de poder e de prazer perante a vida. Com ela a vida baila numa permanência que parece viver a constância.
É gostoso sentir o equilíbrio das duas.
Na ponte que serve de intermediação entre as duas, há um vazio tão cheio que não cabe dentro do espaço da vida do momento.
É um vazio tão forte que a vida não se desenha como obra mutável, mas como quadro definitivo e irremediável.
Mas a dor chega para movimentar o prazer.
É um doer tão constante que parece ficar sobre um patamar no gráfico da vida.
É um momento já conhecido mas assim como um camaleão parece trazer nova roupagem que intercepta o caminho das águias.
Crê-se que é impossível voar e transpor o muro que levaria a um outro possível caminho.
Mas a coragem chega e leva o ser nas suas asas para enfrentar a travessia.
Ao transpor a ponte o ser se reveste de vitória e experimenta o sentimento de poder e acredita que nenhuma força fará com que experimente o fel contido nos dias da tela da vida.
É uma força tão indescritível que faz o ser perder a medida da proporção do que realmente é.
É o beber na taça de Deus e pensar ter se tornado um deus no olimpo da vida.
É por vezes um engano e uma traição a sua condição humana.
Mas acontece o encontro!
O encontro das duas faces traz o real e o pódio sem poder, mas com propriedade sobre a vida.
Traz a sabedoria e o despertar para uma visão especial do céu da Alma sem o engano da constância de céu sem nuvens e trovoadas.
É o despertar sem idade e sem tempo.
É o troféu dos que ousam fundir os sentimentos antagônicos da Alma.
É um alvorecer com sol e chuva mesclados, transformando-se numa maravilhosa sinfonia do ser.

É pois a arte... É pois a vida...

Maria Helena Mota

domingo, 27 de junho de 2010

Nas mãos da vida


(Imagem-Google Imagens)

No cantinho particular
Da minha janela
Olho a vida que segue
Comigo
Ou apesar de mim
O tempo não espera
E nem pede passagem
Não espera pela tristeza
Nem tampouco pela alegria
A vida é apenas uma travessia

No cantinho particular
Da janela da minha alma
Olho e vejo
Que as cicatrizes viraram "points"
Da poesia
Da aprendizagem
Da sabedoria
Que os medos viraram pontes
Para as viagens
Para os desafios
Para as coragens

Olho a janela da vida
E vejo uma pista colorida
Com os matizes de cada ser
Que nela transita
Em verso ou reverso
E concluo
Que a vida é um pássaro livre
Na mão do Universo

Maria Helena Mota

sábado, 26 de junho de 2010

Amizade


(Imagem-Google Imagens)

Emprestarei meus olhos pra você enxergar na escuridão
Emprestarei minha mão para lhe guiar nesse caminho
Emprestarei minha fé para reacender sua esperança
Emprestarei os meus pés para seguir uma nova estrada

Para as suas lágrimas eu serei o seu lencinho
Para a sua dor eu serei o seu bálsamo
Para as tempestades eu serei o seu abrigo
Para as vitórias eu serei o seu aplauso

Se estou aqui você não está só
Pois ter amigo
É ter uma luz na escuridão
É ter a certeza de uma mão
É ter um lugar quentinho no coração

Maria Helena Mota

sexta-feira, 25 de junho de 2010

A sinfonia de um momento


(Imagem-Google Imagens)

A sinfonia de um momento

Uma senhora na janela. Uma rede na varanda. Um rapaz passa na calçada e um menino passeia de bicicleta na rua. Um pássaro voa em frente à casa e um outro pousa no telhado. A senhora aparece em outra janela...

A casa parece calma mas outro pássaro passa pela frente e pousa no lado oposto ao primeiro. Uma pessoa passa na calçada, carregando uma sacola, andando rápido para buscar não sei o quê.

Parei um minuto para visualizar uma casa, da minha janela de apartamento, e percebo como é dinâmico o minuto da vida. Nada parece parar mesmo que eu pare ou que eu me transporte para outra dimensão. Há sempre uma melodia de movimento pairando no ar.

Fechando os olhos, escuto o murmúrio do mundo e não sei identificar quais são os limites dos ruídos que captei. Voz de gente, ruídos de carro, do farfalhar das árvores, do balançar das roupas no varal, gemidos de criança, o som da flor se abrindo, o zigue-zague das aves voando, um cachorro latindo... e, neste entorpecimento, sinto o odor da vida no ar.

Uma voz me tira do meu “concentrar na vida”. Paro, abro os olhos, respondo meio assustada, como se tivesse num sonho e fosse acordada para o real. A cabeça aciona um reflexo de dor, como se fosse uma revolta por ter sido levada a virar o pescoço para escutar o outro lado do cotidiano que está, após a janela do meu apartamento , exatamente do meu lado direito.

E assim, volto para o cotidiano de mim mesma, pois preciso sair para pagar contas de débitos da vida. E agora eu posso ser protagonista de um outro poeta que estiver espreitando a janela da vida...

Maria Helena Mota Santos

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Eclipse parcial


(Imagem-Google Imagens)

Quando minha vida se tornou
Um eclipse parcial
Eu percebi com mais clareza
A minha reserva de luz

Quando minha vida se tornou
Uma penumbra inesperada
A minha reserva de luz
Intensificou o meu brilho

Quando de mim foi retirada
A claridade que me envolvia
Eu me voltei para dentro
E enxerguei tudo melhor

Olhei para dentro e vi
As reformas iminentes
Os barulhos inaudíveis
Os ecos do meu passado

Olhei para fora e vi
Paisagens modificadas
Os caminhos da minha estrada
O horizonte do meu futuro

Olhando para o passado
Vi que me perdi nos atalhos
Vi meus olhos viciados
Meus sentidos adestrados

Mas o presente está aqui
E o futuro é bem ali
Se olho e vejo o que sofri
A alegria é ter pra onde ir.

Maria Helena Mota

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Um minuto de silêncio


(Imagem-Google Imagens)

Pare agora!
Faça um minuto de silêncio em prol da sua vida
Olhe o momento que passa rápido na regularidade do dia
Olhe o momento que nunca mais terá possibilidade de encontrar
Olhe o momento que parece ser eterno na tristeza
e passa muito rápido na alegria
Faça um minuto de silêncio em prol da sua qualidade de vida
Em vez de apenas chorar pelo castelo derrubado
construa outro com estrutura mais sólida
Faça um minuto de silêncio e agradeça
Pela oportunidade de estar aqui e recomeçar
Pela oportunidade de estar aqui e se superar
Pela oportunidade de estar aqui e renascer
Pela oportunidade de estar aqui e pensar
Pela oportunidade de estar aqui e criar
Pela oportunidade de estar aqui e se encantar
Pela oportunidade de estar aqui e ter esperança
Pela oportunidade de estar aqui e ser amado
Pela oportunidade de estar aqui e amar
Pela oportunidade de estar aqui e viver

Maria Helena Mota

terça-feira, 22 de junho de 2010

Um novo olhar


(Imagem-Google Imagens)

Às vezes é preciso ver de longe para enxergar o essencial
pois a proximidade é perita em banalizar o que se tem.

De longe é exigida uma maior perícia em focalizar o que se vê
já que o ângulo da distância destaca a percepção do todo.

A distância acrescenta uma nova película no olhar
e de longe a paisagem pode assumir novas cores.

Do outro lado do muro novas regras se impõem.
O que era novo e fascinante, às vezes é desencanto.

Quem procura fugir para encontrar nova rota,
pode se focar nas miragens e se perder na fantasia
e acordar tonto de realidade.

Se a vida acontece embaixo do teto do céu
e a saída desse espaço só é possivel no embarque da alma,
há de se perceber que a mudança é na mente que se faz,
pois as lembranças vão para aonde a gente vai.



Maria Helena Mota

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A rosa branca da paz


(Imagem-Google Imagens)

Dei folga a tudo aquilo que não posso compreender.
Dei uma carta de alforria para o meu passado.
Desacorrentei a minha dor dos grilhões das perguntas
sem respostas.
Deixei-a seguir o percurso no seu tempo certo,
dando-lhe uma finalidade.
Plantei no terreno da minha vida a rosa da paz.
Não precisei invocar aos céus para tirar a dor de mim.
Ela é uma companheira sensata que me ensina a reinventar
minha história.
A dor faz rebuliço e aduba terras improdutivas,
transformando-as em terrenos propícios para novas plantações.
A dor e o prazer são parceiros que nos convidam a uma dança
nessa vida.
A dor traz chuvas de lágrimas para permitir a chegada do sol.

Maria Helena Mota

domingo, 20 de junho de 2010

A arte da dor


(Imagem-Google Imagens)

Quando a vida anoitece
E a escuridão apaga a luz
A alegria é refém da tristeza
Que traz sombra e nostalgia

Quando a vida amanhece
Depois da escuridão
A luz acorda suave
E a inércia sai do plantão

A dor recebe a arte
E com ela se entende
Faz a alegria invadir a tristeza
E dá-lhe carta de alforria

O corpo lânguido
Ensaia novos passos
O olhar em preto e branco
veste-se de outras cores

As lembranças que eram palco
Passam agora pra plateia
E a saudade muito presente
Vai para o arquivo do passado

Os dias tomam nova direção
E fazem da vida a arte de aprender
Pois a dor que não tem arte
Faz a vida anoitecer

Maria Helena Mota

sábado, 19 de junho de 2010

Efêmero


(Imagem-Google Imagens)

Após o efêmero vem o gosto cinza da realidade, o despertar amargo, a lentidão dos músculos e o olhar opaco.

Após o efêmero, o dia fica da cor da Alma, agora incolor, e os ruídos da alegria postiça do ontem ecoam como uma tristeza oculta sem pressa de aterrissar e levantar voo.

Após o efêmero as flores parecem murchas. O tempo parece ter parado com o dia e dança uma valsa anêmica no pôr do sol da hora da saudade. Os pássaros acompanham a dança piando seu choro lânguido.

Após o efêmero, o amor não parece reluzir e nem os estímulos estimulam. Catam-se detalhes e se balbuciam palavras soltas e preguiçosas, como se nada mais pudesse jorrar da Alma. É como se o reservatório da alegria tivesse esgotado e toda reserva fosse para o túnel da tristeza.

Após o efêmero, a primavera parece sem flor e sem cor. A dor dói sem arte. Ela faz ressonância no lado esquerdo do peito e nem se sabe se é dor ou se uma pausa da euforia.

Após o efêmero, não há encontro. Os sentimentos desfilam, mas não se identificam. Não se sabe qual a cor, a idade, a procedência e a vida útil. Só se sabe que esses sentimentos não são precursores da alegria.

Após o efêmero, vive-se apenas o morrer da fantasia que se usou nos carnavais da vida.

Maria Helena Mota

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A lição das rosas


(Imagem- Google Imagens)

Mesmo em meio aos espinhos
As rosas continuam a crescer
E com sua beleza altiva
Elas nos ajudam a viver

Elas falam de amor
Elas falam de amizade
Em cada vaso ou jardim
Vão colorindo a cidade

Se o vento é muito forte
Às vezes caem no chão
E então preparam a terra
Pra chegar novo botão

Quando um espinho as ferem
Elas não perdem sua cor
Doam sua beleza ao mundo
Dando uma lição de amor

Se as rosas nos falassem
Um conselho nos dariam
Aproveitem bem a vida
E vão semeando alegria

E a vocês meus amigos
Que sempre apoio me dão
Ofereço em agradecimento
As rosas do coração

Maria Helena Mota

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A sombra da árvore


(Imagem-google Imagens)

A árvore era sempre presente
Acolhia muitos caminhantes
Servia de balanço para o vento
Era a moradia de alguns pássaros
E era cúmplice dos amantes
Vestia-se de folhas caídas no outono
Vestia-se de orvalho no inverno
Vestia-se de flores na primavera
Vestia-se de sombra para o verão acontecer
Quando a árvore foi acometida de tempestade
E os raios fulminaram seus galhos
Os caminhantes a acolheram com carinho
E ofertaram suas mãos solidárias
E a embalou no colo de uma suave brisa
E a fez levantar-se da sua convalescença
A árvore renasceu esbelta
Enfrentou o sol do verão
Enfrentou o frio do inverno
Suportou as flores caídas no outono
E floresceu numa nova primavera

Maria Helena Mota

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Caixinha de surpresa


(Imagem-Google Imagens)

O que você traz hoje na caixinha de surpresa do dia?
O que a mão do tempo trouxe para ser enfrentado?
O que a mão do tempo trouxe para ser festejado?

Ao acordar o presente está diante dos olhos
E a embalagem desperta sensação dentro do peito
Sensação de alegria
Sensação de tristeza
Sensação de apatia

A sensação é o prenúncio de como será seu dia
E se a sensação angustia o peito
O seu livre arbítrio lhe dá possibilidades
De metamorfose
De virada do jogo
De superação

Se for a tristeza há o antídoto da alegria
Se for a dor há o antídoto do prazer
Se for a angústia há o antídoto da paz
E pra todas as mazelas que se enfrenta no dia
há o antídoto da esperança.

Maria Helena Mota

terça-feira, 15 de junho de 2010

Ser brasileiro


(Imagem-Google Imagens)

Ser brasileiro é ser uma canção alegre
mesmo nas notas tristes

Ser brasileiro é ser uma alquimia
que transforma tristeza em folia

Ser brasileiro é ser luz do sol
mesmo tendo que vencer nuvens

Ser brasileiro é ser um gol olímpico
nos escanteios da vida

Ser brasileiro é ser um bola cheia
mesmo nas dificuldades do dia a dia

Ser brasileiro é fazer gol de placa
na solidariedade
no companheirismo
na luta
na compaixão
na alegria
na acolhida
no afeto

Ser brasileiro
é ser eu
é ser você
é sermos nós

ORGULHO DE SER BRASILEIRO

Maria Helena Mota

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Anjo Humano


(Imagem-Google Imagens)

(Homenagem a todos os anjos que enchem de luz a minha estrada)

Sua alma é leve como uma pluma
Mas o seu corpo sofre a lei da gravidade
E padece com as mazelas da vida

Sua palavra é originada do dicionário dos Anjos
E segue o destino com suavidade e luz
Mas a sua fala é cheia das regras humanas

Seu sorriso esboça o sorriso de Deus
E ilumina os caminhantes da estrada
Mas seu rosto traz o vinco de humanidade

Seus passos são leves e sutis como de uma garça
E mudam a paisagem por onde anda
Mas seus pés trazem os resquícios das pedras do caminho

Sua vida é de serviço e doação à humanidade
Sem acumular tesouros aqui na terra
Mas as necessidades humanas são iminentes

Ele está em cada ponto do mundo
E recebe rótulos por onde anda
Rótulos de pais
Rótulos de filho
Rótulos de amigo
Rótulos de companheiro
Rótulos de professor
Rótulos de missionário
Rótulos de líder

Eles são presentes de Deus para a humanidade


Maria Helena Mota

domingo, 13 de junho de 2010

Cicratizes


(Imagem-Google Imagens)

Cicatrizes magoam o corpo
Magoam a alma
Deixa o tempo em câmera lenta
E bombardeia o coração
Cicatrizes deixam aberturas
E abrem passagem para outro portal
Na costura dos pontos dessa vida
A oportunidade de crescer é iminente
Com os olhos da cor da dor
Enxerga-se com mais clareza o que se é
A vulnerabilidade e a co-dependência
É condição da humanidade
Cada ser é retalho de uma mesma peça
Usa-se a roupagem da alegria
Usa-se a roupagem da tristeza
Usa-se a roupagem do poder
Usa-se a roupagem da submissão
Usa-se a roupagem da dor
Usa-se a roupagem do prazer
Usa-se a roupagem do ódio
Usa-se a roupagem do amor
Roupagem é segunda pele
Que dá retaguarda à essência
Que suaviza cicatrizes
Roupagem é peso ou pluma
É uma máscara necessária
Para esconder ou disfarçar
As cicatrizes da vida

Maria Helena Mota

sábado, 12 de junho de 2010

Dia dos Namorados

AOS APAIXONADOS ACOMPANHADOS

>
(Imagem-Google Imagens)

Um tapete mágico abre a passagem
Voa até as nuvens sob a luz da lua
Mãos se entrelaçam e se aconchegam
Lábios se tocam murmurando doçuras

Pra jura de amor não há testemunhas
Só a emoção que aquece os dois corações
Os apaixonados acendem a luz do olhar
Que queima de amor ao som de uma canção

O céu nesse dia tem mais estrelas
E o sol não tira folga e faz plantão
A lua aparece com roupa de festa
E deixa mágico o cenário da paixão

Os brindes ao amor ecoam no mundo
O tin-tin é ouvido como uma sinfonia
O Universo se veste de luz colorida
E ilumina e transforma tudo em poesia

Maria Helena Mota

AOS APAIXONADOS DESACOMPANHADOS


(Imagem-Google Imagens)

Os drinques são gotas de lágrimas
O brinde é à companheira solidão
O tin-tin é a batida e o compasso
De um triste e apaixonado coração

A companhia é apenas lembranças
A dança é passo de uma nota só
Juras de amor ecoam no passado
E a dor entra no cenário sem dó

O palco é lá no portal da dor
Onde as lembranças não têm piedade
Torturam lentamente e sem pressa
Pessoas de qualquer sexo ou idade.

É uma prisão de porta aberta
Onde não se tem a senha da saída
Prisioneira das teias do tempo
A liberdade está de asas partidas

Mas há o baile da esperança
Que traz pra dor linimento
E faz um anúncio promissor
De ser feliz num novo tempo.

Maria Helena Mota

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Despedida


(Imagem- Google Imagens)

O coração acordou cheio de sentimento
Não é dor nem é prazer
Mas conforta!
É como se uma força invisível
virasse minha cúmplice
e colocasse uma película
que imunizasse a dor.
É como se um anjo pegasse na minha mão
e dissesse: vamos!
E ao abrir os olhos
cheia de uma energia especial
congelei esse sentir para não perdê-lo.
E agora estou dançando com as letras
tentando reproduzir os passos da dança
que esse sentimento me despertou.
É um momento que é uma nota de partida
Como se alguém dissesse: vá!
Já chega!
Está bom!
Despeça-se!
O outro portal é logo ali!
Você não precisa carregar essa bagagem!
Tire as roupas velhas
Tire as roupas apertadas
Mesmo se doer!
Faça uma faxina!
Deixe só o que é salutar
Deixe os empecilhos no caminho
A hora é de seguir seus passos
A hora é de se despedir das sombras
Dê a mão ao seu Anjo da guarda
e em companhia de si mesma
e dos seus pares
Vá!
Fui!

Maria Helena Mota

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Colo divino


(Imagem-Google Imagens)

Em alguns momentos da vida
O guia do caminho é a dor
O holofote é a tristeza
E a bússola é a desesperança

São momentos dilacerantes
Onde o amor convalesce
E faz a esperança dormir

São momentos de incerteza
Que coloca em xeque o futuro
E o amanhecer se iguala ao entardecer

Mas ao experimentar o colo divino
Há um farol que se acende
Iluminando toda a estrada

No colo divino
o coração se aquece
E se levanta pra viver

No colo divino
Não há chuva que inunde
Nem sol que não aqueça

No colo divino
Buscamos nosso caminho
Com a bússola da esperança

No colo divino
Seguimos com mais certeza
E dançamos com mais leveza
A valsa de cada dia

Maria Helena Mota

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A equação do tempo


(Imagem-Google Imagens)

Ontem foi dia de morte. Hoje é dia de vida. Amanhã é dia de incerteza.
Hoje sou o ritmo do dia com o olhar na incerteza do amanhã.
Na ciranda se vive ou se morre.
Só posso viver plenamente , na medida do possível , se bailar no compasso da vida e se viver o minuto presente de olho apenas no minuto seguinte.
O passado, o presente e o futuro são trigêmeos. Um é prolongamento do outro.
Em uma só frase se vivencia os três sem que se tenha controle sobre nenhum.
A palavra lida já é passado na leitura da palavra seguinte.
É muito rápido o ritmo da dança da vida.
O que fazer para não sucumbir aos pés do tempo?
O que fazer para não achar que se tem muitos vazios no tempo que é tão curto?
O que fazer para não desperdiçar o que não se sabe nem o quanto se tem na vida?
Em que tempo será o meu tempo de não mais ter tempo para bailar nessa dimensão?
Que equação existe que seria determinante de quanto tempo cada um teria?
Terei feito o quê, quando chegar o tempo de não ter tempo?
Terei visto o fruto do trabalho que vim semear? Ou verei só a flor?
Qual o tempo do tempo?
O tempo dela acabou ontem e por mais tempo que a vida tenha lhe proporcionado todos ao redor acharam pouco tempo.
O que é pouco?
O que é muito?
Existiria um tempo satisfatório?
Haveria um tempo que agradaria a todos sem ser o da eternidade?
E os que querem partir sem gastar seu tempo?
Ficariam satisfeitos de abortar o tempo antes de ter nascido?
E se houvesse um bônus do tempo que fosse acumulado para ser gasto quando acabasse o tempo?
E se não tivesse tempo para a vida?
Teríamos vida sem tempo e tempo sem vida...

Maria Helena Mota

terça-feira, 8 de junho de 2010

Rastro


(Imagem-Google Imagens)

Com o olhar no horizonte
O meu rastro vou deixando
Numa dança leve e solta
Meus passos vou ensaiando

Vou desenhando meu rastro
Com traços firmes e leves
Não importa se o caminho
É cheio de areia ou de neve

Se vou pintar o meu rastro
Uso as cores da alegria
Mesmo que tenha que usar
A tarja preta de algum dia

Vou criando um novo rastro
E um novo passo se inicia
Dançando em outro compasso
Eu enfrento as travessias

Com força e determinação
Sigo em minha companhia
Ao encontrar os meus pares
Sinto uma grande euforia

Sigo a seta da esperança
Sigo a seta da alegria
Sigo a seta da amizade
E o amor é o meu guia


Maria Helena Mota

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O nascer do dia


(Imagem-Google Imagens)

O dia pingou suas gotas
Na hora do amanhecer
Trouxe um reflexo de sol
E me convidou a viver

O dia entregou sua pauta
Logo ao amanhecer
E mostrou a realidade
E o que eu não pude ver

O dia apresentou o tempo
E o que eu tinha pra fazer
E uma corrida frenética
Começou a acontecer

O dia se transformou em tarde
E entardeceu minha vida
E eu continuei caminhando
Buscando as minhas saídas

O dia se vestiu de noite
E a luz se escondeu
Ele me emprestou a lua
Pra enfeitar os sonhos meus

O dia se deitou no meu colo
E pouco depois adormeceu
E quando abriu os seus olhos
Um outro dia amanheceu

Maria Helena Mota

domingo, 6 de junho de 2010

A vida e o tempo


(Imagem-Google Imagens)

No tic-tac dos ponteiros do relógio
A alegria passa voando
A dor segue em passos lentos
A saudade marca passo
A felicidade passa veloz
A inércia eterniza as horas
A depressão paralisa os minutos
A esperança vai devagar e sempre
A paixão passa acelerada
E o amor equilibra o tempo

No tic-tac do compasso do relógio
Há um tempo que não sabe se dá tempo
De realizar um projeto estruturado
Pra compensar toda dor e sofrimento

E nessa dúvida que amanhece cada dia
Cada pessoa vai desvendando seu mistério
Se o que vem é de ganho e alegria
Ou se o tempo trouxe dor e agonia

Mas se o tempo não desvenda seu segredo
E a surpresa é inevitável nessa vida
É preciso que se entregue à magia
De viver intensamente cada dia.

Maria Helena Mota

sábado, 5 de junho de 2010

Pileque


(Imagem-Google Imagens)

Na madrugada insone
Tomei várias doses de lembranças
E fiquei embriagada pela vida

E me fiz saudade
E me fiz presença
E me fiz vontade
E me fiz furacão
E me fiz divagação
E me fiz esperança
E me fiz paixão
E me fiz perdão

E nesse pileque da alma
Fui construindo um futuro
De acordo com meu script

E me fiz asas
E me fiz beija-flor
E me fiz liberdade
E me fiz fantasia
E me fiz possibilidades
E me fiz infinito
E me fiz metamorfose
E me fiz ser humano

Maria Helena Mota

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Plantação


(Imagem-Google Imagens)

Uma semente é plantada no ventre
E num momento mágico
O ser humano acontece!
Ele traz sementes da índole
E recebe sementes do ninho.
E numa alquimia diária
E com o seu livre arbítrio
Vai cultivando o seu terreno
E planejando o seu futuro
Segue semeando:
Sementes de alegria
Sementes de tristeza
Sementes de egoismo
Sementes de solidadriedade
Sementes de compaixão
Sementes de indiferença
Sementes de traição
Sementes de fidelidade
Sementes de trabalho
Sementes de inércia
Sementes de dor
Sementes de prazer
Sementes de ódio
Sementes de amor
Das infinitas sementes plantadas
Das escolhas das sementes da vida
Das sementes que foram perdidas
Das sementes que foram preteridas
Há uma verdade irrefutável:
O QUE VOCÊ QUISER COLHER, PLANTE!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Solidão


(Imagem-Google imagens)

A solidão
É uma asa solta que paira no universo
É flor sem jardim encharcada de orvalho
É uma folha solta esquecida numa estrada
É um mar sem onda onde o sol se escondeu

Se ser só é uma das facetas da vida
Se já se sente como pássaro na gaiola
Se já se encontra em estado de apatia
Se a solidão já é a causa de agonia

Pegue sua asa e siga em direção ao vento
E num vai e vem entre erros e acertos
Uma asa perdida virá livre ao seu encontro
E ao se tocarem já serão um par de asas
Que se eternizarão num longo e profundo abraço
E voando juntas com a leveza da alegria
Deixarão a palavra AMOR escrita no seu rastro


Maria Helena Mota

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Indagações


(Imagem-Google Imagens)

O que dizer?
Nem sempre se tem palavras
Quando calar?
Nem sempre se tem silêncio
Quando seguir?
Nem sempre se tem estrada
O que fazer?
Nem sempre se tem clareza
Pra onde ir?
Nem sempre há um lugar
Como ajudar?
Nem sempre se tem a forma
Quando mudar?
Nem sempre se tem coragem
Quando amar?
Sempre que o coração pulsar

Maria Helena Mota

terça-feira, 1 de junho de 2010

Fazendo justiça




Estava inquieta ao ler o texto abaixo porque não tinha a foto das três pessoas que mudaram para sempre a minha vida.
Como o Universo conspira quando o coração pulsa em prece, eu recebi nesse exato momento, no orkut, a solicitação de amigos de Ira e tenho agora a foto que faltava.
Eis o trio!
IRA, GILMARA E DANILO.
Para entender precisa ler o texto anterior!

O livro que encantou minha história


A minha vida é uma história encantada de alegria, amor, dor, esperança, saudade, surpresa e, sobretudo, de muita paz.
Apesar de muitas cenas vividas não sou de ficar perplexa diante das peças que a vida me apresenta para ser encenada. Assuto-me, às vezes, mas sigo em frente!
Mas, ontem, aproximadamente às 19h fui surpreendida por um desses quadros que me paralisou pela infinita emoção que senti.
Inicialmente,apenas uma visita!
A visita chegou e me abraçou e me entregou um presente, com atraso, do dia das mães.
Eu estava certa que era um livro. E era!
Só que quase perdi o fôlego quando vi um livro intitulado PINTANDO O SETE COM A VIDA.Como poderia ser?
Pois é! Foi!
Aconteceu assim: Três pessoas, daquelas que já nascem com asas e chegaram aqui pra deixar o mundo encantado, trabalharam em silêncio para me fazer uma surpresa.
Quem são essas pessoas?
Danilo Aguiar, um filho do ventre do mundo.Gilmara, um Anjo de luz que não conheço pessoalmente e que mora em Salvador.E Ira, um ser iluminado que se propôs a entrar na história sem me conhecer e que também mora em Salvador.
O que hoje posso afirmar é que essas pessoas mudaram minha vida para sempre.
Hoje já posso dizer que meu primeiro livro foi publicado e que a noite de autógrafo foi ontem com a presença física de Danilo Aguiar e com as presenças de Gilmara e Ira pelas vias do coração
Palavras para agradecer? Não encontrei o suficiente no vocabulário disponível na vida.
O meu agradecimento vai pelas vias do coração.
Danilo, Gilmara e Ira. Ainda estou paralisada!
Vocês são inesquecíveis
Obrigada!